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11.12.2016

TRUMP, Estudantes sabem muito bem o que é PEC, Repatriação, Vendendo ativos da Petrobras(Parente), Reeleição de Maia e Farra de voos dos ministros golpistas.


Trump é da turma

MIKE SEGAR
"Assim como na campanha do Brexit, Trump se aproveitou do ressentimento das classes médias e trabalhadoras brancas dos EUA com seu empobrecimento e com sua falta de perspectivas para construir um discurso nacionalista e xenófobo de grande apelo popular. Seu slogan Make America Great Again e suas críticas aos imigrantes e a países como México e China, que “roubam empregos dos norte-americanos”, calaram fundo na massa de empobrecidos, endividados e desempregados em que se transformou a outrora pujante classe média norte-americana"; a análise é do colunista Marcelo Zero; segundo ele, "Trump não é a solução para a questão da desigualdade crescente, o empobrecimento e a falta de empregos de qualidade nos EUA"; para o colunista, no governo, Trump jamais será um presidente “antiglobalização”, ele será apenas um presidente anti-imigração, com largas pitadas de islamofobia, misoginia, racismo,etc"
Estudantes a Temer: sabemos o que é PEC e vamos 'ocupar tudo'
Com a Praça da Sé, na região central de São Paulo, totalmente ocupada, no início da noite de ontem (11), a presidenta da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), Camila Lanes, reagiu a comentário do presidente Michel Temer, para quem os alunos podem nem saber o que é uma proposta de emenda à Constituição (PEC); "Temer, os estudantes estão indo pra Brasília e vão ocupar as escolas e a cidade contra sua política que pretende destruir o país. Não vai ter limites para a luta dos estudantes, vamos ocupar tudo", disse ela; durante todo o dia, manifestantes protestaram em todo o país contra a PEC 55, de controle de gastos públicos, e contra a Medida Provisória (MP) 746, de reforma do ensino médio




União deve depositar cota da repatriação para mais 16 estados

Foto: Dorivan Marinho/SCO/STF (01/03/2016): <p>Brasília- DF- Brasil 01/03/2016- Ministra Rosa Weber durante sessão da 1ª turma do STF. Foto: Dorivan Marinho/SCO/STF (01/03/2016)</p>
Ministra Rosa Weber estendeu sua decisão monocrática para que o governo federal deposite em uma conta judicial um valor maior do que o previsto inicialmente da cota da arrecadação obtida com a regularização de bens mantidos por brasileiros no exterior sem declaração à Receita Federal; estados de Piauí e Pernambuco já havia sido beneficiados com esta decisão; a nova liminar de Rosa Weber atendeu a pedido feito em uma ação coletiva ajuizada no Supremo pelos governos de Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Santa Catarina, Roraima, Pará, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Tocantins

FUP: Parente faz Black Friday para vender barato ativos da Petrobras

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A Federação Única dos Petroleiros (FUP) publicou texto em seu site no qual condena a redução dos valores do ativos da Petrobras, medida tomada pelo atual presidente da estatal, Pedro Parente; para a entidade, "não faz sentido algum a companhia reavaliar ativos, se já fez isso esse ano, em 2015 e em 2014"; a FUP denuncia que "os principais ativos depreciados são justamente os que estão na linha de corte para serem privatizados: campos de produção, termelétricas, Complexo Petroquímico de Suape, Araucária Fertilizantes, Usina de Biodiesel de Quixadá, Comperj, entre outros"; para a federação, "o desmonte que o governo Temer vem fazendo na Petrobras é explícito"; "Se não forem contidos, Pedro Parente e Michel Temer continuarão agindo para enfraquecer a Petrobrás, em um caminho sem volta para a privatização"

Centrão quer prévias para barrar reeleição de Maia

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Partidos que formam o chamado "centrão" se prepararam para entrar numa guera jurídica para impedir que o atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), seja candidato à reeleição ao cargo; bloco que reúne PP, PR, PSD, PTB, PRB, entre outros, argumentam que Maia tenta manobra ilegal para continuar no poder por mais dois anos; "Está escrito que não pode ter recondução, independentemente se é ou não mandato-tampão", afirma o líder do PTB, Jovair Arantes, pré-candidato a presidente; racha na base aliada poderá afetar a votação da agenda econômica do presidente Michel Temer, sobretudo a reforma da Previdência



MPF vai investigar ‘farra’ de voos da FAB por ministros de Temer

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Ministério Público Federal do Distrito Federal determinou abertura de inquérito civil público para investigar irregularidades cometidas por ministros do governo Michel Temer no uso de aviões da Força Aérea Brasileira (FAB); auxiliares de Temer fizeram 238 viagens que tiveram como destino ou origem a sua cidade de residência sem uma justificativa considerada adequada nas agendas oficiais divulgadas pela internet; campeão de irregularidades é o ministro da Justiça, Alexandre de Morais, que das 85 viagens que fez, 48 não foram justificadas; FAB terá 15 dias para repassar informações sobre as viagens, como as justificativas dos voos e os custos dos deslocamentos

Esse dinheiro (R$ 1 milhão) não me pertence, ele apareceu naminha conta só para me prejudicar.

OAB cobra Temer sobre cheque da “propina” e pode apoiar cassação

A Ordem dos Advogados do Brasil já sinaliza que pode apoiar a queda de Michel Temer, que enfrenta ação de cassação no Tribunal Superior Eleitoral; "É absolutamente necessário e urgente o esclarecimento a respeito do repasse de R$ 1 milhão para a campanha que elegeu a chapa Dilma-Temer em 2014. A sociedade precisa saber se esses recursos são legítimos ou fruto de propina. Outro ponto que precisa ser esclarecido é sobre qual conta foi usada para receber o dinheiro", diz nota assinada pelo presidente da entidade, Claudio Lamachia; na ação do TSE, o delator Otávio Azevedo, da Andrade Gutierrez, havia dito que deu R$ 1 milhão ao PT como "propina", e não como doação espontânea; a campanha da presidente Dilma Rousseff, no entanto, apontou que o cheque foi nominal a Temer; ou seja: se foi propina, como disse o delator, ela beneficiou o atual presidente

Sistema de saúde para todos é 'sonho' e seus defensores são 'ideólogos, não técnicos', diz ministro da Saúde


