4.16.2012

Alemão exausto chama a polícia após mulher exigir mais sexo

Foto: BBC
Mulher querendo mais sexo com parceiro exausto poderá ser processada por coação
Um alemão de 43 anos chamou a polícia depois de sua parceira trancá-lo no quarto e exigir mais sexo.
O caso ocorreu em Munique, ganhou destaque nos jornais locais e chamou a atenção da imprensa internacional.
De acordo com a polícia da cidade, o homem se refugiou no balcão do apartamento e pediu ajuda por telefone.
O casal teria se conhecido em um bar e concordado em fazer sexo casual na casa da mulher, de 47 anos.
Segundo a revista Stern, o homem contou à polícia ter feito sexo com a mulher várias vezes.
Já satisfeito, porém, ele se viu impedido de deixar o quarto, trancado pela parceira, que queria mais sexo, segundo informou a agência de notícias DPA.
A mulher poderá ser processada por coação e cárcere privado.

Transexual Titica rouba a cena do kuduro em Angola


Ela é ousada, brilhante, bonita e está roubando a cena em Angola. Nada mal para uma transexual em um país africano católico onde a homossexualidade é ilegal e passível de punição com trabalhos forçados.
Nascida em Luanda como Teca Miguel Garcia, a cantora e dançarina Titica adotou sua persona feminina há quatro anos, quando implantou seios no Brasil.
Agora, aos 25 anos de idade, Titica é a nova face do kuduro, gênero angolano que mistura rap, música eletrônica e ritmos locais.
De dia, as canções de Titica são ouvidas em todos os miniônibus; à noite, tomam as pistas de dança e, nos finais de semana, são trilha essencial das festas infantis.
Nomeada Melhor Artista de Kuduro de 2011, Titica é atração certa em programas de rádio e TV, e se apresentou no Concerto das Divas, evento anual que contou com a presença do presidente José Eduardo dos Santos e no qual ela foi aclamada.
Com educação em balé, Titica se envolveu com o kuduro como dançarina de apoio de artistas populares como Noite e Dia, Própria Lixa e Puto Português.

Surpreendentemente tímida

Em outubro passado, lançou sua primeira canção, "Chão", uma das faixas mais tocadas da história do kuduro.
Este mês, a cantora embarca em sua primeira turnê internacional, com shows em Portugal, Grã Bretanha e Estados Unidos.
Foto: BBC
Titica ganhou fãs pela música, apesar das resistências quanto a homossexuais no país
Em conversa com a BBC enquanto se maquiava para a gravação do videoclipe do hit "Olha o Boneco", no qual divide a performance com a popular cantora de kizomba Ary, Titica afirma que foi atropelada pelo sucesso.
"Graças a Deus, estou muito feliz, levou um tempo para eu chegar onde cheguei e muito sacrifício, mas graças a Deus tudo está indo bem", disse.
Surpreendentemente tímida para uma extravagante e ousada artista, Titica evita falar de sua sexualidade e diz que até se tornar uma estrela nem tudo foi um mar de rosas.
"Fui apedrejada, espancada e há muito preconceito contra mim, muita gente mostra isso. Há um enorme tabu", afirma.
Apesar do tabu, Titica vem acumulando fãs e despertado mais interesse por sua música do que por sua sexualidade.
"Eu gosto da Titica, realmente gosto. Muitos dizem que ela é uma garota, outros, que é um garoto, realmente não sei, mas a gente apenas gosta da música dela", disse um rapaz que assistia à gravação do videoclipe na praia da Ilha.

'Antes ela era homem'

Um amigo dele acrescentou: "Antes ela era homem, mas, agora, pelo que dizem, ela é mulher. Angolanos podem discriminar bastante mas, não, nós a apoiamos e gostamos muito dela, e gostamos muito do trabalho que ela faz".
Foto: BBC
Ary e Titica no videoclipe 'Olha o boneco', sucesso em Angola entre adultos e crianças
O diretor angolano Hugo Salvaterra, que esteve envolvido em um documentário sobre kuduro para a TV sueca, afirmou que Titica é uma artista da música antes de ser uma transexual.
"Titica é talentosa, está fazendo boa música e tem um show fantástico, razões pelas quais as pessoas gostam dela".
Salvaterra afirma, porém, que embora a aceitação a Titica tenha crescido com sua música, ainda há resistências de setores da sociedade. Afinal, Angola é uma país religioso e a maioria dos cidadãos é católica.
"Temos que separar o Estado do povo", afirma, explicando que a independência de Portugal, em 1975, e 27 anos de guerra civil fizeram dos angolanos mais abertos a novas ideias.
É difícil imaginar, no entanto, que Titica será bem-vinda em outros países africanos como Uganda, Nigéria, Malauí, Quênia e Camarões, onde homossexuais são regularmente vitimas de intolerância, violência e ações penais.
Embora o homossexualismo seja ilegal em Angola, não há registros de condenações e uma nova lei criminalizando a homofobia está inclusive para ser aprovada no Parlamento.
"Não há incidentes de violência homofóbica, mas mão diria que as pessoas são totalmente OK em relação ao homossexualismo"
Nana Frimong, ativista
Isso talvez explique o fato de Titica ser aparentemente bem recebida em Luanda, que possui uma pequena cena gay. Mas ainda há resistência não declarada e o país está longe de ser um destino gay tropical.
De acordo com Nana Frimong, ex-diretora da organização de saúde Population Services International (PSI),que pesquisou a incidência de Aids entre os gays angolanos, ainda há grande desaprovação à homossexualidade.
"Não há incidentes de violência homofóbica, mas não diria que as pessoas são totalmente OK em relação à homossexualidade". Segundo Frimong, o governo permanece calado sobre o tema.
Apesar da política, não há dúvida de que Titica ganhou um lugar no coração do país.
"O gelo está quebrando", conclui Salvaterra.

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