4.22.2013

Plano de saúde fica cada vez mais caro

Reajuste acima do dos salários compromete renda

Rio -  Em 30 anos, o cliente de planos de saúde não terá mais condições de pagar esse tipo de serviço, segundo previsão do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec). Estudos feitos pela instituição apontam que, em três décadas, o custo vai representar 70% do orçamento do segurado. Atualmente, ele gasta, em média, 7% da renda com planos.
De acordo com o Idec, as mensalidades desse serviço continuam a ser corrigidas acima da inflação, “ampliando ainda mais o descasamento com a recomposição de renda do consumidor, feita pelo índice de inflação”. Em dois anos, o reajuste dos planos cresceu sete pontos percentuais mais que o índice de variação de preços.

Um consumidor que tem, hoje, 30 anos e renda de R$3 mil e paga R$ 210,00 por um plano individual, compromete 7% com a operadora. Se forem mantidas as condições de reposição salarial e as regras atuais de reajuste para os planos de saúde, quando o consumidor completar 60 anos, a mensalidade terá sofrido acréscimo estimado de 296,79%.

Segundo a economista do Idec, Ione Amorim, se aplicado o reajuste de 163,49% acima da inflação no período, a mensalidade do plano de saúde passaria dos R$ 210,00 para R$ 2.196,28. “Isso representaria 73,21% da renda do cliente e inviabilizaria o pagamento do plano de saúde”, disse a especialista.


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Médicos de planos de saúde suspendem atendimento na próxima quinta

Entre os itens reivindicados pela categoria estão o reajuste de consultas e de procedimentos e o apoio ao projeto de lei que trata da contratualização e da periodicidade de reajuste dos honorários pagos aos médicos



FolhaPress

Médicos em todo o país vão suspender o atendimento a pacientes com plano de saúde no próximo dia 25, quando será organizado o Dia Nacional de Alerta aos Planos de Saúde. A mobilização ocorre pelo terceiro ano consecutivo e conta com o apoio do CFM (Conselho Federal de Medicina), da AMB (Associação Médica Brasileira) e da Fenm (Federação Nacional dos Médicos). As informações são da Agência Brasil.

Na data, estão previstos protestos em diversos Estados contra o que a categoria chama de abusos praticados pelas operadoras na relação com médicos e com pacientes. O formato dos atos públicos (caminhadas, concentrações etc.) será definido em assembleias organizadas pelas comissões estaduais de honorários médicos, compostas pelas associações médicas, conselhos regionais de medicina, sindicatos médicos e sociedades estaduais de especialidades.

Entre os itens reivindicados pela categoria estão o reajuste de consultas e de procedimentos e o apoio ao projeto de lei que trata da contratualização e da periodicidade de reajuste dos honorários pagos aos médicos. A classe cobra ainda uma resposta da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) sobre as propostas de cláusulas obrigatórias a serem inseridas nos contratos entre médicos e planos de saúde, apresentadas pelos médicos em abril do ano passado.

“Em caso de suspensão temporária de atendimentos eletivos, os pacientes serão atendidos em nova data, que será informada. O protesto não atinge os casos de urgência e emergência. Para eles, o atendimento está assegurado”, informou o CFM, por meio de nota.

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