  • 11 novembro 2016
O ministro da Saúde, Ricardo Barros, disse em entrevista à BBC Brasil que pesquisadores que defendem um sistema universal de saúde - ou seja, que atenda todos os segmentos da população - "não são técnicos, nem especialistas, são ideólogos que tratam o assunto como se não existisse o limite orçamentário, como se fosse só o sonho".
A declaração foi dada após ser ele questionado sobre a opinião do professor da UFBA Jairnilson Paim (autor do livro "O que é o SUS"), para quem um sistema que atende menos pessoas tende a ser pior.
O ministro ressaltou que o governo está com saldo negativo nas contas - e que essa crise se deve a decisões do governo anterior.
"Falar que tem que pôr mais gente demandando, sendo que o recurso é limitado, é uma incoerência. (…) O SUS é tudo para todos, ou tudo que está disponível no SUS para todos?", questionou também.
No momento, sua pasta elabora uma proposta de "planos de saúde acessíveis", com cobertura de atendimento reduzida, para o público de menor renda. O objetivo é que essas pessoas façam consultas e tratamentos no sistema privado, desafogando o SUS (Sistema Único de Saúde).
Há um grupo de trabalho dentro do ministério, que inclui representantes da indústria de planos de saúde, elaborando um novo produto a ser disponibilizado pelas operadoras. Contrária à proposta, a Proteste, uma associação de defesa do consumidor, pediu para participar e está acompanhando a discussão.
Associações médicas também têm se oposto à ideia. Para os críticos, a medida vai contra a tendência dos últimos anos, de ampliar as exigências mínimas de tratamentos oferecidos pelos planos, com objetivo de melhorar o serviço.
Questionado também sobre críticas de alguns economistas à PEC do teto dos gastos públicos, que poderia potencialmente tirar recursos da saúde, o ministro voltou a minimizar a importância dos estudiosos.
A proposta de emenda constitucional, que deve ser aprovada pelo Congresso em dezembro, limita por vinte anos o crescimento das despesas do governo à inflação.
"Vou escrever um livro: 'Eu e os especialistas'. Como tem especialista para tudo, né? Pode escrever qualquer tese maluca que não se sustenta. Não dá para trabalhar nesse nível de conversa", disse.
"Não tem redução de recursos de saúde com a PEC. Isso não existe", afirmou também, ressaltando que o teto proposto é para o conjunto de gastos e outras despesas poderão ser reduzidas para que o orçamento de sua pasta seja aumentado.
Image copyright LUIS MACEDO/AG. CÂMARA
Image caption Para ministro, teto de gastos não reduzirá recursos da saúde
Barros, eleito deputado federal pelo PP em 2014, teve como maior doador individual de sua campanha o empresário Elon Gomes de Almeida, presidente da Aliança, administradora de planos de saúde, com uma contribuição de R$ 100 mil.
À BBC Brasil, a assessoria do ministério ressaltou que essa doação representa somente 3,1% do total gasto pela campanha de Barros (R$ 3,1 milhões). O órgão disse também que "continuará trabalhando na melhoria da atuação dos planos de saúde, por meio da Agência Nacional de Saúde Suplementar, e que a atuação da gestão independe de relação partidária, jurídica ou pessoal".
Após a publicação dessa entrevista, o Ministério da Saúde enviou um nota dizendo que seu título está equivocado - a BBC Brasil considera que o título está fiel à fala de Barros e por isso o manteve. O ministério disse também que "Barros rebateu a informação de que técnicos defendem que o sistema deveria ser totalmente público, contrariando a própria constituição, que prevê a saúde suplementar". A íntegra da nota está reproduzida ao final desta reportagem.
Confira abaixo os principais trechos da entrevista.
BBC Brasil - Como está a discussão do grupo de trabalho sobre os planos acessíveis? Que proposta está se desenhando?
Ricardo Barros - Isso é com o secretário Francisco (Figueiredo, da Secretaria de Atenção à Saúde do ministério).
BBC Brasil - Mas o senhor não está acompanhando, sendo informado? O que poderia sair desse programa?
Parece que duas propostas foram apresentadas ao grupo de trabalho. O grupo foi prorrogado (de 60 dias para 120 dias), e eles estão caminhando para uma solução de oferta de um novo produto de mercado.
BBC Brasil - E qual a previsão de quando isso possa sair?
Barros - Isso é com o Francisco.
[Após a entrevista, a assessoria do ministério informou que o grupo de trabalho está "em fase de discussão" e que "o produto final das atividades será consolidado e encaminhado à ANS", agência que regula a indústria de planos de saúde. A ANS "avaliará a pertinência do projeto e sua possível implementação", diz ainda o ministério. O grupo deve concluir os trabalhos no início de dezembro.]
BBC Brasil - Ainda sobre essa questão, existem alguns estudiosos do setor de saúde, como um professor da UFBA que a BBC Brasil entrevistou recentemente (Jairnilson Paim), que afirmam que quanto mais universal for o SUS, quanto mais gente estiver nesse sistema, melhor ele tende a ser, pois é mais gente vocalizando, demandando. Essa proposta (de mais planos de saúde) não vai contra isso? Não tende a enfraquecer o SUS?
Barros - Você tem que conversar com o contribuinte. Se tiver gente disposta a contribuir para que todos demandem o SUS, eu também concordo. Então falar que tem que pôr mais gente demandando, sendo que o recurso é limitado, é uma incoerência.
Ele está falando de uma ideologia, do pensamento, do sonho, e não está falando da realidade. Não são técnicos, nem especialistas, são ideólogos que tratam o assunto como se não existisse o limite orçamentário, como se fosse só o sonho.
Não é um sonho, nós temos que administrar uma realidade aqui.
Image copyright Ag. Brasil
Image caption Ministro afirmou que crise foi causada por decisões do governo anterior
BBC Brasil - Um estudo do Ipea feito com a Receita Federal mostra que a perda de receita com desconto no Imposto de Renda de gastos com planos de saúde, tanto para pessoa física como jurídica, chegou a R$ 10,5 bilhões em 2013. Por que seria correto subsidiar um produto privado em vez de investir no sistema público?
Barros - A leitura para nós disso é (que esses recursos são) dinheiro carimbado para a saúde. Toda essa (perda de) arrecadação é vinculada diretamente à saúde. Se não for, recolhe aos cofres do Tesouro, 25% (arrecadação com IR tem que ser repassado) para Estados, 25% para municípios, aí (a outra metade) entra (na divisão prevista) nos vínculos constitucionais, educação, etc.
Vai sobrar para saúde um pedacinho desse tamanho.
Por isso que eu falei: para de sonho, gente. A realidade é diferente do sonho. É fácil falar.
BBC Brasil - Esse valor (subsídios para planos de saúde) é basicamente para as pessoas de renda mais alta, pois é elas que fazem esses gastos e conseguem descontar (do Imposto de Renda). Então não é um recurso que poderia estar sendo recolhido e investido em serviços para os mais pobres?
Barros - Não, 55% do financiamento da saúde brasileira é privado, 45% é público. As entidades filantrópicas, que atendem mais de 50% dos atendimentos do SUS, se equilibram economicamente atendendo 60% do SUS e 40% convênio. E deixam de pagar os impostos.
Evidentemente, os recursos que sustentam os convênios fazem parte do equilíbrio econômico do sistema como um todo. Não há nenhum prejuízo nesse incentivo que as pessoas utilizem recursos na saúde e possam descontar, porque a pessoa que paga imposto e desconta esse recurso tem direito ao SUS também.
