4.13.2014

Vírus infectam cerca de 400 milhões de computadores no mundo

O Fantástico foi até um centro de pesquisa dedicado a combater os piores vírus de computador. Saiba como se proteger no meio dessa guerra cibernética.

Terrorismo, fraudes financeiras, roubo de informações. Você nem desconfia, mas o seu computador, e até mesmo o seu celular, podem estar sendo usados agora mesmo por hackers para cometer crimes.
O Fantástico foi até um centro de pesquisa dedicado a combater os piores vírus de computador. E mostrou como se proteger no meio dessa guerra cibernética.
Da próxima vez que você sentar em frente ao seu computador, pense nisso: você pode estar diante da arma do crime. Quem é o bandido? Um vírus criado para atacar o seu computador.
O Fantástico foi a Seattle, nos Estados Unidos, em um dos maiores centros de combate ao crime virtual. Até parece cena de um filme de ficção científica, mas estes especialistas trabalham 24 horas por dia na segurança de boa parte dos computadores do mundo inteiro.
Neste momento, por exemplo, o seu computador pode estar sendo atacado por um vírus e defendido ao mesmo tempo. Uma guerra virtual pode estar acontecendo sem que você perceba.
De um lado, estão os funcionários do centro prontos para te defender: advogados, ex-agentes de segurança, analistas de dados, especialistas de várias áreas da computação. Do outro, estão os inimigos: os criadores dos vírus. Eles podem roubar seus dados pessoais, suas informações bancárias, e mais: tornar o seu computador membro de uma organização criminosa mundial.
Fantástico: Pode, por exemplo, provocar um apagão?
Richard Boscovitch, advogado: Sem dúvida, um apagão pode causar problemas em termos de trânsito.
Fantástico: Apagar todos os semáforos de uma só vez?
Richard Boscovitch: São Paulo poderia até parar.
Fantástico: Podem, por exemplo, roubar um avião? Mudar a rota de um avião?
Richard Boscovitch: Qualquer tipo de produto em que tem um computador sempre é um alvo de um vírus. Então, realmente, é uma questão de ficção científica. Tudo é possível.

A pergunta é: como evitar e combater esse tipo de crime? Este é o trabalho principal deste centro. Mas é importante entender primeiro o que é um vírus.
O especialista Bryan Hurd, diretor do centro, explica: ”Quando o computador de uma pessoa é infectado, ele passa a fazer parte de um exército de computadores na mesma situação”.
Esse "exército" de computadores é conhecido como botnet. Ele tem um "comando", um quartel general. Ou seja, pessoas que estão controlando essas máquinas infectadas, à distância, enviando ordens para os vírus executarem.
Por exemplo, você abre o e-mail inocentemente e o vírus se instala.
“No minuto que você compra com o seu cartão de crédito, essa informação sua agora vai ser capturada por criminosos e vai ser utilizada ilegalmente de outra forma”, alerta o advogado Richard Boscovitch.
Neste momento, 400 milhões de computadores no mundo todo estão infectados por vírus. E o Brasil é o sexto país mais afetado. Aumenta o crime virtual e novas tecnologias de segurança aparecem.
Uma das principais armas no combate aos crimes virtuais é uma rede com computadores espalhados pelo mundo inteiro e que servem como iscas para os criminosos. Esses computadores atraem os vírus como se fossem computadores de pessoas comuns. Mas, na verdade, eles estão conectados e sendo investigados pelos especialistas do centro.
Quando o vírus cai na armadilha do computador "isca", ele passa a ser estudado minuciosamente pelos especialistas do centro.
Quando estes especialistas descobrem onde estão os centros de comando dos criminosos, pedem autorização para a Justiça do país para assumir a rede de computadores infectados e controlados por eles.

O vírus deixa pistas? Um pesquisador responde que se o computador estiver mais devagar do que o normal, muito barulhento, ou alguma luz estiver piscando mesmo quando você não está usando, fique atento, são sinais para prestar atenção.
E isso não vale só para o seu computador. “O celular agora, realmente, se tornou um computador. Então essa outra área que os criminosos estão entrando para poder colocar aquela infecção no seu telefone, no seu tablet, para fazer os mesmos tipos de crimes que eles faziam antes no seu computador em casa”, afirma o advogado Richard Boscovitch.
Como nós podemos nos proteger então?
“O mundo virtual é como o mundo real. É mais seguro em algumas vizinhanças do que em outras. Se você vai a lugares que você confia, existe uma chance maior de você estar seguro. Eu não andaria numa vizinhança de uma cidade estranha, eu tomaria cuidado em saber por onde eu ando”, alerta o especialista Bryan Hurd, diretor do centro.

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