Maioria dos jovens brasileiros usa o celular para navegar na internet.
Vantagens e riscos da exposição dos adolescentes à internet
Se, por um lado, a internet cria condições para os adolescentes se divertirem, estudarem e se relacionarem, por outro, pode ser lugar de fuga, risco ou de sofrimento.
Vantagens e riscos da exposição dos adolescentes à internet são tema de debate neste sábado, no Espaço do Conhecimento.
Se, por um lado, a internet cria condições para os adolescentes se divertirem, estudarem e se relacionarem, por outro, pode ser lugar de fuga, risco ou de sofrimento. Essa ambivalência dá o tom da próxima edição do projeto Café Controverso, do Espaço do Conhecimento, que tem como tema O adolescente e a internet: educação ou alienação?
"Se entendermos a Internet como um ambiente onde tudo é possível, ela pode ser um lugar de criação. Mas os jogos on-line, as redes sociais, os vídeos podem gerar um anteparo para o adolescente não enfrentar o impossível da adolescência", avalia Julia Ramalho.
As muitas preocupações com a vida dos adolescentes na internet têm algum fundamento. "Mas temos que entender como funcionam as coisas que existem hoje, as possibilidades dessa moçada. Também é preciso adotar uma espécie de curadoria para os usos que os jovens fazem da rede", defende a escritora. Como mãe, sua principal preocupação é o vício de a pessoa ficar o tempo todo, especialmente em férias, mergulhado nas atividades digitais. "Se não houver uma atividade interessante fora da rede, como futebol, luta e inglês, a pessoa não sai de casa e só tem amigos virtuais, alguns que ela nunca verá. Embora seja positivo conhecer gente de todos os lugares, sotaques e até línguas, é preciso interagir com o que está fisicamente perto".
"Se entendermos a Internet como um ambiente onde tudo é possível, ela pode ser um lugar de criação. Mas os jogos on-line, as redes sociais, os vídeos podem gerar um anteparo para o adolescente não enfrentar o impossível da adolescência", avalia Julia Ramalho.
As muitas preocupações com a vida dos adolescentes na internet têm algum fundamento. "Mas temos que entender como funcionam as coisas que existem hoje, as possibilidades dessa moçada. Também é preciso adotar uma espécie de curadoria para os usos que os jovens fazem da rede", defende a escritora. Como mãe, sua principal preocupação é o vício de a pessoa ficar o tempo todo, especialmente em férias, mergulhado nas atividades digitais. "Se não houver uma atividade interessante fora da rede, como futebol, luta e inglês, a pessoa não sai de casa e só tem amigos virtuais, alguns que ela nunca verá. Embora seja positivo conhecer gente de todos os lugares, sotaques e até línguas, é preciso interagir com o que está fisicamente perto".
A Internet está cada vez mais presente e à mão de crianças e adolescentes brasileiros. Dos grupos de usuários que mais recorrem a celulares para acessar a internet, os adolescentes se destacam. Mais de 50% dos jovens que têm de 10 a 14 anos e 80,8% daqueles de 15 a 17 anos navegam pelo celular.
As informações são do estudo Suplemento de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2014, divulgado em abril deste ano, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pela primeira vez no país, o celular superou o uso de computador para o acesso à rede mundial.
A Internet está cada vez mais presente e à mão de crianças e adolescentes brasileiros. Dos grupos de usuários que mais recorrem a celulares para acessar a internet, os adolescentes se destacam. Mais de 50% dos jovens que têm de 10 a 14 anos e 80,8% daqueles de 15 a 17 anos navegam pelo celular.
As informações são do estudo Suplemento de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2014, divulgado em abril deste ano, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pela primeira vez no país, o celular superou o uso de computador para o acesso à rede mundial.
Os 10 principais riscos na Internet para crianças e adolescentes
Saiba quais são os principais perigos na Internet
que afetam crianças e adolescentes, de acordo
com um relatório produzido pela Organização
dos Estados Americanos (OEA) e pelo Instituto
Interamericano da Criança (IIN).
Todos conhecemos as diversas vantagens da
Internet, especialmente para quem nasceu nos
anos 90 ou anteriormente. No entanto, da mesma
forma que encontramos benefícios, como acontece
em todos os cenários onde estão os seres humanos,
também há riscos.
