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3.06.2014

COPA ETERNO


A juíza da 9ª Vara de Fazenda Pública, Gisele Guida de Faria, acaba de conceder liminar impedindo o grupo Orient Express de fazer qualquer mudança do nome do Hotel Copacabana Palace. A decisão é liminar e válida até o julgamento da ação popular que pede que o nome original seja mantido. Em caso de descumprimento, o operador do hotel poderá ser multado em R$ 500 mil. A juiza manda ainda intimar os governos estadual e municipal e o Iphan a se manifestar sobre o assunto.
"Com efeito, não se trata apenas de tombamento do imóvel, mas sim, de todo conjunto de bens materiais e características imateriais que integram o patrimônio histórico e cultural denominado e conhecido por Hotel Copacabana Palace. Nesse diapasão, a pretendida alteração do nome descaracterizará o patrimônio protegido, fazendo com que se percam os valores histórico, social e cultural que justificaram a intervenção estatal para a sua preservação no interesse difuso de toda a coletividade brasileira", disse a juíza na sentença.
A mudança estava prevista para esta segunda-feira. O hotel passaria a se chamar Belmond Copacabana Palace em todos os documentos, notas fiscais, toalhas, pratos e copos usados no dia a dia. A exceção ficava para a fachada do hotel, que é tombada, onde o letreiro não poderia ser alterado.
Belmond será o novo nome do braço hoteleiro do grupo Orient Express, escolhido depois de uma pesquisa mundial que mostrou que a grande maioria dos entrevistados associava a marca à sua frota de trens de luxo, e não à linha de hotéis sofisticados, do qual fazem parte, além do Copa, o Cipriani de Veneza e o Ritz de Madri, entre outros.

O  Orient Express vai investir US$ 15 milhões na campanha de marketing para divulgar mundialmente o novo nome de sua coleção de hotéis. O primeiro filme de divulgação  já está até mesmo no ar no site Belmond.com.

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