Revista Fórum
“Uma sociedade que faz calúnia, diz falsidades, enfraquece a vida democrática. Depois vêm os juízes a julgar essas instituições enfraquecidas, essas pessoas destruídas, condenam e assim vai avante uma ditadura”, disse o Papa
O Papa Francisco fez homilia, nesta segunda-feira (18), sobre comunicação caluniosa. A fala do Papa acontece, coincidentemente, uma semana após a polêmica da tentativa da visita de Juan Grabois a Lula e a entrega do terço abençoado, que levou a Agência Lupa a acusar injustamente de fake news sites progressistas como a Fórum e o Brasil 247, e ser desmentida pelo próprio Vatican News.
O Papa Francisco fez homilia, nesta segunda-feira (18), sobre comunicação caluniosa. A fala do Papa acontece, coincidentemente, uma semana após a polêmica da tentativa da visita de Juan Grabois a Lula e a entrega do terço abençoado, que levou a Agência Lupa a acusar injustamente de fake news sites progressistas como a Fórum e o Brasil 247, e ser desmentida pelo próprio Vatican News.
Em sua homilia, na Missa da Casa de Santa Maria, ao citar a história de Nabot narrada na Primeira Leitura, no Livro dos Reis (veja abaixo), o Papa falou sobre “Como as ditaduras adulteram a comunicação”.
De acordo com ele, ao citar “também hoje, em muitos países, se usa este método: destruir a livre comunicação”. E prossegue: “Por exemplo, pensemos: há uma lei da mídia, da comunicação, se cancela aquela lei; se concede todo o aparato da comunicação a uma empresa, a uma sociedade que faz calúnia, diz falsidades, enfraquece a vida democrática. Depois vêm os juízes a julgar essas instituições enfraquecidas, essas pessoas destruídas, condenam e assim vai avante uma ditadura. As ditaduras, todas, começaram assim, adulterando a comunicação, para colocar a comunicação nas mãos de uma pessoa sem escrúpulo, de um governo sem escrúpulo”.
De acordo com ele, ao citar “também hoje, em muitos países, se usa este método: destruir a livre comunicação”. E prossegue: “Por exemplo, pensemos: há uma lei da mídia, da comunicação, se cancela aquela lei; se concede todo o aparato da comunicação a uma empresa, a uma sociedade que faz calúnia, diz falsidades, enfraquece a vida democrática. Depois vêm os juízes a julgar essas instituições enfraquecidas, essas pessoas destruídas, condenam e assim vai avante uma ditadura. As ditaduras, todas, começaram assim, adulterando a comunicação, para colocar a comunicação nas mãos de uma pessoa sem escrúpulo, de um governo sem escrúpulo”.
Para Francisco, a história de Nabot é do modo de proceder de tantas pessoas de “tantos chefes de Estado ou de governo”. Começa com uma mentira e, “depois de destruir seja uma pessoa, seja uma situação com aquela calúnia”, se julga e se condena.
Golpes patrocinados por meios de comunicação
Não foi a primeira vez em que o Papa falou em situações políticas que se confundem com os acontecimentos dos últimos anos no Brasil. Em meados de maio, ele falou sobre golpes de estado patrocinados pelos meios de comunicação.
“A mídia começa a falar mal das pessoas, dos dirigentes, e com a calúnia e a difamação essas pessoas ficam manchadas”. Depois chega a justiça, “as condena e, no final, se faz um golpe de Estado”. Uma perseguição que se vê também quando as pessoas no circo gritavam para ver a luta entre os mártires ou os gladiadores.
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