Então, em vez de a gente atender no SUS, nós estamos permitindo que ele faça o atendimento e desconte no imposto, desde que declarado tudo devidamente.
É um modelo que está estabelecido há muitos anos. Tem gente que defende que filantrópica não deveria deixar de pagar imposto, é uma ideia. Se ela ficasse em pé, seria ótima.
Mas se nós fizermos isso, nós desestruturamos 50% do atendimento dos brasileiros que estão nas filantrópicas. Então, a matemática deve ser feita com a visão geral do sistema. Essas críticas pontuais, inconsistentes e impensadas, elas não ajudam o sistema.
BBC Brasil - Parece haver um impasse: existe resistência aos impostos, até um certo tabu que impede uma discussão mais racional, mas também existe uma demanda muito forte por saúde pública, por um SUS forte. Então como a gente sai desse impasse? É um tabu discutir mais recursos para saúde?
Barros - Não é um tabu. O Congresso apresentou agora R$ 18 bilhões em emendas parlamentares (recursos da União que os deputados e senadores podem investir de acordo com suas prioridades, normalmente em suas bases eleitorais) para a saúde.
Não tem tabu nenhum. Todo mundo quer botar mais recurso para a saúde.
BBC Brasil - Mas na prática a PEC do teto dos gastos (que prevê que as despesas não podem crescer mais que a inflação) vai reduzir recursos para saúde, no sentido de que a população está envelhecendo e vai haver mais demanda por serviços de saúde.
Barros - Não vai haver redução de recurso para a saúde. Desculpa, querida, não é verdade.
BBC Brasil - Não estou dizendo que vai em termos de quanto é investido hoje, mas de que a demanda tende a crescer e o orçamento não vai crescer no mesmo nível.
Barros - É um problema que acontece em qualquer (país)… não tem nada a ver com a PEC, tem? O que a PEC tem com o envelhecimento das pessoas, gente? Nada, isso é uma realidade estabelecida.
Desculpa, mas eu não tenho muita paciência para esse ideologismo inconsequente. Isso é uma bobagem. O envelhecimento das pessoas vai acontecer de qualquer jeito. A PEC não tem nada a ver com isso.
A PEC garante que há um limite para o conjunto dos gastos públicos. No conjunto dos gastos, a Previdência vai gastar mais do que a inflação (crescer mais que a inflação). A saúde e a Previdência vão ter seus recursos mantidos ou ampliados e as outras áreas de governo vão ter que compensar com redução, para compensar o teto.
Não tem redução de recursos de saúde com a PEC. Isso não existe.
Image copyright Fabio Arantes
Image caption Ministério elabora proposta de "planos de saúde acessíveis", com cobertura de atendimento reduzida, para o público de menor renda
BBC Brasil - Tem uma questão da PEC que é a seguinte: a expectativa é que haverá uma recuperação da economia, o que vai aumentar a arrecadação do governo, porém esses recursos, por causa do teto, lá na frente vão ser exageradamente destinados ao superavit primário (economia para pagar juros da dívida). Existem inclusive economistas liberais que fazem essa crítica, como o Felipe Salto e a Monica de Bolle.
Barros - E para que serve o superavit primário?
BBC Brasil - Para pagar a dívida publica. Ela é mais importante que a saúde?
Barros - Não, mas não precisa pagar a dívida, então? Nós não vamos pagar a dívida nunca?
BBC Brasil - Não, é questão de volume. A crítica deles é que haverá um volume muito grande destinado ao superavit primário.
Barros - Nós estamos há quatro anos fazendo um deficit primário (na verdade desde 2014, mas a previsão é de novos rombos em 2016 e 2017), não pagamos um centavo nem do juro da dívida. E aí?
BBC Brasil - A União está rolando a dívida. Estamos contraindo mais dívida, não estamos deixando de pagar juros.
Barros - Estamos endividando nossas futuras gerações. E aí? As futuras gerações querem ser endividadas ou não? Qual é a contestação à tese do equilíbrio fiscal, não é bom o equilíbrio fiscal?
BBC Brasil - Não estou dizendo que é ruim, estou dizendo que economistas liberais…
Barros - Vou escrever um livro: "Eu e os especialistas". Como tem especialista para tudo, né? Pode escrever qualquer tese maluca que não se sustenta, não se sustenta. Não dá para trabalhar nesse nível de conversa.
Nós temos que equilibrar o país, pôr as contas em dia, pagar nossa dívida e seguir a vida. Eu não posso discutir uma tese que "olha, nunca mais vamos pagar a dívida, vamos continuar fazendo deficit porque eu preciso gastar, então eu gasto, pronto".
BBC Brasil - Não foi isso que eu disse, ministro.
Barros - Eu estou discutindo isso agora no Supremo (Tribunal Federal) com a judicialização (recursos judiciais para obrigar o governo a prestar atendimentos ou fornecer remédios): o SUS é tudo para todos, ou tudo que está disponível no SUS para todos? É isso que o Supremo vai decidir.
BBC Brasil - Eu só quero registrar que eu não disse que não vai ser pago juros da dívida. Eu disse que esses economistas falam que vai ter um excesso, um valor além do necessário para regularizar (estabilizar em um nível considerado sustentável) a relação entre dívida e PIB. Esse é o indicador mais usado, nenhum governo quer pagar a dívida 100%.
Barros - Tomara que esse dia chegue, que tenha excesso de arrecadação. E acontecendo isso, querida, a PEC do teto vai cair, obviamente, porque é um outro momento.
Nós estamos fazendo isso hoje (fixar um teto para os gastos) porque a nossa realidade hoje nos impõe fazer isso. Se essa realidade mudar, evidentemente…
BBC Brasil - O senhor acredita que, nesse caso, haveria uma coalizão política para reverter isso (aprovar uma nova PEC, derrubando o teto)?
Barros - Claro, agora (nessa situação futura de aumento de arrecadação) o país está de outra forma, nós podemos alterar essa regra que foi estabelecida num momento em que era necessário.
Não é possível trabalhar nessas teses malucas de que o que é feito num momento de crise não serve para o momento de bonança. Claro que não serve. Não preciso fazer tese para descobrir isso.
Como nós estávamos num momento mais favorável (em anos anteriores) e o governo acabou tomando algumas decisões que levaram a essa crise, pode ser que lá na frente se decida abrir a possibilidade dos gastos.
Tem dinheiro para gastar? Vamos gastar. Tomara que tenha. Eu torço muito para que tenha, e bastante.
Confira a íntegra do posicionamento do Ministério da Saúde, enviado após a publicação dessa entrevista:
"BBC Brasil erra na interpretação sobre financiamento: O Ministério da Saúde informa que está equivocado o título da matéria da BBC Brasil, a "Sistema de saúde para todos é 'sonho' e seus defensores são 'ideólogos, não técnicos', diz ministro da Saúde". O ministro não afirmou que "saúde para todos é 'sonho'", mas explicou que tudo para todos requer financiamento e apontou que o STF (Supremo Tribunal Federal) analisa em julgamento em curso como harmonizar os direitos constitucionais de acesso à Justiça, da integralidade da saúde e da capacidade contributiva do cidadão. O ministro está empenhado na tarefa de ampliar o acesso a saúde. Com austeridade na gestão, tem conseguido aplicar economias em mais financiamento ao SUS. Barros rebateu a informação de que técnicos defendem que o sistema deveria ser totalmente público, contrariando a própria constituição, que prevê a saúde suplementar."

