Empresa britânica desenvolveu fórmula com base no hormônio da melatonina, que aumenta o desejo sexual
O GLOBO
Um tipo de viagra feminino poderá estar nas prateleiras em 2015, segundo a Orlibid, empresa britânica que desenvolveu a droga.
- Ela funciona tanto para mulheres com disfunção sexual quanto para aquelas apenas interessadas em apimentar o sexo - comentou ao “Daily Mail” Mike Wyllie, integrante da equipe que criou o Viagra e que está assessorando a empresa britânica.
Companhias farmacêuticas já conhecem o efeito da melatonina - um hormônio geralmente associado ao bronzeamento - na libido, mas têm tido dificuldade de encontrar uma forma de produzi-la em formato de pílula, em vez de injeção. Essa pílula é uma versão sintética de melatonina, que age no cérebro para aumentar o desejo.
A Orlibid pretende realizar três novos estudos para medir os efeitos da droga em mulheres. Tomada 15 minutos antes do sexo, a pílula aumenta o desejo sexual por mais de duas horas. A empresa também investiga se ela poderia ajudar homens impotentes que não reagem às drogas existentes.
- Ela funciona tanto para mulheres com disfunção sexual quanto para aquelas apenas interessadas em apimentar o sexo - comentou ao “Daily Mail” Mike Wyllie, integrante da equipe que criou o Viagra e que está assessorando a empresa britânica.
Companhias farmacêuticas já conhecem o efeito da melatonina - um hormônio geralmente associado ao bronzeamento - na libido, mas têm tido dificuldade de encontrar uma forma de produzi-la em formato de pílula, em vez de injeção. Essa pílula é uma versão sintética de melatonina, que age no cérebro para aumentar o desejo.
A Orlibid pretende realizar três novos estudos para medir os efeitos da droga em mulheres. Tomada 15 minutos antes do sexo, a pílula aumenta o desejo sexual por mais de duas horas. A empresa também investiga se ela poderia ajudar homens impotentes que não reagem às drogas existentes.
MelatoninaA Melatonina é um neuro-hormônio produzido pelas glândula pineal relacionada à regulação do sono. |
A Melatonina
é um neuro-hormônio produzido pelas glândula pineal e, acredita-se,
apresenta como principal função regular o sono. Esse hormônio é
produzido a partir do momento em que fechamos os olhos. Na presença de
luz, entretanto, é enviada uma mensagem neuro-endócrina bloqueando a sua
formação, portanto, a secreção dessa substância é quase exclusivamente
determinada por estruturas fotossensíveis, principalmente à noite.
A Melatonina
é uma substância classificada como indolamina e tem como precursora a
serotonina, um importante neurotransmissor. Especula-se que a as
estruturas fotoreceptivas, da retina e da glândula pineal, produzem a Melatonina, modificando a via de síntese da serotonina através de uma enzima, a serotonina-N-acetiltransferase. A Melatonina circulante atuaria nos diversos sistemas do organismo preparando e induzindo o sono. Este aparato de produção da Melatonina esta presente nos vertebrados em geral.
Melatonina
Acredita-se, também, que a Melatonina
materna possa ajudar no controle do ciclo do sono do lactente.
Pesquisas feitas mostraram que os bebês apresentavam sincronia com a
mãe. Como a Melatonina está presente no leite materno e sua concentração é maior à noite, os bebês dormem mais com o leite oferecido a noite.
Para termos um sono reparador é necessário que a Melatonina seja secretada adequadamente pela pineal e supõe-se que outras funções sejam exercidas pela Melatonina, tais como a de regulação térmica do organismo e alterações do comportamento sexual.
Produção e Ação
Assim como acontece com a serotonina, a Melatonina
também é produzida a partir de um aminoácido chamado Triptofano,
normalmente ingerido numa alimentação equilibrada. Dessa forma a
seqüência seria o Triptofano se transformar em Serotonina, e esta em Melatonina.
É por isso que a concentração de Serotonina fica aumentada na glândula
pineal durante o dia, enquanto há luz, inversamente ao que ocorre com a Melatonina.
Como vimos, a produção da Melatonina
esta diretamente ligada à presença da luz. Quando a luz incide na
retina o nervo óptico e as demais conexões neuronais levam até a
glândula pineal essas informações inibindo a produção da Melatonina. A maior produção da Melatonina ocorre à noite, entre 2:00 e 3:00 horas da manhã, num ritmo de vida normal, e esta produção aumentada produz sono.
Durante o sono normal, onde grande parte da energia e do equilíbrio orgânico se restabelece, além da adequada produção de Melatonina outros fenômenos concomitantes acontecem e dentre eles podemos citar:
Diminuição significativa da produção de cortisol e de adrenalina.
Restauração das moléculas de DNA lesadas
Bloqueio dos canais de cálcio
A Melatonina
apresenta o seu pico máximo de produção aos 3 anos de idade, e declina
de forma importante entre os 60 e 70 anos o que faz com que o idoso
tenha um sono de má qualidade. Aos 60 anos temos metade da quantidade de Melatonina que tínhamos aos 20 e por volta dos 70 os níveis são baixíssimos em muitas pessoas, quase nulos.
