Confusão é comum e atinge cerca de 40% da população
De acordo com a alergologista Iara Mello, leite de vaca, ovos, oleoginosas — como castanhas e nozes — e frutos do mar lideram a lista dos maiores causadores de alergia e intolerância alimentares. Porém, antes de retirar os alimentos da dieta dos pequenos, é preciso consultar um médico. “Muitos pais assumem que a criança passa mal com uma comida e simplesmente a retiram do cardápio, provocando déficit nutricional”, afirma. “Um alergologista definirá exatamente a causa do problema e encaminhará o paciente ao nutricionista”, orienta.
Segundo Iara, a alergia pode até ser
superada em alguns casos. “Existem crianças que passam a tolerar o
alimento após o amadurecimento do sistema gastrodigestivo. Mas a
reintrodução deste item na dieta deve ser feita aos poucos, com
acompanhamento médico”, diz.
Outra forma eficaz de evitar complicações é
assegurar que o bebê se alimente apenas leite materno até os 6 meses de
idade. “Muitas vezes uma alergia é causada porque a criança começa a
comer muito cedo. O leite da mãe garante que sistema imunológico fique
mais fortalecido”, observa a nutricionista Wilma Amorim. Para ela, mesmo que não haja como reverter o processo, intolerância ou alergia não devem significar sofrimento. “Os pais devem explicar aos filhos a situação de forma clara e escrever um comunicado por escrito ao colégio listando o que a criança pode e o que não pode comer”, diz. “Em dias de lanche coletivo, por exemplo, o ideal é que a criança leve um alimento de que goste muito, para que não se sinta triste por não provar a comida dos colegas”, sugere.
Entenda a diferença entre os males
Embora ambas sejam desencadeadas pelo consumo de comidas ou bebidas, alergia e a intolerância são fenômenos muito diferentes. “Normalmente causada por predisposição genética, a alergia é a resposta do sistema imunológico, que entende um alimento como ‘veneno’ e libera anticorpos para combatê-lo.
Entre os efeitos estão urticária e placas na pele, vômito e choque anafilático, que pode levar à morte”, explica a alergologista Iara Mello. “Mais branda, a intolerância é a falta de uma enzima específica que gera dificuldade na digestão. Pode ser uma alteração genética ou adquirida”, esclarece a médica.
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