Operação dupla
Testemunha reafirma participação de secretários de Alckmin no propinoduto dos trens e STF resolve dividir a investigação
Pedro Marcondes de MouraAs investigações do escândalo de corrupção na área de transporte sobre trilhos ganharam na semana passada novos desdobramentos. O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), sinalizou que desmembrará o inquérito que apura o pagamento de propina a funcionários públicos e políticos. Segundo a denúncia, o dinheiro era pago por empresas interessadas em firmar contratos com o Metrô de São Paulo e a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Na prática, a decisão, que só aguarda parecer da Procuradoria-Geral da República, divide a investigação.Procuradores e promotores paulistas vão investigar criminalmente apenas integrantes sem foro privilegiado do esquema perpetuado em sucessivas gestões do PSDB à frente do Estado. A outra parte da investigação permanecerá em Brasília. Nela aparecem os nomes do deputado federal Arnaldo Jardim (PPS) e dos secretários do governo Geraldo Alckmin, Edson Aparecido (PSDB); da Casa Civil, Rodrigo Garcia (DEM); do Desenvolvimento Econômico, e José Anibal (PSDB), da Energia. Os quatro foram acusados pelo ex-dirigente da Siemens, Everton Rheinheimer, de receber suborno. Em depoimento à Polícia Federal, o executivo relata ter acertado pessoalmente o pagamento de propina com Rodrigo Garcia. Na época, o secretário de Alckmin comandava a Comissão de Transportes da Assembleia Legislativa de São Paulo. Everton também afirma ter negociado suborno com um intermediário do secretário de Energia, o tucano José Anibal. Todos negam qualquer envolvimento com o escândalo de corrupção.
PROXIMIDADEGovernador Geraldo Alckmin (PSDB) e seu secretário
Rodrigo Garcia (DEM), acusado de receber propina
Cúpula
Três secretários do governo paulista foram acusados
por executivo de receberem suborno da máfia do Metrô
Três secretários do governo paulista foram acusados
por executivo de receberem suborno da máfia do Metrô
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