5.07.2012

Cresce venda de remédios genéricos no Brasil

Agência Estado

Um em cada quatro medicamentos vendidos no Brasil, entre janeiro e março, foi genérico. O dado, divulgado pela Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró Genéricos), representa um aumento de 23,5% nas vendas desse tipo de remédio em relação ao primeiro trimestre do ano passado.

Os dados publicados no site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também apontam a evolução dos genéricos, na última década - os medicamentos registrados saltaram de 1.562, em 2001, para 16.675, em 2010. Mas para o presidente da Pró Genéricos, Odnir Finotti, esse número poderia ser maior. O setor se queixa da demora de até 15 meses para o registro de novos produtos na Anvisa. "Houve crescimento de medicamentos genéricos registrados, no ano passado, em torno de 30%. Poderia ter havido mais produtos registrados se no último trimestre do ano não tivesse ocorrido uma demora maior na análise desses registros", afirma Finotti.

De acordo com o executivo, entre 2001 e 2006 a agência manteve equipe exclusiva para cuidar da licença de novos genéricos. A partir de 2006, esses produtos passaram a entrar na fila junto com outros medicamentos. "O setor não quer mudança no nível de exigência para a liberação dos produtos. A ideia é priorizar os genéricos inéditos, aqueles em que venceu a patente do medicamento de marca, e que não tem outro genérico no mercado. É a maneira de garantir o acesso da população a esses remédios", defende.

A assessoria de imprensa da Anvisa foi procurada pela reportagem às 18h20, mas informou que o expediente se encerra às 18 horas e não havia quem pudesse comentar o caso.

Além do crescimento em unidades vendidas, as indústrias do setor de genérico também arrecadaram mais, em relação ao ano passado. As vendas somaram R$ 2,4 bilhões no primeiro trimestre do ano - uma participação de 23,5% do mercado -, ante R$ 1,772 bilhão entre janeiro e março de 2011 (18,5%).

De acordo com estimativa da Pró Genéricos, a diferença de preço entre o remédio de marca e o genérico está em torno de 52%, com pico de até 85%. "Quem já comprava medicamentos passou a acreditar que não precisa pagar mais para ter remédios de qualidade. O genérico também representa a porta de entrada para quem não tinha condições de comprar medicamentos. Agora, as pessoas cuidam melhor da saúde", diz Finotti.

Ele acredita que a tendência de crescimento será mantida, nos próximos meses, com a entrada de genéricos de nova geração, como o antipsicótico ziprasidona e o imunossupressor sirolimo (usado em transplantes), cujas patentes vencem esse ano. "São drogas mais modernas, ainda mais efic

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