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6.01.2019

ASSESSOR DE FLÁVIO BOLSONARO AGREDIU EMPRESÁRIO NO RIO

REUTERS/Adriano Machado

MPF DÁ DEZ DIAS PARA MEC CANCELAR NOTA SOBRE MANIFESTAÇÕES PELA EDUCAÇÃO

Reprodução/vídeo

Cortes no pacote anticrime de Moro


O texto do pacote proposto por Moro está dividindo opiniões

Deputados podem esvaziar pacote anticrime de Moro
Oministro da Justiça, Sérgio Moro, pode sofrer um novo revés no Congresso.
 O grupo de trabalho que analisa seu pacote anticrime na Câmara deve rejeitar
 duas das principais medidas da proposta. A maioria dos parlamentares é 
contra manter, no texto, o chamado excludente de ilicitude - que isenta policiais 
de punição em casos de homicídio em serviço - e o cumprimento de pena 
após condenação em segunda instância.
Dos dez deputados que integram o grupo, seis disseram ser contrários aos 
dois itens, que foram preservados no relatório do deputado Capitão
 Augusto (PR-SP). "Sou minoria no grupo. Sei que há questionamentos
 jurídicos sobre esses dois pontos que podem de fato cair", admitiu o relator.
 O texto seria apresentado ontem ao colegiado, mas a reunião foi adiada 
para a terça-feira que vem. Capitão Augusto incluiu no pacote de Moro o 
aumento da pena máxima de prisão de 30 para 40 anos, como é hoje 
na Colômbia. A proposta do ministro não entrava nesse tema.
Apresentado em fevereiro, o pacote anticrime motivou atritos entre o
 ministro e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Cobrado
 publicamente por Moro a dar celeridade à análise da proposta,
 o deputado revisou e tratou o pacote do ex-juiz da Lava Jato como
 um "copia e cola" de outro projeto, apresentado no ano passado
 por uma comissão de juristas encabeçada pelo ministro do Supremo 
Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Em reação, em vez de levar o projeto diretamente a uma comissão especial,
 como seria o trâmite normal, Maia criou o grupo de trabalho para que 
fosse feita a incorporação da proposta de Moro com a apresentada 
pela comissão conduzida pelo ministro do Supremo. O colegiado tem até 15
 de junho para apresentar um relatório final.
Derrotas
A falta de prioridade dada ao seu pacote anticrime foi considerada uma derrota 
para Moro. Por diversas vezes, o ex-juiz disse ter trocado 22 anos de 
magistratura pela possibilidade de influenciar políticas públicas e propor 
leis que ajudem no combate à corrupção.
Responsável pela condenação de dezenas de políticos na Lava Jato, Moro,
 porém, tem enfrentado resistência para levar adiante seus planos. 
O revés mais recente foi a transferência do Conselho de Conselho 
de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) da sua pasta para o
 Ministério da Economia. A mudança foi uma exigência de parlamentares
 para aprovarem a medida provisória que reduziu de 29 para 22 o número de ministérios.
A rejeição à proposta de excludente de ilicitude tem a simpatia 
do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). A Associação 
dos Juízes Federais do Brasil divulgou nota técnica afirmando que, 
da maneira que foi redigida, a medida poderia ser usada até para
 "exculpar" - eximir de culpa - policiais que cometerem feminicídio. 
A entidade não concorda em incluir "medo", "surpresa" e "violenta emoção"
 como justificativas para livrar agentes de segurança de pena 
por matar em serviço.
"Esse relatório não representa a maioria do grupo. A Câmara 
não vai passar por cima da Constituição", afirmou o deputado 
Marcelo Freixo (PSOL-RJ), que integra o colegiado.
Maia ainda não definiu se, após o fim do trabalho do grupo, uma 
comissão especial será formada para analisar o pacote ou se a medida
 irá direto para a análise do plenário.
Prisão
Outro ponto que deve cair é o cumprimento de pena após condenação em 
segunda instância. A intenção de Moro ao propor a medida é tornar lei o atual 
entendimento do Supremo, que já permite o início da prisão após
 uma decisão colegiada. Mas, para membros do grupo de trabalho ouvidos
 pelo jornal, esse tipo de alteração tem de ser feita por meio de uma proposta
 de emenda constitucional.
"É o entendimento de consultores jurídicos e especialistas ouvidos
 pelo grupo de trabalho", justificou o deputado Lafayette de Andrada (PRB-MG),
 também membro do colegiado.
O texto do Capitão Augusto incorpora outras mudanças apresentadas por
 Moro, como a maneira de se definir o regime de condenação, entre aberto,
 fechado ou semiaberto. Hoje é considerado o tempo da condenação. 
A proposta é que o juiz determine qual será o regime, independentemente
 da pena estipulada. Procurado para tratar do assunto, Moro não comentou.
 Segundo sua assessoria, o ministro cumpre agenda oficial fora do País.
 As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