11.11.2016

Quem sou eu?

Na verdade, não sei muito bem quem sou.

Sei que sou o que sinto, do tamanho do que sinto.

Sinto-me viver vidas alheias.

Sinto as dores de quem nem está sentindo, mas eu sinto.

Sou o correr de uma lágrima, antes mesmo de chorar.

Sou um aglomerado de emoções.

Sou lamentos dos meus sofrimentos.

Sou pensamentos e pensamentos.

Sou reflexo das minhas atitudes.

Sou momento.

Sou o esquecer e o lembrar.

Sou a indagação da vida, sou ferida.

Sou o defender, o acusar.

Sou o conhecer do eu diferente.

Sou valente.

Eu sou transformação.

Sou a pessoa mais solitária do mundo,

Mas que nunca fica sozinha.

Sou a pessoa mais forte do mundo.

Mas que está sempre com medo.

Sou o exaltar das minhas realizações.

Sou mãe, sou filha, sou avó.

Sou o encontro de mim, comigo mesmo.

Sou o que sou, me orgulho muito de tudo que sou.
Enide Santos    http://enidesantos.blogspot.com.br/

Com direito a olé na arquibancada, Brasil atropela a Argentina no Mineirão


Seleção tem atuação de gala no palco do 7 a 1 com destaque para o trio ofensivo formado por Neymar, Gabriel Jesus e Philippe Coutinho

Belo Horizonte - Pouco mais de dois anos após o fatídico 7 a 1, Brasil e Mineirão se reencontram nesta quinta-feira. E para espantar, pelo menos por enquanto, o fantasma da goleada para Alemanha, nada melhor do que uma atuação de gala diante da Argentina. Com exibição espetacular do trio Neymar, Gabriel Jesus e Philippe Coutinho, aa equipe de Tite atropelou os hermanos por 3 a 0 e se manteve firme na liderança das Eliminatórias para Copa da Rússia. 
VEJA MAIS: Confira as imagens da vitória do Brasil sobre Argentina
Quem abriu o placar foi o jogador brasileiro que talvez viva a melhor fase no futebol mundial. Em sua característica, de cortar para o meio e chutar, Philippe Coutinho marcou belo gol no primeiro tempo. Antes do intervalo, Gabriel Jesus serviu Neymar, que ampliou a vantagem. Paulinho, um dos remanescentes do 7 a 1, pode enfim se redimir e deu números finais ao massacre. 
Neymar e Coutinho abriram caminho para vitória do Brasil no Mineirão Pedro Martins/MoWa Press
Bem marcado e com muita dificuldade, Messi não conseguiu se desvencilhar do sistema defensivo brasileiro e não conseguiu ser fator decisivo para Argentina. Aliás, não foi só o camisa 10 que teve atuação abaixo do esperado. A equipe hermana como um todo não funcionou e deixou ainda mais pressionado no cargo Edgardo Bauza.
VEJA MAIS: Remanescente do 7 a 1, Paulinho marca e faz as pazes com o Mineirão
Com 24 pontos, o Brasil segue líder das Eliminatórias. Na madrugada de terça para quarta, a equipe verde e amarela volta a campo e encara o Peru, às 0h15 (horário de Brasília), fora de casa. Já a Argentina tem a situação cada vez mais complicada na tabela. Com 16 pontos, a albiceleste está em sexto, fora da zona de classificação para a Copa da Rússia. 
O JOGO
O palco trazia más lembranças ao Brasil. Na última vez em que pisou ali, a seleção testemunhou o eterno 7 a 1 para Alemanha, na Copa, em 2014. Porém, nesta quinta-feira, o adversário era a Argentina e a competição, eram as Eliminatórias. E o time de Neymar foi recebido com direito a festa, mosaico e homenanagens a Carlos Alberto Torres, o eterno Capita. Mas o clima festivo ficou apenas fora de campo. O que se viu no gramado no início foi um confronto pegado e com muitas faltas. Antes dos cinco minutos, Fernandinho já havia sido punido com o amarelo.
A primeira investida efetiva ao ataque veio somente aos 16. Daniel Alves levantou na área para Renato Augusto, que cabeceou em cima da zaga argentina. Discreto, Messi era bem viagiado pelo setor defensivo brasileiro e pouco aparecia para a partida. Mas no primeiro espaço que o camisa 10 teve, quase construiu a jogada do gol hermano. O craque do Barça achou Biglia livre nas costas dos volantes. O meia dominou e bateu com força. A bola desviou na zaga, mas Alisson conseguiu voar e fazer ótima defesa.
Companheiros no Barcelona, Neymar e Messi se abraçam antes da partida começar Thomás Santos/MoWa Press
Depois do susto, o Brasil respondeu logo de imediato. E com estilo. Philippe Coutinho recebeu pela esquerda e em sua melhor característica arrancou levando a bola para o meio, driblou o defensor e acertou uma chutaço no ângulo, sem chances para Romero. 1 a 0 Brasil e festa no Mineirão. A equipe argentina não se abalou com a desvantagem e seguiu buscando o ataque. Porém, esbarrava na boa marcação brasileira.
Pérez conseguiu levar perigo em chute de longe, mas Alisson apenas viu a bola passar ao lado. Com espaço, o Brasil saía bem no contra-ataque e Neymar ainda chegou a carimbar a trave após linda jogada, em que custurou a zaga pela direita até finalizar no poste. Com a partida aberta e com chances para ambos os lados, não demorou para Argentina responder. Dí Maria lançou Más pela esquerda e o lateral entrou chutando cruzado, para bola passar raspando a trave do arqueiro brasileiro.
Com a Argentina se jogando ao ataque, naturalmente sobrou espaço para um contra golpe do Brasil. E ele veio no último lance do primeiro tempo. Gabriel Jesus fez belo trabalho de pivô, dominou a bola, girou e já viu Neymar passando livre nas costas de Zabaleta. O camisa 9 lançou o craque brasileiro, que com tranquilidade, olhou a movimentação de Sergio Romero e tocou com categoria para deslocar o goleiro e ampliar a vantagem brasileira. 2 a 0 e a equipe de Messi nas cordas.
Brasil e Argentina se enfrentaram no Mineirão, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo da Rússia Thomás Santos/MoWa Press
Sem muita opção, Bauza partiu para o tudo ou nada e no intervalo tirou Enzo Pérez e colocou Agüero, fazendo com que a Argentina se abrisse de vez e ficasse com quatro atacantes. Era tudo que o Brasil precisava para tranquilizar a partida. Para neutralizar o ímpeto ofensivo, Gabriel Jesus já começou o segundo tempo assustando após passe de Neymar. Logo depois, Paulinho, remanescente da equipe do 7 a 1, teve a chance de se redimir no palco do triste episódio. O volante tabelou com Gabriel Jesus, invadiu a área e tentou achar Neymar. A zaga afastou e o camisa 15 ficou com a bola, driblou o goleiro, mas finalizou fraco e deu tempo de Zabaleta afastar.
Desorganizado em campo, a Argentina via o Brasil tornar-se um rolo compressor que não parava de apertar. Daniel Alves, em bela cobrança de falta, exigiu boa defesa de Romero. Na sequência, Paulinho tirou um caminhão das costas e finalmentes se redimiu. Marcelo cruzou da esquerda e Renato Augusto acreditou até o fim no lance. O camisa 8 dominou e rolou para o volante chegar batendo e balançar as redes hermanas. O jogo começava a virar passeio em Belo Horizonte.
Com direito a Olé da arquibancada, o Brasil passou a tocar a bola e dominar a partida. Em situação delicada na tabela e com o placar elástico contra, a Argentina começou a perder a cabeça e apelar para violência. Com a tradicional catimba, os hermanos passaram a chegar duro e provocar os brasileiros. A Seleção soube ser inteligente e não caiu na 'pilha' dos argentinos. Tendo espaço de sobra para jogar, a equipe chegava com facilidade e Neymar quase transformou em goleada, mas acabou travado pela zaga.
Apagado e muito bem marcado, Messi tentava levar perigo em lances de bola parada, mas era muito pouco para o quatro vezes melhor jogador do mundo. Não era só o camisa 10 que tinha atuação abaixo. A Argentina, como um tudo, parecia um bando em campo e apenas assistia o Brasil jogar como queria. Sem diminuir o ritmo, a Seleção seguia atacando e buscando o quarto gol, para não dar chance dos hermanos voltarem para o jogo.
FICHA TÉCNICA
BRASIL 3x0 ARGENTINA
Estádio: Mineirão
Árbitro: Julio Buscuñán (CHI)
Gols: Philippe Coutinho (Brasil, aos 24' do 1ºT), Neymar (Brasil, aos 45' do 1ºT), Paulinho (Brasil, aos 13' do 2ºT)
Cartões Amarelos: Fernandinho, Marcelo (Brasil) e Otamendi, Funes Mori (Argentina)
Cartões Vermelhos:

