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4.20.2015

Revoltado com namorada, lutador mata hóspede em hotel


 Foto: Reprodução

Após surtar ao saber que filho que namorada espera não era seu,

 Rafael Queiroz, lutador 

de jiu-jitsu, espancou até a morte um hospede em um hotel sem 

motivo aparente

O lutador profissional de jiu-jitsu Rafael Martinelli Queiroz, de 27

 anos, morador 

de Araçatuba (SP), foi preso acusado de espancar até a morte 

Paulo César de Oliveira,

 de 49 anos, no hotel Vale Verde, em Campo Grande (MS). Segundo

 a polícia, a morte

 teria ocorrido na noite de sábado após o lutador agredir a namorada

 de 24 anos ao

 descobrir que o filho que ela espera não é dele. A moça conseguiu

 fugir pelos corredores

 e se esconder na recepção. Nervoso, o lutador foi atrás da 

namorada, quebrando objetos

 e arrombando portas de apartamentos onde a namorada 

pudesse estar escondida

. No apartamento 216, ele encontrou Oliveira, que sem motivo 

aparente, foi espancado 

até a morte. A vítima, de acordo com a Polícia, não conhecia 

o casal e faria aniversário

 nesta segunda-feira.A moça conseguiu descer e avisar a

 recepção do hotel

 sobre o problema. Alertada pelo aviso e por barulhos no segundo andar,

 a recepcionista subiu e encontrou móveis e apartamento destruídos. 

Ao entrar no apartamento 216, viu Oliveira caído, já morto. Exames

 periciais constataram que a vítima apresentava ferimentos na cabeça

 e no rosto. Um dos ferimentos teria sido provocado por um golpe 

desferido com uma cadeira de madeira por Queiroz.Segundo 

informações do Boletim de Ocorrência e da Polícia Civil, o casal

 estava no apartamento 221 do segundo andar do hotel. 

Queiroz participaria de uma competição na noite de sábado,

 mas antes disso se desentendeu e agrediu a namorada, que

 conseguiu sair do apartamento. Nervoso, o lutador saiu atrás da

 moça, batendo de porta em porta. No trajeto, quebrou forro de

 gesso, derrubou extintores e danificou portas de apartamentos,

 entre eles o de Oliveira, que foi espancado pelo lutador até morrer.

O caso foi registrado na Delegacia de Pronto Atendimento

Comunitário (Depac), no centro de Campo Grande e deve ser 

apurado pelo 1° Distrito Policial. Como é ponto facultativo na

 cidade, Queiroz, que foi preso em flagrante por homicídio doloso,

 só deverá contar sua versão em depoimento marcado para esta

 quarta-feira, informou o delegado plantonista do Depac Bruno

 Uruban. Também nesta quarta-feira, a Justiça deverá decidir

 sobre o pedido de prisão preventiva feito pelo delegado Tiago

 Macedo dos Santos, que atendeu o caso na noite de sábado.

 Enquanto isso, o lutador, que já foi campeão mundial de 

sua categoria em 2008, ficará preso na carceragem do Grupo 

Armado de Resgate e Repressão a Assaltos e Sequestros (Garras).

O lutador, segundo a polícia, também destruiu câmeras do 

sistema de vigilância do hotel, que registraram a confusão.

 Uma das imagens mostra o momento em que a moça aparece

 correndo pelo corredor e Queiróz, de camiseta, short e boné, 

a persegue. O lutador tentou dispensar o boné e a camiseta

 para fugir do flagrante, mas as imagens o denunciaram.

Um relato à imprensa, o delegado Thiago Santos disse que

 foram necessários dez policiais militares para conter o rapaz,

 de 1,90 e 140 quilos, que resistiu à ordem de prisão.

 Segundo ele, os laudos deverão concluir que, devido à força 

e violência empregada por Queiroz, ele tinha objetivo de matar

 “gratuitamente”. “Ele matou de graça, como mataria quem

 encontrasse pela frente”, disse o delegado aos jornalistas. 

Devido à violência do rapaz, o delegado não o ouviu na mesma

 noite. O depoimento deve ocorrer nesta quarta-feira.Amigos 

de Queiroz, ouvidos pela reportagem, disseram que o lutador é 

calmo e carinhoso, mas teria se revoltado com a namorada ao

 saber que o filho que ela espera não é dele. O presidente da 

Federação de Jiu-Jitsu Desportivo do Mato Grosso do Sul, Fábio

 Rocha, disse ter se encontrado duas vezes com o lutador. 

Em uma delas, Queiroz estaria com a namorada e recomendou 

ao casal que fossem descansar para se preparar para a luta da

 noite. Na outra, por volta das 22 horas, Queiroz “estava sem

camisa e com as mãos sujas de sangue, transtornado, procurando 

uma pessoa que não sabia dizer quem era”. De acordo com Rocha,

 o rapaz não tem histórico de confusão ou de uso de substâncias

 ilegais.A reportagem não conseguiu localizar os advogados de

Queiroz. O hotel expediu uma nota afirmando que os 

acontecimentos foram de ‘natureza fortuita”, que possui sistema

 de monitoramento e que as imagens gravadas foram entregues à polícia.


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