"Não precisam nem mais das aparências jurídicas para tentar
legitimar ações violentas. Com suas ações, parecem dizer: Direitos, ora
... Que direitos? Vivemos a afirmação de um Estado de exceção, a cada
dia que passa. A invasão da escola nacional Florestan Fernandes é a
prova disso", afirma o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo,
sobre a invasão violenta da polícia na escola do MST em São Paulo na
última sexta-feira; segundo ele, parece que "perderam o pudor" depois da
destituição de Dilma Rousseff da presidência
Para ele, parece que "perderam o pudor" depois da destituição de Dilma Rousseff da presidência. "Não precisam nem mais das aparências jurídicas para tentar legitimar ações violentas. Com suas ações, parecem dizer: Direitos, ora ... Que direitos? Vivemos a afirmação de um Estado de exceção, a cada dia que passa. A invasão da escola nacional Florestan Fernandes é a prova disso", escreve ele.
Leia a íntegra:
"Quando a democracia foi suprimida pela destituição de uma Presidenta da República legitimamente eleita, violou-se o Estado de Direito. Para manter as aparências, utilizaram uma retórica vazia para justificar a grave violência que empreenderam contra a nossa constituição. Mas a partir daí perderam o pudor. Não precisam nem mais das aparências jurídicas para tentar legitimar ações violentas. Com suas ações, parecem dizer: Direitos, ora ... Que direitos? Vivemos a afirmação de um Estado de exceção, a cada dia que passa. A invasão da escola nacional Florestan Fernandes é a prova disso. Que fazer? Resistir. Resistir, denunciar e lutar. De forma pacificamente corajosa. Que cada um de nós saiba utilizar o espaço democrático que ainda nos resta, para protestar, conscientizar e derrotar o autoritarismo violento e intolerante. Se pensam que nos curvamos, saberemos demonstrar que estamos eretos. E que lutar pela democracia, faz bem para a alma, para a vida e para a história."
José Eduardo Cardozo, ex-ministro da Justiça e ex-advogado
Geral da União. Advogado da Presidenta Dilma Rousseff no processo de impeachment
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