A
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) abriu, nesta
sexta-feira, as inscrições de um concurso público para provimento de
vagas e formação de cadastro reserva no cargo de Técnico Administrativo,
que exige ensino médio completo. São 78 vagas no total, sendo 58 para
ampla concorrência, 4 reservadas para pessoas com deficiência e 16 para
candidatos negros. A remuneração é de R$ 6.002,14 para uma jornada de 40
horas semanais. A lotação dos aprovados será na sede da Anvisa, em
Brasília.
Para participar, é necessário apresentar certificado de
conclusão de curso de ensino médio (antigo segundo grau) ou curso
técnico equivalente. As inscrições serão realizadas pelo site do Cespe/UnB, até as 18h do dia 29 de setembro. A taxa de participação custa R$ 70.
A
seleção será feita por provas objetivas de conhecimentos básicos e
específicos, além de prova discursiva. Os exames terão a duração de
4h30m e serão aplicados em 4 de dezembro.
Todas as etapas do
concurso — provas objetivas, prova discursiva, perícia médica dos
candidatos que se declararem com deficiência e a verificação da condição
declarada para concorrer às vagas reservadas aos candidatos negros —
serão realizadas em Brasília.
Acompanhe o noticiário de empregos, concursos e capacitação também pelo Twitter @Vida_Ganha e pelo Linkedin.
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9.09.2016
Dilma vai recorrer ao STF para manter Temer interino
No mandado de segurança, o advogado de Dilma, José Eduardo Cardozo, argumentou que houve uma mudança no chamado "libelo", a peça acusatória utilizada no julgamento, para a inclusão de um dispositivo legal para caracterizar o crime de responsabilidade fiscal, o que prejudicou o direito de defesa.
Com base nesse argumento, Cardozo pediu que o Supremo concedesse uma medida liminar para restabelecer a interinidade de Michel Temer na Presidência da República, enquanto não transitar em julgado o pedido pela anulação da decisão do Senado que condenou Dilma e a realização de um novo julgamento do impeachment.
Em sua decisão, Teori afirmou que só em "hipótese extremada" o STF deve intervir de forma "precoce" na decisão sobre impeachment. A defesa de Dilma pede para que o plenário decida sobre voltar Temer na condição de interino até que haja análise definitiva dos recursos.
Deputada pró-golpe e marido são alvos da PF
FT': apatia pós-Dilma toma ruas do Brasil
Reportagem fala que a maioria dos brasileiros não sabe ao certo o que está acontecendo
Matéria publicada pelo Financial Times nesta sexta-feira (9) fala sobre o modo como o Brasil encara (ou não) seus problemas políticos e econômicos mais sérios.
A reportagem diz que o clima de incertezas políticas após o impeachment da presidente Dilma Rousseff causa revolta a alguns grupos e indiferença a outros. Economistas e cientistas políticos procuram não se posicionar quanto ao cenário até a próxima eleição presidencial em 2018.
Financial Times acrescenta que os aliados de Dilma têm encenado violentos protestos nacionais, denunciando o que eles chamam de um "golpe". No entanto, ao conversar com alguns brasileiros percebe-se um verdadeiro desprezo pela classe política em geral. Existem também os brasileiros que simplesmente não têm ideia do que está acontecendo.
O jornal britânico entrevistou aleatoriamente dez pessoas: um varredor de rua, um estudante, um engenheiro, um fazendeiro, um analista de sistemas, um operador de elevador, um prestador de cuidados para idosos, um engraxate, uma executiva de sucesso e um vendedor de rua (camelô). Ninguém soube dar uma explicação correta sobre o afastamento da presidente do Brasil. Três falaram que sabiam que a presidente Dilma havia desrespeitado "leis fiscais", mas depois admitiram que não sabiam o que isso significava. Cinco deles disseram que a presidente foi cassada por causa da corrupção, um disse que era por causa da alta taxa de inflação do Brasil e outro confessou que não sabia de nada.
O Financial Times aponta que três não sabiam quem era a presidente. "Seu nome começa com" R "eu acho", disse um, acrescentando com um sorriso: "Eu gostaria de ser presidente, aí eu poderia ficar rico".
Grande maioria dos cidadãos que vive em um país democrático considera perda de tempo questionar a política, pois não acredita que pode mudar nada com seu voto. "Por que tentar participar de um processo que não pode influenciar?", Diz Schüler. Em países como o Brasil, onde a corrupção é comum, os incentivos são ainda mais baixos. Além disso, aprender sobre as leis de responsabilidade fiscal complicadas que Dilma supostamente quebrou é particularmente desagradável e incompatível com a vida dura de um trabalhador comum, comenta o Financial Times.
Segundo a reportagem, a crescente apatia política levanta duas questões de grande importância no Brasil.
Primeiro, analisa o Financial Times, porque o Brasil vive um momento em que os cidadãos estão realizando suas maiores manifestações de rua, o que sugere que muitos cidadãos querem desesperadamente mudança, mas perderam a fé no sistema para entregá-lo ao grupo que está no poder. Esse fato deve-se principalmente pela quantidade de escândalos de corrupção, assim como regras de financiamento de campanha de forma ilícita.
Em segundo lugar, prossegue o Financial Times, o voto é obrigatório, fazendo com que o desinteressado e sem informação seja obrigado a participar da decisão do futuro do país. A maioria dos analistas concordam sobre os benefícios do voto opcional a longo prazo.
Como diz o velho ditado: o Brasil não é para principiantes, finaliza o Financial Times.
