1.28.2016

PRINCÍPIOS DE FUNCIONAMENTO DO CÉREBRO

 Existem 11 princípios que regem o funcionamento cerebral. Conhecer esses princípios é muito importante para sabermos lidar com ele em muito momentos, por exemplo, quando queremos aprender uma coisa nova, mudar um comportamento, etc. Abaixo vamos falar de cada um deles a fim de conhecermos melhor essa máquina maravilhosa que é nosso cérebro. 
RADIÂNCIA O princípio da radiância decorre do fato de que, a partir de estímulo inicial, o nosso pensamento se "irradia" em várias direções, o que pode ser comprovado de diversas maneiras, através de exercícios simples. Este princípio pode ser observado na natureza, em múltiplas manifestações distintas. 

ASSOCIAÇÃO Ligado ao princípio da Radiância está o princípio da Associação, pelo qual pode-se enunciar/afirmar que as informações, ou o pensamento, ou, em última instância, os impulsos eletroquímicos, caminham no cérebro por uma intrincada rede de conexões sinápticas, o que deixa claro a natureza associativa do pensamento. Isto também pode ser observado através de exercícios bastante simples e também na natureza.

 MULTI-SENSORIAL Embora aparentemente óbvio este princípio nos faz lembrar de que, para qualquer cadeia associativa de pensamento, nós na verdade estamos trabalhando com "imagens" compostas de elementos dos cinco sentidos. Nós não pensamento apenas com um ou dois elementos, embora possamos ter modos preferenciais de processamento ligados aos dados de um ou outro sentido, como já exaustivamente explorado nos cursos de Aprendizagem Acelerada (os chamados modos visual, auditivo e cinestésico). 

EMOCIONAL Além disso, não podemos nos esquecer do componente emocional que também está associado ao elemento multisensorial. Na verdade, a citação simplista da palavra "emocional" simbolizando um princípio de funcionamento do cérebro está muito mais ligada à necessidade de nos lembrarmos de todo o conhecimento recentemente publicado sobre a chamada inteligência emocional. Notadamente, devemos atentar para o fato de que o elemento emocional possui, na maior parte dos casos, precedência em termos de prioridade em relação ao elemento racional, devido à configuração evolutiva do cérebro. 

FEEDBACK O princípio do feedback pode ser encontrado e evidenciado de diversas maneiras, como um dos principais regentes do funcionamento do cérebro. Estamos constantemente checando nosso pensamento contra algum padrão pré- estabelecido, de forma a balizarmos de que maneira estaremos conduzindo o próprio pensamento dali em diante. A forma mais fácil de entender este princípio é nos lembrarmos do que fazemos usualmente quando estamos de frente a um espelho, ou seja, nada mais do que buscar feedback relativo a nossa imagem, para podermos alterá-la se necessário. 

 SIGNIFICADO Este é um princípio bastante interessante, e também muito fácil de se comprovar. O princípio do "significado" demonstra que, se a um adulto for fornecido um estímulo qualquer que ele não consiga entender racionalmente, ele automaticamente buscará pontes entre este estímulo e algum significado que possa associar com o mesmo, de forma a poder "pendurá-lo" em alguma rede neuronal. Este princípio também pode ser entendido como se o cérebro fosse um mecanismo que sempre busca a verdade, ou a explicação para as coisas, de forma a poder posicioná-las dentro de sua rede de conexões neuronais e sinápticas. 

SINERGIA O princípio da sinergia é um dos mais importantes regentes do funcionamento do cérebro, ao qual devemos atentar se pretendemos lançar mão de nosso potencial cerebral. Devido ao mesmo, vale a fórmula enunciada abaixo: E+M=C(elevado ao infinito) Que quer dizer o seguinte: se nós associarmos sinergisticamente Energia com Memória, teremos Criatividade Infinita. Num sistema sinergístico, 1 mais 1 oferece como resultado 2 ou mais, ou seja, o todo é maior do que a soma das partes. Da recombinação de dois elementos quaisquer, nós podemos indefinidamente recriar no nosso cérebro, sem um limite real, pois a combinação entre elementos no cérebro é sinergística. Deste princípio decorre uma importante colocação quanto à chamada metáfora do poço de areia movediça. É sabido que algumas das características que diferenciam as pessoas em termos de poder cerebral são: Velocidade de Processamento; Memória de Trabalho; Ruído. Em termos gerais e bastante simplísticos, quanto mais rápido é o raciocínio da pessoa, tanto mais poder cerebral ela demonstra, de forma análoga a um processador de um computador. Sendo assim, se uma pessoa de raciocínio extremamente rápido assumir uma fórmula errada, acreditar na mesma, e praticá-la, ela vai mais rapidamente do que os outros entrar num loop sinérgico auto-destrutivo, ou uma espiral descendente. Via de regra, nosso cérebro está programado para obter "Sucesso", mas a visão de sucesso pode estar vinculada a uma fórmula errada.

