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11.15.2014

Medicina de Cuba é respeitada em todo mundo

Artigo do New Yorker destaca disposição cubana em combater ebola

O gesto cubano não passou desapercebido e, segundo o articulista, pode abrir caminho para o inicio de uma "Diplomacia do Ebola" entre Havana e Washington.


WHO/Gborie
"De certo modo, todos esses países estão seguindo a liderança de Cuba", escreveu o jornalista Jon Lee Anderson num artigo publicado no dia 4 de novembro na prestigiada revista The New York no qual ele discute a contribuição cubana na luta contra o ebola.

O artigo relembra que em 12 de setembro, "o Ministro da Saúde do presidente Raúl Castro anunciou que Cuba iria enviar quase 500 profissionais da saúde para a África Ocidental. Nenhum outro país, até agora, contribuiu com tantos profissionais da saúde para combater o ebola", confessa o artigo.

"Cuba já é conhecida pelo seu time de médicos e enfermeiras. De fato, Cuba, uma ilha com 11 milhões de pessoas, com 83 mil médicos treinados - uma das maiores proporções de médicos no mundo - se tornou algo como a primeira resposta mundial às crises dos anos recentes. Enviou milhares de profissionais da saúde para o Paquistão depois de um terremoto em 2005 e para o Haiti seguindo o terremoto catastrófico de 2010, assim como para outras emergências longínquas. É o resultado de uma estratégia a longo prazo que o governo cubano segue desde que tomou o poder em 1959".

Continua relatando que milhares de estudantes da África, Ásia, América Latina e até dos EUA foram formados na Escola de Medicina da América Latina. "Em 2013, uma estimativa feita mostrou que 19.500 estudantes de mais de 100 países ao redor do mundo estavam matriculados lá."

Saúde é uma fonte de rendimentos públicos e orgulho para o país, o artigo relata, acrescentando que quando o governo pediu voluntários para se juntar à luta contra o Ebola, "foi uma avalanche com mais de 15.000 voluntários. Além de implantar médicos e enfermeiras de trabalho intensivo, os times cubanos na África Ocidental incluem cirurgiões, anestesistas, epidemiologistas e pediatras".

O gesto cubano não passou desapercebido e, de acordo com o articulista, pode pavimentar o caminho para o inicio de uma "Diplomacia do Ebola" entre Havana e Washington.

"Em 19 de outubro, o Secretário de Estado John Kerry classificou Cuba como uma nação cujo esforço foi "impressionante" na campanha antiebola", recorda a matéria. Dez dias depois, dois oficiais norte-americanos representando o Centro de Prevenção e Controle de Doenças dos EUA compareceram a uma conferência em Havana sobre o ebola, organizada como resultado da cúpula da ALBA (Aliança Bolivariana para Los Pueblos de Nuestra America) sobre o assunto.

Raúl Castro disse, incisivamente, "Cuba está disposta a trabalhar com todas as nações, inclusive os EUA, na luta contra o ebola". Samantha Power, embaixadora da ONU, depois de retornar de uma viagem aos países africanos afetados, também homenageou a missão cubana.

A Diplomacia do Ebola segue-se a um aperto de mão amigável que Raúl Castro e Barack Obama compartilharam no funeral de Nelson Mandela na África do Sul dezembro passado. A administração Obama pode procurar pelo término do embargo estadunidense contra Cuba, o artigo relata.

Lee Anderson conclui que remover o embargo "pavimentaria o caminho para uma restauração completa das relações diplomáticas."
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Tradução de Isabela Palhares.

Flusão leva a melhor no clássico, cola no G-4 e piora a vida do Botafogo


O Dia
Rio - O Fluminense deixou claro desde o início que sua principal arma era a jogada pelo alto. A insistência deu resultado. Foi após um cruzamento que o Tricolor chegou ao gol e bateu o Botafogo, neste sábado, no Maracanã: 1 a 0. Acostumado a balançar a rede do rival (tem dez gols no clássico), Fred viu o volante Edson virar o herói do time. Com a vitória, o Flu cola no G-4 e afunda o Alvinegro no Campeonato Brasileiro.
Edson foi o herói do Fluminense e fez o gol da vitória no clássico com o Botafogo
Foto:  Bruno de Lima
O sonho tricolor continua vivo. A vitória no clássico deixa o Fluminense na quinta colocação, com 57 pontos, colado ao G-4 e com ânimo renovado na briga por um lugar na Libertadores de 2015. O Botafogo, por sua vez, continua em estado delicado. Na zona de rebaixamento, no 18º lugar, com 33 pontos, não consegue reagir.
Na próxima rodada, na quinta-feira, o Fluminense recebe a Chapecoense, às 19h30, no Maracanã. O Botafogo entra em campo na quarta-feira, às 19h30, em São Januário, e encara o Figueirense, rival na briga contra o rebaixamento.
O Botafogo esbarrou em sua própria limitação. Com desfalques, lutou o quanto pôde. Faltou o algo a mais, como por exemplo quando Carlos Alberto ficou frente a frente com Cavalieri e demorou a finalizar. O Flu teve paciência. O Tricolor não fez um grande jogo, mas conseguiu vencer.
O jogo
O Fluminense tinha mais posse de bola. A primeira chance, porém, foi do Botafogo. Após cobrança de falta, Marcelo Mattos ganhou pelo alto e cabeceou para o gol. Diego Cavalieri espalmou. O Tricolor buscava as jogadas pelas laterais, mas não acertava o cruzamento. Quem acertou o lançamento foi o Fogão. Carlos Alberto ficou cara a cara com Cavalieri, mas o meia-atacante demorou a chutar e foi desarmado.
O Tricolor, finalmente, teve uma chance de marcar. Rafael Sobis aproveitou rebote e obrigou Jefferson a salvar o Botafogo. O primeiro tempo foi fraco tecnicamente, com o Flu pecando no último passe e o Alvinegro encontrando dificuldade no contra-ataque. O zero a zero refletiu com perfeição a etapa inicial.
Na segunda etapa, Andreazzi puxou contra-ataque e chutou da entrada da área, para defesa de Cavalieri. Ele tinha a opção de tocar para Murilo ou Carlos Alberto. Foi fominha... A resposta tricolor foi com Fred. Ele cabeceou com perigo. A bola cruzou a pequena área e ninguém tricolor apareceu para concluir.
O Botafogo teve mais uma chance. Murilo foi lançado. Abafado por Cavalieri, ele tocou por cima, encobrindo o gol. A insistência por cruzamentos finalmente deu certo para o Fluminense. Após bola levantada pela esquerda, Edson surgiu para cabecear para o fundo da rede. Jefferson se atrapalhou e não conseguiu evitar o gol tricolor.
O Fluminense teve calma para administrar o resultado. O Botafogo não encontrou forças para reagir e se complica ainda mais no Brasileiro.
FICHA TÉCNICA
FLUMINENSE 1X0 BOTAFOGO
Estádio : Maracanã Árbitro : Péricles Bassols Gol : Edson (Fluminense, aos 28' do 2ºT) Cartão amarelo : Marlon, Rafael Sobis, Edson e Wagner (Fluminense) e Andreazzi, Gegê e Marcelo Mattos (Botafogo) Cartão vermelho : - 
FLUMINENSE : Diego Cavalieri; Jean, Guilherme Mattis, Marlon e Chiquinho; Valencia, Edson, Wagner e Conca; Rafael Sobis (Walter, aos 26' do 2ºT) e Fred; Técnico: Cristóvão Borges.
BOTAFOGO : Jefferson; Régis, Dankler, André Bahia e Sidney (Bruno Correa, aos 30' do 2ºT); Marcelo Mattos, Andreazzi (Bolatti, aos 9' do 2ºT), Gabriel e Carlos Alberto; Murilo e Jobson (Gegê, aos 16' do 2ºT); Técnico: Vagner Mancini