Leia também
> > 'El País' destaca terceiro ato contra Temer nesta semana
A reportagem diz que o clima de incertezas políticas após o impeachment da presidente Dilma Rousseff causa revolta a alguns grupos e indiferença a outros. Economistas e cientistas políticos procuram não se posicionar quanto ao cenário até a próxima eleição presidencial em 2018.
Financial Times acrescenta que os aliados de Dilma têm encenado violentos protestos nacionais, denunciando o que eles chamam de um "golpe". No entanto, ao conversar com alguns brasileiros percebe-se um verdadeiro desprezo pela classe política em geral. Existem também os brasileiros que simplesmente não têm ideia do que está acontecendo.
O jornal britânico entrevistou aleatoriamente dez pessoas: um varredor de rua, um estudante, um engenheiro, um fazendeiro, um analista de sistemas, um operador de elevador, um prestador de cuidados para idosos, um engraxate, uma executiva de sucesso e um vendedor de rua (camelô). Ninguém soube dar uma explicação correta sobre o afastamento da presidente do Brasil. Três falaram que sabiam que a presidente Dilma havia desrespeitado "leis fiscais", mas depois admitiram que não sabiam o que isso significava. Cinco deles disseram que a presidente foi cassada por causa da corrupção, um disse que era por causa da alta taxa de inflação do Brasil e outro confessou que não sabia de nada.
O Financial Times aponta que três não sabiam quem era a presidente. "Seu nome começa com" R "eu acho", disse um, acrescentando com um sorriso: "Eu gostaria de ser presidente, aí eu poderia ficar rico".
Grande maioria dos cidadãos que vive em um país democrático considera perda de tempo questionar a política, pois não acredita que pode mudar nada com seu voto. "Por que tentar participar de um processo que não pode influenciar?", Diz Schüler. Em países como o Brasil, onde a corrupção é comum, os incentivos são ainda mais baixos. Além disso, aprender sobre as leis de responsabilidade fiscal complicadas que Dilma supostamente quebrou é particularmente desagradável e incompatível com a vida dura de um trabalhador comum, comenta o Financial Times.
Segundo a reportagem, a crescente apatia política levanta duas questões de grande importância no Brasil.
Primeiro, analisa o Financial Times, porque o Brasil vive um momento em que os cidadãos estão realizando suas maiores manifestações de rua, o que sugere que muitos cidadãos querem desesperadamente mudança, mas perderam a fé no sistema para entregá-lo ao grupo que está no poder. Esse fato deve-se principalmente pela quantidade de escândalos de corrupção, assim como regras de financiamento de campanha de forma ilícita.
Em segundo lugar, prossegue o Financial Times, o voto é obrigatório, fazendo com que o desinteressado e sem informação seja obrigado a participar da decisão do futuro do país. A maioria dos analistas concordam sobre os benefícios do voto opcional a longo prazo.
Como diz o velho ditado: o Brasil não é para principiantes, finaliza o Financial Times.
Leia também
> > 'El País' destaca terceiro ato contra Temer nesta semana
Com queda de Osório, Temer estanca delações... mas obstrui a Justiça?
Cepal, da ONU, diz que ajuste de Temer precisa preservar programas sociais
Em Washington, a secretária-executiva da Comissão Econômica para a América Latina (Cepal), ligada à ONU, Alicia Bárcena, elogiou o Brasil por ter conseguido retirar 40 milhões de pessoas da linha de extrema pobreza, mas aponta como desafio o ajuste fiscal a ser realizado pelo País sem que haja redução nos gastos sociais; segundo ela, programas como o Bolsa Família, criado no governo Lula, precisam ser preservados
Noblat: Congresso prepara golpe contra a Lava Jato
Agenda econômica de Temer engrossará o Fora Temer
Desde o dia 31 de agosto, quando o Senado confirmou o afastamento da presidente Dilma Rousseff, diversas cidades do Brasil têm tido protestos praticamente diários contra o governo Michel Temer; a principal demanda é a reconquista da democracia e o respeito ao voto popular, com Diretas Já; agora, à medida em que vêm a público os principais pontos da agenda Temer, como a flexibilização de direitos trabalhistas, o aumento da idade mínima para a aposentadoria e a venda acelerada dos ativos da Petrobras, as ruas ganharão novos ingredientes; além de ilegítimo, aos olhos de grande parte da população, Temer contribui para a própria impopularidade com suas medidas amargas
Nassif denuncia acordo entre Janot e Aécio
"Ontem Janot abriu mão das sutilezas, dos rapapés, das manobras
florentinas, dos disfarces para sustentar a presunção de isenção e
rasgou a fantasia, nomeando o subprocurador Bonifácio de Andrada para o
lugar de Ela Wieko, na vice-Procuradoria Geral. Não se trata apenas de
um procurador conservador, mas de alguém unha e carne com Aécio Neves e
com Gilmar Mendes", diz o jornalista Luis Nassif; segundo ele, as
acusações contra o senador, apontado na pré-delação da OAS como
beneficiário de propinas na Cidade Administrativa, desaparecerão de vez
do noticiário e da PGR
Cai mais um ministro: Padilha derruba Osório
Fabio Medina Osório, da Advocacia-Geral da União, é o quarto ministro
demitido do governo Temer, após as quedas de Romero Jucá, Fabiano
Silveira e Henrique Alves; Osório foi degolado por Eliseu Padilha, chefe
da Casa Civil, e um dos motivos foi a Lava Jato; a briga entre os dois
começou quando o chefe da Casa Civil reclamou com o advogado-geral da
atuação da AGU na operação; perguntado por que era contra, Padilha
explicou que, ao envolver a AGU na Lava-Jato, Medina Osório traria
'problemas para o governo'; Osório deve se encontrar com Temer nesta
sexta-feira para oficializar sua saída
"Temer não me chamou para conversar. Eu não pedi demissão", disse o
ministro Fábio Medina Osório, advogado-geral da União, que teria sido
demitido ontem pelo chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, após uma
discussão; à jornalista Andreia Sadi, ele questionou a versão do colega:
"e Padilha tem autoridade para demitir um ministro?"