BRASIL: Alisson; Daniel Alves, Marquinhos, Miranda (Thiago Silva) e Marcelo; Fernandinho, Paulinho, Renato Augusto e Philippe Coutinho (Douglas Costa); Neymar e Gabriel Jesus (Roberto Firmino); Técnico: Tite
ARGENTINA: Sergio Romero; Zabaleta, Otamendi, Funes Mori e Más; Mascherano, Biglia, Enzo Pérez (Agüero) e Di María (Correa); Messi e Higuaín; Técnico: Edgardo Bauza

Governo admite fracasso e descarta retomada econômica neste ano


: <p>Michel Temer e desemprego</p>
Diante da sucessão de maus resultados de suas políticas econômicas e dos prognósticos negativos de analistas, o governo federal foi obrigado a admitir que o crescimento econômico não volta neste ano e a reduzir suas previsões em relação a 2017; agora, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, já trabalha com uma alta do PIB na casa de 1% no próximo ano, quando anteriormente pregava a marca de 1,6% ; com a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos EUA e a reação negativa dos mercados internacionais, a situação pode se agravar ainda mais; o dólar em disparada, com o maior aumento em oito anos, ligou o sinal de alerta no governo 
 Diante da sucessão de maus resultados de suas políticas econômicas e dos prognósticos negativos de analistas, o governo federal foi obrigado a admitir que o crescimento econômico não volta neste ano e a reduzir suas previsões em relação a 2017. Agora, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, já trabalha com uma alta do PIB na casa de 1% no próximo ano, quando anteriormente pregava a marca de 1,6% de subida. Com a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos EUA e a reação negativa dos mercados internacionais, a situação pode-se agravar ainda mais. O dólar disparando, com o maior aumento em oito anos, ligou o sinal de alerta no governo. As informações são da Folha de S.Paulo. 
"Daí que a ordem agora é tentar reverter esse cenário. Segundo a Folha apurou, a equipe de Temer prepara a segunda etapa de sua política econômica, a ser lançada no início do próximo ano, com foco em reformas microeconômicas, para fazer a economia voltar a andar com medidas no campo da produtividade e competitividade.
O governo já fechou uma parceria com o Banco Mundial para elaborar um conjunto de ações em setores como energia e transporte.
Segundo um auxiliar de Temer, a economia está num ritmo mais lento que o esperado neste fim de ano por causa do fraco desempenho do crédito.
Com isso, o governo já não conta mais com uma recuperação da economia neste quarto trimestre e acredita que a melhora do ritmo só acontecerá em 2017.
Essa frustração já fez também a equipe econômica alterar suas previsões para o ano que vem. Meirelles já fala num crescimento menos "exuberante", próximo de 1%. O mercado chegou a falar até em 2% de alta do PIB em 2017. E agora surgiu o fator Trump, podendo gerar mais dúvidas.
Para evitar um 2017 ruim, a equipe econômica vai focar mais ações voltadas para "pôr a economia para funcionar", passada a fase de votação e apresentação de medidas fiscais, como o teto de gastos e a reforma da Previdência.
Em outras palavras, o governo deixará de mirar apenas o ajuste fiscal e vai elaborar medidas para acelerar o crescimento e o investimento. A ideia é reduzir principalmente o custo de energia e de transporte dentro do país."

