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7.26.2015

MAU HÁLITO AFETA MAIS DE 30% DA POPULAÇÃO NO BRASIL


Mau hálito afeta mais de 30% da população no BrasilCom mais de 600 tipos de bactérias na cavidade oral, muitas delas capazes de produzir gases com odor desagradável devido à metabolização de materiais orgânicos como restos de alimentos, a boca merece cuidados especiais. 



Cerca de 60 milhões de pessoas no Brasil sofrem com a halitose, ou mau hálito. O problema acomete mais de 30% da população, causa constrangimentos e atrapalha a convivência social, e é sinal de que algo não vai bem no organismo. A dentista Sandra Duvoisin explica que mais de 90% das halitoses são causadas pela ação da flora bacteriana natural presente na orofaringe – boca (incluindo língua, palato, gengivas e dentes) e a parte da garganta logo atrás da boca (base da língua, amígdalas, parte lateral e posterior da garganta).

Com mais de 600 tipos de bactérias na cavidade oral, muitas delas capazes de produzir gases com odor desagradável devido à metabolização de materiais orgânicos como restos de alimentos, a boca merece cuidados especiais. “A principal responsável pelo mau hálito é a saburra lingual, também conhecida como biofilme lingual, que se caracteriza por uma placa bacteriana de cor amarelada que se forma no fundo da língua, mas há casos também de doenças da gengiva, cáries e outras complicações”, diz a especialista.

De acordo com Sandra Duvoisin, muitas bactérias estão presentes nos tecidos de sustentação dos dentes, provocando doenças como gengivite e periodontite, e podem causar mau hálito. Há ainda os estreptococos causadores da cárie e seus agravantes. “Além disso, faringites e amigdalites podem interferir no processo da halitose”, continua a dentista, lembrando que o mau hálito pode ser atribuído ao estômago apenas em duas situações básicas: eructação gástrica, ou arroto, e refluxo gastroesofágico, quando há uma deficiência no funcionamento da válvula que separa o esôfago do estômago.

Pessoas que dormem de boca aberta ou não tem selamento labial adequado, causando o ressecamento da mucosa, também são suscetíveis. “Durante a noite é comum a diminuição do fluxo salivar, o que justifica a halitose matinal. Há ainda a halitose por ingestão de alimentos como alho e cebola. Neste caso, o incômodo ocorre porque após a absorção dos alimentos, eles caem na corrente sanguínea, participam da troca gasosa no pulmão e seu cheiro é exalado pelas vias aéreas superiores. Isso explica porque aquela tentativa de escovar os dentes várias vezes depois de consumir estes alimentos não elimina o odor”, revela Sandra.

Embora se manifeste de forma desagradável e tenha mais de 60 causas distintas, segundo a Associação Brasileira de Halitose (ABHA), o mau hálito pode ser evitado ou controlado. “É muito importante a manutenção da saúde geral e o hábito de ingerir de 2 a 3 litros de água por dia. A dica é levar uma vida saudável, evitar o excesso de bebidas alcoólicas, controlar o estresse e consumir alimentos saudáveis como frutas e verduras”, ensina a dentista.

Para prevenir a halitose, há ainda outros cuidados simples, mas essenciais. Sandra Duvoisin ensina que fazer a higiene oral pelo menos três vezes ao dia é o primeiro passo. “É necessário também escovar a língua no sentido de posterior (fundo) para anterior (fora) com a ajuda de escovas dentais ou raspadores de língua”, orienta. Quem costuma ingerir alimentos que se aderem mais às papilas linguais, como alho, cebola, leite, queijos e molhos, a orientação é consumir um alimento adstringente em seguida, como laranja, maçã, pepino, gengibre, hortelã ou salsa.

Outra dica importante é manter as escovas dentais limpas e descontaminadas. Isso porque uma boca saudável e uma flora bucal equilibrada podem ser alteradas por contaminação e recontaminação de bactérias escondidas nas escovas. As bactérias encontram nas cerdas úmidas um meio ideal para proliferação e, por isso, é essencial que as escovas estejam protegidas e limpas. “Com a flora bucal desequilibrada há um aumento do número de bactérias causadoras da halitose, além da possibilidade de transmissão de doenças como cáries, gengivites, amigdalites, meningites, pneumonia, endocardite bacteriana, entre outras”, alerta.

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