5.12.2013

Adenoma hepático pode ser por excesso de anabolizantes no cantor baiano Netinho

Segundo os médicos, Netinho deu entrada no hospital pela primeira vez após sentir dores durante atividade física, quando passou por uma biópsia hepática. Ele precisou voltar ao hospital porque sentiu fortes dores no abdômen. Uma complicação após a realização da biópsia hepática provocou um grande sangramento.
Dr. Paraná, hepatologista, Jackson Noya, clínico geral, e Jorge Bastos, cirurgião (Foto: Ruan Melo/G1)Dr. Paraná, hepatologista; Jackson Noya, clínico
geral; e Jorge Bastos, cirurgião, falam sobre quadro
do cantor (Foto: Ruan Melo/G1)
Adenomas hepáticos
O hepatologista Raymundo Paraná explicou que adenomas hepáticos são lesões benignas do fígado, que são classificadas em três tipos: 1, 2 e 3. Segundo Paraná, os adenomas hepáticos são, na maioria das vezes, causados por uso de hormônio e aparecem mais em mulheres. O diagnóstico em homens, de acordo com o hepatologista, é muito raro.
"Normalmente, [os adenomas hepáticos] são mais encontrados em mulheres que usam contraceptivo oral, muito raramente em homens, porque esse tipo de adenoma, que é o mais comum, se associa ao uso de hormônios femininos. Normalmente, é uma lesão no fígado que é benigna. Muito raramente sofre malignização. Em homens, o adenoma é muito raro. Hoje se torna um pouco mais comum em função de algumas práticas na academia, por exemplo, onde se faz uso de medicamentos com testosterona. Não estou dizendo que seja o caso do paciente, é importante dizer isso. O adenoma em homens é um caso de absoluta exceção", afirmou.

Adenoma hepático


O que é?

O adenoma hepático é um tumor benigno raro do fígado. Existem dois tipos identificados, distinguidos pela sua origem no canal biliar ou na célula hepática. Os primeiros são geralmente inferiores a 1 cm e não têm interesse clínico. Os de origem hepática (adenomas hepatocelulares) têm relevância clínica e o seu tamanho varia, em média, entre 8 e 15 cm. Aproximadamente 80% são solitários e 12 a 30%, múltiplos. Adenomatose refere-se à presença de mais de 10 adenomas hepáticos. Embora sejam lesões benignas, podem sofrer hemorragia, rotura e transformação maligna para carcinoma hepatocelular. O risco exacto de malignidade é desconhecido.

Epidemiologia

Embora possam ser idiopáticos, cerca de 90% das lesões desenvolvem-se em mulheres entre a 3.ª e a 5.ª décadas de vida, associado ao uso de contraceptivos orais. Nestas, a incidência é de, aproximadamente, 4/100 000 casos. Em mulheres que não tomem pílula ou a tomem por período inferior a dois anos, a incidência reduz-se para um caso por milhão. A adenomatose constitui uma entidade distinta, não relacionada com a exposição hormonal e afectando igualmente homens e mulheres.

Factores de risco

Os principais factores de risco implicados na génese do adenoma hepático são os contraceptivos orais. Outros factores apontados para uma maior incidência são o uso de esteróides androgénicos, diabetes, doenças de armazenamento do glicogénio, galactosemia, hemocromatose, acromegalia e esteatose hepática. A gravidez foi associada a agravamento da sintomatologia e a aumento do risco de complicações.

Sinais e sintomas

Geralmente assintomáticos, são descobertos acidentalmente durante a realização de exames ou aquando de intervenções cirúrgicas. À medida que as dimensões das lesões aumentam, pode ocorrer dor no hipocôndrio direito, e as mesmas podem ser palpáveis sob a forma de tumefacção individualizável ou hepatomegalia. Em casos raros, a rotura pode ocasionar choque hemorrágico.

Diagnóstico

Habitualmente, as lesões são detectadas por ecografia, no entanto, os exames de eleição para caracterizar adenomas hepáticos são a tomografia axial computorizada (TAC) e a ressonância magnética nuclear (RMN). Os níveis de transaminases (TGO e TGP) e colestase (fosfatase alcalina e gama-GT) podem estar alterados, podendo, ainda, na análise ao sangue, surgir anemia nos casos em que ocorre hemorragia tumoral. Os níveis de alfa-fetoproteína são úteis para distinguir o adenoma do carcinoma hepatocelular. Níveis elevados de alfa-fetoproteína sugerem carcinoma hepatocelular. Outros exames podem ajudar em casos de diagnóstico diferencial mais difícil: cintigrafia com gálio 67 ou tecnésio 99m, angiografia e tomografia com emissão de positrões. A biopsia é controversa pela dificuldade em fornecer diagnóstico e pelo risco de hemorragia.

Tratamento

Face ao risco de hemorragia, rotura e transformação maligna, a cirurgia de ressecção hepática é o tratamento de eleição e pode executar-se por via aberta ou minimamente invasiva (laparoscópica, assistida por laparoscopia ou assistida por mão). Em casos de dúvida diagnóstica, a cirurgia também é a opção. A embolização arterial hepática pode ser um recurso temporário em caso de hemorragia tumoral. A experiência com radiofrequência é limitada. O transplante hepático é uma alternativa nos casos de tumores irressecáveis e em doentes com múltiplos adenomas.

 
Dr. José Davide -

5 comentários:

Unknown disse...

No caso de um adenoma pode dar ca 19-9 aumentado?

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Oi eu mim operei tem 4 messes de um adenoma hepatico de 15 centímetros e retirei a vesícula queria saber se posso voltar as minha atividades físicas na academia sinto um pouco de dor na cicatriz pois foi um corte muito grande peguei 41 pontos na barriga

Unknown disse...

Oi eu mim operei tem 4 messes de um adenoma hepatico de 15 centímetros e retirei a vesícula queria saber se posso voltar as minha atividades físicas na academia sinto um pouco de dor na cicatriz pois foi um corte muito grande peguei 41 pontos na barriga

Unknown disse...

Eu mim operei de um adenoma hepatico de 2 kilos e a retirada da vesícula tem 4 messes posso fazer academia