TRAMPOLINS USADOS PARA ATIVIDADE FÍSICA PODEM CAUSAR LESÕES

Um novo estudo mostra que os trampolins são responsáveis por uma grande quantidade de fraturas ou dores em crianças. 

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É cada vez mais frequente o uso de trampolins em academias, para atividades físicas, e em casa, como atividade de lazer para crianças. Infelizmente, as pessoas não costumam conhecer os riscos associados a este equipamento, quando seu uso é feito de maneira não supervisionada, principalmente por crianças e adolescentes.

Um novo estudo mostra que os trampolins são responsáveis por uma grande quantidade de fraturas ou dores em crianças. Segundo uma pesquisa americana, mais de 1 milhão de pessoas foram atendidas em serviços de emergência devido a acidentes provocados pelo uso do trampolim. Cerca de 300 mil dessas lesões envolveram fraturas.

“A maioria das fraturas relacionadas com trampolins ocorreram em crianças. 92,7% ocorreram em pessoas com 16 anos de idade ou menos”, informa o ortopedista Caio Gonçalves de Souza, médico do Hospital das Clínicas, de São Paulo.

Mais de metade dos ossos fraturados eram nas extremidades superiores: 59,9%, enquanto 35,7% estavam nas extremidades inferiores. As fraturas mais comuns na extremidade superior foram do antebraço (37%) e do cotovelo (19%), enquanto as mais comuns nos membros inferiores foram na perna (39,5%) e no tornozelo (31,5%).

Os pesquisadores também descobriram que a idade média dos pacientes com lesões no tronco ou nas costas foi significativamente maior que a média de idade das lesões nos membros inferiores ou superiores: 16 anos, contra 09 anos de idade.

"O que indica que os adolescentes, provavelmente, estão saltando mais alto e com mais força. O que é muito natural, pois eles, naturalmente, costumam correr mais riscos. Crianças menores podem não entender os potenciais resultados de suas ações, mas não são tão impetuosas quanto os adolescentes", diz o ortopedista.

Para Souza, é muito importante compreender que "o trampolim não é um brinquedo. Diante de tantos riscos de fraturas, recomendamos que crianças e adolescentes não façam uso desse equipamento sem a permanente supervisão de um adulto. É preciso educar a família toda, não apenas a criança e o adolescente”, diz o médico.