Não ter amigos pode ser tão perigoso para a saúde como fumar ou consumir álcool em excesso, diz um estudo de cientistas americanos publicado hoje no site da revista PLoS Medicine.
Os especialistas asseguram que o isolamento é ruim para a saúde e, no entanto, esta é uma tendência cada vez maior em um mundo industrializado no qual "a quantidade e a qualidade das relações sociais estão diminuindo enormemente".
Estudos prévios demonstraram que as pessoas com menos relações sociais morrem antes daqueles que se relacionam mais com amigos, conhecidos e parentes.
Por isso, preocupados com o aumento de pessoas que se relacionam menos com as outras, os cientistas analisaram como um isolamento excessivo pode afetar a saúde.
Para isso, os pesquisadores recorreram a 148 estudos prévios com dados sobre a mortalidade de indivíduos em função de suas relações sociais.
Após analisar os dados de 308.849 indivíduos acompanhados durante uma média de 7,5 anos, os cientistas descobriram que as pessoas com mais relações sociais têm 50% mais chances de sobrevivência do que quem se relaciona menos com outras pessoas.
Segundo os especialistas da Universidade Brigham Young, do estado do Utah, e do Departamento de Epidemiologia da Universidade da Carolina do Norte que participaram do estudo, a importância de ter uma boa rede de amigos e boas relações familiares "é comparável a deixar de fumar e supera muitos fatores de risco como a obesidade e a inatividade física".
Estes resultados também revelam que, analisando a idade, o sexo ou a condição de saúde do indivíduo, a integração social pode ser outro fator levado em conta na hora de avaliar o risco de morte do indivíduo.
"A medicina contemporânea poderia se beneficiar do reconhecimento de que as relações sociais influem nos resultados de saúde dos adultos", apontam os responsáveis pelo estudo, para quem médicos e educadores poderiam advertir sobre a importância da relações sociais da mesma forma que defendem o antitabagismo, uma dieta saudável e a realização de exercícios.
Com informações da EFE
O Dia
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