Dilma: Governo Temer quer desmerecer Bolsa Família


Após o anúncio do governo de Michel Temer de que cancelou e bloqueou contratos de 1,1 milhão de beneficiários do Bolsa Família, após um "pente-fino" que foi divulgado como uma ação nova, mas já era realizada nos governos do PT, Dilma Rousseff diz que o atual presidente tenta "desmerecer o programa social"; "As chamadas 'irregularidades' viraram manchete, como se o 'pente-fino' fosse uma demonstração da qualidade de gestão do governo Temer. No entanto, uma simples busca na internet desmonta essa tese e a tentativa de desmerecer o programa", diz; ex-secretária nacional de Assistência Social do governo Dilma, Ieda Castro explica que "o que eles chamam de fraude é um processo de revisão que acontece sistematicamente em relação ao benefício"; "Isso é uma mentira", critica Após o governo de Michel Temer cancelar e bloquear contratos de 1,1 milhão de beneficiários do Bolsa Família, após um "pente-fino" que foi anunciado como uma ação nova, mas que já era realizada nos governos do PT, Dilma Rousseff disse nesta sexta-feira 11 que o atual presidente tenta "desmerecer o programa social".
"As chamadas 'irregularidades' viraram manchete, como se o 'pente-fino' fosse uma demonstração da qualidade de gestão do governo Temer. No entanto, uma simples busca na internet desmonta essa tese e a tentativa de desmerecer o programa", publicou Dilma em sua página no Facebook, compartilhando uma entrevista da ex-secretária nacional de Assistência Social do governo Dilma, Ieda Castro, ao Portal Vermelho.
Na entrevista, Ieda explica que "o que eles chamam de fraude é um processo de revisão que acontece sistematicamente em relação ao benefício. Todo o ano é feita a atualização cadastral e revisão do cadastro que identifica algumas inconsistências no cadastro". "Isso é uma mentira", critica a ex-secretária (leia aqui a entrevista).

Paulo Coelho detona Aécio

247 - O escritor brasileiro mais lido do mundo, Paulo Coelho, detonou o seandor Aécio Neves (PSDB-MG) no Twitter, após as eleições norte-americanas, por não ter sabido perder.
"Nos EUA, Clinton/Obama pedem que seus eleitores apoiem Trump. No Brasil, Aecio, já no dia seguinte - bem, vocês sabem...", comparou Paulo Coelho, se referindo à eleição presidencial de 2014.
Logo após a vitória de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos, a candidata derrotada, Hillary Clinton, e o presidente Barack Obama, que atuou fortemente na campanha democrata, pediram a seus eleitores que aceitassem o resultado das urnas. 
"Devemos aceitar o resultado e olhar para o futuro", afirmou Hillary. "Estamos todos torcendo agora para seu sucesso (de Trump) em unir e liderar o país", completou Obama (leia mais).
Já Aécio, um dia depois de ser derrotado por Dilma Rousseff na última disputa ao Palácio do Planalto, fez o oposto, contestando o resultado na Justiça Eleitoral e atirando o Brasil na maior crise de sua história.

TSE prepara “acareação” para provar propina à Temer


O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) marcou para a próxima semana uma acareação entre Otávio Marques de Azevedo, ex-presidente da construtora Andrade Gutierrez e um dos delatores da Lava-Jato, e o ex-ministro Edinho Silva, que foi tesoureiro da campanha da ex-presidente Dilma Rousseff em 2014. Os dois foram chamados para explicar a doação de R$ 1 milhão que a empreiteira fez para a campanha. Em depoimento, o empreiteiro disse que o dinheiro foi repassado ao PT. Mas um cheque apresentado pela defesa de Dilma mostra que a quantia teria passado pelo PMDB, para o presidente Michel Temer.
O empreiteiro declarou em depoimento ao TSE que a Andrade Gutierrez fez doação de R$ 1 milhão ao PT em março de 2014. O valor teria sido pago como parte de um acerto de propina de 1% dos contratos da Andrade com o governo federal. Ainda segundo o delator, como a doação foi feita fora do período eleitoral, esse dinheiro só teria sido transferido do partido para a campanha de Dilma em julho do mesmo ano.
No entanto, a defesa de Dilma apresentou ao tribunal um cheque atestando o repasse de R$ 1 milhão do Diretório Nacional do PMDB para “Eleição 2014 Michel Miguel Elias Temer Lulia vice-presidente” em julho de 2014. Na prestação de contas da campanha, não há qualquer outro registro de movimentação do mesmo valor que tenha passado pelas contas do PT. Além do cheque, a defesa de Dilma também apresentou documentos da prestação de contas de campanha atestando que o PMDB recebeu R$ 1 milhão da Andrade Gutierrez. Há recibo da campanha com o valor e também comprovante de depósito em conta bancária do PMDB.
O cheque nominal para Temer pode derrubar a tese do presidente, que pediu ao TSE que julgue em separado as contas apresentadas pela campanha eleitoral de 2014. Segundo o ministro Herman Benjamin, relator do processo que pode resultar na cassação da chapa, há discrepância entre o depoimento prestado pelo empreiteiro e a prestação de contas da campanha. A acareação foi pedida pela defesa de Dilma e foi autorizada pelo ministro. Os depoimentos serão tomados na próxima quinta-feira, em Brasília.

Após bloqueio de R$ 140 mi, Pezão ameaça pedir intervenção no Estado


247 - O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, ameaçou a a secretária do Tesouro Nacional, Ana Paula Vescovi, ao sinalizar que pode ingressar com um pedido oficial de intervenção federal no Estado. Irritação de Pezão veio na eserira de um novo bloqueio, no valor de R$ 140 milhões nas contas do Rio, em função do não pagamento de dívidas com a União. Intervenção, que precisa ser aprovada pelo governo federal, não interessa a Michel Temer, que busca apoio para aprovar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que limita os gastos públicos. Quando um estado sob intervenção, nenhuma PEC pode ser votada.
Segundo o jornal O Globo, Pezão teria se irritado ainda mais pelo fato de ter estado em Brasília há poucos dias negociando uma saída para a crise financeira fluminense. "Ele disse à secretária (Ana Paula Vescovi) que, se o Tesouro não pode ajudar, também não deve ficar atrapalhando e que o bloqueio inviabilizaria a sua gestão. O governador falou que não teria alternativa, a não ser pedir a Temer uma intervenção federal", disse um interlocutor do governo estadual.
"Desde o dia 28 de outubro que (recursos do estado) vêm sendo arrestados pela Justiça e pelo Tesouro", destacou Pezão acerca dos sucessivos bloqueios que o Estado vem sofrendo em suas contas. A avaliação em Brasília é que a intervenção é uma medida extrema e complexa que resultaria em prejuízos ao governo, como no caso da votação de projetos considerados fundamentais pelo governo Michel Temer no Congresso.