Multidão (cem pessoas) no Rio pedem a volta da ditadura


Grupos de direita protestam pelo Brasil contra o governo de Dilma Rousseff

No Rio, cerca de cem pessoas se reuniram na Avenida Atlântica, lideradas pelo deputado direitista Jair Bolsonaro

EFE
Rio - Milhares de pessoas, integrantes de grupos minoritários de direita, realizaram neste sábado protestos em várias cidades do Brasil contra o governo e pediram um impeachment contra a presidente reeleita Dilma Rousseff. A manifestação mais numerosa ocorreu em São Paulo, onde cerca de 10 mil pessoas se concentraram na Avenida Paulista, segundo cálculos da PM.
Parte dos manifestantes pediram em São Paulo uma "intervenção militar" para tirar o PT de Dilma do governo. No Rio de Janeiro, cerca de cem pessoas se congregaram na Avenida Atlântica, lideradas pelo deputado direitista Jair Bolsonaro.
Nas manifestações foram ouvidas palavras de ordem contra o PT, que foi diretamente responsabilizado pelo escândalo de corrupção de grandes proporções que a polícia está investigando no seio da Petrobras. Alguns manifestantes levaram cartazes pedindo a destituição de Dilma e sugerindo que houve uma "fraude" nas eleições de outubro, que a atual governante ganhou por uma estreita margem sobre o opositor Aécio Neves.
As manifestações foram convocadas em 20 cidades coincidindo com a comemoração do dia da proclamação da República. Na quinta-feira, cerca de 15 mil militantes de movimentos sociais de esquerda e sindicalistas se manifestaram em São Paulo a favor de Dilma e "contra da direita".
O resultado das eleições foi o mais ajustado da recente história democrática do Brasil e Dilma venceu com 51,63% dos votos contra o 48,37% de Neves. 
A oposição derrotada nas eleições não aceitam a vontade do povo nas urnas que elegeu democraticamente  a presidenta Dilma Rousseff para mais um mandato de 4 anos.

Morre ex-ministro da Saúde Adib Jatene


Conhecido com o 'pai da CPMF', cardiologista sofreu segundo infarto desde setembro deste ano

iG
São Paulo - Adib Jatene morreu na noite desta sexta-feira, aos 85 anos, após sofrer infarto em São Paulo. O médico e cardiologista era diretor-geral do Hospital do Coração (HCor), onde faleceu.
Em 22 de setembro deste ano, o médico e cardiologista ficou internado por 22 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do HCor. Há dois anos, em maio de 2012, Jatene foi internado com o mesmo problema. Foi submetido a cateterismo e à colocação de um stent para desobstruir as artérias coronárias.
Jatene morreu aos 85 anos em hospital de São Paulo
Foto:  Divulgação / Agência Brasil
O médico cardiologista e diretor-geral do HCor teve destaque também na política quando foi Ministro da Saúde em dois governos: Fernando Collor e Fernando Henrique Cardoso. Foi neste último que criou a CPMF (Contribuição Provisória de Movimentação Financeira), um tributo para custear a saúde pública. Na esfera estadual, foi Secretário Estadual de Saúde no governo Paulo Maluf, em São Paulo, no início da década de 1980.
O cardiologista será velado no anfiteatro que leva seu nome no Hospital do Coração e o enterro será às 17h no Cemitério do Araçá, na capital paulista

Os tucanos derrotados querem fazer um "Terceiro Turno Eleitoral"

Cardozo diz que oposição tenta usar
Lava Jato como '3º turno eleitoral'

Ministro da Justiça comentou últimos desdobramentos da operação policial.
Nesta sexta (14), Polícia Federal cumpriu novos mandados de prisão.

Rafael Miotto Do G1 SP
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou neste sábado (15), sem citar nomes, que a oposição está tentando usar as novas prisões da Operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF), para construir um "terceiro turno eleitoral".
Ele convocou entrevista coletiva em São Paulo para comentar os desdobramentos da sétima etapa da operação policial, que prendeu, nesta sexta (14), executivos de empreiteiras e o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque.
 
“Eu repilo veementemente a tentativa de se politizar essa investigação. De tentar carimbar forças políticas ‘A’, ‘B’ ou ‘C’ para que se possa ter prolongamento de palanque eleitoral”, disse Cardozo.
O ministro apontou supostas tentativas de se fazer, com base na operação Lava Jato, um "terceiro turno eleitoral".
“O governo não mudará um milímetro da sua conduta na perspectiva de exigir investigação, de apurar, doa a quem doer, seja quem for. Falo isso para repelir, com veemência, tentativas de se construir, em cima dessa investigação, um terceiro turno eleitoral. Aliás, postura muito ruim, que não contribui para os avanços da investigação”, disse o titular da Justiça.

Cardozo foi questionado sobre se estaria se referindo ao senador Aécio Neves (PSDB-MG), candidato à Presidência da República derrotado por Dilma Rousseff nas eleições de outubro. Nesta sexta, o tucano declarou que a Petrobras "vai trazendo para si uma marca perversa" em razão das "gravíssimas" denúncias de corrupção e das ações do atual governo na estatal. O ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso disse sentir "vergonha" do que está acontecendo na Petrobras. Líderes de partidos de oposição no Congresso anunciaram que vão pedir que o ex-diretor Renato Duque seja convocado a depor na CPI mista que investiga denúncias contra a petroleira.

O governo não mudará um milímetro da sua conduta na perspectiva de exigir investigação, de apurar, doa a quem doer, seja quem for. Falo isso para repelir, com veemência, tentativas de se construir, em cima dessa investigação, um terceiro turno eleitoral. "
José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça
“Estou me referindo a toda e qualquer pessoa que, neste momento, tente resolver isso de forma eleitoral”, declarou o ministro.
Em São Paulo, neste sábado, o vice-presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), também se referiu a uma suposta tentativa da oposição de se “apoderar” de investigações feitas por instituições de fiscalização.
"Na verdade, a oposição, ela, em algum momento – pelo menos no Parlamento –, ela tenta se apoderar de um trabalho que não foi a oposição que fez, porque se a PF, MP e outros organismos estão investigando, a CGU está investigando, significa que as instituições brasileiras estão funcionando”, declarou.
PSDB critica
Na tarde deste sábado, após a fala do ministro, o PSDB divulgou nota do presidente do partido, senador e candidato derrotado a presidente Aécio Neves, na qual ele afirma que o caso investigado na Lava Jato não é "político", mas "de polícia".