Chefe da AGU nega saída e diz que quem demite é Temer
Papa Francisco pede união de crenças contra terrorismo
Pontífice alerta para uso deturpado de religiões para semear o mal e a discórdia
O Dia
Vaticano
- O Papa Francisco pediu, nesta quinta-feira, que todas as confissões
religiosas condenem “de forma conjunta e contundente” e tomem distância
das ações terroristas que se amparam na religião. Ele fez esse pedido ao
discursar no seminário 'América em diálogo: nossa casa
comum', que a Organização dos Estados Americanos (OEA) e o Instituto de
Diálogo Inter-religioso de Buenos Aires realizaram no Vaticano.
“Percebemos com pesar que o nome da religião é usado, muitas vezes, para cometer atrocidades como o terrorismo e semear o medo e a violência e, por consequência, as religiões são identificadas como responsáveis pelo mal que as cercam. Essas ações abomináveis devem ser condenadas de maneira determinada. É preciso tomar distância de quem busca envenenar as pessoas”, disse o Pontífice.
“O mundo constantemente nos observa para comprovar qual é nossa atitude perante a casa comum e perante os direitos humanos”, explicou. E acrescentou a necessidade de colaborar entre os crentes, mas também “com os homens e mulheres de boa-vontade que não professam religião, para que demos respostas efetivas a tantas pragas de nosso mundo”.
“Percebemos com pesar que o nome da religião é usado, muitas vezes, para cometer atrocidades como o terrorismo e semear o medo e a violência e, por consequência, as religiões são identificadas como responsáveis pelo mal que as cercam. Essas ações abomináveis devem ser condenadas de maneira determinada. É preciso tomar distância de quem busca envenenar as pessoas”, disse o Pontífice.
Diante disso, ele disse que é necessário
mostrar os valores positivos inerentes às tradições religiosas para
conseguir uma sólida esperança. “É necessário que compartilhemos as
dores e as esperanças, para poder caminhar juntos, cuidando um do outro,
e também da criação, na defesa e na promoção do bem comum”,
acrescentou.
Francisco destacou a importância dos encontros
e da cooperação entre as variadas confissões, “baseada na promoção de
um diálogo sincero e respeitoso, pois se não existe respeito recíproco
não haverá diálogo inter-religioso”. Para o Papa, todos os crentes têm o
dever “de defender a vida, a integridade física e as liberdades
fundamentais, como a de consciência, de pensamento, de expressão e de
religião”. “O mundo constantemente nos observa para comprovar qual é nossa atitude perante a casa comum e perante os direitos humanos”, explicou. E acrescentou a necessidade de colaborar entre os crentes, mas também “com os homens e mulheres de boa-vontade que não professam religião, para que demos respostas efetivas a tantas pragas de nosso mundo”.
Setembro Amarelo
O Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos)
segue o exemplo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para ajudar a
divulgar um movimento que acontece durante o mês de setembro, em todo o
mundo: o Setembro Amarelo. Esta é a razão de o castelo estar iluminado
pela cor que simboliza a atenção, o cuidado.
O Dia Mundial e Prevenção ao Suicídio é
comemorado em 10/9. Esta campanha alerta a respeito da realidade sobre o
suicídio e comunica suas formas de prevenção.
Um mal silencioso e considerado tabu,
pouco se fala nesse assunto. Por conta disso, já é considerado um
problema de saúde pública. Anualmente, segundo a Organização Mundial da
Saúde (OMS), 800 mil pessoas são retiradas do convívio social por
considerarem o suicídio a melhor solução para suas aflições. No Brasil,
pelos números oficiais, são 32 brasileiros mortos por dia, taxa superior
às vítimas da AIDS e da maioria dos tipos de câncer.
De acordo com a OMS, nove em cada 10
casos poderiam ser prevenidos. Mas, como buscar ajuda se sequer a pessoa
sabe que ela pode ser ajudada e que o que ela passa naquele momento é
mais comum do que se divulga? Para entender um pouco do assunto e saber
como ajudar, clique nos links abaixo e acesse informações sobre o tema.
Centro de Valorização da Vida (CVV) - http://www.cvv.org.br/
Portal Fiocruz - http://portal.fiocruz.br/pt-br/content/fiocruz-ilumina-castelo-de-amarelo-na-luta-contra-o-suicidio
História e engajamento -
Iniciado no Brasil pelo CVV, Conselho Federal de Medicina (CFM) e
Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), o Setembro Amarelo realizou
as primeiras atividades em 2014, concentradas em Brasília. Em 2015,
conseguiu uma maior exposição com ações em todas as regiões do país.
Mundialmente, o Associação Internacional para Prevenção do Suicídio
(IASP, na sigla em inglês) estimula a divulgação da causa, vinculado ao
dia 10 do mesmo mês no qual se comemora o Dia Mundial de Prevenção do
Suicídio.
O apoio à campanha é mundial. Para se
engajar, qualquer pessoa pode iluminar ou identificar a fachada de sua
casa com a cor amarela, ajudar a iluminar prédios públicos, colocar
faixas, usar camiseta ou então uma fita amarela no vestuário, enfim, o
que a imaginação, habilidade e acesso permitirem.
