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12.05.2016

É jovem e não quer rasgar dinheiro? Tome essas 4 precauções


Novo na Genial? O jeito mais simples de investir. Mais que números, entendemos de pessoas, de suas necessidades e desejos. Entendemos também suas dúvidas: “O que fazer com o meu dinheiro? Onde investir? Quando? Por quanto tempo?”. Conheça mais.
O que fazer para não jogar seu suado dinheirinho no lixo no início da vida adulta
Mulher jovem espera o metrô
Jovem no metrô: o jovem tem o tempo a seu favor, mas é preciso ter objetivos e organização

Dizem que o jovem tem saúde e tempo, mas não tem dinheiro; que o adulto tem saúde e dinheiro, mas não tem tempo; e que o velho tem dinheiro e tempo, mas já não tem saúde. Realmente é complicado equilibrar as três coisas. Mas acho que talvez os jovens tenham uma ligeira vantagem.
Tempo e saúde são mais difíceis de obter e manter do que dinheiro. Além disso, o jovem tem o tempo a seu favor: para poupar, para cometer alguns erros e para aprender as coisas com calma, do zero e sem vícios. Ser iniciante tem algumas vantagens, como já falamos por aqui. Não é pouco.
O lado ruim é a falta de conhecimento e de experiência. É na juventude que fazemos algumas das escolhas mais importantes da nossa vida, e certos erros, se não evitados ou corrigidos a tempo, podem ter graves consequências no futuro.
Em relação ao dinheiro, especificamente, uma coisa é certa: a falta dele é um problema menor do que não saber administrá-lo. Se você é adolescente, jovem adulto ou se tem filhos nessas fases da vida, essas dicas são para você:
1. Defina objetivos de vida
As escolhas da juventude podem parecer pesadas para quem tem pouca experiência de vida. Arrumar um emprego, fazer uma faculdade ou os dois? Planejar abrir um negócio? Fazer um curso técnico? Sair da casa dos pais ou ficar mais um pouco? Estudar perto de casa, em outra cidade ou no exterior?
As possibilidades confundem e angustiam, principalmente quando são muitas. Sem dúvida, não é fácil acertar na mosca, e não raramente, muita gente muda de rumo mais tarde.
Mas de acordo com a educadora financeira especializada em crianças Cássia d’Aquino, mudar de rumo depois não é o maior problema. Para ela, não ter objetivos de vida claros desde o início é o que mais complica a relação do jovem com o dinheiro.
Em outras palavras, a falta de objetivos profissionais é apenas parte de um problema maior: os jovens têm dificuldade de se ver no futuro.
“Se eles não se derem conta do rumo que querem dar para a vida em cinco, dez, 30 anos, estão perdidos. É uma geração que está crescendo sem rumo, sem saber o que quer. Mas que quer gastar. Parte da preparação para o futuro passa pela criação de poupança e de estratégias financeiras”, diz.
Talvez o mais importante seja tirar um pouco a mente do consumo e pensar onde você vai querer estar em cada fase da sua vida daqui para frente. Esse processo pode até facilitar na hora de escolher a profissão.
Por exemplo, você já pensou se gostaria de se casar algum dia? De ter filhos? De ajudar seus pais financeiramente? De ser milionário? De viajar bastante? De morar no exterior? De manter hobbies caros?
Não é fácil definir com precisão a resposta para todas essas perguntas imediatamente, mas você pode também estimar a sua propensão a mudar de ideia.
Definir objetivos é um dos passos mais importantes para fazer boas escolhas financeiras. Eles são a cenoura na frente do seu nariz, aquilo que incentiva você a poupar, e te dão maior consciência de quanto você vai precisar juntar para bancá-los.
2. Cuidado com o cartão de crédito
Na opinião de Cássia d’Aquino, cartões de crédito só devem ser introduzidos na vida dos jovens no início da idade adulta, e mesmo assim com acompanhamento e supervisão dos pais.
Para ela, os plásticos não são ferramentas adequadas para a educação financeira de crianças e adolescentes, porque a ideia de dinheiro por trás deles é muito abstrata. “Poucas pessoas têm controle para cartão de crédito. É difícil até para os adultos”, afirma.
Cartões compartilhados por toda a família não melhoram o cenário, pois são capazes de fazer todo mundo ali perder o controle.
“Os adolescentes não estão preparados para usar o cartão de crédito. Eles costumam ser mais impulsivos e achar que nada vai dar errado. Dar um cartão de crédito na mão de um adolescente é pedir muito mais do que ele pode entregar”, acredita a educadora.
O cartão de crédito pode ser um aliado ou um vilão, dependendo de como é usado. Em outro post, falei sobre as quatro piores coisas que você pode fazer com o cartão de crédito, para você saber exatamente o que evitar.
3. Acredite: pedir ajuda aos mais velhos é uma boa ideia
Especialistas concordam que a boa educação financeira começa em casa, mas muitas vezes as famílias falham nesse quesito. Uma boa forma de o jovem driblar isso é tomando a iniciativa de recorrer a pais e avós, ou mesmo a outros mentores mais velhos.
Eles podem tirar suas dúvidas e dar orientações em momentos importantes como a sua primeira grande viagem com recursos próprios, a compra do primeiro carro, o aluguel ou a compra do primeiro imóvel, ou mesmo nas escolhas de carreira.
Mas para isso, é preciso estar aberto, ter consciência de que você não sabe tudo e, principalmente, que há muitos riscos que você desconhece. Excesso de otimismo é uma grande armadilha, pode acreditar!
A grande questão é encontrar bons mentores, já que pais com mau comportamento financeiro podem acabar contaminando os filhos e atrapalhando mais do que ajudando.
“Minha hipótese é que o mar de crédito barato dos últimos anos, se não banhou os jovens, banhou os pais. É o modelo dos pais que é passado para os filhos, mas eles também foram contaminados pela euforia do consumo”, diz Cássia d’Aquino.
4. Se vai morar sozinho, tenha preocupação extra com a organização
Quem sai da casa dos pais para morar sozinho ou com amigos pode ter certas dificuldades de se organizar no início, por não saber de fato como as finanças da casa funcionam.
Afinal, as contas não se pagam sozinhas, o papel higiênico não nasce no rolo, nem a comida brota na geladeira. Quer dizer, se você esquecer uma cebola lá por muito tempo, até brota.
“Os jovens se esquecem desde as menores coisas, como fazer a lista do supermercado, até a anotação de todos os gastos e as datas de pagar as contas”, diz a Cássia d’Aquino.
É comum, nessa fase, gastar demais no supermercado, pagar alguns juros e multa pelos atrasos nas contas e até entrar no cheque especial porque o jovem ainda não se deu conta que não poderá mais gastar tanto com lazer quanto antes.
“Neste novo momento, o jovem é o responsável pelo contorno que dá à própria vida. Não dá mais para fazer tudo o que fazia quando morava com os pais. Às vezes é preciso resistir à pizza e à balada”, diz d’Aquino.
Para ela, este é um momento de euforia para boa parte dos jovens, e de fato é uma fase legal. Mas os pais devem prepará-los para “soltar os filhos no mundo”, ensinando a importância de guardar as contas pagas e montar um orçamento, por exemplo.
Neste post tem algumas dicas para você frear aquele seu impulso por gastar demais, e este outro ensina o passo a passo de organizar as finanças e montar um orçamento de maneira bem simples.

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