"O PSDB lamenta que, neste momento, o governo federal, através de suas autoridades, insista em tentar dar tratamento político a um caso que é, eminentemente, de polícia", afirmou na nota.
Ele defendeu punição a autoridades que supostamente permitiram que os crimes investigados pela Polícia Federal tivessem sido praticados na Petrobras. "Para o partido e as oposições, tão importante quanto responsabilizar diretores da Petrobras que se transformaram em operadores do esquema, ou empresas que dele participaram, é identificar e punir os agentes públicos que permitiram o irresponsável aparelhamento da empresa e criaram as condições necessárias para a expropriação de recursos públicos, para dele se beneficiarem direta ou indiretamente", disse.
Presos
A sétima fase da Operação Lava Jato – que investiga um esquema de lavagem e desvio de dinheiro que movimentou cerca de R$ 10 bilhões –, foi deflagrada na manhã desta sexta-feira, cumprindo mandados de prisão e busca e apreensão no Paraná, em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Minas Gerais, em Pernambuco e no Distrito Federal.

Ao todo, segundo a superintendência da PF em Curitiba, 21 pessoas estão presas. Nas contas de Cardozo, no entanto, 19 suspeitos foram presos na mais recente etapa da Lava Jato.

O ministro da Justiça ressaltou que o governo federal está comprometido a garantir que "tudo seja esclarecido". "Nós entendemos que a principal defesa que precisamos fazer da Petrobras, uma empresa vital – e repudiamos qualquer tentativa de atingi-la nesse momemto –, é investigar os fatos, apurar as ocorrências e punir as pessoas que, porventura, tenham praticado atos ilícitos", destacou.

Segundo o ministro, apesar de estar sob investigação, a Petrobras deverá seguir normalmente com suas atividades. "Pretendo conversar com a presidente [da estatal] Graça [Foster] para que tenhamos clareza da forma como vamos estar atuando em relação a esta situação. O importante é o seguinte: a Petrobras não parará, continuará trabalhando", assegurou o titular da Justiça.

Como Dilma tomou conhecimento
O ministro relatou ter sido informado sobre a nova fase da Operação Lava Jato na manhã desta sexta-feira, pouco antes do início das prisões. “Por volta de 6h30, o diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello, esteve na minha casa, me passando todos os dados”, disse. Cardozo explicou que, logo em seguida, entrou em contato com Dilma Rousseff para repassar as informações.

“Ela [Dilma] está ciente das investigações. No momento em que eu pude ter acesso, por força de sigilo aos dados, eu repassei à presidenta. E ela transmitiu exatamente o que estou dizendo: peça à Polícia Federal que prossiga com firmeza nas investigações, determine a Polícia Federal que prossiga com absoluta lisura e imparcialidade, zele para que tudo seja esclarecido. Foi isso efetivamente que ela me transmitiu", contou Cardozo.

Balanço
José Eduardo Cardozo aproveitou a entrevista coletiva para atualizar os dados das prisões da sétima etapa da Operação Lava Jato. Segundo ele, dos seis mandados de prisão preventiva expedidos, quatro foram cumpridos.

Em relação às prisões temporárias, diferentemente do que informou a superintendência da Polícia Federal em Curitiba, o ministro da Justiça afirmou que, dos 19 mandados expedidos, 15 foram cumpridos. A PF havia informado que foram executados 16 mandados de prisão temporária. De acordo com Cardozo, também foram cumpridos todos os 49 mandatos de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal do Paraná. Dos nove mandados de conduções coercitivas, seis foram executados, confirmou o ministro

EUA atacam alvos do Estado Islâmico e grupo ligado à Al Qaeda na Síria

Ataques mais recentes liderados pelos Estados Unidos incluíram 19 ataques aéreos contra o EI na Síria e 16 no Iraque

Reuters
EUA - Ataques aéreos liderados pelos Estados Unidos atingiram 10 unidades de combatentes do Estado Islâmico na Síria nos últimos dias, assim como militantes do Grupo Khorasan, ligado à Al Qaeda, afirmou o Comando Central norte-americano em comunicado nesta sexta-feira.
Dezessete ataques perto da cidade fronteiriça síria de Kobani também destruíram 10 posições de combate, um edifício e vários veículos, além de atingir as unidades militantes, disse o comunicado. Um ataque perto da cidade de Raqqa também destruiu um campo de treinamento do Estado Islâmico.
A fumaça negra dos bombardeios foi vista em diversos pontos controlados pelos terroristas em Kobani
Foto:  Reuters
Perto de Aleppo, na Síria, outro ataque aéreo atingiu combatentes associados ao Grupo Khorasan, que autoridades norte-americanas disseram que está tramando ataques nos EUA e em outros lugares, disse o Comando Central. O comunicado não diz quantos combatentes foram atingidos.
Ao todo, os ataques mais recentes liderados pelos EUA realizados de quarta-feira a sexta-feira incluíram 19 ataques aéreos contra o Estado Islâmico na Síria e 16 contra o grupo militante no Iraque, de acordo com a declaração, juntamente com o ataque contra o Grupo Khorasan na Síria

11.14.2014

Passeata “Contra a direita e por direitos” reúne 10 mil

Liderado pelo MTST, ato reuniu movimentos sociais para cobrar as reformas prometidas por Dilma e dar "resposta à elite"