Foto: Peter Ilicciev
9.08.2016
Dilma deve participar de comícios e propagandas de aliados nas eleições
'Ela se prepara para dar sequência à política de combate ao golpe no País'
- Atualizada às
Estadão Conteúdo
Assessores dizem que ela gostaria de tirar duas semanas de férias,
para descansar. Mas a brevidade da campanha eleitoral neste ano pode
fazer com que a petista encurte o período de descanso. Ela foi convidada
a participar do comício da candidata do PCdoB à prefeitura de Salvador,
Alice Portugal, mas ainda não decidiu se comparecerá.
O que está definido é que ela vai se deslocar pelo
Brasil em apoio a candidatos do PT e de partidos aliados. O ex-ministro
do Trabalho e Previdência Social Miguel Rossetto - que acompanhou Dilma
na viagem de Brasília a Porto Alegre - afirmou que, além de participar de atos de campanha, ela gravará programas para a propaganda eleitoral na televisão.
Ele
frisou que por enquanto não há uma agenda definida. "Ela se prepara
para dar sequência à política de combate ao golpe no País", acrescentou.O presidente do PT no Rio Grande do Sul, Ary Vanazzi, disse que o partido espera contar com Dilma em campanhas no Estado, mas que os detalhes ainda serão acertados com a equipe da ex-presidente. "Vamos respeitar o tempo dela", afirmou.
No grupo que foi recepcioná-la, no fim da tarde desta terça-feira, 6, na Base Aérea de Canoas - onde o avião da Força Aérea Brasileira (FAB) aterrissou -, estava Raul Pont (PT), que foi prefeito de Porto Alegre de 1997 a 2000 e disputa a prefeitura da capital gaúcha novamente este ano.
Nesta quarta-feira, 7, primeiro dia de Dilma em Porto Alegre, houve pouca movimentação em frente ao prédio dela, no bairro Tristeza. De manhã, foi possível observar a entrada e saída de seguranças. A ex-presidente não foi vista.
Dilma não andou de bicicleta, como costuma fazer no início da manhã. Fazia frio e ventava bastante na capital gaúcha. Além disso, a Avenida Beira-Rio, por onde passa a ciclovia, ficou parte do dia bloqueada por conta do desfile do Dia da Independência. À tarde, duas mulheres entregaram uma correspondência de apoio à Dilma para a porteira do edifício.
Os dias de Dilma em Porto Alegre deverão ser dedicados à família Sua filha, Paula Araújo, e os netos, Gabriel e Guilherme, moram a um quilômetro de distância. O ex-marido da petista, Carlos Araújo, também tem casa na zona sul da cidade. A mãe da ex-presidente, Dilma Jane, que vivia com ela no Palácio da Alvorada, está em Minas Gerais, na companhia de parentes
9.07.2016
Temer deixa desfile de 7 Setembro aos gritos de 'golpista'
Peemedebista chegou em carro fechado, acompanhado da esposa Marcela e quebrou uma antiga tradição: não passou revista às tropas
- Atualizada às
Agência Brasil e Estadão Conteúdo
Brasília
- Mesmo com entrada restrita para convidados nas arquibancadas mais
próximas da tribuna de honra no desfile de 7 de Setembro em Brasília,
não foi possível abafar as vaias de protesto contra o presidente Michel
Temer. Esta é a primeira aparição pública do presidente Michel Temer no Brasil, após o processo de impeachment que resultou no afastamento da Dilma Rouseff.
O peemedebista chegou em carro fechado, acompanhado da esposa Marcela e quebrou uma antiga tradição: não passou revista às tropas. Ele foi recebido pelo governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, e o ministro da Defesa, Raul Jungmann.
“O ato faz parte de uma série de ações contra o governo. Não concordamos com as propostas para diversas áreas, como educação, comunicação”, diz Breno Lobo, integrante do movimento Juntos - Juventude em Luta.
Militantes do PT estenderam uma faixa verde e amarela de 150 metros já usada no 7 de Setembro do ano passado. O “Não vai ter golpe” de 2015 virou “Fora Temer”, escrito em vermelho.
O peemedebista chegou em carro fechado, acompanhado da esposa Marcela e quebrou uma antiga tradição: não passou revista às tropas. Ele foi recebido pelo governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, e o ministro da Defesa, Raul Jungmann.
Assim que anunciado pela produção do evento, o
presidente foi vaiado pela plateia. Durante a execução do Hino Nacional,
as pessoas continuaram a entoar gritos de "Fora Temer" e "golpista" Um
grupo de pessoas tentava, sem sucesso, abafar as vaias e gritava "Brasil
pra frente, Temer presidente" em apoio ao peemedebista.
Por volta das 11h, o presidente Michel Temer e a
primeira-dama Marcela Temer deixaram a Esplanada dos Ministérios, depois
de assistirem ao desfile, no momento em que a Esquadrilha da Fumaça
fazia sua tradicional apresentação. Assim que Temer deixava a tribuna de
honra, os gritos de "Fora Temer" e "golpistas, fascistas não passarão"
recomeçaram na arquibancada ao lado. Dessa vez, no entanto, os gritos foram abafados pelo som da cerimônia.
Agora, o casal segue para a recepção no Palácio do Itamaraty, no Rio, para os chefes de Estado que vêm para a abertura da Paralimpíada.
Protestos
A
movimentação era tranquila no início da manhã. Um grupo estendia quatro
faixas com os dizeres: “Fora Temer, eleições já”, deixando-as visível
para quem descia o Eixo Monumental em direção ao Congresso Nacional.
Mais tarde, outros movimentos também estenderam suas faixas de protesto.