No início do ano, a Organização dos Estados
Americanos (OEA), por meio de sua agência
especializada em crianças e adolescentes,
o Instituto Interamericano da Criança (IIN),
publicou o relatório regional (em espanhol)
intitulado “Diretrizes para o empoderamento
e na República Dominicana”. Apesar da análise
estar enforcada nas ameaças das regiões citadas,
as informações podem ser usadas para tentar
tornar a Internet um espaço cada vez mais seguro,
conhecer os perigos existentes na Web e, acima
de tudo, aprender como evitá-los ou como lidar
com esses riscos.
E, embora essas ameaças possam afetar qualquer
usuário da Internet sem fazer distinção entre
as condições, o mais preocupante é que as
crianças também se tornaram alvo dos
cibercriminosos. Por isso, e como membros
da equipe de Educação e Pesquisa da ESET,
procuramos conscientizar os diferentes públicos
sobre a importância do uso seguro da Internet
e das novas tecnologias de forma mais consciente
e responsável. Nest post, detalhamos quais
são os principais perigos na Internet que afetam
crianças e adolescentes, de acordo com o
relatório da OEA.
É importante notar que algumas das ameaças
foram extraídas da página “End Child Prostitution
and Trafficking” (ECPAT) – as definições foram
modificadas ligeiramente para esta publicação,
sem alterar sua essência.
Saiba quais são os principais perigos na Internet
que afetam crianças e adolescentes, de acordo
com um relatório produzido pela Organização
dos Estados Americanos (OEA) e pelo Instituto
Interamericano da Criança (IIN).
Todos conhecemos as diversas vantagens da
Internet, especialmente para quem nasceu nos
anos 90 ou anteriormente. No entanto, da mesma
forma que encontramos benefícios, como acontece
em todos os cenários onde estão os seres humanos,
também há riscos.
forma que encontramos benefícios, como acontece
em todos os cenários onde estão os seres humanos,
também há riscos.
No início do ano, a Organização dos Estados
Americanos (OEA), por meio de sua agência
especializada em crianças e adolescentes,
o Instituto Interamericano da Criança (IIN),
publicou o relatório regional (em espanhol)
intitulado “Diretrizes para o empoderamento
e na República Dominicana”. Apesar da análise
estar enforcada nas ameaças das regiões citadas,
as informações podem ser usadas para tentar
tornar a Internet um espaço cada vez mais seguro,
conhecer os perigos existentes na Web e, acima
de tudo, aprender como evitá-los ou como lidar
com esses riscos.
E, embora essas ameaças possam afetar qualquer
usuário da Internet sem fazer distinção entre
as condições, o mais preocupante é que as
crianças também se tornaram alvo dos
cibercriminosos. Por isso, e como membros
da equipe de Educação e Pesquisa da ESET,
procuramos conscientizar os diferentes públicos
sobre a importância do uso seguro da Internet
e das novas tecnologias de forma mais consciente
e responsável. Nest post, detalhamos quais
são os principais perigos na Internet que afetam
crianças e adolescentes, de acordo com o
relatório da OEA.
É importante notar que algumas das ameaças
foram extraídas da página “End Child Prostitution
and Trafficking” (ECPAT) – as definições foram
modificadas ligeiramente para esta publicação,
sem alterar sua essência.
#1 Abuso sexual de crianças e adolescentes na Internet
Esta ameaça refere-se a todas as formas de abuso
sexual facilitadas por tecnologias da informação
e ou divulgadas através da mídia on-line, onde
a exploração, o assédio e o abuso sexual ocorrem
cada vez mais por meio da Internet.
Esta ameaça refere-se a todas as formas de abuso
sexual facilitadas por tecnologias da informação
e ou divulgadas através da mídia on-line, onde
a exploração, o assédio e o abuso sexual ocorrem
cada vez mais por meio da Internet.
#2 Cyberbullying / Assédio virtual
É uma forma de assédio e agressão que ocorre
entre os pares, tomando como meio novas
tecnologias, com a intenção de propagar
mensagens ou imagens cruéis, para que sejam
vistas por mais pessoas. A rápida propagação
e sua permanência na Internet aumentam
a agressão contra a vítima. Segundo dados
da Organização das Nações Unidas (ONU) e
da Fundação Telefônica, 55% dos jovens
latino-americanos já foram vítimas de cyberbullying.
