12.02.2013

Permitir greve de servidor público foi um desatino do constituinte, diz Fux


  • Para ele, paralisação não tem a menor eficácia e só prejudica aqueles que precisam do serviço público
  • Ministro negou que vá ser candidato ao governo do Rio futuramente
  • Essa figura (Luiz Fux) é contra a greve ( uma das maiores conquistas trabalhistas de todos os tempos). Ele quer que o povo se Fux  



Luiz Fux, ministro do STF
Foto: Supremo Tribunal Federal / Divulgação


Luiz Fux, ministro do STF Supremo Tribunal Federal "cuidado": ele é contra greve dos trabalhadores ou ele acha que servidores públicos não são trabalhadores.
RIO - O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse nesta segunda-feira em evento no Rio que permitir que servidores públicos façam greve foi um desatino dos parlamentares constituintes e que a paralisação não tem eficácia, na medida em que os prejudicados são aqueles que dependem do serviço público. Fux falou sobre o tema depois de lembrar de seu papel de mediador na greve dos professores das redes municipal e estadual do Rio. Após quase cinco horas de reuniões com representantes do estado, da prefeitura e do sindicato dos professores, o ministro conseguiu um acordo para o fim da greve, tanto na rede estadual quanto na rede municipal.

O ministro seguiu a explanação, afirmando que a greve no sistema privado é dificílima. Em seguida, passou a falar das paralisações no setor público:
- Mas a questão federal, no rasgo demagógico, passou a admitir greve do servidor público. Entendo que o cidadão paga os salários do servidor público e tem direito à continuidade dos serviços essenciais. Foi um desatino do constituinte, foi talvez uma tentativa de agradar às influências que se interpuseram na Comissão de Sistematização. A greve do serviço público é algo que não tem a menor eficácia porque ela só prejudica aqueles que precisam do servidor público, na medida em que se permite corte de salários e do ponto.

Infiltração dos black blocs
Fux participou na manhã desta segunda-feira de um evento na Associação Comercial do Rio de Janeiro sobre arbitragem e mediação e falou sobre a arbitragem e o novo Código de Processo Civil. Ele fez ainda uma comparação entre greves no Brasil e no exterior. Nessa afirmação, citou os black blocs.
- Então, greve é guerra, e os sindicatos estrangeiros bancam a guerra. Então, o funcionário não fica sem receber. Ele está lutando pelo interesse da categoria, mas tem o salário garantido. Agora, aqui não, não paga salário, não paga nada. Vai para a rua por um ideal e evidentemente tudo o quanto ele consegue é facilitar a infiltração dos black blocs e acabar com a nossa belíssima cidade do Rio - afirmou.
O ministro disse que sua iniciativa de se reunir com os professores não foi bem digerida por alguns políticos, que, segundo ele, chegaram a pensar que ele se lançaria ao governo do Rio.
- Fizemos uma composição de início muito mal vista por governantes que imaginavam que talvez eu seria candidato a governador. Eu não tenho o menor pendor para isso. Quero ficar longe disso, desse meio que não é o que mais me agrada - afirmou o ministro, que não quis falar sobre mensalão.

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