Ao todo, mais de 90 entidades se posicionam contra o governo Temer e
questionam a legitimidade da tomada de poder, que classificam como
golpe.“O ato faz parte de uma série de ações contra o governo. Não concordamos com as propostas para diversas áreas, como educação, comunicação”, diz Breno Lobo, integrante do movimento Juntos - Juventude em Luta.
Militantes do PT estenderam uma faixa verde e amarela de 150 metros já usada no 7 de Setembro do ano passado. O “Não vai ter golpe” de 2015 virou “Fora Temer”, escrito em vermelho.
O protesto foi convocado pelas redes sociais,
recebeu mais de 4 mil confirmações e 4,6 mil manifestaram interesse no
ato pelo Facebook, em Brasília. Ações semelhantes foram convocadas em
outras cidades do país. A manifestação “Fora Temer”, une-se, este ano,
ao Grito dos Excluídos, protesto tradicional de 7 de Setembro, que reúne
movimentos sociais em busca de visibilidade e melhores condições de
vida.
“Neste ano, o nosso lema é Fora Temer, nenhum direito a
menos. Vamos deixar claro que não sairemos das ruas”, diz Wilma dos
Reis, uma das organizadoras do ato. Em frente a um cartaz do coletivo
#Mulherespelademocracia, ela diz que os direitos das mulheres estão
ameaçados por diversas medidas do atual governo. “É um governo de
homens, héteros e brancos, onde a mulher é vista apenas como decorativa
nos altos cargos”.FHC ataca Lula e esquece o seu rabo
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, um dos principais articuladores do golpe de 2016, admite que seu próprio partido, o PSDB, é parte da "velharia da política". "Parece, infelizmente me parece [que PSDB e PT integram a velharia]", disse.
"Infelizmente, nós não fomos capazes de superar esses entraves enormes, que eu chamo de atraso. Não é direita e esquerda. É outra coisa, é cultural. São pessoas que querem tirar proveito do Estado", comentou, em entrevista ao jornalista Josias de Souza, do portal UOL, publicada nesta quarta-feira 7.
Sobre o ex-presidente Lula, ele diz não acreditar na versão do petista sobre o sítio em Atibaia e o apartamento no Guarujá. "É difícil colar", diz FHC. "É difícil porque houve uso reiterado dos bens. É claro que a Justiça vai ter que provar. Às vezes não é fácil provar", acrescenta.
Recentemente, o tucano foi acusado pela ex-amante, Miriam Dutra, de ter apartamentos em Paris e Nova York, além de uma fazenda em Minas, em nome de um laranja (leia aqui).
Ele prevê ainda a prisão de Lula. Em sua opinião, há dúvida de que "há o risco" de Lula ser remetido à cadeia. "Risco não só para ele, para todos nós, pelas consequências disso", afirma.
A eventual prisão de Lula, segundo FHC, será "uma questão delicada do ponto de vista político". "Imagino que os procuradores e os juízes estão numa situação complicada, porque eles têm a lei. Se houver fatos, o que o juiz vai fazer?", questiona.
O ex-presidente prevê no Brasil o surgimento de um populista como Donald Trump. "Pode [surgir um Trump], porque a descrença nos partidos é muito ampla, sobretudo nos mais jovens", afirma. "Há uma desconexão. É mundial. Para dizer de uma maneira mais genérica: a democracia representativa liberal está em crise porque não há mais essa conexão entre classe, partido e poder".
Assista aqui à íntegra.
Gritos de “Fora Temer” interrompem desfile de 7 de setembro em Brasília
Durante cerca de um minuto, os gritos e as vaias interromperam o protocolo do evento. Um dos manifestantes abriu uma pequena faixa com os dizeres: “Não aceitamos governo ilegítimo”
Logo depois, porém, dezenas de pessoas vaiaram e começaram a gritar “Fora, Temer” por diversas vezes, fazendo com que o cerimonial do desfile fosse momentaneamente interrompido. Os manifestantes estavam sentados em uma arquibancada localizada na diagonal da tribuna reservada ao presidente, praticamente na frente de outro espaço onde estão posicionados diplomatas e demais autoridades.
Durante cerca de um minuto, os gritos e as vaias interromperam o protocolo do evento. Um dos manifestantes abriu uma pequena faixa com os dizeres: “Não aceitamos governo ilegítimo”. Em menor número, um grupo de pessoas na mesma arquibancada se opôs ao protesto, levantando pequenas bandeiras do Brasil e dizendo: “A nossa bandeira jamais será vermelha”.
Após a execução do Hino Nacional, os protestos continuaram, de forma mais espaçada.
O presidente desceu do carro ao lado da primeira dama, Marcela Temer, e se posicionou na tribuna onde estavam os presidentes do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, e da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia. Esse é o primeiro evento público de Michel Temer desde que assumiu a presidência da República.
No momento em que Temer deu autorização ao Comandante Militar do Planalto, general de Divisão César Leme Justo, para o início oficial do evento, não foram ouvidos mais protestos. Quando o desfile já estava ocorrendo, inclusive com a condução do Fogo Simbólico pelo atleta Arthur Nory, os presentes aplaudiram as apresentações.
Além de autoridades militares, acompanham o desfile ao lado de Temer os ministros da Defesa, Raul Jungmann, da Casa Civil, Eliseu Padilha, da Justiça, Alexandre de Moraes, dentre outros.
Já perto do final, parte do público nas arquibancadas voltou a gritar pela saída de Temer e “golpistas, machistas, não governarão”. O ato ocorreu na passagem da Esquadrilha da Fumaça, o último grupo a participar do evento.
