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Síria rejeita relatório parcial de missão da ONU sobre armas químicas
Síria rejeita relatório parcial de missão da ONU sobre armas químicas
Ministro exige que relatório espere 'resultados da análise de laboratório das amostras recolhidas'
EFE
Damasco (Síria) - O governo de Damasco afirmou
nesta sexta-feira que rejeita "qualquer relatório parcial" da ONU antes
que os especialistas em armas químicas do organismo completem sua missão
sobre a Síria e pediu que os inspetores visitem as zonas onde soldados
do regime teria sido atingidos por gases tóxicos. Em uma conversa telefônica com o
secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, o ministro sírio de Relações
Exteriores, Walid Muallem, exigiu que o relatório espere os "resultados
da análise de laboratório das amostras recolhidas" nas localidades que
teriam sido atingidas pelos ataques, segundo a agência oficial síria
"Sana". Os analistas devem abandonar a Síria amanhã e entregar neste
mesmo dia um relatório preliminar à ONU sobre as investigações, segundo
explicou o secretário-geral das Nações Unidas.
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Foto: Reprodução Internet
Muallem disse ainda que é necessário
que a equipe da ONU investigue os locais onde os soldados governamentais
teriam sofrido intoxicação, como as autoridades sírias solicitaram a
Ban. Segundo a agência, Muallem perguntou a Ban sobre os motivos da
retirada da delegação antes que a missão termine e o responsável da ONU
respondeu que os inspetores retornarão à Síria. Durante sua estadia no
país, os analistas da ONU visitaram as localidades da periferia de
Damasco onde a oposição denunciou a morte de mil pessoas em um suposto
ataque químico do regime perpetrado em 21 de agosto.
Nesta sexta-feira, a equipe da ONU esteve em um
hospital militar de Damasco no qual se encontram internados soldados
feridos em um suposto ataque dos rebeldes com armas não convencionais no
bairro de Yobar, na capital síria. Embora as declarações divulgadas
pela "Sana" não especifiquem o local onde as autoridades sírias exigem
uma investigação, é provável que o regime esteja falando de Yobar. Muallem afirmou também que a Síria espera de
Ban "objetividade" e rejeição às pressões internacionais que aguardam o
resultado do relatório dos especialistas para iniciar ações contra
Damasco. O chefe da diplomacia síria pediu que Ban apoie os esforços
para realizar a conferência de Genebra II e defendeu que "a solução
política é a saída desta situação e qualquer agressão contra a Síria só
irá obstacularizar estes esforços".
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