Renan Truffi
passeata MTST na avenida Paulista
Passeata do MTST começou na avenida Paulista por volta das 17h
Capitaneado pelo MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) de Guilherme Boulos, um ato com a participação de outros movimentos sociais reuniu nesta quinta-feira 13 feira milhares de pessoas, embaixo de chuva, para marchar pelas ruas da cidade. A manifestação passou pelos Jardins, um dos bairros mais ricos da cidade e reuniu, embaixo de chuva, pelo menos dez mil pessoas, segundo estimativas da Polícia Militar. Além de discursos políticos, o ato teve momentos bem-humorados, como o baile de forró "contra o preconceito aos nordestinos" na frente do Hotel Renaissance, que tem uma das diárias mais caras da capital paulista.
Sob chuva forte, o ato começou por volta das 17h no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na avenida Paulista, com os militantes do MTST e também da Central Única de Trabalhadores (CUT), do movimento Juntos e de outras organizações. “Tem uma ‘playboyzada’ aí dos Jardins que, porque o ‘titio’ Aécio [Neves] perdeu a eleição, ficaram ‘bravinhos’ e foram para a rua contra o povo. Se lá na marcha deles tem elite, que não gosto do povo, aqui tem povo trabalhador, aqui tem negro, aqui tem nordestino, aqui está o povo brasileiro”, gritou Boulos de cima do caminhão de som, antes de a passeata começar. Era uma referência ao ato do último dia primeiro de novembro, que reuniu 1,5 mil pessoas no mesmo local para pedir a queda da presidenta Dilma Roussef por impeachment ou por meio de um golpe militar.
De acordo com o líder do MTST, um dos objetivos era justamente “fazer o enfrentamento contra a direita atrasada”: “Eles têm ido às ruas nos últimos meses defender posições inaceitáveis para maioria do povo brasileiro. Defender não só intervenção militar e impeachment, como também semear ódio aos pobres, o racismo e a homofobia. Isso não pode ser admitido. Essa marcha vem para fazer contraponto e mostrar que se os golpistas do Jardins estão colocando mil pessoas nas ruas, nós vamos pôr 15 mil só para começar”.
Da avenida Paulista, a passeata passou pelas rua Augusta, alameda Jaú e avenida Rebouças, todas nos Jardins. Quando chegaram em frente ao hotel Renaissance, um dos mais caros da capital paulista, os militantes fizeram um rápido baile de forró ao som de Zé Ramalho e Luiz Gonzaga enquanto outros simulavam carpir o jardim do empreendimento. “Queremos terra”, ironizavam os manifestantes ao mesmo tempo em que viaturas e a Tropa de Choque da PM faziam uma linha de bloqueio na área de embarque e desembarque para proteger o hotel.
PMs protegem entrada de hotel de luxo em São Paulo
Durante a passeata, Tropa de Choque protegeu entrada de hotel de luxo no centro de São Paulo (Foto: Leonardo Sakamoto)
“Esse ato é para sociedade brasileira perceber e entender que a Dilma tem o apoio popular para fazer as reformas para qual ela foi eleita. É para dar um recado para a sociedade brasileira: não são só os reacionários que estão indo para as ruas”, afirmou o presidente da CUT, Vagner Freitas. “O povo não votou para ter alta de taxa de juros, não votou para ter banqueiro no Banco Central ou como ministro da Fazenda, o povo não votou para ficar sendo pressionado pelo PMDB reacionário. Quem venceu a eleição foi a agenda progressista. E pela quarta vez, o povo derrotou a agenda retrograda reacionária”, complementou.
Pelas reformas já
Guilherme Boulos, do MTST, explicou ainda que a marcha foi pensada também para pressionar o governo federal pelas reformas prometidas na campanha eleitoral. “O ato também tem o objetivo de pautar reformas populares no Brasil. O programa que foi eleito nas urnas tem que ser realizado”, enfatizou. “[O projeto eleito] era de mudança popular. As propostas que perderam não podem imperar. É necessário que o povo deixe claro a importância das reformas estruturais: a reforma política, a reforma urbana, a reforma agrária progressiva. Enfim, todos esses temas estão travados na agenda brasileira há décadas por conta do impeditivo que as elites colocam no Congresso Nacional”, disse.
Presente na passeata, a ex-deputada federal do PSOL Luciana Genro, que disputou a Presidência em outubro, minimizou a representatividade do discurso de extrema direita: “Eu acho que a manifestação que ocorreu aqui dias atrás não tem força, não tem representatividade social. Mas é evidente que a direita existe no Brasil e ela se expressa, por exemplo, no massacre que a polícia e as milícias promovem semanalmente na periferia das grandes cidades”.
Dos Jardins, a passeata seguiu pela rua Consolação até o centro da cidade, na Praça Roosevelt. Após quase três horas de caminhada embaixo da chuva, o MTST encerrou o ato. No discurso final, Boulos deixou um recado para Dilma. “Nós não vamos permitir que a presidenta não faça as reformas que prometeu e não governe para os trabalhadores”.

Petrobras não vai voltar atrás e como a presidenta Dilma falou "não vai ficar pedra sobre pedra" – "Doa a quem doer" a transparência nas investigações será total

Homem trabalha dentro da embarcação José de Alencar, da Petrobras, no estaleiro de Mauá, em Niterói

Petrobras pode divulgar balanço sem revisão de auditores
Petrobras: decisão dos auditores é a de esperar a conclusão das investigações da própria Petrobras
 São Paulo - A Petrobras confirmou na noite desta quinta-feira, 13, o adiamento da divulgação do balanço do terceiro trimestre de 2014, que era esperada para amanhã, conforme antecipou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, por meio de fontes.
Segundo fato relevante divulgado pela estatal, "em observância ao princípio da transparência, a Petrobras estima divulgar, em 12 de dezembro, informações contábeis relativas ao terceiro trimestre de 2014 ainda não revisadas pelos auditores externos, refletindo a sua situação patrimonial à luz dos fatos conhecidos até essa data".
O Broadcast apurou, mais cedo, com fontes, que a auditoria PricewaterhouseCoopers decidiu não assinar as informações trimestrais do balanço da Petrobras.
A decisão dos auditores é a de esperar a conclusão das investigações que a própria Petrobras está realizando sobre as denúncias feitas pelo ex-diretor da companhia Paulo Roberto Costa, no acordo de delação premiada no âmbito da Operação Lava Jato.
No fato relevante divulgado agora à noite, a Petrobras afirma que "está empenhada em divulgar as informações do terceiro trimestre deste ano revisadas pelos auditores externos o mais breve possível".
Segundo a estatal, "tão logo haja uma definição sobre a data da conclusão dos trabalhos, a companhia comunicará ao mercado, com antecedência mínima de 15 dias, a data para a sua divulgação".
Ainda segundo o comunicado, "em decorrência do tempo necessário para se obter maior aprofundamento nas investigações em curso pelos escritórios contratados, proceder aos possíveis ajustes nas demonstrações contábeis com base nas denúncias e investigações relacionadas à 'Operação Lava Jato' e avaliar a necessidade de melhorias nos controles internos, a companhia não está pronta para divulgar as demonstrações contábeis referentes ao terceiro trimestre de 2014 nesta data".


O derretimento das ações da Petrobras negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo nesta sexta-feira reflete o medo dos acionistas sobre o tamanho do prejuízo que a corrupção pode ter custado à companhia. Quando a petrolífera anuncia ao mercado que não poderá publicar seu balanço do terceiro trimestre é porque a direção da empresa não tem uma resposta para esta dúvida.
A contabilidade da Petrobras precisa dizer quanto dos investimentos contabilizados nos últimos anos foi realmente alocado nas obras e quanto foi parar no duto da corrupção. Por exemplo, a refinaria Abreu e Lima, no nordeste – estava lá no balanço da companhia que ela custou até o momento R$ 19 bilhões.
Esta semana a refinaria já começou a operar
As  denúncias feitas pelo ex-diretor Paulo Roberto Costa e pelo doleiro Alberto Youssef, envolvendo empreiteiras e parlamentares da base aliada e também da oposição ao governo mostram que que a corrupção não foi só do PT . As revelações já estavam causando perdas expressivas à Petrobras, mas os prejuízos reais ainda estavam no campo das especulações.
Com a decisão de não publicar suas contas, a Petrobras passa pela porta das regras e leis de mercado – daqui e dos Estados Unidos, onde ela também negocia suas ações. Para ganhar este posto de empresa “listada” em bolsas, a petrolífera assumiu a responsabilidade de cumprir com todas as exigências de gestão, governança e, principalmente, de transparência – tanto do Brasil quantos lá fora. São os acionistas os maiores beneficiários desse emaranhado de regras – os grandes e pequenos investidores.
A Petrobras  segundo a Dilma vai  mostra os estragos tudo que aconteceu sem poupar ninguém . O pontapé inicial desse processo já foi dado e não foi pela Petrobras. A recusa da empresa de auditoria a aprovar as contas da companhia levantou a última cortina que protegia as escolhas feitas pela atual diretoria da petrolífera.
A Petrobras é uma empresa rica, forte e com muita capacidade de geração de resultados. O plano de investimentos para os próximos anos, de US$ 180 bilhões, é factível e pode trazer bons resultados. Agora é a hora de responder a tudo e a todos, blindar a companhia dos maus feitos do passado recente e devolvê-la ao seu papel por capacidade e vocação.