É uma forma de assédio e agressão que ocorre
entre os pares, tomando como meio novas
tecnologias, com a intenção de propagar
mensagens ou imagens cruéis, para que sejam
vistas por mais pessoas. A rápida propagação
e sua permanência na Internet aumentam
a agressão contra a vítima. Segundo dados
da Organização das Nações Unidas (ONU) e
da Fundação Telefônica, 55% dos jovens
latino-americanos já foram vítimas de cyberbullying.
#3 Exploração sexual de crianças e adolescentes na Internet
Inclui todos os atos de natureza sexual cometidos
contra uma criança ou adolescente através do uso
da Internet como meio de explorá-los sexualmente.
Também inclui o uso das novas tecnologias de
informação e comunicação, que geram imagens
ou materiais que documentam a exploração
sexual com a intenção de produzir, disseminar,
comprar e vender.
Inclui todos os atos de natureza sexual cometidos
contra uma criança ou adolescente através do uso
da Internet como meio de explorá-los sexualmente.
Também inclui o uso das novas tecnologias de
informação e comunicação, que geram imagens
ou materiais que documentam a exploração
sexual com a intenção de produzir, disseminar,
comprar e vender.
#4 Exposição a conteúdos inapropriados
Refere-se ao acesso ou exposição de crianças e
adolescentes, intencionalmente ou acidentalmente,
a conteúdos violentos, de natureza sexual ou
que gerem ódio, sendo prejudicial ao seu
desenvolvimento.
Refere-se ao acesso ou exposição de crianças e
adolescentes, intencionalmente ou acidentalmente,
a conteúdos violentos, de natureza sexual ou
que gerem ódio, sendo prejudicial ao seu
desenvolvimento.
#5 Grooming
O termo refere-se às estratégias que um adulto
realiza para ganhar a confiança de uma criança
ou adolescente, através da Internet, com o
propósito de abusar ou explorar sexualmente.
O grooming sempre é realizado por um adulto.
Existem dois tipos de grooming: o primeiro é
quando não há fase anterior de relacionamento
e geração de confiança, mas o assediador
consegue obter fotos ou vídeos sexuais da criança
para extorquir. A segunda é quando há uma fase
anterior em que o assediador procura gerar
confiança, fazendo com que a criança ou
adolescente entregue material sexual a fim
de torná-lo alvo de chantagens. O assediador
geralmente finge ser uma criança, consegue
manipular através dos gostos e preferências
da vítima e usa o tempo para fortalecer o vínculo.
O termo refere-se às estratégias que um adulto
realiza para ganhar a confiança de uma criança
ou adolescente, através da Internet, com o
propósito de abusar ou explorar sexualmente.
O grooming sempre é realizado por um adulto.
Existem dois tipos de grooming: o primeiro é
quando não há fase anterior de relacionamento
e geração de confiança, mas o assediador
consegue obter fotos ou vídeos sexuais da criança
para extorquir. A segunda é quando há uma fase
anterior em que o assediador procura gerar
confiança, fazendo com que a criança ou
adolescente entregue material sexual a fim
de torná-lo alvo de chantagens. O assediador
geralmente finge ser uma criança, consegue
manipular através dos gostos e preferências
da vítima e usa o tempo para fortalecer o vínculo.
#6 Materiais de abuso sexual de crianças e
adolescentes gerados digitalmente
É a produção artificial, através da mídia digital,
de todo tipo de material que represente crianças
e adolescentes que participam de atividades
sexuais e/ou de maneira sexualizada, para fazer
com que os fatos pareçam reais.
É a produção artificial, através da mídia digital,
de todo tipo de material que represente crianças
e adolescentes que participam de atividades
sexuais e/ou de maneira sexualizada, para fazer
com que os fatos pareçam reais.
#7 Publicação de informações privadas
Refere-se à publicação de dados sensíveis de
forma on-line. Por exemplo, nas redes sociais.