Aliado de Temer no golpe resiste dentro do PMDB
Cassação de Cunha na Câmara conta com 231 votos
Enquete do jornal O Globo, que procurou todos os 512 deputados federais entre segunda e terça-feira, aponta que faltam 26 votos para que o mandato de Eduardo Cunha seja cassado quando ocorrer a votação em plenário, atualmente prevista para 12 de setembro; do bloco chamado Centrão, base fortemente influenciada por Cunha quando ele comandou a Casa, 48 dos 165 já declararam serem favoráveis à cassação; 243 deputados não responderam à enquete, não declarando seu voto ou não dando retornoLula: vamos mostrar que a gente sabe conviver democraticamente
O ex-presidente Lula participou na noite desta terça (6) de
ato no acampamento do Levante Popular da Juventude, em Belo Horizonte;
em seu discurso, ele defendeu que os jovens se engajem na política e
defendeu uma "sociedade da tolerância"; "Vamos mostrar que a gente sabe
conviver democraticamente. A sociedade justa que a gente quer criar é
uma sociedade da tolerância", afirmou; o ex-presidente denunciou a
redução de direitos dos mais pobres: "Nós ganhamos e provamos que pobre
não era o problema desse país e sim a solução desse país. "Essa semana
tiraram 900 mil pessoas do Bolsa Família. Eles acham que R$200 é esmola.
Não entendem a importância de dar um copo de leite ao filho"
"Vamos mostrar que a gente sabe conviver democraticamente. A sociedade justa que a gente quer criar, é uma sociedade da tolerância. Se eu estava triste hoje e escolhi vir aqui, posso dizer que vocês me ajudaram a voltar para casa com ânimo. Eu quero dizer a eles que me perseguem que o problema não sou eu. Já tô velhinho. O problema deles: são vocês. Eles tem que aprender que se querem ser presidente desse país, tem que ir para rua e disputar o voto e não dar um golpe parlamentar", afirmou.
Abaixo os principais trechos do discurso de Lula:
"Eles passaram a achar intolerável o povo pobre ter um pouco mais de ascensão"
"É tão importante do pequeno agricultor, como do grande produtor de soja ou de algodão"
"Eles não assimilaram a importância dos pobres da periferia poderem entrar numa universidade e sentar ao lado dos filhos deles"
"Parece que incomodou a eles, nós em 13 anos termos investido mais na educação do que eles investiram em 500 anos"
"Nós mostramos que um outro país era possível construir e demos um primeiro passo na construção da cidadania neste país"
"Eles acham que tudo se resume ao eixo Rio-São Paulo"
"Tem um artista neste país que recebe todo o nosso respeito: Chico Buarque. Que assumiu publicamente o #ForaTemer" "quem sonhou como a minha geração sonhou, vive uma situação triste agora. Mas ver vocês me anima" "toda vez que se nega a política, aparece um Bolsonaro, assim como, apareceu um Hitler e um Mussolini"
"A desgraça de quem não gosta de política é que é governado por quem gosta"
"E vocês que querem construir um projeto de nação, não podem deixar de gostar de fazer política"
"Nós ganhamos e provamos que pobre não era o problema desse país e sim a solução desse país"
"Essa semana tiraram 900 mil pessoas do Bolsa Família. Eles acham que R$200 é esmola. Não entendem a importância de dar um copo de leite ao filho"
"Não tem povo mais tolerante que o povo brasileiro, porque aguentar o que a gente aguenta é difícil"
"Vamos mostrar que a gente sabe conviver democraticamente. A sociedade justa que a gente quer criar, é uma sociedade da tolerância"
"Se eu estava triste hoje é escolhi vir aqui, posso dizer que vocês me ajudaram a voltar para casa com ânimo"
"Eu quero dizer a eles que me perseguem que o problema não sou eu. Já tô velhinho. O problema deles: são vocês"
"Eles tem que aprender que se querem ser presidente desse país, tem que ir para rua e disputar o voto e não dar um golpe parlamentar"
Movimentos sociais voltam às ruas contra o golpe neste 7 de setembro
Contra as tentativas de repressão aos protestos, as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo realizam nesta quarta-feira 7 mais uma manifestação na Avenida Paulista; em texto divulgado para a imprensa, as frentes lamentam os ataques da polícia aos manifestantes que participaram do protesto do último domingo; para Raimundo Bonfim, coordenador da Central de Movimentos Populares e integrante da Frente Brasil Popular, "este ataque de PM de São Paulo faz parte da tentativa de inibir as crescentes manifestações contra o governo Temer, que têm sido diárias desde o dia 31 de agosto"; "Não adianta. Não vão nos intimidar. Vamos intensificar os protestos pelo Fora Temer", frisa; Grito dos Excluídos neste feriado da Independência terá 'Fora Temer' e 'Diretas Já' em cidades de todo o País
9.06.2016
Nobel da Paz: democracia está de luto no Brasil
Segue feirão da Petrobras: Parente vende gasoduto
Depois de alienar um dos mais promissores campos do pré-sal para uma
empresa norueguesa, a Petrobras, sob o comando de Pedro Parente, vende
agora sua rede de 2,5 mil quilômetros de gasodutos no Sudeste para
fundos do Canadá, da China e de Cingapura; o valor do negócio é de US$
5,2 bilhões e a justificativa é a redução do endividamento da companhia;
no caso de Carcará, geólogos prometem ir à Justiça alegando que o valor
da transação é baixo demais
Lula pede nulidade de ação que o acusa de obstruir a Lava Jato
O JB INFORMA:
Bancários entram em greve por tempo indeterminado no Rio
Segundo o sindicato, somente na manhã de hoje já eram contabilizadas mais de 120 unidades paralisadas'HP': Crise do Brasil é reflexo do declínio da democracia representativa no Ocidente
Reportagem fala sobre impeachment, Donald Trump nos EUA
e o aumento da xenofobia na EuropaTemer já defendeu fatiamento em impeachment
Como professor de direito, presidente endossou a teseCoronel diz que não houve excessos da PM em SP
"A polícia militar tem expertise, tem preparo"
Revezamento da tocha paralímpica percorre ruas do Rio
Chama acenderá pira nesta quarta, na abertura dos JogosMoro: prisão de Léo Pinheiro não tem relação com delação
Depoimento de empreiteiro foi suspenso pela PGRLava Jato: Bumlai volta para a carceragem da PF
Pecuarista tratava câncer em prisão domiciliarPetróleo recua após acordo entre Rússia e Arábia Saudita
Barril de Brent é negociado aos US$ 46 nesta terça-feira
Com Temer, confiança não volta e produção de carros cai 18,4% em agosto
DILMA ROUSSEFF PODE REASSUMIR A PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
VOTAÇÃO DO IMPEACHMENT SERÁ ANALISADA PELO STF E PODE SER ANULADA
Os mais de 20 recursos ajuizados no Supremo Tribunal Federal que questionam o fatiamento da votação do impeachment de Dilma Rousseff
geraram um amplo leque de dúvidas, com a possibilidade de uma nova
votação ou anulação do processo. Pelo menos dois ministros da Corte já
se posicionaram favoravelmente à análise das ações.