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CONCENTRAÇÃO DE MELATONINA NO SANGUE EM ng/ml
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Idade
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Diurno | Noturno |
PRÉ-PUBERDADE | 21,8 | 97,2 |
ADULTA | 18,2 | 77,2 |
SENIL | 16,2 | 36,2 |
Concentração de Melatonina no sangue nas diferentes fases da vida, em homens chineses. Observa-se importante diferença entre a produção noturna e diurna e as variações de produção noturna entre o grupo da Pré-puberdade, da fase Adulta e da Senil. |
Tendo em vista o efeito da Melatonina
causar sonolência e sensação de relaxamento quando liberada, depois de
1994, ela passou a ser mais indicada entre pessoas que realizam viagens
internacionais, com a finalidade de ajustar o horário biológico com os
fusos horários. Apesar de induzir o sono a Melatonina não causa dependência (Referência).
A Melatonina
também pode ser secretada, causando sonolência e relaxamento, quando se
faz uma refeição muito rica em carboidratos, quando se toma um banho
quente prolongado ou quando há exposição do sol.
Alem de induzir o sono, a Melatonina
é um poderoso agente antioxidante que, como outros antioxidantes, pode
retardar o processo de envelhecimento. Como antioxidante a Melatonina possivelmente reduz o nível do hormônio catabólico cortisol. Existem também evidencias de que a Melatonina estimula a produção de Hormônio do Crescimento.
A Glândula Pineal
Nos animais a glândula
pineal determina muito do comportamento sazonal, de acordo com as
estações climáticas. Graças a essa atividade pineal eles migram no
inverno, hibernam, se acasalam, enfim mantém comportamentos típicos que
se repetem a cada ano.
A Melatonina
é o mais importante hormônio produzido pela nossa glândula pineal, uma
pequeníssima glândula existente no cérebro, situada aproximadamente
atrás da região dos olhos, responsável pelo controle do ritmo de
harmonia entre o dia e a noite, a luz e o escuro.
Nas crianças a glândula pineal é muito pequena e sua secreção de Melatonina não está regularizada. Talvez seja esta uma das explicações sobre o sono imprevisível das crianças. A melhor produção da Melatonina
se dá na adolescência e no adulto jovem, começando a decair após os
trinta ou quarenta anos e na idade de setenta ou oitenta anos a secreção
do hormônio está severamente diminuída.
Recentes estudos demonstraram que os níveis de Melatonina
são maiores na mulher, tornando-a mais sensível às mudanças sazonais da
luz que os homens. No outono e inverno, a mulher está mais exposta aos
distúrbios sazonais psíquicos, ganho de peso, do que no verão. Porém o
suplemento hormonal tanto no homem quanto na mulher é igual: decresce e
torna-se semelhante em perdas lá pela mesma idade.
O funcionamento da
pineal é importante para que o corpo se mantenha adaptado às condições
de necessidade, como por exemplo atividades durante o dia e repouso
durante a noite.
Conseqüências do Declínio da Melatonina
Uma pessoa sob stress
produz normalmente mais adrenalina e cortisol. Para cada molécula de
adrenalina formada, quatro moléculas de Radicais Livres irão ser
produzidas e com isto a probabilidade de lesão nas células aumenta. Além
disto a adrenalina e o cortisol induzem a formação de uma enzima "a
Triptofano pirolase" capaz de destruir o Triptofano antes que este
atinja a Glândula Pineal. Com isto, nem a Melatonina é fabricada e nem a Serotonina (o que pode gerar compulsão a hidrato de carbono, com tendência a aumento de peso e depressão).
A Melatonina
é uma substância anti-radical livre, portanto, antioxidante. Ela é
capaz de atravessar a barreira hematoencefálica (membrana que protege o
cérebro), portanto, capaz de desempenhar funções à nível neuronal. Essa
ação é de fundamental importância na proteção dos neurônios contra as
lesões dos radicais livres. Nosso tecido cerebral é muito mais
suscetível à ação dos radicais livres que qualquer outra parte do nosso
organismo e na medida em que os níveis de Melatonina vão caindo pode haver um concomitante declínio na função cerebral.
As desordens do sono podem ser também um dos efeitos do decréscimo da Melatonina. Com o envelhecimento a glândula pineal funcionaria menos e haveria uma queda na produção da Melatonina.
Isso acaba fazendo com que alguns pacientes idosos reclamem da
qualidade do sono ou de insônia, porém, pode ser que durmam com
facilidade quando não deveriam, durante o dia, assistindo televisão,
etc.
Na medida em que
envelhecemos nosso Sistema Imunológico vai perdendo o desempenho
vigilante, diminuindo as defesas e permitindo que nosso organismo fique
mais vulnerável às constantes agressões. As pesquisas atuais têm nos
sugerido haver uma importante relação entre alguns hormônios
(Estrogênio, Testosterona, DHEA, Melatonina, Pregnenolona e Hormônio do Crescimento) e o Sistema Imunológico. Nesse ponto a Melatonina vem se destacando como um agente de manutenção da harmonia e do funcionamento do Sistema Imunológico.
Ela parece ser capaz de
aumentar a mobilidade e atividade das células de defesa, fortalecer a
formação dos anticorpos, facilitar a defesa contra os vírus, moderar a
superprodução de corticóides gerados pelo stress prolongado ou
repetitivo e equilibrar a função tireoideana, a qual atua diretamente na
produção de importantíssimas células de defesa, os linfócitos T.
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