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4.10.2014

Primeiro banco público de cordão umbilical de Minas é inaugurado

Local tem capacidade para armazenar cinco mil bolsas.
Doações dos cordões podem ser feitas a partir de setembro.

Pedro Triginelli Do G1 MG

Máquina de armazenamento de bolsas de cordões umbilicais doados (Foto: Pedro Triginelli/G1) 
Máquina de armazenamento de bolsas de cordões
umbilicais doados (Foto: Pedro Triginelli/G1)
O primeiro banco público de cordão umbilical e placentário de Minas Gerais foi inaugurado nesta quinta-feira (10) em Lagoa Santa, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O local vai ter capacidade para cinco mil bolsas e começa a receber doações dos cordões em setembro deste ano. Este material poderá ser usado em tratamentos de qualquer pessoa, e não só do doador.
Além do banco de cordão umbilical, o local também vai contar com bancos de medula óssea, de pele, de sangues raros, de tecidos musculoesqueléticos, de membrana amniótica e de tecidos cardiovasculares.
De acordo com a presidente da Fundação Hemominas, Júnia Mourão Cioffi, as doações vão poder ser feitas, inicialmente, nas maternidades Sofia Feldman e do Ipsemg.
Júnia Mourão Cioffi, presidente da Fundação Hemominas (Foto: Pedro Triginelli/G1) 
Júnia Mourão Cioffi, presidente da Fundação Hemominas
(Foto: Pedro Triginelli/G1)
"A captação é feitas nas maternidades. As mães que estão fazendo pré-natal são procuradas é explicado o processo e depois durante o parto, depois do nascimento do bebê retira-se o sangue da placenta, ou seja não há risco nem para a criança e nem para a mãe", disse.
Podem fazer doações as gestantes entre 18 e 37 anos, com mais de 35 semanas de gestação, com boa saúde e que fazem acompanhamento de pré-natal. Também é critério que a futura mãe não tenha tido complicações na gravidez. Antes da doação, a mãe responde a algumas perguntas sobre sua saúde, sobre a do pai e a do bebê.
O sangue é submetido a uma avaliação criteriosa, e então é processado e congelado. Depois, vai ficar disponível para ser usado no transplante de qualquer paciente que necessite do tratamento, no Brasil  ou no mundo, já que os Centros de Tecidos Biológicos funcionam em rede.
"É um sangue que pode ser armazenado por até 10 anos e o objetivo é ser utilizado em transplante de medula para pacientes que tenham, por exemplo, leucemia ou tumores na medula-óssea que precisam de transplantes, crianças que tenham a medula-óssea não funciona", explicou.
Rede nacional
Até setembro de 2013, a Rede Nacional de Bancos de Sangue de Cordão Umbilical e Placentário (BrasilCord), que reúne os bancos públicos, contava com 16.389 unidades congeladas, das quais 11.154 já estão liberadas para busca, segundo o coordenador da entidade, Luis Fernando Bouzas, que também é diretor do Centro de Transplante de Medula Óssea do Instituto Nacional de Câncer (Inca).
Os bancos privados de sangue de cordão são responsáveis pela maior quantidade de material armazenado no país. São 19 serviços em 11 estados brasileiros que armazenam 77.049 unidades de sangue de cordão umbilical. Desde 2003, eles proporcionaram 11 transplantes: 4 para uso autólogo (da própria criança de quem foi coletado o sangue) e 7 para uso de parentes.
Desde 2004, quando foi criada a rede que reúne os bancos públicos de sangue de cordão umbilical no Brasil, 166 transplantes foram realizados a partir desse material.

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