Se houver segundo turno Dilma diz não ter preferência por adversário

Dilma  ressaltou que quem tem de ter preferência é o eleitor.
Neste sábado (4), Dilma participou de carreata em Belo Horizonte.

Raquel Freitas Do G1 MG

A  Dilma Rousseff, faz carreata em Belo Horizonte (Foto: Raquel Freitas/G1)

Líder nas últimas pesquisas do Ibope* e do Datafolha**, Candidata à reeleição, Dilma Rousseff, afirmou neste sábado (4), ao ser questionada sobre quem prefere enfrentar em um eventual segundo turno, que não tem preferência por nenhum adversário. No último dia de campanha do primeiro turno, a presidenta da República destacou, durante agenda eleitoral em Belo Horizonte, que quem tem de ter preferência por candidato "é o eleitor".

 

"Quem tem preferência é o eleitor, o conjunto dos eleitores brasileiros. Eles que vão escolher. Eu não tenho preferência", afirmou Dilma ao ser indagada durante coletiva de imprensa sobre eventual preferência para um segundo turno.
Com a voz rouca, devido a uma laringite, a candidata petista falou com a imprensa por quase 15 minutos no comitê de Pimentel. "Está melhorando, não estou falando", disse. Nesta sexta (3), Dilma afirmou que, por orientação médica, faria repouso para resguardar a voz.
Durante a entrevista, a candidata afirmou ainda não temer o segundo turno. Segundo ela, a eleição é para que se tenha "todas as possibilidades de participação democrática."
"Eu não temo o segundo turno, não. Eu acho que eleição é para ter todas as possibilidades de participação democrática. Se o eleitor decidir que terá segundo turno, eu terei imensa alegria de desse processo participar", enfatizou.
Mineira, a presidenciável petista participou de uma carreata na manhã deste sábado na Avenida Afonso Pena, uma das principais vias da capital mineira. Dilma circulou pela avenida em carro aberto ao lado do candidato do PT ao governo de Minas, Fernando Pimentel. Os dois militaram juntos, na década de 1970, em organizações de esquerda que combatiam a ditadura.

Compromisso com as mulheres
Em sua fala, Dilma defendeu o combate da violência contra a mulher e disse acreditar em um país "com mais direitos, com mais reforço da autonomia das mulheres, um Brasil sem discriminação".
  Dilma também falou sobre o número de mulheres atendidas por programas sociais ampliados em seu governo, como o Bolsa Família. Segundo ela, 93% dos cartões do programa estão em nome de mulheres.
"Quando eu fui eleita, lá em 2010, eu disse que era uma eleição que consagrava a capacidade da mulher brasileira de ser e de fazer [...] Isso significa que eu assumi compromissos com as mulheres", afirmou Dilma.
Vestindo vermelho, também usava nesta véspera de eleição uma fita rosa, em referência ao movimento “Outubro Rosa”, que visa conscientizar mulheres sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama.
"Hoje eu vou falar da saúde, centrando o 'Outubro Rosa', que eu acho que é uma grande campanha de combate, esclarecimento e conscientização sobre o câncer de mama. E essa é uma doença que é possível vencer, principalmente se a gente tiver cuidado de fazer a prevenção na hora certa",

 

Dilma toma café ao lado de Fernando Pimentel no
centro de BH (Foto: Reprodução / TV Globo)

'Projetos-pilotos'
  Dilma questionou seu adversários que, segundo ela, dizem que irão continuar programas sociais criados ou ampliados durante o seu governo. Para Dilma, não é possível fazer programas sociais com "projetos-pilotos".
"Vários dos candidatos dizem que o Bolsa Família, o Minha Casa, Minha Vida, o Pronatec, o Mais Médicos, vários programas do governo federal serão continuados. A troco de que que alguém vai escolher quem não construiu, nunca fez e que, quando teve oportunidade, não fez contra quem fez, quem construiu o programa?", questionou. "Não se faz programa social no Brasil com projetos pilotos."
Ao fim da caminhada, Dilma visitou o "Café Nice", tradicional ponto de parada de políticos durante as campanhas eleitorais na capital mineira. Dilma tomou cafezinho, comeu pão de queijo, além de tirar diversas fotos com funcionários e pessoas que estavam no local.
Na tarde deste sábado, Dilma participará de caminhada em Porto Alegre, cidade na qual ela irá votar neste domingo (5). A presidenta disse que decidiu fechar a campanha eleitoral visitando as capitais mineira e gaúcha em razão de as duas cidades terem importância na sua trajetória pessoal. "Eu vou nos dois estados que são responsáveis pela minha formação", observou.