Lava Jato: PF prende outro diretor da Petrobras e executivos de empreiteiras

Renato Duque, ex-diretor de Serviços da estatal, e executivos das gigantes Mendes Júnior, Engevix e Iesa Óleo e Gás foram presos nesta sexta-feira
por Redação — publicado 14/11/2014 11:28, última modificação 14/11/2014 11:32
Geraldo Magela / Agência Senado
Paulo Roberto Costa
Paulo Roberto Costa em depoimento à CPI da Petrobras, em 17 de setembro
A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira 14 a sétima fase da Operação Lava Jato, que investiga um esquema de corrupção envolvendo políticos, empreiteiras e obras públicas, em especial da estatal Petrobras. A ação decorre da análise de material apreendido e de depoimentos colhidos em fases anteriores da Lava Jato. Segundo a PF, os grupos investigados registraram, segundo dados do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), operações financeiras atípicas num montante que supera os 10 bilhões de reais.
Entre os presos nesta sexta-feira está Renato Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras, que é suspeito de usar o cargo para assinar contratos com empreiteiras e repassar parte do dinheiro para um esquema que alimentaria partidos governistas, como PT, PMDB e PP. De acordo com declarações atribuídas a Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras que assinou um acordo de delação premiada com a Justiça, Duque era um dos diretores da estatal que repassava dinheiro desviado para o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. Duque esteve no cargo entre 2003 e 2012 e foi demitido da estatal junto com Costa, pela presidenta Dilma Rousseff (PT).
Entre os alvos da Lava Jato estão também empreiteiras e outras grandes empresas que faziam negócios com a Petrobras. Segundo o jornal O Estado de S.Paulo, entre os presos nesta sexta estão Sergio Cunha Mendes, vice-presidente da construtora Mendes Júnior, e Otto Garrido Sparenberg, diretor da Iesa Óleo e Gás. Segundo a Folha de S.Paulo, foi presos também Cristiano Kok, presidente da Engevix, e Gerson Almada, vice-presidente da empresa.
De acordo com o Estadão, mandados de busca e apreensão foram cumpridos na sede da Iesa e de sua controladora, a Iapi, na casa do presidente da empresa, Valdir Carrero, e em endereços da Odebrecht e de três de seus executivos (Marcio Faria da Silva, Rogério Campos de Araújo e Saulo Vinícius Rocha Silveira). A Folha informa que foram realizadas buscas na sede da Camargo Corrêa e na casa de Ricardo Pessoa, presidente da UTC/Constran.
Além dessas empresas, Costa citou em depoimento vazado a OAS, a Queiroz Galvão, a Galvão Engenharia e a Andrade Gutierrez.
As investigações da Lava Jato tendem a avançar com velocidade pois, além de Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef, mais duas pessoas aceitaram realizar acordo de delação premiada – Augusto Ribeiro de Mendonça Neto e Julio Camargo, ambos da Toyo-Setal, empresa controlada pela japonesa Toyo Engineering.
No total, a Polícia Federal foi a campo nesta sexta para cumprir 85 mandados judiciais, seis de prisão preventiva, 21 de prisão temporária, nove de condução coercitiva e 49 de busca e apreensão nos estados do Paraná, de São Paulo, do Rio de Janeiro, de Minas Gerais, de Pernambuco e no DF. Foi decretado o bloqueio de aproximadamente 720 milhões de reais em bens pertencentes a 36 investigados.
A Receita Federal também participou das ações desta sexta-feira, assim como uma força-tarefa do Ministério Público Federal. As buscas da Receita serviram para tentar verificar pagamentos por serviços contratados que possam não ter sido prestados, especialmente de assessoria ou consultoria, cujos valores, contabilizados como custos operacionais, reduziriam de forma fraudulenta a base de cálculo de tributos.
Segundo a Polícia Federal, o grupo investigado, “além de envolver alguns dos principais personagens do mercado clandestino de câmbio no Brasil”, é responsável pela movimentação financeira e lavagem de ativos de diversas pessoas físicas e jurídicas envolvidas em crimes como tráfico internacional de drogas, corrupção de agentes públicos, sonegação fiscal, evasão de divisas, extração e contrabando de pedras preciosas e desvio de recursos públicos. A operação foi intitulada Lava Jato porque o grupo usava uma rede de lavanderias e postos de combustíveis para movimentar o dinheiro.
Com informações da Agência Brasil

Mendigata: "Sou tímida e reservada"


Capa da "Playboy", Mendigata lança ensaio e diz: "Sou tímida e reservada"


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Fernanda Mesquita, a Mendigata, lança seu ensaio nu em festa em São Paulo6 fotos

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21.out.2014 - Fernanda Lacerda, a Mendigata, lança sua Playboy em São Paulo. A modelo, que ganhou fama ao perambular pelas ruas de São Paulo como a Mendigata do programa "Pânico na Band", é capa da revista de outubro. "Sou muito tímida e reservada, apesar de não parecer. Na rua encarno a personagem, mas fico muito na minha", declarou Raphael Castello/AgNews
Fernanda Lacerda está no auge de carreira. A modelo, que ganhou fama ao perambular pelas ruas de São Paulo como a Mendigata do programa "Pânico na Band", é capa da revista "Playboy" de outubro. Quem a vê de biquíni sensualizando "ao pedir ajuda" na TV, pode não acreditar que a loira é tímida.
"Sou muito tímida e reservada, apesar de não parecer. Na rua encarno a personagem, mas fico muito na minha", declarou a modelo ao UOL durante o lançamento da revista, em uma casa noturna, na noite desta terça-feira (21), em São Paulo.
Questionada sobre sua reação ao assédio dos homens, Fernanda contou que encara com bom humor. "Cantadas, por exemplo, tento levar da melhor maneira. Mas às vezes sou bem Mendigata, viu?", brincou, referindo-se ao jeito provocante da personagem.

Divulgação
Capa de outubro da "Playboy" traz a Mendigata do "Pânico"
Este é o segundo ensaio nu de Fernanda. O primeiro, feito em uma praia, foi compartilhado com as modelos Veridiana Freitas e Arícia Silva. Já nas novas fotos, Fernanda fugiu do óbvio e não posou de "mendiga" nas ruas. O tema escolhido foi mulher-gato. Em uma das fotos mais ousadas, a modelo aparece nua tomando leite em um prato, com o líquido escorrendo pelo corpo.
"Este foi bem diferente do outro ensaio. Foi do meu jeito, com a equipe que escolhi. Queria fazer algo diferente, dei uma pegada mais de fetiche, de sadomasoquismo. As fotos ficaram lindas e não vulgares. Estava à vontade, tranquila. É a revista mais comentada do ano", comemorou.
Questionada sobre a aprovação de sua família para o trabalho, Fernanda apontou para o pai, José Carlos, que a acompanhava na festa. "Ele adorou", garantiu. "Gostei muito, eu vi a revista, não tem por que esconder de mim. Eu dava muito banho nela quando criança, estou acostumado", brincou o pai.
A respeito do cachê recebido da revista, Fernanda riu da possibilidade de ter ficado rica, mas garantiu que o dinheiro foi bem-vindo, pois conseguiu comprar um apartamento para morar com a família. "Estou trabalhando muito, graças a Deus, ganhando meu dinheiro. Sou de família simples, estou na minha melhor fase, no começo da minha carreira. Tem muita coisa pra conquistar ainda", enfatizou.
Atualmente, Fernanda Lacerda é a participante com maior destaque no "Pânico na Band". Ela garantiu que não há ciúmes entre as outras panicats do programa. "Somos muito amigas, tem espaço para todo mundo", afirmou a Mendigata, que está solteira.
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Veja fotos de Fernanda Lacerda, a Mendigata do "Pânico"10 fotos

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Fernanda Lacerda foi capa da edição de janeiro da "Playboy" ao lado de Veridiana Freitas e Aricia Silva Reprodução/Instagram

Saiba quem são os foragidos e presos na sétima fase da Lava Jato (A maioria votou em Aécio Neves)



Entre detidos, estão ex-diretor da Petrobras e executivo da Mendes Júnior.
Até as 11h, haviam sido cumpridos 18 mandados de prisão no país.



