Pré-sal, desprezado por Parente, fez do Brasil gigante do petróleo
Dez meses depois de o presidente da Petrobras,
Pedro Parente, ter afirmado que a estatal é vítima do que considera ser
um "endeusamento do pré-sal", o Brasil se consolida como o 10º maior
produtor de petróleo do mundo e o maior da América Latina, ao atingir
2,6 milhões de barris por dia; segundo a Agência Nacional do Petróleo
(ANP), "entre os países que não fazem parte da Opep, o Brasil foi o
responsável pelo maior crescimento da produção"; "Enquanto a Petrobras
bate recordes após recordes de produção no pré-sal, fica cada vez mais
claro que de petróleo o presidente da empresa não entende nada",
comentou a FUP (Federação Única dos Petroleiros)
247 – Dez meses após o
presidente da Petrobras, Pedro Parente, dizer que a estatal foi vítima
de um "endeusamento do pré-sal", o Brasil se consolida como o décimo
maior produtor de petróleo do mundo e o maior da América Latina.
O Brasil é hoje responsável pela produção de 2,6 milhões de
barris por dia, segundo dados do Anuário Estatístico 2017 Agência
Nacional do Petróleo (ANP). Os números revelam que o pré-sal já fez a
produção brasileira crescer mais do que a da Noruega e é hoje maior do
que a do México e da Venezuela, que pertenciam até pouco tempo ao seleto
grupo dos dez maiores produtores do mundo. A produção brasileira cresceu 3,2% em 2016, ficando à frente
da Noruega, que registrou um aumento de 2,4%, e de Omã, cuja produção
cresceu 2,4%, ainda de acordo com dados da ANP. Só em junho, a média
diária de produção da estatal brasileira no pré-sal foi de 1,35 milhão
de barris, alcançando o recorde de 1,42 milhão em 19 de junho. Isso já
equivale a 63% de toda a sua produção mensal. Para a Federação Única dos Petroleiros (FUP), "enquanto a
Petrobras bate recordes após recordes de produção no pré-sal, fica cada
vez mais claro que de petróleo o presidente da empresa não entende
nada". Os resultados podem ser celebrados hoje "graças aos investimentos
dos governos Lula e Dilma, que Pedro Parente classifica como
'malsucedidos' e 'ideologizados'", lembra a entidade. "Seu expertise é desmontar empresas para vendê-las barato,
como já fez na Bunge e corre agora contra o tempo para liquidar a
Petrobrás", critica ainda a FUP. "Nunca antes na história da indústria
de petróleo se viu um gestor querer abrir mão de reservas gigantescas e
estratégicas, como vem fazendo o presidente da Petrobras, ao desdenhar
do pré-sal", completa em nota a Federação.
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