webmaster@boaspraticasfarmaceuticas.com.br

1.16.2015

Prestes a ser executado, brasileiro pede mais uma chance

Marco Archer foi condenado na Indonésia por tráfico de drogas e deve ser fuzilado no próximo domingo


Brasileiro foi condenado à morte após ser preso por tráfico de drogas
Foto: Reprodução

Um vídeo divulgado nesta quinta-feira mostra uma mensagem do brasileiro Marco Archer, condenado à morte por tráfico de drogas na Indonésia que que teve a execução anunciada para o próximo final de semana. Condenado em 2004, ele passou mais de 10 anos no corredor da morte e teve dois pedidos de clemência negados.

Em uma mensagem de áudio, gravada no dia 13 de janeiro, Marco fala do momento pelo qual ele passa, a poucos dias de sua execução. "É um momento muito difícil para mim. Estou ciente de que cometi um erro gravíssimo, mas eu mereço mais uma chance, pois todo mundo erra", disse.

A vontade de Marco é voltar ao Brasil e desenvolver trabalhos de combate às drogas. "Meu sonho é sair daqui e voltar ao Brasil, expor meus problemas aos jovens que estão pensando em se envolver com droga. Quero pedir perdão à minha nação e mostrar que a droga leva a dois caminhos: para a prisão ou à morte", falou.

Faltando menos de uma semana para a execução (no momento da gravação), o brasileiro já se colocou no local de fuzilamento e imaginou o que está por vir. "Eles botam uma venda no seu olho e somos executados a tiros. Meu Deus do céu, não dá nem para explicar", disse.

publicidade
No final da mensagem, Marco diz que vai "lutar até o fim" e que a estrela dele "vai brilhar".
Brasileiro que será executado divulga mensagem de clemênciaClique no link para iniciar o vídeo
Basileiro que será executado divulga mensagem de clemência 
Dilma não é atendida
 Segundo o jornal Folha de S. Paulo desta sexta, o governo brasileiro não tem muita esperança de reverter a situação de Marco. Até a início da noite de ontem, o presidente indonésio Joko Widodo não havia retornado o pedido de ligação da presidente Dilma Rousseff, feito na sexta-feira.O fato de Widodo não ter nem atendido à presidente, que iria fazer o pedido de clemência, causa ruídos na relação entre os dois países. Além de Marco, outro brasileiro, Rodrigo Gularte, também espera no corredor da morte indonésio.Em nota, a Anistia Internacional afirma ser contra a pena de morte e diz que vai pressionar o governo indonésio a não levar adiante a execução.Terra

Carioca de Ipanema será fuzilado na Indonésia por crime de tráfico de drogas

Preso em 2003 ao entrar no país com 13,7 kg de cocaína, ele teve pedidos de clemência negados pelo governo local

O Dia
Rio - Carioca de Ipanema, Marco Archer Cardoso Moreira vai se tornar o primeiro brasileiro da história do país a ser executado por um governo estrangeiro. Condenado à morte na Indonésia por tráfico internacional de drogas, ele ficará frente a frente com um pelotão de fuzilamento neste domingo. Desde 2004, quando recebeu a sentença, Marco, hoje com 53 anos, teve todos os pedidos de clemência feitos por sua defesa e pelo governo brasileiro negados.

De acordo com o principal jornal local, o ‘Jakarta Post’, Marco e outros cinco presos, de várias nacionalidades, serão mortos no domingo. O fuso-horário da Indonésia é de sete horas a mais em relação ao Brasil. Por isso, no horário de Brasília, a pena deverá ser concretizada no próprio domingo, aqui. Caso as autoridades indonésias optem pela execução ainda na madrugada (horário de lá), a morte poderá ocorrer na noite de amanhã no Brasil.
Anistia quer evitar execução de condenados por tráfico de droga na Indonésia

Com pedidos de clemência negado, instrutor de voo livre (à direita na foto) será o primeiro brasileiro executado por tráfico internacional
Foto:  Divulgação

Instrutor de voo livre no Rio, ele foi preso em 2003, ao entrar naquele país com 13,7 kg de cocaína escondidos em tubos de fibra da asa-delta. O porta-voz da Procuradoria Geral da Indonésia M. Prasetyo informou em coletiva de imprensa, ontem, que os acusados souberam na quarta-feira que vão morrer domingo. “Eles poderão se preparar mentalmente e depois poderemos ouvir seus últimos pedidos”, disse.

Marco já foi transferido para outra prisão, conhecida como corredor da morte, onde segue em isolamento. Como ‘último desejo’, pediu bacalhau a uma tia. A mulher viajou a Jacarta e, antes, fez escala em Lisboa para levar a iguaria. Ela também transporta cartas e lembranças de amigos. Moreira é solteiro, não tem filhos e seus pais já morreram. Na Indonésia, a execução é feita por fuzilamento. Doze soldados atiram com rifles no peito do condenado, porém apenas duas armas são carregadas: os carrascos não sabem quem fez o disparo fatal. Caso a pessoa sobreviva, é disparado tiro na cabeça.

Amigo de Archer, o cineasta Marcos Prado conversou com o preso há dois dias e disse que ele está assustado.Segundo Prado, o carioca ainda tinha a esperança de não ser executado e quer servir de exemplo para os jovens que pensam em levar drogas para outro país.

O advogado de Archer, Utomo Karim, esteve com ele na cela de isolamento, quarta-feira, e disse que o brasileiro está em estado de choque, triste e com medo. Marco disse ainda que não quer morrer. O prisioneiro chegou a pensar que a execução seria na quarta e entrou em pânico, segundo Karim.

Brasil tentou negociar, mas foi em vão
O advogado de Archer, Utomo Karim, afirmou que o governo brasileiro enviou carta à Indonésia pedindo que o carioca fosse extraditado e cumprisse pena no Brasil, mas que não havia mais tempo para manobras legais. Apesar da impossibilidade de negociação, a presidenta Dilma Rousseff solicitou, semana passada, conversa com o novo presidente da Indonésia, Joko Widodo.

Foto feita em 2004 mostra Archer na cadeia, um ano após ser capturado: ele tinha esperanças de ser salvo
Foto:  Banco de imagens

No dia 31 de dezembro, ele negara o pedido de Marco. Em nota, o Itamaraty disse que o governo continua mobilizado e avalia todas as possibilidades, mas sem detalhá-las. Em 2005, o ex-presidente Lula já havia feito pedido de clemência. Cinco anos depois, o ex-governante também enviou carta ao então presidente da Indonésia, Susilo Bambang Yudhoyono. Em 2011, foi a vez de Dilma se encontrar com o mandatário para fazer o pedido.
Nesta quinta-feira, a Anistia Internacional repudiou a decisão do governo indonésio. O carioca afirma que tentou entrar no país com a droga porque precisava de dinheiro para pagar dívida com um hospital onde se tratara de acidente

Nenhum comentário:

Postar um comentário