"Eu acho que, em princípio, nós, juízes, deferimos ao Parlamento a
solução de questões políticas. Mas quando essas questões políticas são
decididas com violação dos princípios inerentes ao Estado democrático de
direito, é sindicável ao Supremo a apreciação dessas infrações", disse o
ministro Luiz Fux à Folha de S.Paulo.
O advogado da ex-presidente, José Eduardo Cardozo, e a
advogada Janaína Paschoal, uma das denunciantes do pedido de
impedimento, concordam que uma nova análise pode trazer Dilma Rousseff
de volta ao poder.
Cardozo afirmou que esta é a primeira vez nesse processo que concorda
com a advogada da acusação. "Esse pedido pode anular toda a decisão.
Não entendi bem a lógica, mas seja como for, entendemos que é correto a
suspensão [dos direitos políticos] não ter sido decretada para a
presidente da República pela não gravidade.”
Para ele, reverter só a segunda votação é “impossível” porque teria
senador que poderia votar diferente se soubesse que havia apenas um
questionamento. Cardozo também cita autores do direito constitucional
para justificar sua opinião.
“No caso Collor, o mandado de segurança que tem impetrado diz que a
cassação do mandato e a pena de direito são duas penas distintas. (…) Há
um ilustre constitucionalista, chamado Michel Temer, que tem um livro,
Elementos do Direito Constitucional, que diz o seguinte: ‘[a lei do
impeachment] fixa duas penas, a perda do mandato e a inabilitação por
oito anos. A inabilitação da função pública não decorre da perda do
cargo, decorre da própria responsabilização, não é pena acessória. Há um
outro ilustre jurista, que é o ministro do STF Gilmar Mendes, que
afirma que o impeachment admite a aplicação de duas penas, a perda do
cargo e a inabilitação. Por essa razão, entendemos que a decisão do
Senado foi corretamente tomada.”
Cardozo, porém, acredita que o julgamento pode ser anulado por outros
motivos, como falta de justa causa para abertura do processo.
Matéria do Site MSN - LEIA ÍNTEGRA AQUI
segunda-feira, 5 de setembro de 2016
MINISTRO DE TEMER DEBOCHA DO POVO E DIZ QUE É "GOSTOSO" ASSUMIR O PODER SEM VOTO
ISSO É GEDDEL VIEIRA - UM GOLPISTA NUM LIXO DE GOVERNO
OS INTERNAUTAS NÃO PERDOARAM A FALTA DE VERGONHA
Geddel Vieira Lima deu a declaração após responder a um internauta no Twitter neste domingo -
05/09/2016
O DIA
Brasília - O ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima,
causou polêmica na Internet, após responder a um internauta neste
domingo. No Twitter, um dos usuários pediu para explicar qual "era a
sensação de assumir um cargo do Executivo sem voto popular" e o ministro
respondeu que era "gostosa".
A declaração repercutiu e gerou críticas na rede social.
"Aqui na Bahia você não tem mais voto", destacou um dos internautas.
"E assim perdeu a vergonha na cara e o eleitorado", reforçou outro usuário.
"Os caras não têm limite mesmo", se indignou mais um.
Aquarius e Brasil: de novo a esperança contra o medo
"Os aplausos que se ouvem em todas as salas que projetam Aquarius
refletem não apenas o agrado com o filme e a força na resistência contra
a discriminação do governo golpista. Representam também a identificação
com a luta e a vitória da personagem representada por Sonia Braga
contra o poder do dinheiro. Representam a identificação com a esperança
contra o medo", escreve o colunista Emir Sader; para ele, "não é
diferente com o governo atual: primeiro, a exploração do medo de que o
país iria na direção do caos, se não se derrubasse o governo eleito pelo
povo. Agora, ameaças de que as pessoas tenham que trabalhar muito mais
tempo para se aposentar, que os trabalhadores já não poderão contar com a
legislação do trabalho..."; "A direita, sem apoio popular, sem
legitimidade para exercer o governo, só pode tratar de governar pelo
medo, pelas ameaças, pela repressão. Porque um povo com esperança não se
deixa dominar, não se resigna", afirma o sociólogo
Para onde vão as ruas?