Serra não tem preparo para o Itamaraty


Luca Erbes/Futura Press/Folhapress "Serra não tem preparo para a diplomacia. É um político beligerante e deu uma guinada na política externa na hora errada. Com Trump ameaçando o México e a China, seria o momento de o Brasil reforçar laços com a América Latina e a África, como fez o governo Lula", diz o jornalista Kennedy Alencar


Protestos contra Temer e PEC 241 bloqueiam vias de São Paulo

SP 247 - Centenas de manifestantes, muitos ligados ao MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto), bloqueiam na manhã desta sexta pelo menos 11 pontos da cidade de São Paulo, incluindo a avenida João Dias e a rodovia Anchieta, em protesto contra o governo de Michel Temer e a PEC 241, que congela os gastos públicos pelos próximos 20 anos.
Movimentos sociais declararam esta sexta (11) como dia de "paralisação geral" contra as mudanças prejudiciais à população promovidas pelo governo federal. Há protestos programados também para outras cidades do Brasil. Leia mais na reportagem da Agência Brasil:
Sem-teto protestam contra a PEC do Teto e bloqueiam vias em São Paulo
Fernanda Cruz - Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) fazem manifestação em diversos pontos da capital paulista e em rodovias do estado. Eles protestam contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55/2016 que limita os gastos públicos nos próximos 20 anos à correção da inflação do ano anterior, a chamada PEC do Teto.
Manifestantes bloqueiam a Avenida João Dias, na zona sul, onde um grupo ateou fogo a pneus e entulho. O Corpo de Bombeiros foi acionado. Nas rodovias, a Via Anchieta, que liga a capital ao litoral, está bloqueada pelos manifestantes na altura do quilômetro 23, no sentido São Paulo. O tráfego está lento na chegada a São Paulo, entre os quilômetros 25 e 23. Os bombeiros também atuam no local, apagando o fogo em pneus.
Na Via Dutra, que liga a capital paulista ao Rio de Janeiro, a pista expressa está interditada no sentido São Paulo, próximo a Guarulhos. A interdição ocorre na altura do quilômetro 206 até o 210. Na Rodovia Anhaguera, na cidade de Sumaré, moradores da ocupação Vila Soma fazem o protesto na pista sentido interior. Segundo a concessionária da rodovia, o tráfego está congestionado apesar de as faixas estarem liberadas.

Caetano diz que impeachment(golpe parlamentar) foi “retrocesso”

247 - O cantor e compositor baiano define o impeachment de Dilma Rousseff como um "retrocesso" em entrevista ao jornalista Julio Maria, do Estado de S. Paulo, publicada nesta sexta-feira 11.
Questionado se acredita que se viverá (com Crivella no Rio, João Doria em São Paulo e Temer em Brasília) um retrocesso de conquistas sociais, Caetano responde: "Retrocesso pode haver. Acho que o impeachment já foi um".
Ele defende Marcelo Freixo, candidato do PSOL derrotado na eleição à prefeitura do Rio de Janeiro, e também os evangélicos, eleitorado do prefeito eleito, Marcelo Crivella.
"Não penso os lugares-comuns que são difundidos sobre os evangélicos. Li uma pesquisadora dizendo em entrevista à Folha que a teologia da prosperidade da Igreja Universal é estímulo ao consumo e à ostentação. Não sou pesquisador nem acadêmico da universidade, mas sei que isso não é assim. Conheço muitos evangélicos da Universal. Consumismo e ostentação não são o forte deles. O forte é a autoajuda, a geração de respeito próprio, a geração de respeito de grupo, a ajuda mútua", diz.
Leia aqui a íntegra.

Lula: há um pacto quase diabólico da mídia, MP, PF e Moro contra mim

247 – No ato "Por um Brasil justo pra todos e pra Lula", lançado nesta quinta-feira (10), na Casa de Portugal, na Sé, em São Paulo, que reuniu sindicatos, movimentos sociais, partidos, intelectuais e artistas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que há um "pacto quase diabólico" entre a mídia, o juiz responsável pela Lava Jato, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal contra ele. Em seu discurso, Lula fez uma defesa ampla da democracia e alertou para "o período de perigoso regresso" no país.
Os principais trechos do discurso de Lula:
"Eu, na verdade, não me sinto confortável participando de um ato da minha defesa. Me sentiria confortável participando de um ato de acusação ao grupo tarefa da Lava Jato que está mentindo para a sociedade brasileira"
"Gostaria que este movimento fosse menos personalizado na figura do Lula e mais em nome da democracia, da justiça e dos estudantes que estão defendendo o direito de uma escola livre"
"Não tenho que provar minha inocência. Eles é que precisam provar a inocência delas nas acusações contra mim"
"Já vi a imprensa divulgar barbaridades, mas não conseguiram provar nada"
"Me disponho a fazer o papel de cobaia que eles querem. A única coisa que quero é que apresentem ao povo uma prova concreta"
“Eu quero que eles apresentem uma prova concreta. Não aceito a ideia de que a convicção vale como prova”
"Quantos políticos aguentam 13 horas de Jornal Nacional falando mal deles?”
“Nosso encontro de hoje pode ser resumido em uma única palavra: democracia”
"Muitas vidas foram sacrificadas até a Constituição de 88. Nessas três décadas passamos a compreender o valor da democracia”
"Hoje no Brasil vivemos um período de perigoso regresso"
"A prática da democracia começa pelo mais básico dos direitos, que é o direito de reivindicar os direitos"
"Tenho muita clareza de que nunca cometi nenhum crime nem antes, nem durante e nem depois de ocupar a Presidência da República"
"A democracia não é um pacto de silêncio"
"Esta noite sou mais um, entre tantos, que se levanta em defesa da democracia e do Estado de Direito"
A campanha
A campanha prevê eventos e manifestações, em todo o Brasil e no exterior, contra as perseguições ao ex-presidente e em defesa da democracia. No ato, foi lido manifesto que denuncia arbitrariedades cometidas por setores do Judiciário que se utilizam do combate à corrupção como pretexto para perseguição política. Também serão colhidas assinaturas em apoio ao documento.
"Hoje, o que vemos é a manipulação arbitrária da lei e o desrespeito às garantias por parte de quem deveria defendê-las. Tornaram-se perigosamente banais as prisões por mera suspeita; as conduções coercitivas sem base legal; os vazamentos criminosos de dados e a exposição da intimidade dos investigados; a invasão desregrada das comunicações pessoais, inclusive com os advogados; o cerceamento da defesa em procedimentos ocultos; as denúncias e sentenças calcadas em acusações negociadas com réus, e não na produção lícita de provas", diz um trecho do documento (leia na íntegra abaixo do vídeo).
Assista:
A íntegra do manifesto:
Em defesa da democracia, do estado de direito e do ex-presidente Lula
O estado de direito democrático, consagrado na Constituição de 1988, é a mais importante conquista histórica da sociedade brasileira. Na democracia, o Brasil conheceu um período de estabilidade institucional e de avanços econômicos e sociais, tornando-se um país melhor e menos desigual, mas essa grande conquista coletiva encontra-se ameaçada por sucessivos ataques aos direitos e garantias, sob pretexto de combater a corrupção.
A sociedade brasileira exige sim que a corrupção seja permanentemente combatida e severamente punida, respeitados o processo legal, o direito de defesa e a presunção de inocência, pois só assim o combate será eficaz e a punição, pedagógica. Por isso, na última década, o Brasil criou instrumentos de transparência pública e aprovou leis mais eficientes contra a corrupção, provendo os agentes do estado dos meios legais e materiais para cumprirem sua missão constitucional.
Hoje, no entanto, o que vemos é a manipulação arbitrária da lei e o desrespeito às garantias por parte de quem deveria defendê-las. Tornaram-se perigosamente banais as prisões por mera suspeita; as conduções coercitivas sem base legal; os vazamentos criminosos de dados e a exposição da intimidade dos investigados; a invasão desregrada das comunicações pessoais, inclusive com os advogados; o cerceamento da defesa em procedimentos ocultos; as denúncias e sentenças calcadas em acusações negociadas com réus, e não na produção lícita de provas.
A perversão do processo legal não permite distinguir culpados de inocentes, mas é avassaladora para destruir reputações e tem sido utilizada com indisfarçáveis objetivos político-eleitorais. A caçada judicial e midiática ao ex-presidente Lula é a face mais visível desse processo de criminalização da política, que não conhece limites éticos nem legais e opera de forma seletiva, visando essencialmente o campo político que Lula representa.
Nos últimos 40 anos, Lula teve sua vida pessoal permanentemente escrutinada, sem que lhe apontassem nenhum ato ilegal. Presidiu por oito anos uma das maiores economias do mundo, que cresceu quatro vezes em seu governo, e nada acrescentou a seu patrimônio pessoal. Tornou o Brasil respeitado no mundo; conviveu com presidentes poderosos e líderes globais, conheceu reis e rainhas, e continua morando no mesmo apartamento de classe média em que morava 20 anos atrás.
Como qualquer cidadão, Lula pode e deve ser investigado, desde que haja razões plausíveis, no devido processo legal. Mas não pode ser submetido, junto com sua família, ao vale-tudo acusatório que há dois anos é alardeado dentro e fora dos autos. Acusam-no de ocultar imóveis, que não são dele, apenas por ouvir dizer. Criminalizam sua atividade de palestrante internacional, ignorando que Lula é uma personalidade conhecida e respeitada ao redor do mundo. A leviandade dessas denúncias ofende a consciência jurídica e desrespeita a inteligência do público.
A caçada implacável e injusta ocorre em meio a crescente processo de cerceamento da cidadania e das liberdades políticas, que abre caminho para a reversão dos direitos sociais. Líderes de movimentos sociais são perseguidos e até presos, manifestações de rua e ocupações de escolas são reprimidas com violência, jornalistas independentes são condenados por delito de opinião. Ao mesmo tempo, o sistema judiciário recua ao passado, restringindo o recurso ao habeas corpus e relativizando a presunção de inocência, garantias inalienáveis no estado de direito.
Esse conjunto de ameaças e retrocessos exige uma resposta firme por parte de todos os democratas, acima de posições partidárias. Quando um cidadão é injustiçado – seja ele um ex-presidente ou um trabalhador braçal – cada um de nós é vítima da injustiça, pois somos todos iguais perante a lei. Hoje no Brasil, defender o direito de Lula à presunção da inocência, à ampla defesa e a um juízo imparcial é defender a democracia e o estado de direito. É defender a liberdade, os direitos e a cidadania de todos os brasileiros.
Alguns dos nomes que já apoiam o movimento:
Chico Buarque, Paulo Betti, Fernanda Takai, Paulo Sergio Pinheiro, Rogério Cerqueira Leite, Luiz Carlos Bresser-Pereira, Luiz Gonzaga Belluzzo, Fernando Morais, Raduan Nassar, Antonio Cândido, Dalmo Dallari, Celso Bandeira de Mello, Marcelo Neves, Rui Falcão, Carlos Luppi, Luciana Santos, Sebastião Salgado, Beth Carvalho, Daniel Filho, Tiê, Ailton Graça, GIlberto Gil.
O documento pode ser acessado e assinado aqui.