Refere-se à publicação de dados sensíveis de
forma on-line. Por exemplo, nas redes sociais.
#8 Happy slapping
É uma forma de cyberbullying que ocorre quando
uma ou várias pessoas agridem um indivíduo
enquanto o incidente é gravado para ser
transmitido nas redes sociais. O objetivo
é “tirar sarro” da vítima.
É uma forma de cyberbullying que ocorre quando
uma ou várias pessoas agridem um indivíduo
enquanto o incidente é gravado para ser
transmitido nas redes sociais. O objetivo
é “tirar sarro” da vítima.
#9 Sexting
É definido como a autoprodução de imagens sexuais,
com a troca de imagens ou vídeos com conteúdo
sexual, por meio de telefones e/ou da Internet
(mensagens, e-mails, redes sociais). Também
pode ser considerado como uma forma de
assédio sexual em que uma criança e um
adolescente são pressionados a enviar uma
foto para o parceiro, que a propaga sem o
seu consentimento.
É definido como a autoprodução de imagens sexuais,
com a troca de imagens ou vídeos com conteúdo
sexual, por meio de telefones e/ou da Internet
(mensagens, e-mails, redes sociais). Também
pode ser considerado como uma forma de
assédio sexual em que uma criança e um
adolescente são pressionados a enviar uma
foto para o parceiro, que a propaga sem o
seu consentimento.
#10 Sextorsão (sextortion)
É a chantagem realizada a crianças ou adolescentes
por meio de mensagens intimidadoras que
ameaçam propagar imagens sexuais ou vídeos
gerados pelas próprias vítimas. A intenção do
extorsionista é continuar com a exploração
sexual e/ou ter relações sexuais com a vítima.
É a chantagem realizada a crianças ou adolescentes
por meio de mensagens intimidadoras que
ameaçam propagar imagens sexuais ou vídeos
gerados pelas próprias vítimas. A intenção do
extorsionista é continuar com a exploração
sexual e/ou ter relações sexuais com a vítima.
Segurança das crianças na Internet: uma responsabilidade de todos
A responsabilidade de tornar a Internet um
espaço cada vez mais seguro para crianças e
adolescentes “exige uma abordagem abrangente
e intersetorial”, destacou o Secretário de Acesso
a Direitos e Equidade, Mauricio Rands, no relatório
da OEA. Do ponto de vista dos governos,
é necessário o desenvolvimento de marcos
regulatórios e a criação de políticas públicas
que promovam a cultura da cibersegurança,
conforme indicado no relatório. Além disso,
a importante tarefa dos adultos no
desenvolvimento seguro das habilidades das
crianças na Internet não deve ser negligenciada,
especialmente quando eles não têm o conhecimento
sobre as ameaças e o uso da tecnologia.
Para finalizar, a partir da iniciativa privada, os
esforços estão concentrados principalmente
na oferta de ferramentas de proteção, além do
desenvolvimento de campanhas de educação
sobre questões de cibersegurança. Na ESET,
promovemos iniciativas para aumentar a
conscientização sobre os perigos na Internet
contra crianças e adolescentes, por meio
de palestras e outras atividades educativas.
A responsabilidade de tornar a Internet um
espaço cada vez mais seguro para crianças e
adolescentes “exige uma abordagem abrangente
e intersetorial”, destacou o Secretário de Acesso
a Direitos e Equidade, Mauricio Rands, no relatório
da OEA. Do ponto de vista dos governos,
é necessário o desenvolvimento de marcos
regulatórios e a criação de políticas públicas
que promovam a cultura da cibersegurança,
conforme indicado no relatório. Além disso,
a importante tarefa dos adultos no
desenvolvimento seguro das habilidades das
crianças na Internet não deve ser negligenciada,
especialmente quando eles não têm o conhecimento
sobre as ameaças e o uso da tecnologia.
Para finalizar, a partir da iniciativa privada, os
esforços estão concentrados principalmente
na oferta de ferramentas de proteção, além do
desenvolvimento de campanhas de educação
sobre questões de cibersegurança. Na ESET,
promovemos iniciativas para aumentar a
conscientização sobre os perigos na Internet
contra crianças e adolescentes, por meio
de palestras e outras atividades educativas.
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