Comentando a proposta de lei do Governo de prescrição por Denominação Comum Internacional (DCI), que será votada sexta-feira no Parlamento, José Manuel Silva manifestou-se contra a troca de medicamentos genéricos nas farmácias, alertando que, cumprindo a lei, «os genéricos com o mesmo princípio activo podem ter variabilidades grandes entre si».
«O que está em causa nesta proposta de lei não é a alteração de um original por um genérico, nem é sequer aumentar a taxa de genéricos em Portugal. O que está em causa nesta lei é induzir a substituição de um genérico prescrito por um médico por outra marca do mesmo genérico escolhida pela farmácia», explicou.
Para o bastonário, «a substituição de um genérico por outro genérico induz um índice de variabilidade que é inaceitável e potencialmente prejudicial ao doente».
Para elucidar os doentes, os médicos vão distribuir um folheto a explicar-lhes os riscos das trocas de genéricos nas farmácias.
Admitindo que estes folhetos são uma «afronta» à proposta do Governo para proteger os doentes, José Manuel Silva adiantou que o único objectivo «é explicar aos doentes o que está em causa e protegê-los dos erros das decisões políticas».
«Esta é uma decisão política, não é uma decisão técnica, não é uma decisão económica. É uma decisão que visa favorecer os interesses comerciais de um dos intervenientes no circuito do medicamento, que são as farmácias», criticou.
Actualmente, quando a receita de um medicamento permite que este seja trocado por um genérico na farmácia, já é o farmacêutico que faz essa escolha
Um comentário:
Querida Andressa
Já estou seguindo o seu Blog.
Beijão
Postar um comentário