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6.02.2015

Aprenda a Investir em Imóveis

 

Aprenda a Investir em Imóveis 
Como você tem organizado esses investimentos até o momento?
Essa é uma das primeiras perguntas que eu faço às pessoas que acompanham os relatórios de aposentadoria da Empiricus.
Tenho uma estatística formada pelas respostas. Em aproximadamente 44% dos casos, o leitor cita pelo menos um tipo de patrimônio imobiliário. Para aqueles com mais de 35 anos, a proporção salta acima de 56%.
Só para esclarecer: não vale falar da casa em que você mora, nem do apartamento na praia. A resposta admite apenas imóveis detidos para fins de investimento.
Não há surpresa nesses percentuais elevados. Imóveis combinam perfeitamente com estratégias de enriquecimento em longo prazo, por casarem rendimentos recorrentes com valorização do capital investido.
O curioso é que mesmo quem não cita imóveis gostaria de citar, pois coloca a categoria como resposta de outra das perguntas que eu faço: quais investimentos você imagina como ideais para compor um plano perfeito de aposentadoria?
O brasileiro gosta de investir em imóveis, e tem razões históricas para justificar esse gosto. Há de ter razões futuras também.
Como tornar o investimento em imóveis mais acessível?
Minha solução preferida: fundos imobiliários listados em Bolsa, os chamados FIIs.
A partir de R$ 5.000, você começa a aplicar em FIIs de maneira simples e vantajosa, recebendo alugueis mensais sobre uma parte de imóveis comerciais, residenciais, galpões, hospitais, escolas, hotéis, agências bancárias etc…
Sabe aquele predião na Av. Paulista que você adora ver decorado no Natal? Um pedaço dele pode ser seu, e você aluga esse pedaço para ganhar dinheiro todo mês.
Assim fica mais fácil decorar seu próprio Natal em 2024.
E os fundos imobiliários têm muitas vantagens que tornam o investimento atrativo.
O rendimento distribuído dos FIIs possui isenção fiscal. Isso mesmo, imposto zero. O único imposto cobrado do cotista são os 20% sobre o ganho de capital no momento de venda das cotas.
A proteção à inflação ocorre pois a maioria das receitas dos ativos imobiliários é atualizada anualmente por indicadores como IGP-M e IPCA. Isso impede que o investimento fique parado no tempo.
Além disso, comprando uma cota no lugar de uma imóvel, você se livra do trabalho de administração do imóvel, que fica a cargo de uma instituição com expertise no assunto.


Outro dia eu estava conversando com um desses 
consultores financeiros para clientes “private” 
(aqueles que têm mais de US$ 1 milhão em 
ativos) com sede em Miami, EUA e comentamos
 sobre a verdadeira montanha russa que um 
conhecido meu tinha experimentado no mercado
 nos últimos 14 anos.
Veja, há 14 anos esse conhecido havia 
comprado um apartamento por US$ 100 mil.
 Este apartamento chegou a valer mais de 
US$ 1 milhão 5 anos depois (no momento 
de pico de mercado); mas com a crise de
 2008 voltou aos US$ 100 mil iniciais. 
Atualmente o mesmo apartamento está 
avaliado em torno de US$ 350 mil. Como esse
 é o imóvel de moradia e tinha sido comprado por um bom 
preço, toda essa flutuação acabou sendo só 
uma história para contar para os netos.
Agora imagine se você tivesse tido o azar 
de comprar este imóvel no pico de 
US$ 1 milhão e, pior do que isso, se o tivesse 
comprado financiado. Isso seria um erro que
 poderia ter acabado com a vida financeira 
de qualquer um, não é?
Mas o que afinal é uma bolha imobiliária?
Para sabermos se estamos em uma bolha 
imobiliária ou não aqui no Brasil, precisamos
 primeiro entender do que se trata. 
Usando como exemplo o que aconteceu 
no mercado americano e com base na 
premissa de que um gráfico vale mais do 
que mil palavras, bolha imobiliária é isso:
grafico preço imoveis Las Vegas
Este é um gráfico dos preços dos imóveis em Las Vegas,
 EUA desde 2001. Os preços mais do que dobraram e
 voltaram ao mesmo patamar de antes da bolha. Houve 
uma queda de mais de 60% para quem comprou lá no pico.
 O mercado de Las Vegas foi um dos que mais sofreu
 com a crise americana. Na média, o mercado americano 
caiu 27% do pico ao fundo da crise.
Contudo, é importante explicar: quando um mercado 
imobiliário está com preços nas nuvens não necessariamente
 significa que está sob uma bolha. E por quê?
Pois a bolha se caracteriza por um mercado imobiliário:
I) Com preços substancialmente maiores do que os 
historicamente observados
II) Principalmente por causas insustentáveis no l
ongo prazo que, consequentemente, resultam em 
uma forte queda de preços em um período seguinte.
Para exemplificar o item I acima, no caso americano
 o fator insustentável principal e que inflou 
(e desinflou) os preços foi o nível excessivo de 
crédito imobiliário oferecido por lá. Foram 
US$ 6 trilhões a mais de crédito entre 2003 e 2008,
 equivalente a 150% do PIB atual do Brasil, concedido
 em crédito às famílias americanas para a compra 
de imóvel! É muita coisa.
Mas e no Brasil? O forte crescimento dos preços 
dos imóveis (quintuplicaram desde 2001) e o 
expressivo aumento de 5x na participação de 
financiamentos no PIB desde 2007 configuram a
formação de uma bolha que está prestes a estourar?
.

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