Rio
- Temperaturas caindo, janelas se fechando, casacos e cobertores saindo
dos armários. A combinação destes fatores faz do inverno, que começa na
próxima quarta-feira, a estação perfeita para as doenças respiratórias. A mudança de tempo já acende o alerta para a estudante de Publicidade
Michele Freitas, de 23 anos, que costuma ter crises de sinusite nesta
época. “Eu fico muito indisposta. Durmo mal, quase não consigo fazer nada direito”, lamenta.
Da estagiária Alessandra Monnerat, sob supervisão de Rosayne Macedo
Hugo
Leite, professor de Otorrinolaringologia da Unirio, explica que o frio
faz com que o ‘filtro’ das impurezas no nariz fique mais lento. Com os
ambientes fechados, é mais fácil pegar agentes infecciosos, causando
doenças como gripe, sinusite e até pneumonia. “Tudo que é filtrado fica
na mucosa. Lavar o nariz com soro fisiológico com frequência ajuda a
evitar uma reação inflamatória”, indica o médico.
As alergias respiratórias, como bronquite, rinite,
sinusite, otite, faringite e asma, costumam aumentar cerca de 40% no
inverno. Os ácaros, que causam reações alérgicas, adoram se esconder nos
casacos com cheiro de guardado, por isso é importante lavá-los bem
antes de usá-los. Manter a casa limpa, utilizando aspirador de pó e
panos umedecidos sem produtos de odor forte também evitam reações
alérgicas. Ácaros também gostam de temperatura baixa e umidade. “Quando o
tempo está muito úmido, minha rinite ataca muito”, conta a estudante de
Cinema Anna Iunes, 23. “Tento não tomar tanto remédio. Uso muito óleo
essencial de hortelã para me ajudar a respirar”.
A
alergista Fátima Emerson, da Associação Brasileira de Alergia e
Imunologia, alerta que, como a rinite tem sintomas parecidos com os de
um resfriado, muitas pessoas se automedicam com antigripais. No entanto,
atacar apenas os sintomas é paliativo, já que a rinite é uma inflamação
permanente. Só um médico pode recomendar um tratamento eficaz. A médica
indica sprays nasais com cortisona, que são preventivos e não
prejudicam o corpo como os descongestionantes nasais. “A rinite não
mata, mas maltrata. Ela pode evoluir e trazer outras infecções, como
sinusite e otite, e até causar pneumonia. Também pode causar problemas
no sono, nos dentes (pela respiração pela boca) e até complicações na
fala”, destaca a especialista.
Da estagiária Alessandra Monnerat, sob supervisão de Rosayne Macedo
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