Cassação do golpista Temer é cada vez mais provável

REUTERS/Ueslei Marcelino
Temer  e seus palacianos têm mesmo que se preocupar com o julgamento da ação que pede a cassação da chapa Dilma-Temer. Na prática, ele já está sendo investigado pelo TSE.   Embora o presidente do tribunal,  ministro Gilmar Mendes, já tenha empurrado o julgamento para o ano que vem,  o relator, Heman Benjamin, segue emitindo discretos sinais de que apresentará seu parecer ainda este ano e de que pedirá a dupla cassação, o que determinará a destituição de Temer e a eleição indireta de um presidente pelo Congresso Nacional.  Rejeitar um parecer com esta recomendação será extremamente constrangedor para os ministros do TSE, inclusive para os que desejam salvar o mandato de Temer, aprovando a separação das contas de campanha.
Quando Benjamin marca para a semana que vem uma acareação entre o ex-presidente da construtora Andrade Gutierrez, Octavio Azevedo, e o tesoureiro da campanha de Dilma em 2014, Edinho Silva, é Temer que está sendo investigado. A acareação é para esclarecer a discrepâncias entre o depoimento do empresário e a prestação de contas da campanha. Ele declarou ter feito uma doação de R$ 1 milhão para a campanha de Dilma, através do PT, que seria pagamento de propina. A defesa de Dilma apresentou cópia de um cheque nominal a Temer, emitido pelo diretório nacional do PMDB, que recebeu a doação/propina da Andrade Gutierrez e acusou Azevedo de ter mentido.    A acareação será esclarecedora, e confirmando-se o que diz a defesa de Dilma, a alegação da defesa de Temer, de que eles tinham comitês financeiros distintos, não se sustentará.
Mas ainda antes do surgimento do cheque, em suas comedidas declarações Benjamin deu pistas sobre tendência a pedir a dupla cassação. Recentemente ele disse que o julgamento da ação proposta pelo PSDB será “histórica”.  Em todas as suas entrevistas, sustenta que o julgamento será técnico-jurídico e não político, não guardando relação com o processo de impeachment. Já afirmou que esta é a ação mais importante da história do TSE e a mais importante em sua carreira. Por que um ministro que vai se aposentar em breve deixará de produzir uma peça jurídica e tecnicamente perfeita, doa em quem doer? Na semana passada, ele declarou-se espantando com o alcance da conexão entre corrupção e financiamento eleitoral.referia-se financiamento de quase todos os partidos pelas empresas que, graças a eles, sugam o Estado através de contratos superfaturados. E entre eles o PMDB, naturalmente.
Benjamin tem conduzido o processo com extremo rigor investigativo, buscando provas, compartilhando informações com a Lava Jato, ouvindo os delatores que mencionaram pagamento de propinas em forma de doações. Exatamente por isso, o tribunal vem adiando o exame do pedido de Temer, para que considere separadamente suas contas de campanha e as de Dilma. O plenário seria desmoralizado se acolhesse o pedido e depois Benjamin apresentasse provas em contrário. E é isso que deve acontecer.
Pelas consequências que terá, a acareação de quinta-feira próxima acende luzes vermelhas no Planalto e amarelas no mercado.  No ponto em que as coisas estão, os esforços por uma conciliação, como a anistia ao caixa dois em gestação no Congresso, não serão capazes de deter a cada vez mais provável cassação de Temer