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9.04.2018

Educação ou alienação?


Maioria dos jovens brasileiros usa o celular para navegar na internet. 

Vantagens e riscos da exposição dos adolescentes à internet 

Educação ou alienação?Se, por um lado, a internet cria condições para os adolescentes se divertirem, estudarem e se relacionarem, por outro, pode ser lugar de fuga, risco ou de sofrimento.  

Vantagens e riscos da exposição dos adolescentes à internet são tema de debate neste sábado, no Espaço do Conhecimento.

Se, por um lado, a internet cria condições para os adolescentes se divertirem, estudarem e se relacionarem, por outro, pode ser lugar de fuga, risco ou de sofrimento. Essa ambivalência dá o tom da próxima edição do projeto Café Controverso, do Espaço do Conhecimento, que tem como tema O adolescente e a internet: educação ou alienação?

"Se entendermos a Internet como um ambiente onde tudo é possível, ela pode ser um lugar de criação. Mas os jogos on-line, as redes sociais, os vídeos podem gerar um anteparo para o adolescente não enfrentar o impossível da adolescência", avalia Julia Ramalho. 
As muitas preocupações com a vida dos adolescentes na internet têm algum fundamento. "Mas temos que entender como funcionam as coisas que existem hoje, as possibilidades dessa moçada. Também é preciso adotar uma espécie de curadoria para os usos que os jovens fazem da rede", defende a escritora. Como mãe, sua principal preocupação é o vício de a pessoa ficar o tempo todo, especialmente em férias, mergulhado nas atividades digitais. "Se não houver uma atividade interessante fora da rede, como futebol, luta e inglês, a pessoa não sai de casa e só tem amigos virtuais, alguns que ela nunca verá. Embora seja positivo conhecer gente de todos os lugares, sotaques e até línguas, é preciso interagir com o que está fisicamente perto".



A Internet está cada vez mais presente e à mão de crianças e adolescentes brasileiros. Dos grupos de usuários que mais recorrem a celulares para acessar a internet, os adolescentes se destacam. Mais de 50% dos jovens que têm de 10 a 14 anos e 80,8% daqueles de 15 a 17 anos navegam pelo celular.
As informações são do estudo Suplemento de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2014, divulgado em abril deste ano, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pela primeira vez no país, o celular superou o uso de computador para o acesso à rede mundial.

Os 10 principais riscos na Internet para crianças e adolescentes

Saiba quais são os principais perigos na Internet 
que afetam crianças e adolescentes, de acordo 
com um relatório produzido pela Organização 
dos Estados Americanos (OEA) e pelo Instituto
 Interamericano da Criança (IIN).
Todos conhecemos as diversas vantagens da
 Internet, especialmente para quem nasceu nos
 anos 90 ou anteriormente. No entanto, da mesma 
forma que encontramos benefícios, como acontece
 em todos os cenários onde estão os seres humanos,
 também há riscos.
No início do ano, a Organização dos Estados 
Americanos (OEA), por meio de sua agência
 especializada em crianças e adolescentes, 
o Instituto Interamericano da Criança (IIN), 
publicou o relatório regional (em espanhol)
e na República Dominicana”. Apesar da análise
 estar enforcada nas ameaças das regiões citadas,
 as informações podem ser usadas para tentar
 tornar a Internet um espaço cada vez mais seguro,
 conhecer os perigos existentes na Web e, acima 
de tudo, aprender como evitá-los ou como lidar 
com esses riscos.
E, embora essas ameaças possam afetar qualquer
 usuário da Internet sem fazer distinção entre 
as condições, o mais preocupante é que as 
crianças também se tornaram alvo dos 
cibercriminosos. Por isso, e como membros
 da equipe de Educação e Pesquisa da ESET,
 procuramos conscientizar os diferentes públicos 
sobre a importância do uso seguro da Internet
 e das novas tecnologias de forma mais consciente
 e responsável. Nest post, detalhamos quais 
são os principais perigos na Internet que afetam
 crianças e adolescentes, de acordo com o 
relatório da OEA.
É importante notar que algumas das ameaças 
foram extraídas da página “End Child Prostitution 
and Trafficking” (ECPAT) – as definições foram 
modificadas ligeiramente para esta publicação,
 sem alterar sua essência.

#1 Abuso sexual de crianças e adolescentes na Internet

Esta ameaça refere-se a todas as formas de abuso
 sexual facilitadas por tecnologias da informação
 e ou divulgadas através da mídia on-line, onde 
a exploração, o assédio e o abuso sexual ocorrem
 cada vez mais por meio da Internet.

