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6.19.2015

Mais de 21 milhões de iemenitas precisam de assistência humanitária urgente



De acordo com a ONU, mais de seis milhões 

de pessoas, um em cada cindo iemenitas,

 estão passando fome. Diplomatas tentam 

negociar cessar-fogo em Genebra




Mulheres caminham em área bombardeada pela coalizão da Arábia Saudita em Sana’a, capital do Iêmen
Mulheres caminham em área bombardeada pela coalizão da Arábia 
Saudita em Sana, capital do Iêmen(Khaled Abdullah/Reuters)
Mais de 21 milhões de iemenitas, 80% da população, precisam 
de assistência humanitária urgente, alertou nesta sexta-feira 
o Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários da 
Organização das Nações Unidas (ONU). "Estamos diante de
 uma catástrofe humanitária", disse em entrevista coletiva 
Jens Laerke, porta-voz da ONU, acrescentando que 
"os serviços públicos estão colapsando em todas as regiões do país".
Elisabeth Byrs, porta-voz do Programa Mundial de 
Alimentos, outro órgão vinculado à ONU, denunciou que 
mais de seis milhões de pessoas sofrem com insegurança
 alimentar severa "a níveis de emergência e precisam de 
assistência humanitária imediata". O termo insegurança
 alimentar é o jargão técnico para pessoas que estão passando
 fome diariamente. "Este número de seis milhões de pessoas
 que precisam de ajuda urgente constitui um em cada cinco 
iemenitas", completou Elisabeth. O Programa Mundial de 
Alimentos conseguiu distribuir nas últimas semanas comida 
para 1,7 milhão de pessoas em onze regiões, mas a porta-voz
 assumiu que é uma fração muito exígua do que realmente
 deveria ser entregue.

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Ismail Ould Cheikh, o diplomata da ONU que está tentando 
intermediar um cessar-fogo no Iêmen, espera anunciar 
progresso até o fim desta sexta-feira, mas as conversas 
podem continuar ao longo do fim de semana em Genebra, 
disse o porta-voz da Ahmad Fawzi. "Seu maior objetivo
 é chegar a um fim das hostilidades, ele está trabalhando 
arduamente para chegar a isto, para que também 
possamos acertar um mecanismo que não só monitore 
o fim dos conflitos, mas entregue ajuda o mais rápido 
possível", disse Fawzi.
O Iêmen vive uma grave crise política desde 2011, que
 se aguçou com o levante armado dos rebeldes
 xiitas houthis, que contam com o apoio do Irã. Em 
março, os rebeldes expulsaram o governo da capital Sana
 e entraram em confronto com as forças leais ao presidente 
expulso Abd Rabbo Mansour Hadi, que está refugiado 
em Riad. A Arábia Saudita lidera uma coalizão que 
combate os rebeldes houthis.

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