STF torna Aécio Neves réu por corrupção passiva e obstrução de Justiça

Aécio Neves                                                                                                                                                                                                        

A decisão foi tomada com base no voto do ministro Marco Aurélio, relator do caso 
a votar, o ministro Barroso afirmou que "no mundo dos negócios lícitos" pagamentos 
de R$ 500 mil são feitos com transferência bancária: "hoje em dia ninguém sai por aí 
transportando malas de dinheiro". Em seguido, Rosa Weber disse que havia 
"suficientes indicios da materialidade" e também recebeu a denúncia. 

A denúncia

Segundo a denúncia, apresentada há mais de 10 meses, Aécio pediu a Joesley Batista,
 em conversa gravada pela Polícia Federal (PF), R$ 2 milhões em propina, em troca
 de sua atuação política. O senador foi acusado pelo então procurador-geral da 
República Rodrigo Janot.
A obstrução ocorreu de “diversas formas”, segundo a PGR, como por meio de 
pressões sobre o governo e a Polícia Federal para escolher os delegados que 
conduziriam os inquéritos da Lava Jato e também de ações vinculadas à atividade
 parlamentar, a exemplo de interferência para a aprovação do Projeto de 
Lei de Abuso de Autoridade (PLS 85/2017) e da anistia para crime de caixa dois.
Também são alvos da mesma denúncia a irmã do senador Andrea Neves, o primo
 Frederico Pacheco e Mendherson Souza Lima, ex-assessor parlamentar 
do senador Zezé Perrella (PMDB-MG), flagrado com dinheiro vivo. 
Todos foram acusados de corrupção passiva.
Ontem (16), ao se pronunciar sobre o processo, Aécio Neves argumentou
 a falta de provas contra ele e apontar o que considera ilegalidades processuais.
(Com Agência Brasil)

Povo na rua e pesquisa enterram a reforma da previdência

Mais de dois milhões de pessoas atenderam ao chamado da UNE (União Nacional dos Estudantes) e foram às ruas neste 30 de maio em apoio à educação e contra as reformas de Jair Bolsonaro (PSL).

O povo na rua é sinônimo de que ‘há algo de podre’ no reino do Palácio do Planalto, isto é, no governo Bolsonaro.
Ganha um doce quem acertar que esse estado de putrefação se deu em virtude do modelo econômico, neoliberal, que retira direitos dos brasileiros.
A evidência de que o povo não é bobo foi atestada ontem pela sondagem da Paraná Pesquisas. Segundo o instituto preferido de Bolsonaro, a maioria dos entrevistados consideram a reforma da previdência –a cereja do bolo dos banqueiros– uma medida que só beneficiará os ricos. Bingo!
Felizmente essa percepção de que o fim da aposentadoria só privilegiará os bancos, com a tal de capitalização, tende a aumentar até o Congresso Nacional examinar e votar essa medida que ferra a sociedade. O ápice desse momento, muito provavelmente, será a greve geral nacional programada para o próximo dia 14 de junho.
Todas as categorias profissionais, somadas aos estudantes, estão dispostas a parar o Brasil para parar a diabólica política econômica antipovo de Bolsonaro.

Bozo concede entrevista

Com o Brasil de volta à recessão, Jair Bolsonaro concedeu entrevista à revista Veja em que voltou a atacar o ex-presidente Lula, que teria vencido a eleição em primeiro turno não fosse sua prisão política, defendeu seu amigo Fabrício Queiroz, assim como seu filho Flávio, ambos investigados, e não mencionou a palavra emprego; confira os principais trechos

