1.23.2012

Reconstrução da mama possibilita a recuperação da auto-estima


Cirurgia ajuda a minimizar os efeitos do câncer de mama



O câncer de mama é uma das doenças mais temidas pelas mulheres, devido à sua alta frequência e pelos seus efeitos psicológicos, que afetam a sexualidade e a própria imagem pessoal. Raro antes dos 35 anos de idade, mas muito presente acima desta faixa etária, sua incidência cresce rápida e progressivamente. As estatísticas indicam o aumento de sua frequência tantos nos países desenvolvidos, quanto nos países em desenvolvimento.

Segundo a Estimativa 2008 de Incidência do Câncer no Brasil, divulgada pelo INCA, Instituto Nacional do Câncer, o número de casos novos de câncer de mama esperados para o Brasil em 2008 é de 49.400, com um risco estimado de 51 casos a cada 100 mil mulheres. Na região Sudeste, o câncer de mama é o mais incidente entre as mulheres com um risco estimado de 68 casos novos por 100 mil. Sem considerar os tumores de pele não melanoma, este tipo de câncer também é o mais frequente nas mulheres das regiões Sul (67/ 100.000), Centro-Oeste (38/ 100.000) e Nordeste (28/ 100.000). Na região Norte é o segundo tumor mais incidente (16/ 100.000) 

Símbolo do feminino

A mama é um dos símbolos da identidade feminina. A sua extração para tratar o câncer de mama significa muito, tanto do ponto de vista físico quanto psicológico para a mulher. Portanto, a sua reconstrução é de suma importância para que a paciente recupere a auto-estima, auxiliando, assim, o tratamento do câncer e o restabelecimento do convívio social.

Em pacientes submetidas à mastectomia, o objetivo maior da cirurgia reconstrutora é a reabilitação estética, retirando da paciente o estigma do câncer e da mutilação. O retorno à condição física pré-câncer é fundamental neste processo e a morbidade da retirada da musculatura não é desprezível. A microcirurgia e os retalhos perfurantes constituem mais uma opção para as mulheres mastectomizadas pela menor agressão à parede abdominal e pelo retorno mais precoce às atividades habituais pré-operatórias. A ponderação entre estas vantagens e os riscos inerentes à complexidade do procedimento deve ser aventada, colocando-se assim a melhor opção de tratamento e reabilitação.

O tipo de cirurgia para reconstrução da mama varia de acordo com o tamanho e localização do tumor biótipo da paciente e o volume da mama. Pacientes magras e com mama contralateral pequena apresentam melhores condições para reconstrução da mama com expansor de pele e posterior colocação de prótese de silicone. Em mulheres obesas ou com mama contralateral grande, a reconstrução pode ser feita com expansor e prótese de silicone de maior volume ou com tecidos do abdômen ou das costas, com ou sem próteses.

Grande parte das cirurgias reconstrutoras são realizadas simultaneamente à retirada do tumor câncerígeno. Dessa forma, diminui-se o tempo de internação e a reabilitação social é beneficiada. Quando a reconstrução é imediata, a paciente não precisa conviver com a mutilação parcial ou total do seio, a mastectomia. A experiência se torna menos traumática. 

Reconstrução da aréola e do mamilo

Muitas vezes, a aréola e o mamilo também são retirados durante a mastectomia. Sua reconstrução se realiza, geralmente, entre 2 e 3 meses depois que se reconstruiu a mama. A reconstrução do mamilo é feita, na maioria das vezes, com parte do mamilo da outra mama, cartilagem da orelha ou com a pele da própria mama reconstruída. A escolha vai depender do tamanho do mamilo contra-lateral e das condições locais da pele. A aréola normalmente é reconstruída a partir da pele situada na região interna das coxas, que tem grande quantidade de melanina ou através de tatuagem. Cabe ao cirurgião plástico avaliar as condições da pele e da técnica utilizada para reconstruir o mamilo e a aréola. 


Direito assegurado

A cirurgia de reconstrução da mama é assegurada pelo Sistema Único de Saúde, SUS, desde 1999. Os procedimentos cobertos incluem o implante da prótese de silicone. A saúde suplementar também prevê a cirurgia plástica reconstrutiva da mama, após tratamento para retirada de câncer para os contratos celebrados após 1998.

Vida saudável pode evitar 60% dos casos de câncer

Alimentação, atividades físicas e controle do peso reduzem riscos de tumores

por Minha Vida
 

Ao longo dos anos, os avanços na luta de combate contra o câncer mostram que a doença pode ser tratada, controlada e curada. E, mais importante ainda, pode ser prevenida. Cerca de 60% dos casos de câncer podem ser evitados a partir de hábitos de vida saudáveis, de acordo com Instituto Nacional de Câncer (INCA), que lançou recentemente a publicação Políticas e Ações para Prevenção do Câncer no Brasil: Alimentação, Nutrição e Atividade Física. A Organização Pan-americana de Saúde lançou o mesmo sumário para a América Latina, na versão em espanhol.

A publicação mostra que a melhor estratégia para a prevenção do câncer é aliar um alimentação equilibrada, a prática de exercícios físicos regulares e manter o peso controlado. Tais medidas são capazes de prevenir 63% dos casos de câncer de faringe, laringe e boca; 52% dos casos em que a doença atinge o endométrio (camada que recobre o útero internamente) e 60% dos tumores de esôfago.
 O estudo também concluiu que 41% dos tumores no estômago, 37% dos de cólon e reto (partes do intestino grosso) e 34% dos tumores de câncer no pâncreas não aconteceriam se houvesse a combinação dos três fatores. De todos os tipos de tumores, 19% poderiam ser evitados com uma vida mais saudável. O controle do peso pode ser capaz de evitar 13% desses tipos de câncer. Entretanto, uma pessoa obesa que se alimenta bem tem menos riscos de desenvolver um câncer do que aquela que se alimenta mal.
 Afaste os riscos da doença Outros hábitos saudáveis podem contribuir para a prevenção do câncer, como não fumar (segundo o Inca, o banimento total do fumo poderia ter combatido mais de 112 mil casos neste ano). Também é fundamental não exagerar nas bebidas alcoólicas, fazer os exames recomendados com assiduidade, fugir da exposição solar e cuidar da higiene bucal (para evitar o câncer de boca).

Os casos de câncer de mama, que tem maior incidência entre mulheres brasileiras, podem ser reduzidos em 28% por meio de uma dieta saudável somada às atividades corporais. No Brasil, sua taxa de mortalidade é de 24%; nos Estados Unidos ela cai para de 15%. Entretanto, mesmo que não possua causas hereditárias, nem sempre é possível preveni-lo, tendo em vista que a idade da primeira menstruação e da menopausa influenciam nas chances de a doença aparecer. De acordo com o Inca, o câncer de mama deve fazer 49 mil novas vítimas ao longo de 2010, com 12 mil mortes.

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