MIMICA Este princípio é mais facilmente observado nas crianças. Nós aprendemos na maior parte dos casos através do princípio de Mímica, ou seja, imitando modelos. TEFCAS Este é o princípio que influencia diretamente nossas concepções sobre aprendizagem. O acrônimo TEFCAS identifica as palavras:
 T - Tentativa E - Evento F - Feedback C - Checar A - Ajustar S -Sucesso Estas palavras, por sua vez, simbolizam o ciclo natural pelo qual todos passamos para aprender alguma coisa. Este ciclo se inicia com a definição da chamada imagem de sucesso que queremos alcançar, ou, em outras palavras, a vontade de aprender algo ou alcançar algum objetivo que dependa de um esforço de aprendizado. Feito isto, passamos então à fase seguinte que é a da Tentativa. Para alcançar o suposto Sucesso, devemos tentar. A Tentativa produz um Evento, que muitas vezes é confundido com fracasso. Neste ponto é que há maior diferenciação entre o ciclo TEFCAS e a curva de aprendizagem usual, pois nem sempre, após uma tentativa, nós seremos melhores em algo do que na tentativa anterior, por exemplo. O Evento, por sua vez, nos fornece dados, como Feedback, para que possamos Checar os dados frente ao pré- estabelecido Sucesso, e, caso encontremos discrepância, possamos Ajustar e novamente Tentar, num loop. 

META-HÁBITO Devido ao princípio da probabilidade, ou repetição, podemos entender o porquê de nossas reações habituais em muitos casos serem mais fortes do que nossa vontade. Como o cérebro conduz impulsos eletro-químicos, os mesmos hão de "procurar" os caminhos de menor resistência, e estes caminhos são aqueles que foram repetidos diversas vezes, ou os chamados caminhos habituais. Desta feita, podemos definir o conceito de meta-hábito, relativo aos esforços de mudança que muitas pessoas empreendem, como um dos principais empecilhos à própria mudança. Suponha que alguém deseja parar de comer doces, ou qualquer outro tipo de alimento que não deva, devido a algum problema de saúde, continuar ingerindo. Eventualmente, esta pessoa, devido ao hábito e outros fatores, não vai, de uma hora para outra, largar este hábito (situação mais provável). Na verdade, esta pessoa vai, por mais algumas vezes, comer doces, ainda. Ao fazê-lo, acionará toda uma rede neuronal associada à satisfação sensória e emocional. Porém, passado o efeito da satisfação sensória e emocional, esta pessoa racionalmente se culpa por ter comido o doce e então ativa uma rede maior ainda de pensamentos ligados à culpa. Ora, a cada vez que a pessoa ativar esta rede de culpa, o chamado meta-hábito, ela aumenta a probabilidade de ativar a mesma rede da próxima vez, o que torna cada vez mais difícil a mudança. A sugestão, neste caso, é a mudança de atitude face ao evento consumado, no sentido de não criar o meta-hábito. Isto está associado ao princípio da genialidade denominado TEFCAS. 

PROBABILIDADE Este é um princípio bastante simples, porém de implicações tremendas. Pelo princípio da probabilidade, ou repetição, sabemos que toda vez que temos um pensamento, aumenta a chance de ter o mesmo pensamento de novo. Por que isso? Por que o fato de ter um pensamento é responsável pelo criação e conseqüente passagem por um específico caminho neuronal. Como esta passagem se dá através de impulsos eletroquímicos, a cada vez que ela ocorre ele "fortalece" o caminho (a resistência bioquímica/eletromagnética do caminho é reduzida), tornando mais fácil a passagem pelo mesmo da próxima vez. Isto justifica sobremaneira o quanto somos presos aos nossos hábitos.

Por: Victor Mirshawka Júnior Programação / Desenvolvimento: Mauricio Andrade de Paula e Daniel Andrade de Paula 

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