Do G1, em Brasília


O ex-diretor de serviço da Petrobras, Renato Duque, chega a sede da Polícia Federal no Rio de Janeiro (Foto: Márcia Foletto/Agência O Globo) 
O ex-diretor de Serviço da Petrobras Renato Duque chega à sede da Polícia Federal no Rio de Janeiro (Foto: Márcia Foletto/Agência O Globo)
A sétima fase da Operação Lava Jato, deflagrada nesta sexta-feira (14) pela Polícia Federal (PF), cumpriu, até as 11h, quatro mandados de prisão preventiva, 14 de prisões temporárias e seis de condução coercitivas no Paraná, em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Minas Gerais, em Pernambuco e no Distrito Federal. Entre os suspeitos presos pela PF estão ex-dirigentes da Petrobras e executivos de empresas que mantém contratos com a estatal.
Renato Duque
O ex-diretor de Serviços da Petrobras, onde trabalhou por 30 anos, foi preso em sua residência, no bairro da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, e conduzido para a superintendência local da PF.

Durante depoimento prestado à Justiça Federal, o ex-diretor de Refino e Abastecimento da estatal do petróleo Paulo Roberto Costa, que fez acordo de delação premiada e cumpre prisão domiciliar, disse ter conhecimento de irregularidades praticadas na Diretoria de Serviços da empresa entre 2004 e 2012. À época, Duque comandava de Serviços da petroleira era Duque.

 
Segundo o delegado da PF responsável pela Lava Jato, Igor Romário de Paula, o ex-diretor de Serviços é investigado pela suposta participação na celebração de contratos oriundos de um "cartel de empreiteiras" e pelo suposto desvio de recursos para a corrupção de agentes públicos e políticos.
Nota oficial divulgada pela assessoria de Renato Duque confirmou que o ex-dirigente da Petrobras foi preso temporariamente. O texto, entretanto, destaca que não há "notícia de uma ação penal ajuizada contra ele". "Os advogados desconhecem qualquer acusação", diz o comunicado.
"A partir do momento em que tomarem ciência do motivo da prisão temporária, realizada para investigações, os advogados adotarão as medidas cabíveis para restabelecer a legalidade", acrescentou a nota de Duque.
Sérgio Cunha Mendes
O vice-presidente da construtora Mendes Júnior também foi preso nesta última fase da Lava Jato. Ele foi preso no Distrito Federal.

Segundo a PF, a construtora firmou contrato com a Petrobras na área que foi controlada por Paulo Roberto Costa.
O advogado Marcelo Leonardo, que representa a empreiteira Mendes Júnior, confirmou ao G1 que há um mandado de prisão contra o vice-presidente da construtora, Sérgio Cunha Mendes. O criminalista, no entanto, afirma que seu cliente ainda não havia sido preso até as 12h30 desta sexta.
“Foi divulgado que há um mandado contra ele, mas ele ainda não foi preso. Eu não tenho ciência, mas fiquei sabendo pela própria imprensa”, declarou Marcelo Leonardo.
Por meio de nota oficial, a Mendes Júnior disse que está colaborando com as investigações da Polícia Federal e contribuindo para o acesso às informações solicitadas. A empresa informou também que, até o final desta manhã, a empresa não tinha conhecimento sobre mandados de prisão e que nenhum de seus executivos havia sido preso.
Um avião da Polícia Federal deve decolar de Brasília nesta sexta para recolher os suspeitos presos na nova etapa da Lava Jato. Eles serão levados para a superintendência da PF em Curitiba, onde está sendo centralizada a operação.
Os envolvidos responderão, de acordo com suas participações no esquema, pelos crimes de organização criminosa, formação de cartel, corrupção, fraude à Lei de Licitações e lavagem de dinheiro.
'Fernando Baiano'
Outro alvo da Polícia Federal é o lobista Fernando Soares, conhecido como "Fernando Baiano". A Justiça Federal do Paraná expediu mandado de prisão temporária contra Soares, mas os policiais federais ainda não o localizaram. Ele é considerado foragido.

Em depoimento em outubro à Justiça Federal, o doleiro Alberto Youssef mencionou que o lobista operava a cota do PMDB no esquema de corrupção que funcionava na Petrobras. Conforme o doleiro afirmou à Justiça, Soares fazia a ponte entre a construtora Andrade Gutierrez com a Petrobras.
Todos os investigados que ainda não foram encontrados, esclareceram os delegados, já tiveram seus nomes registrados no sistema da Polícia Federal e estão impedidos de deixar o país. Os nomes dos investigados com mandado de prisão preventiva também foram incluídos na lista de alerta vermelho da Interpol.
Veja parte da lista de mandados expedidos pela Justiça Federal do Paraná:
Mandados de prisão preventiva
Eduardo Hermelino Leite (Camargo Correa)
José Ricardo Nogueira Breghirolli (OAS)
Agenor Franklin Magalhães Medeiros (OAS)
Sérgio Cunha Mendes (Mendes Junior)
Gerson de Mello Almada (Engevix)
Erton Medeiros Fonseca (Galvão)

Mandados de prisão temporária
João Ricardo Auler (Camargo Correa)
Mateus Coutinho de Sá Oliveira (OAS)
Alexandre Portela Barbosa (OAS)
Ednaldo Alves da Silva (UTC)
Carlos Eduardo Strauch Albero (Engevix)
Newton Prado Júnior (Engevix)
Dalton dos Santos Avancini (Camargo Correa)
Otto Garrido Sparenberg (IESA)
Valdir Lima Carreiro (IESA)
Jayme Alves de Oliveira Filho
Adarico Negromonte Filho
José Aldemário Pinheiro Filho (OAS)
Ricardo Ribeiro Pessoa (UTC)
Walmir Pinheiro Santana (UTC)
Carlos Alberto da Costa Silva
Othon Zanoide de Moraes Filho (Queiroz Galvão)
Ildefonso Colares Filho (Queiroz Galvão)
Renato de Souza Duque
Fernando Antonio Falcão Soares

Mandados de condução coercitiva
Edmundo Trujillo (Camargo Correa)
Pedro Morollo Júnior (OAS)
Fernando Augusto Stremel Andrade (OAS)
Ângelo Alves Mendes (Mendes Júnior)
Rogério Cunha de Oliveira (Mendes Júnior)
Flávio Sá Motta Pinheiro (Mendes Júnior)
Cristiano Kok (Engevix)
Marice Correa de Lima (OAS)
Luiz Roberto Pereira

Ibovespa opera no azul puxado por estatais e Vale

Mercado avalia a postura do governo em relação à política fiscal. Dólar cai, cotado a R$ 2,54

