BRASÍLIA - As expressões usadas pelo
ministro da Fazenda,
Joaquim Levy, para classificar o programa
de desoneração da
folha de pagamento adotado no primeiro
mandato da presidente
Dilma Rousseff repercutiram mal
dentro do governo. Técnicos
da própria equipe econômica consideram que,
ao chamar a política
de "grosseira" e dizer que ela foi uma "brincadeira",
Levy agiu como
se integrasse um governo de oposição e não
de continuidade. Há uma
avaliação no governo de que a atitude, repreendida
até pela presidente,
pode tornar mais difícil a aprovação, no Congresso,
da medida provisória
(MP) que tira o benefício das empresas contribuírem
para a previdência
sobre o faturamento e não sobre a folha de salários.
empresariais também já se articulam para
convencer parlamentares a flexibilizar as mudanças
no regime de tributação e evitar aumento da
carga tributária.
ministro da Fazenda,
Joaquim Levy, para classificar o programa
de desoneração da
folha de pagamento adotado no primeiro
mandato da presidente
Dilma Rousseff repercutiram mal
dentro do governo. Técnicos
da própria equipe econômica consideram que,
ao chamar a política
de "grosseira" e dizer que ela foi uma "brincadeira",
Levy agiu como
se integrasse um governo de oposição e não
de continuidade. Há uma
avaliação no governo de que a atitude, repreendida
até pela presidente,
pode tornar mais difícil a aprovação, no Congresso,
da medida provisória
(MP) que tira o benefício das empresas contribuírem
para a previdência
sobre o faturamento e não sobre a folha de salários.
empresariais também já se articulam para
convencer parlamentares a flexibilizar as mudanças
no regime de tributação e evitar aumento da
carga tributária.
— Ele perdeu um pouco da força para
passar a medida
no Congresso.
tivesse sido mais cuidadoso na fala, teria terminado
a semana com vitória.
Mas acabou com um puxão de orelha — disse um
técnico do governo.
passar a medida
no Congresso.
tivesse sido mais cuidadoso na fala, teria terminado
a semana com vitória.
Mas acabou com um puxão de orelha — disse um
técnico do governo.
— Agora, além de enfrentar resistência nas mudanças
em benefícios
trabalhistas e previdenciários, o governo também
vai ter que dificuldades
para defender no Congresso o aumento na tributação
das empresas, que
foi muito duro — afirmou outro integrante da equipe
econômica.
em benefícios
trabalhistas e previdenciários, o governo também
vai ter que dificuldades
para defender no Congresso o aumento na tributação
das empresas, que
foi muito duro — afirmou outro integrante da equipe
econômica.
Essa percepção de que será difícil aprovar as medidas
é reforçada pelas
empresariais, que prometem combater a MP na qual
o governo aumentou
em 150% as alíquotas da contribuição previdenciária
cobrada sobre o
faturamento. Elas passaram de 2% para 4,5% e de
1% para 2,5%
dependendo do setor. Na prática, a alta anulou o
incentivo de desoneração
da folha de salários, que começou a vigorar em 2011.
é reforçada pelas
empresariais, que prometem combater a MP na qual
o governo aumentou
em 150% as alíquotas da contribuição previdenciária
cobrada sobre o
faturamento. Elas passaram de 2% para 4,5% e de
1% para 2,5%
dependendo do setor. Na prática, a alta anulou o
incentivo de desoneração
da folha de salários, que começou a vigorar em 2011.
A Federação das Indústrias do Estado de
São Paulo (Fiesp) já começou a
preparar uma frente de combate à MP e às
demais ações de aumento de
impostos, anunciadas pelo governo para garantir
a meta de superávit primário
de R$ 66,3 bilhões, ou 1,2% do Produto Interno
Bruto (PIB, soma de bens e
serviços produzidos no país).
São Paulo (Fiesp) já começou a
preparar uma frente de combate à MP e às
demais ações de aumento de
impostos, anunciadas pelo governo para garantir
a meta de superávit primário
de R$ 66,3 bilhões, ou 1,2% do Produto Interno
Bruto (PIB, soma de bens e
serviços produzidos no país).
Segundo interlocutores do presidente da Fiesp,
Paulo Skaf, ele começou a
conversar com líderes das centrais sindicais para
que elas também ajudem a
derrubar no Congresso o aumento da carga
tributária para o setor produtivo.
Paulo Skaf, ele começou a
conversar com líderes das centrais sindicais para
que elas também ajudem a
derrubar no Congresso o aumento da carga
tributária para o setor produtivo.
— A Fiesp vai fazer tudo contra a MP. Ela está
articulando uma ampla frente
de combate às medidas que aumentam os impostos
— disse um interlocutor das indústrias de São Paulo.
articulando uma ampla frente
de combate às medidas que aumentam os impostos
— disse um interlocutor das indústrias de São Paulo.
PRIMEIRA IDEIA ERA AJUSTE MENOR
Técnicos do Ministério da Fazenda revelaram que
Levy queria que as mudanças no programa de
desoneração da folha fossem ainda mais duras.
Durante as conversas
sobre a medida, a primeira ideia era apenas a
retirada de alguns setores do programa.
Num mesmo segmento havia empresas que
foram beneficiadas e outras que foram prejudicadas
pela mudança da cobrança da contribuição previdenciária
da folha de salários para o faturamento. Assim,
esses setores poderiam ser excluídos.
No entanto, Levy também achou necessário
tratar das alíquotas cobradas sobre o faturamento e,
segundo essas fontes, elevar ainda mais as
alíquotas da contribuição ao INSS.
Levy queria que as mudanças no programa de
desoneração da folha fossem ainda mais duras.
Durante as conversas
sobre a medida, a primeira ideia era apenas a
retirada de alguns setores do programa.
Num mesmo segmento havia empresas que
foram beneficiadas e outras que foram prejudicadas
pela mudança da cobrança da contribuição previdenciária
da folha de salários para o faturamento. Assim,
esses setores poderiam ser excluídos.
No entanto, Levy também achou necessário
tratar das alíquotas cobradas sobre o faturamento e,
segundo essas fontes, elevar ainda mais as
alíquotas da contribuição ao INSS.
Com a alteração do programa, a renúncia fiscal
anual com a desoneração da folha de R$ 25
bilhões para R$ 12,2 bilhões. Isso significa
ajuda adicional de
R$ 12,8 bilhões para o superávit primário,
a partir do ano que vem. Em 2015,
ajuda para a meta fiscal será de R$ 5,3 bilhões,
porque a medida entra em vigor em junho.
anual com a desoneração da folha de R$ 25
bilhões para R$ 12,2 bilhões. Isso significa
ajuda adicional de
R$ 12,8 bilhões para o superávit primário,
a partir do ano que vem. Em 2015,
ajuda para a meta fiscal será de R$ 5,3 bilhões,
porque a medida entra em vigor em junho.
Na defesa das medidas, o governo pretende
argumentar que o ajuste fiscal é uma que
está sendo dividida por toda a sociedade
e exigirá sacrifícios de todos: governo,
empresários e trabalhadores.
argumentar que o ajuste fiscal é uma que
está sendo dividida por toda a sociedade
e exigirá sacrifícios de todos: governo,
empresários e trabalhadores.
http://oglobo.globo.com/
Nota bpf: As opiniões que vão alem da informação fica na linha conservadora do jornal O Globo.
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