"A pressão aqui é muito grande, tem interesses dos mais variados possíveis, tem aquela palavra mágica que a imprensa fala muito, governabilidade. Me acusam muitas vezes de não ter governabilidade. Eu pergunto: o que é governabilidade? Nós mudamos o jeito de conduzir os destinos do Brasil. Hoje, cinco meses depois, eu sinto que a maioria dos parlamentares entendeu o que está acontecendo. Muitos apoiam a pauta do governo. E esse apoio está vindo por amor à pátria, por assim dizer. A gente não pode continuar fazendo a política como era até pouco tempo atrás. Estávamos no caminho da Venezuela. Respondendo a sua pergunta, já passei noites sem dormir, já chorei pra caramba também", diz ele, sobre a sua falta de articulação política.
Bolsonaro também fez terrorismo em relação à reforma da Previdência. "Na Câmara, muitas vezes você tem uma informação de orelhada. Por isso, eu sempre fui contra a reforma da Previdência. O que faz a gente mudar? A realidade. O Brasil será ingovernável daqui a um, dois, três anos. Se a reforma da Previdência não passar, o dólar pode disparar, a inflação vai bater à nossa porta novamente e, do caos, vão florescer a demagogia, o populismo, quem sabe o PT, como está acontecendo na Argentina, com a volta de Cristina Kirchner. O Brasil não aguentaria outro ciclo assim", diz ele.
Sobre privatizações, ele anunciou a venda dos Correios. "Já dei sinal verde para privatizar os Correios. A orientação é que a gente explique por que é necessário privatizar. No caso dos Correios, o PT destruiu a empresa. A bandalheira era tão grande que o fundo de pensão dos funcionários, que hoje está quebrado, fez investimentos em papéis da Venezuela. Com que interesse? Pelo amor de Deus! Então, temos de mostrar à opinião pública que não tem outro caminho a não ser privatizar os Correios", afirma.
Bolsonaro também deixou claro não ter propostas contra o desemprego. "Existe um outro problema. Uma parte dos nossos milhões de desempregados não se encaixa mais no mercado de trabalho, por falta de qualificação. Há também os universitários que só têm diploma. Alguns acham que gastar mais dinheiro é sinal de que está melhorando a educação. Tem país que gasta per capita menos que nós e tem uma educação muito melhor. A situação não está nada bacana. Essa é a realidade", afirma.
Novos ataques a Lula
Sem propostas, ele voltou a atacar o ex-presidente Lula. "Imagine o Lula dentro de uma cela. O cara sente. Costumo dizer muitas vezes: se você está comendo coisa não muito boa e passa a comer uma coisa boa, legal. Mas, quando você está comendo bem e volta a comer uma coisa ruim, você sente. Ele saiu de uma situação de líder para a de um cara preso, condenado por corrupção. Apesar disso, não tenho nenhuma compaixão em relação a ele. Ele estava trabalhando para roubar também a nossa liberdade", afirmou.
Na entrevista, Bolsonaro também defendeu seu filho Flávio Bolsonaro e seu amigo Fabrício Queiroz. "Se alguém mexe com um filho teu, não interessa se ele está certo ou está errado, você se preocupa. Eu estava em casa quando estourou o primeiro momento no Jornal Nacional. Um milhão de reais para pagar um apartamento, não sei o quê. (...) Flávio pagou um título bancário de 1 milhão de reais à Caixa Econômica. Ele quitou um financiamento com o banco depois de ter transferido os débitos que tinha com a construtora para a Caixa. Os documentos estão registrados em cartório. Pô, o cara era deputado, a esposa dele é dentista, tem uma renda, e a Caixa queria comprar a dívida dele. Consequentemente, ele assume a dívida não mais com a construtora, mas com a Caixa, pagando um pouquinho menos. Assim foi feito. Ponto-final", diz ele.
Sobre Queiroz, mais elogios. "Eu conheço o Queiroz desde 1984. Foi meu soldado, recruta, paraquedista na Brigada de Infantaria Paraquedista. Ele era um policial bastante ativo, tinha alguns autos de resistência, contou que estava enfrentando problemas na corporação. Vocês sabem que esse pessoal de esquerda costuma transformar muito rapidamente auto de resistência em execução. Aí começou a trabalhar conosco. E você sabe que lá no Rio você precisa de segurança. Eu mesmo já usei o Queiroz várias vezes. Teve um episódio dele com o meu filho em Botafogo, um assalto na frente de casa, e o Queiroz, impetuoso, saiu para pegar o cara. Então existe essa amizade comigo, sim. Pode ter coisa errada? Pode, não estou dizendo que tem. Mas tem o superdimensionamento porque sou eu, porque é meu filho. Ninguém mais do que eu quer a solução desse caso o mais rápido possível", afirmou. 

Gleisi: Bolsonaro tem razão, o PT gosta de pobre

A presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), pela primeira vez deu razão ao presidente Jair Bolsonaro (PSL) que disse numa live que o PT gosta de pobre (confira abaixo).“É verdade”, confirmou a dirigente petista, “nossos governos foram voltados para quem mais precisa”.