Priscilla Arroyo parroyo@brasileconomico.com.br
Embora a proposta de mudança na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) ­- entendida como a inexistência de uma meta de superávit primário para este ano - não tenha agradado ao mercado, a bolsa ganhou fôlego no fim da manhã e opera em campo positivo. Por volta das 13h, o Ibovespa subia 1,56%, aos 53.294 pontos, impulsionado pelas ações da Vale, Banco do Brasil e Petrobras.
A petrolífera divulgou produção recorde em outubro, que atingiu 2,216 milhões de barris por dia, alta de 0,4% em relação a setembro. Os papéis preferenciais da estatal subiam 1,93%. As ações da Vale, por sua vez, que recuaram na véspera como reflexo do rebaixamento por bancos estrangeiros, passam por ajuste e subiam 1,08%. Já Banco do Brasil ON tinha alta de 3,21%.
De acordo com análise técnica da Guide Investimentos, a tendência do Ibovespa continua sendo negativa. “Apenas com o rompimento da resistência de 54.600 mil pontos, a situação ficará mais positiva. Se acontecer a perda nos próximos dias do importante suporte de 50.500 mil pontos, abriremos espaço para mais quedas, com novo suporte apenas na faixa dos 45 mil pontos”, apontou a corretora.
À frente dos ganhos, Even ON disparava 11,32% após a construtora e incorporadora apresentar avanço de 22% no lucro líquido do terceiro trimestre, na comparação anual. Na sequência, Gol PN avançava 6,07%. Embora a companhia aérea tenha mostrado lucro líquido abaixo do esperado, o resultado operacional superou a expectativa dos analistas.
Nos Estados Unidos, as bolsas bolsas devolvem dos ganhos após terem fechado em níveis recordes na véspera. Por volta das 13h, o Dow Jones caía 0,22%, o S&P recuava 0,26% e o Nasdaq tinha queda de 0,18%.
No mercado de câmbio, o dólar caía 0,43%, cotado a R$ 2,547 na venda.

Atitudes de conservação da netureza

O espetáculo da nanotecnologia, a árvore faz coisas que a ciência ainda não entende e não pode reproduzir. As raízes são sugadores inteligentes que vão extremamente fundo atrás de água, os troncos tem tubulações (chamadas xilemas) que desafiam a gravidade e elevam a água do chão até as folhas numa altura de +60m; as folhas são painéis solares transportadores e irradiadores de aromas.
Vai destruir? Sabe fazer outra igual?

Não vamos destruir e ainda não somos capazes de fazer igual, porém podemos não atrapalhar ou até mesmo colaborar fazendo mais mudas, compartilhando atitudes de conservação.
Testei um experimento, que compartilho...produzindo mudas de árvores sem custos, usando garrafa Pet (que peguei na rua, pois não compramos refrigerantes para consumo), é muito simples e eficiente, pois não se faz necessário a rega diária. Posto a foto abaixo. Veja que cortei ao meio a garrafa, na parte superior, no gargalo coloquei um feltro, criando uma barreira, impedindo a saída da terra. A água depositada na parte inferior irá irrigar a superior, umedecendo naturalmente a muda. Testei plantando diretamente sementes de FLAMBOYANT, Chapéu-de-sol – Terminalia catappa, Pata-de-vaca, Tamarindo...apanhadas diretamente das árvores matrizes. Cultivei no pequeno espaço da varanda de meu apartamento e farão parte do reflorestamento de nosso pequeno paraíso na Ecovila Santa Branca, em Teresopolis de Goiás - GO.

Oposição perdeu eleição mas quer que governo aplique seu programa recessivo

Em relação à proposta de alterar a meta de superávit fiscal enviada pelo governo ao Congresso Nacional, a  oposição não sabe o que quer. Ou sabe, e nesse pouco que sabe o que quer mesmo é obstruir e desestabilizar o governo. No que conta com o apoio entusiástico, sempre inestimável para ela e que nunca lhe falta, da mídia e do Tribunal de Contas da União (TCU). Seu candidato derrotado à presidência da República, senador Aécio Neves (PSDB-MG), mesmo em sua condição de presidente nacional de seu partido, admite que ainda não sabe quais são as medidas em estudo pelo PSDB frente à questão. Mas anuncia que o partido vai entrar na justiça contra alteração da meta de superávit.
É reforçado nessa linha errática pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, para quem a presidenta Dilma está quebrando o país ao tentar flexibilizar a meta fiscal.  “A situação do país é difícil, eles não têm como cumprir o superávit fiscal. Eles têm que reconhecer isso. Dilma disse que eu quebrei o Brasil três vezes. Não sei quando, mas agora ela está quebrando”, afirmou ontem o ex-presidente.
Como ele mesmo lembrou, de quebrar o país ele entende, já demonstrou saber fazer como ninguém, tem autoridade no assunto: quebrou o Brasil três vezes durante seu governo e foi de pires na mão pedir dinheiro, socorro ao FMI.
E vem com estultices jurídicas e políticas…
Os dois contam com o socorro do ministro Augusto Nardes, presidente do TCU – hoje um reconhecido e notório aparelho da oposição – que vive exigindo transparência nas contas públicas e agora entra na campanha do contra e vem com essa história de que é preciso “acabar com a contabilidade criativa no governo”.
Engrossam o coro, entram todos na campanha do contra justo agora que a presidenta da República encaminha para o Congresso uma proposta de mudança da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) assumindo o superavit zero. Ou seja, que o pais não fará superávit e não terá déficit operacional. Portanto, em outras palavras, assume que o país não se endividará para pagar os juros da dívida interna.
O governo simplesmente adota uma medida necessária para não agravar o baixo crescimento e para evitar uma recessão com desemprego, queda da renda e da arrecadação, agravamento da dívida e do déficit públicos. E quando o governo faz isso legalmente, aberto, transparente e dá todas as explicações, a oposição articulada com o presidente do TCU e a mídia ameaça o governo com obstrução no Congresso e medidas judiciais com base na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
É demais! Coincidentemente a oposição e o presidente do TCU vem a público e propõem a mesma estultice jurídica e política! A questão, então, amigos, é uma só: a oposição perdeu a eleição, no entanto pretende e quer na marra que o governo aplique o seu programa recessivo. Pode um negócio desses?

