Odebrecht pagou propina à cúpula do PMDB, mostram arquivos
A Procuradoria-Geral da República encontrou, no
sistema eletrônico da Odebrecht, arquivos originais que mostram
pagamento de propina a caciques do PMDB; a PGR localizou ordens de
pagamentos e descartou fraudes na criação dos arquivos, que indicam os
nomes do ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) e do ex-ministro Geddel
Vieira Lima como beneficiários; os nomes dos dois peemedebistas estavam
em uma planilha no sistema da Odebrecht que os associa aos codinomes
"Fodão" e "Babel", respectivamente; análise da PGR também encontrou
arquivos originais com programações de pagamentos para o ministro
Moreira Franco (Secretaria-Geral) e os ex-deputados Eduardo Cunha (RJ) e
Henrique Alves (RN), todos do PMDB; para investigadores, a importância
dos arquivos reside no fato de mostrar que foram criados e modificados
na época dos repasses delatados, e não forjados recentemente
247 - Em busca de provas
para corroborar os depoimentos dos delatores da Odebrecht, a
Procuradoria-Geral da República encontrou, no sistema eletrônico da
empresa, arquivos originais com os nomes do ministro Eliseu Padilha
(Casa Civil) e do ex-ministro Geddel Vieira Lima. A PGR localizou ordens
de pagamentos e descartou fraudes na criação dos arquivos. Os relatórios da SPEA (Secretaria de Pesquisa e Análise),
órgão técnico da PGR, foram produzidos por um perito criminal entre 27
de julho e 8 setembro deste ano. Os nomes dos dois peemedebistas estavam em uma planilha no
sistema da Odebrecht que os associa aos codinomes "Fodão" e "Babel",
respectivamente. A análise da PGR também encontrou arquivos originais com
programações de pagamentos para o ministro Moreira Franco
(Secretaria-Geral) e os ex-deputados Eduardo Cunha (RJ) e Henrique Alves
(RN), todos do PMDB. Segundo os relatórios, eles estavam identificados por codinomes que, para serem vinculados às pessoas, dependem dos depoimentos. Para investigadores, a importância dos arquivos reside no
fato de mostrar que foram criados e modificados na época dos repasses
delatados, e não forjados recentemente. A existência deles, porém, não comprova a efetiva entrega do dinheiro aos políticos. Todos eles –Padilha, Moreira, Cunha, Geddel e Alves– são
apontados nas delações como operadores de arrecadação de recursos da
empreiteira para o PMDB. Os três últimos estão presos. Os relatórios foram anexados aos autos da segunda denúncia
contra Michel Temer e a cúpula do PMDB, incluindo os ministros Padilha e
Moreira Franco. As informações são de reportagem de Reynaldo Turollo Jr e Rubens Valente na Folha de S.Paulo.
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