Bolsonaro levantou a bola ao “atacar” o PT pela sua maior virtude, que é a defesa dos mais pobres deste país.
“Defendemos a inclusão social, pudemos ver filhos de trabalhadores entrarem na universidade e os pobres andar de avião. Defendemos o povo”, concluiu Gleisi.
O presidente Jair Bolsonaro bem que poderia dormir sem [mais] essa…



Ao atacar o PT, Bolsonaro disse que a gente só gosta de pobre. É verdade! Nossos governos foram voltados pra quem + precisa. Defendemos a inclusão social, pudemos ver filhos de trabalhadores entrarem na universidade e os pobres andar de avião. Defendemos o povo

289 pessoas estão falando sobre isso

Segundo tsunami pela educação em duas semanas

São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte têm maiores mobilizações. “Brincaram com o formigueiro, deu nisso!”, afirmou o cientista Miguel Nicolelis sobre ato que levou 1,8 milhão às ruas
 30/05/2019  -Destaques da home
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REPRODUÇÃO

Multidões deste 30 de maio repetiram sucesso dos atos do 15M
São Paulo – Os atos em defesa da educação pública no país e contra a reforma da Previdência do governo Bolsonaro superaram as expectativas dos organizadores, segundo a União Nacional dos Estudantes
(UNE). Em São Paulo, foi estimada a participação de 300 mil pessoas. Muitas chegaram
no começo da manifestação por volta de 17h no Largo da Batata, bairro de Pinheiros,
 zona oeste da capital. Outras foram se incorporando ao longo dos mais de 4 
quilômetros percorridos até a dispersão, por volta de 21h, na Avenida Paulista.
Belo Horizonte reuniu 200 mil manifestantes. Rio de Janeiro e Recife, pelo menos 100 mil
 pessoas cada uma. A mobilização no Distrito Federal atraiu cerca de 20 mil pessoas. 
Em Salvador foram 70 mil pessoas, 40 mil em Belém, outras 30 mil em São Luís. Pelas
 contas dos organizadores em torno de 1,8 milhão de pessoas foram às ruas de 190 
cidades do Brasil – dos 26 estados e do Distrito Federal –, além de outras 10 do exterior.
“Brincaram com o formigueiro, deu nisso!”, afirmou nas redes sociais o cientista 
Miguel Nicolelis. Já na Avenida Paulista, a presidenta da UNE, Marianna Dias, registrou:
 “O dia 30 de maio entra pra história do nosso país. Quando estudantes, professores,
 trabalhadores, pais, o povo brasileiro voltou às ruas num grande tsunami. Para quem
 não acreditava, nós estamos aqui. Nós somos milhões. Nós somos rebeldes. Nós somos
 questionadores”.
Marianna admitiu a superação das expectativas em relação ao alcance das 
manifestações, e assimilou a energia e vibração que vinha do asfalto, tomado
 por jovens, “organizados” ou “autônomos”. O trocadilho impresso na faixa gigantesca
 que acompanhou a passeata, “O Brasil se UNE pela educação”, traduzia uma realidade.
 “Se eles querem proibir, inibir a nossa voz e a nossa manifestação, eles vão falhar. 
Porque o povo que saiu de casa, não volta mais pra casa, se a educação do nosso
 país não for respeitada. Nós queremos escola, nós queremos educação e nós vamos 
construir a maior greve geral (marcada para 14 de junho), ao lado dos trabalhadores,
 da história deste país. E eu desafio o governo Bolsonaro a dizer ao povo brasileiro
 porque que eles não gostam da educação”, bradou a presidenta da UNE.
Mídia Ninja
Nem os organizadores esperavam tanta presença no ato deste 30 de maio
“A universidade é o lugar da transformação, da liberdade, da democracia. Eles 
têm ódio disso. Por isso nós os derrotaremos gritando, fazendo balbúrdia, fazendo 
esse país se tornar um caos. Porque Bolsonaro não governa enquanto os cortes
 não forem revertidos. Essa é a promessa do povo que está indo pras ruas do Brasil.
 Bolsonaro, você não vai ter paz e nós não temos medo de você.”
Independentemente dos números da mobilização, uma nota divulgada pelo
 ministro da Educação, Abraham Weintraub, na tarde desta quinta, atestava que o 
governo está – além de desorientado – incomodado. O ministro sustenta que 
professores, servidores, estudantes e pais ou responsáveis “não são autorizados
 a divulgar e estimular protestos durante o horário escolar”. O ministro também 
espera que sejam feitas denúncias por meio do site da Ouvidoria do ministério.
 Pelo que se viu nas ruas de todo o Brasil, o ministro está falando para as paredes.
Com reportagem de Felipe Mascari e Rodrigo Gomes