O adeus a Leandro Konder e a Manoel de Barros

A turma aqui do blog – e também seu titular, o ex-ministro José Dirceu – se associa, hoje, ao duplo luto e sentimento de perda inestimável vivido pela política, a cultura, a academia, a literatura e a consciência crítica nacional, pela morte do filósofo marxista Leandro Konder, ontem, no Rio e do poeta Manoel de Barros, em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.
Confiram reportagem sobre Leandro na ABr
Confiram a reportagem da TV Brasil sobre Leandro Konder
Na dupla tristeza, nem há muito a falar. O silêncio e a reflexão sobre a obra dos dois podem falar por nós. A partida de Leandro Konder representa uma grande perda para a esquerda, para a universidade, para o Brasil, para os socialistas e para todos que sonham com mundo igualitário e solidário. Se é que há são muito poucos os que não leram sua obra, não encamparam e partilham até hoje de suas ideias de justiça e igualdade.
Ele deixa seu exemplo e sua obra, seus alunos e amigos, seus seguidores… Todos os que tiveram a maravilhosa oportunidade de conviver com Leandro sabem exatamente que ele era um daqueles seres humanos que iluminava e alegrava nossas vidas.  E que com suas ideias e paixão pela defesa delas terminava sendo o norte que indica a busca do sonho e a tentativa de transformá-lo em realidade.
O Poeta do Pantanal
Manoel de Barros (Foto: Secretaria de Cultura/RJ)
O poeta mato-grossense Manoel de Barros, morto nesta manhã aos 97 anos, era símbolo de outra forma de sonho – o que vem na poesia e que não deixa de espelhar a realidade, também, e um roteiro para a vida, a fantasia e as conquistas individuais. Nascido em 1916 em Cuiabá (MT), Manoel de Barros escreveu 18 livros de poesia, além de obras infantis e relatos autobiográficos. Recebeu diversos prêmios literários, entre os quais dois Jabutis – em 1989, com “O Guardador de Águas”, e em 2002, com “O Fazedor do Amanhecer”.
Era, por essência, e como se definia, o Poeta do Pantanal, onde tem fazendas e onde morou por décadas, antes de transferir residência para Campo Grande. Nos últimos anos, Manoel viveu tragédias pessoais: seus dois filhos, João Wenceslau e Pedro, morreram em 2007 e 2013, respectivamente, este último em acidente de avião.
Nos últimos anos, seguiu uma rotina: acordava cedo, tomava café da manhã e ia para o escritório escrever ou ler. À tarde costumava dedicar o tempo à família. Irmãos, sobrinhos, netos e bisnetos costumavam visitá-lo quase todos os dias. Deixou 30 cadernos manuscritos de poesias inéditas. Apesar de se confessar com a “mania” de escrever “coisas desimportantes”… Em uma de suas poesias, que terminou dando título a um filme, disse: “Noventa por cento do que escrevo é invenção. Só dez por cento é mentira”.
Sem dúvida vão fazer falta ao país a “invenção” e a “mentira” de Manoel de Barros e a precisão e objetividade das análises realistas e influenciadoras de Leandro Konder.

Número de diabéticos aumenta no Brasil, mas também surgem novos medicamentos



14 de novembro Dia Nacional do Diabetes
Amanhã, 14 de novembro comemora-se o Dia Nacional do Diabetes. É uma data importante porque, segundo dados atualizados da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), existem hoje no País 12 milhões de diabéticos, e é preciso planejar o futuro para prevenir o agravamento da situação, por conta do estilo de vida da população. Antes da atualização, estimava-se 7,6 milhões. Os dados da “International Diabetes Federation” (IDF), apontavam o Brasil em quinto lugar no mundo em volume de casos, depois da Índia, China, Estados Unidos e Rússia.
Não é à toa, portanto, que laboratórios farmacêuticos, como a Torrent do Brasil, estejam direcionando suas pesquisas e produtos para combater esta doença crônica, que se caracteriza pelo aumento dos níveis de glicose no sangue (hiperglicemia) e que pode estar associada a complicações que atacam os rins, olhos e nervos, por exemplo. Existem vários tipos de diabetes, mas os mais frequentes são o diabetes tipo 2 (cerca de 85%) e o diabetes tipo 1 (em torno de 10%).   A Dra. Erika Paniago Guedes, médica endocrinologista e mestre em endocrinologia pela UFRJ, em recente palestra promovida pela Torrent do Brasil à classe médica, ressalta que o diabetes tipo 1 é acomete mais frequentemente crianças e adultos de até 30 anos de idade. “Geralmente os pacientes são magros e a doença, uma vez iniciada, se agrava em alguns dias ou semanas). As pessoas podem nascer com predisposição genética para a doença e fatores externos, como viroses e estresses, funcionam como gatilhos”. Já o diabetes tipo 2, ocorre mais após os 40 anos de idade e está muito associado à história familiar desta doença e obesidade”
É possível prevenir o diabetes tipo 2 adotando hábitos de vida mais saudáveis, como alimentação balanceada e atividade física regular e a perda do excesso de peso. Quando apenas isso não resolve, são utilizados medicamentos, especialmente nos casos em que o controle da glicose está piorando. A médica destaca muitos problemas de saúde surgem a partir do diabetes, mas a principal causa de mortalidade é a doença cardiovascular, como infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral. “Obesidade, diabetes, hipertensão arterial e dislipidemia (alterações no colesterol e triglicérides) se somam com frequência ao problema, aumentando o risco cardiovascular”.
Para o diabetes tipo 1, diz a Dra. Erika Paniago Guedes, o tratamento é feito com insulina desde o momento do diagnóstico. No paciente com diabetes tipo 2, são indicados medicamentos orais, embora em alguns casos possa ser necessário tratamento com insulina. Ela destaca alguns medicamentos disponíveis no Brasil, como a metformina, que atua diminuindo a produção de glicose pelo fígado. “É segura, com pouco efeito colateral e barata”. Também existem as sulfoniluréias, em uso desde a década de 1950. Dentre as sulfoniluréias, a gliclazida é a mais segura, com menor risco de hipoglicemia. Além disso pode ser usada em dose única diária, o que ajuda na adesão ao uso do medicamento. “É a única sulfoniluréia com um estudo de peso divulgado, o “Advance”, que mostrou redução do risco de complicações microvasculares”. Outra opção é a pioglitazona, que melhora a ação da insulina e está associado à redução de triglicérides, aumento de HDL, (o chamado “colesterol bom”) e redução de pressão arterial. Finalmente, dispomos dos inibidores de DPP-4 os análogos de GLP-1 e os Inibidores de SGLT-2.
Um estudo importante -  O estudo ADVANCE foi desenhado para avaliar o impacto do tratamento intensivo com glicazida comparado ao tratamento habitual. O estudo foi conduzido em 215 centros de pesquisa, em 20 países e incluiu 11.140 pacientes com diabetes tipo 2, acompanhados por 5 anos. A média de idade dos participantes era 66 anos, com doença cardiovascular ou com fator de risco cardiovascular. No fim dos 5 anos, os pacientes que receberam gliclazida MR mostraram controle glicêmico melhor do que os que receberam tratamento habitual. Do total, 2.125 participantes tiveram evento macrovascular maior ou microvascular. O controle glicêmico mais intensivo reduziu a incidência de eventos macro e micro vasculares combinados em 10%. Em relação aos eventos microvasculares, houve significativa redução do risco de 14%.  Houve redução de 6% no risco de eventos macrovasculares maiores, mas sem significância estatística. O total de pacientes que foram a óbito no período foi de 1.031, com 8,9% no grupo intensivo e de 9,6% no controle. Houve redução de risco de 12% em mortes por causas cardiovasculares e 7% em mortes por todas as causas.
A Dra. Erika alerta que muitos pacientes não admitem que têm diabetes e usam termos como “tenho glicose alta”. Assim, acabam não aderindo direito aos tratamentos, o que dificulta o para o tratamento da doença. “Há também o mito que relaciona o início do uso de insulina com o aparecimento de complicações crônicas, do tipo ‘quando meu vizinho começou a usar insulina, ficou cego’, quando na verdade o que causou a complicação foi o tratamento anterior inadequado. Se o paciente se tratar desde o diagnóstico, buscando as metas de controle glicêmico, o risco de complicações é menor. É preciso educar o paciente e derrubar os mitos que atrapalham o tratamento”, afirma a medica.
Marilda de Carvalho Martins