Leopoldo Vieira
Estrategista político, analista de cenários e consultor para o setor público e privado
Uma, de oposição, que sustentou a deposição da presidenta com milhões nas ruas, ode à operação Lava Jato e bandeiras ultra-conservadoras.
Outra que, sem Dilma e sem a aliança PT-PMDB, se ampliou, inclusive com engajamento de tucanos ideológicos, liberais em questões civis, que não quiseram se misturar à fotos com PMs, exaltação à ditadura militar e desfiles de modelos nuas.
Esta teve seu ápice na Avenida Paulista no último domingo.
Contudo, isso não deve entusiasmar os que sonham com a também deposição de Michel Temer.
Este lado, o derrotado até agora na crise política deve saber que segue com a hegemonia política perdida e que é absolutamente inverídico que a sociedade reconhece que Dilma foi uma presidenta honesta e, muito menos, apoiou a sua volta.
Muito pelo contrário.
Todas as pesquisas até aqui foram unânimes em registrar que a maioria acreditava que Dilma estava envolvida nos escândalos de corrupção e apenas 30% sustentou seu retorno à cadeira presidencial.
Menos ilusões.
Por trás da euforia "contra o golpe" por não terem sido 40 pessoas, há algo muito mais efetivo sendo desenhado por trás.
Os casos mais repercutidos da repressão policial às manifestações registraram-se em estados administrados pelo PSDB. Como se viu em junho de 2013, repressão gera aumento de participação. Aumento de participação radicalizada, porque a questão não é meia dúzia de black blocks, mas o sentimento dos engajados nas manifestações.
Esta é a fenda da manipulação política. Por isso a PM tenderá a aumentar as doses de repressão, pois será vista como o prenúncio da "ditadura Temer". Se é ditadura, "vamos à luta" e amplificam-se os confrontos.
Na dificuldade de visão que dias como os nossos têm como característica, conselheiros do governo dirão que é preciso fazer-se respeitar a ordem, outros sugerirão aumentar a repressão para dispersar a classe média. De seu turno, conselheiros anti-governo venderão super-narrativas "táticas" numa idiossincrasia fetichista sobre as "jornadas de junho": um discurso de que os protestos não são por Dilma, mas pela democracia, cujo inimigo maior seria Michel Temer. Conversa que não atrairá um gato pingado sequer das marchas que foram encabeçadas pelo Movimento Brasil Livre, Vem Pra Rua et caterva.
Este jogo nem precisa de muita coordenação política.
Tal como a esquerda imagina uma ditadura em curso, a PM, corporação formada para ser ideologicamente de extrema-direita, acha também que pode ser uma no "bom sentido", para exercer seus ímpetos mais primitivos contra "baderneiros" e os que "defendem bandidos".
Desta maneira, encerra-se completamente qualquer diálogo político e social com o governo, até por que, quem, dos contra o Impeachment, em sã consciência política, poderia remar contra a "maré vermelha" das ruas?
O PSDB, então, terá dado um xeque no PMDB, uma vez que, simultaneamente, a Lava Jato avança sobre o partido. Ela Wiecko saiu revelando que há uma delação em curso contra Temer. A mídia, há dois dias, estampou que propinas de Belo Monte irrigaram altos dirigentes peemedebistas. A Greenfield contra os fundos de pensão foram em cheio a operadores ligados ao PMDB.
Mudou o governo, mudou o foco.
A foto de Alexandre de Moraes com Moro e o núcleo do Ministério Público em Curitiba antes do espetáculo contra a sede do PT em São Paulo não deixa dúvidas sobre a coordenação política disso. Neste caso, ao que parece, a máxima de manter os inimigos ainda mais próximos que os amigos tem uma inversão na hierarquia. Parece ser o jogo dos tucanos com o PMDB.
Ninguém se espante se, daqui há pouco, começarem a surgir convocatórias pela paz e contra "a violência do PT", porém com uma novidade: "a corrupção do PMDB".
Pela primeira vez, poderemos ter duas ruas gritando "Fora Temer", embora jamais venham a marchar juntas, com exceção de um ou outro mais nonsense.
Serão as duas facetas que formaram a consciência de Carlos Lacerda se fazendo carne e história.
A decisão de pôr isso em marcha dependerá muito do quanto Temer aceitar terceirizar seu governo ao PSDB e implementar a agenda liberal. Mas tudo indica já estar sendo costurada para forçá-lo a entregar todos os anéis possíveis e estar completamente desmoralizado em 2018.
In other words: condições para eleições indiretas ou um 2018 sem todas as forças e lideranças políticas, com um PSDB musculoso, dizendo-se pai da estabilidade e dos primeiros programas sociais.
Estas ruas juntas, então, cumprirão um papel extraordinário para ser aplicado 100% do programa neoliberal, com mais um ciclo de projeção da extrema-direita em questões civis.
Todavia, há tesouro escondido no meio de tudo isso: quem desempata impasses como o atual são os mais pobres e os trabalhadores. Desde que Dilma ainda era presidenta, eles assistem à crise política e a enxergam como "briga de elites". Em sua ampla maioria, votaram pela reeleição da presidenta e de seu antigo vice em virtude do compromisso de proteger os empregos e os salários, mas se desencantaram quando o ajuste fiscal foi mal anunciado e nada explicado, e quando o desemprego começou a bater nas portas.
Dilma, para se manter no Palácio do Planalto, não conseguiu entusiasmar estes setores a lhe defender nas ruas e a classe média que a defendeu foi menor do que a queria derrubá-la