5.18.2014

PESQUISAS APONTAM PRINCIPAIS CAUSAS E TRATAMENTOS DA OSTEOPOROSE

Pesquisas apontam principais causas e tratamentos da osteoporose

Mais de 800 trabalhos científicos foram apresentados no Congresso Mundial de Osteoporose, Osteoartrose e Doenças Osteomusculares, neste ano. A seguir, o médico lista os principais destaques do evento.


Aconteceu em abril, na cidade de Sevilha, Espanha, o Congresso Mundial de Osteoporose, Osteoartrose e Doenças Osteomusculares. O evento é considerado o principal fórum mundial para a apresentação de pesquisas clínicas sobre a saúde óssea, articular e muscular.
Pacientes com doenças musculoesqueléticas são tratados por uma ampla gama de diferentes profissionais de saúde, incluindo endocrinologistas, reumatologistas, ortopedistas, geriatras, clínicos gerais ou fisioterapeutas. “Hoje, as doenças crônicas, como a osteoporose ou osteoartrite são uma das principais causas de incapacidade e de perda de qualidade de vida entre idosos. Em todo o mundo, pelo menos uma em cada três mulheres e um em cada cinco homens com idade superior a 50 anos vai experimentar uma fratura devido à osteoporose. Como resultado, milhões de pessoas são afetados pela dor e pela falta de mobilidade. A longo prazo, isto acarreta em perda de qualidade de vida para o público da terceira idade”, afirma o ortopedista Caio Gonçalves de Souza, ortopedista e Doutor em Ciências pela FMUSP.
O Congresso anual é um fórum global para a apresentação das mais recentes pesquisa médicas sobre esses temas. Mais de 800 trabalhos científicos foram apresentados no Congresso neste ano. A seguir, o médico lista os principais destaques do evento:
• Suplementação de cálcio não aumenta a doença cardíaca coronária.
Os resultados de um estudo  apresentado no Congresso Mundial não suportam a hipótese de que a suplementação de cálcio, com ou sem vitamina D, aumenta a doença cardíaca coronária ou o risco de mortalidade por todas as causas em mulheres idosas. O tema é motivo de pesquisa porque uma das formas de se prevenir a osteoporose é a suplementação de cálcio e vitamina D, e se buscava conhecer melhor a segurança deste tratamento. “A meta-análise mostrou que a suplementação de cálcio com ou sem vitamina D não aumenta a doença cardíaca coronária ou risco de mortalidade em mulheres idosas. Logo, a prevenção da osteoporose com estes complementos é segura para os pacientes”, informa o ortopedista.
• Adolescentes que passam muito tempo jogando on-line têm ossos frágeis e correm o risco de desenvolver osteoporose.
Adolescentes enfurnados em seus quartos jogando no computador têm os ossos mais fracos do que aqueles que apreciam o ar livre. Segundo pesquisa, meninos que passam mais tempo em frente ao computador, a consoles de jogos ou na frente da TV têm menor densidade mineral óssea do que as meninas ou do que meninos que apreciam o ar livre. Isso significa que, futuramente, enfrentarão um risco aumentado de fraturas e osteoporose. “O esqueleto cresce continuamente desde o nascimento até o final da adolescência, atingindo seu pico de massa óssea - máxima resistência e tamanho - no início da idade adulta. Além dos fatores nutricionais, a atividade física pode ter grande impacto sobre este processo”, afirma o ortopedista.
• Pesquisadores mostram o impacto da insuficiência de vitamina D sobre o risco de fratura
Um estudo apresentado no Congresso mostra que os baixos níveis da ingestão de vitamina D, a longo prazo, estão associados com maior risco de fratura entre mulheres idosas. “O estudo conclui que na amostra da população de mulheres idosas analisada, a insuficiência de vitamina D, sustentada ao longo de 5 anos, foi associada com o aumento do risco de fratura osteoporótica nos 10 anos seguintes. O que sugere que, cada vez mais, o risco de cair e sofrer uma fratura, quando você é idoso, pode ser menor se os níveis de vitamina D estiverem adequados”,

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