#2 Cyberbullying / Assédio virtual

É uma forma de assédio e agressão que ocorre 
entre os pares, tomando como meio novas 
tecnologias, com a intenção de propagar 
mensagens ou imagens cruéis, para que sejam
 vistas por mais pessoas. A rápida propagação
 e sua permanência na Internet aumentam 
a agressão contra a vítima. Segundo dados 
da Organização das Nações Unidas (ONU) e
 da Fundação Telefônica, 55% dos jovens 
latino-americanos já foram vítimas de cyberbullying.

#3 Exploração sexual de crianças e adolescentes na Internet

Inclui todos os atos de natureza sexual cometidos 
contra uma criança ou adolescente através do uso
 da Internet como meio de explorá-los sexualmente.
 Também inclui o uso das novas tecnologias de 
informação e comunicação, que geram imagens
 ou materiais que documentam a exploração 
sexual com a intenção de produzir, disseminar,
 comprar e vender.

#4 Exposição a conteúdos inapropriados

Refere-se ao acesso ou exposição de crianças e
 adolescentes, intencionalmente ou acidentalmente,
 a conteúdos violentos, de natureza sexual ou 
que gerem ódio, sendo prejudicial ao seu
 desenvolvimento.

#5 Grooming

termo refere-se às estratégias que um adulto
 realiza para ganhar a confiança de uma criança
 ou adolescente, através da Internet, com o
 propósito de abusar ou explorar sexualmente. 
O grooming sempre é realizado por um adulto.
Existem dois tipos de grooming: o primeiro é
 quando não há fase anterior de relacionamento
 e geração de confiança, mas o assediador 
consegue obter fotos ou vídeos sexuais da criança 
para extorquir. A segunda é quando há uma fase
 anterior em que o assediador procura gerar
 confiança, fazendo com que a criança ou 
adolescente entregue material sexual a fim 
de torná-lo alvo de chantagens. O assediador 
geralmente finge ser uma criança, consegue 
manipular através dos gostos e preferências 
da vítima e usa o tempo para fortalecer o vínculo.

#6 Materiais de abuso sexual de crianças e

 adolescentes gerados digitalmente

É a produção artificial, através da mídia digital, 
de todo tipo de material que represente crianças
 e adolescentes que participam de atividades 
sexuais e/ou de maneira sexualizada, para fazer 
com que os fatos pareçam reais.

#7 Publicação de informações privadas

Refere-se à publicação de dados sensíveis de
 forma on-line. Por exemplo, nas redes sociais.

#8 Happy slapping

É uma forma de cyberbullying que ocorre quando
 uma ou várias pessoas agridem um indivíduo 
enquanto o incidente é gravado para ser 
transmitido nas redes sociais. O objetivo 
é “tirar sarro” da vítima.

#9 Sexting

É definido como a autoprodução de imagens sexuais,
 com a troca de imagens ou vídeos com conteúdo
 sexual, por meio de telefones e/ou da Internet
 (mensagens, e-mails, redes sociais). Também 
pode ser considerado como uma forma de
 assédio sexual em que uma criança e um
 adolescente são pressionados a enviar uma
 foto para o parceiro, que a propaga sem o
 seu consentimento.

#10 Sextorsão (sextortion)

É a chantagem realizada a crianças ou adolescentes
 por meio de mensagens intimidadoras que 
ameaçam propagar imagens sexuais ou vídeos
 gerados pelas próprias vítimas. A intenção do
 extorsionista é continuar com a exploração
 sexual e/ou ter relações sexuais com a vítima.

Segurança das crianças na Internet: uma responsabilidade de todos

A responsabilidade de tornar a Internet um
 espaço cada vez mais seguro para crianças e 
adolescentes “exige uma abordagem abrangente
 e intersetorial”, destacou o Secretário de Acesso
 a Direitos e Equidade, Mauricio Rands, no relatório
 da OEA. Do ponto de vista dos governos, 
é necessário o desenvolvimento de marcos 
regulatórios e a criação de políticas públicas
 que promovam a cultura da cibersegurança, 
conforme indicado no relatório. Além disso,
 a importante tarefa dos adultos no 
desenvolvimento seguro das habilidades das
 crianças na Internet não deve ser negligenciada,
 especialmente quando eles não têm o conhecimento
 sobre as ameaças e o uso da tecnologia.
Para finalizar, a partir da iniciativa privada, os
 esforços estão concentrados principalmente 
na oferta de ferramentas de proteção, além do
 desenvolvimento de campanhas de educação 
sobre questões de cibersegurança. Na ESET, 
promovemos iniciativas para aumentar a
 conscientização sobre os perigos na Internet
 contra crianças e adolescentes, por meio 
de palestras e outras atividades educativas.
 


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