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7.22.2017

Temer tem R$ 18 mi em imóveis que antes passaram por seu operador Yunes


Família de Michel Temer possui dois escritórios, uma casa e um andar inteiro de um prédio luxuoso, a maior parte de seus bens mais valiosos, tudo comprado do amigo advogado José Yunes, em transações que nem sempre seguiram o padrão convencional, segundo levantamento da revista Veja; Yunes, ex-assessor de Temer na vice-presidência, ficou conhecido na imprensa depois que delatores da Odebrecht revelaram que ele recebeu em 2014 parte de uma propina de R$ 10 milhões repassada pela empreiteira a Temer para financiar campanhas do PMDB; "sociedade" conta com contrato de gaveta secreto, parceria oculta e impostos pagos com dinheiro em espécie; os dois são hoje investigados por corrupção; propriedades somam dez vezes o valor do chamado "triplex" do Guarujá, atribuído ao ex-presidente Lula 

247 - Michel Temer mantém com o advogado José Yunes, seu amigo de mais de meio século e ex-assessor no Planalto na época em que era vice-presidente da República, uma sociedade bastante suspeita, para se dizer o mínimo.
Levantamento realizado pela revista Veja aponta que a maior parte dos bens mais valiosos da família do peemedebista teve antes como dono José Yunes. Todos eles foram vendidos para a família de Temer em transações que nem sempre seguiram o padrão convencional.
A "sociedade" imobiliária entre Temer e Yunes tem, por exemplo, contrato de gaveta secreto, parceria oculta e impostos pagos com dinheiro em espécie.
As propriedades que tiveram o advogado como dono inicial, antes de serem compradas por Temer, somam R$ 18 milhões, cerca de dez vezes o valor do chamado "triplex" do Guarujá, atribuído ao ex-presidente Lula.
Os bens incluem dois escritórios, uma casa e um andar inteiro de um prédio luxuoso, localizado numa das regiões mais valorizadas de São Paulo, a mais vultosa entre as negociações.
O prédio foi construído pela família de Yunes e Temer passou a ser dono de um andar oficialmente apenas em 2011, pagando por ele apenas R$ 2,2 milhões - três vezes menos o valor do mercado à época. Hoje, o conjunto vale R$ 14 milhões, também de acordo com o mercado.
Yunes ficou conhecido na imprensa depois que executivos da Odebrecht revelaram em delação premiada no âmbito da Lava Jato que ele recebeu em 2014 parte de uma propina de R$ 10 milhões que havia sido repassada pela empreiteira a Temer para financiar campanhas do PMDB.

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