Oliver de Zanate Martin, de 35 anos, levava vida de rei no Rio. Segundo a polícia, ele não traficava no Brasil
Rio - A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã
desta quinta-feira a Operação Monte Perdido, que prendeu um traficante
espanhol, identificado como Oliver de Zanate Martin, de 35 anos, que
atuava na América do Sul, Oceania e Europa. Ele foi detido em casa, num
condomínio de luxo na Barra da Tijuca, na Zona Oeste.
Nervoso, o caseiro de 19 anos, não acreditava que o patrão com quem trabalhava há dois anos seria traficante intenacional de drogas. Recentemente ele tinha fornecido seu CPF para que o espanhol instalesse internet na mansão, sob a alegação de que estava com problemas em uma de suas boates.
"Sinceramente não sei o que falar, nem pensar. Fui surpreendido. Ele me tratava como um filho", lamentou, preocupado com o valor a ser pago pelo cancelamento do plano de internet. O jovem disse que tinha pedido demissão ao chefe recentemente e aguardava apenas o fim do mês e o acerto do pagamento. Ele revelou que Oliver era proprietário de boates no Rio.
Oliver e o material apreendido foram levados para a Superintendência da PF, na Zona Portuária do Rio. Além da Receita Federal, as investigações contaram com colaboração das polícias de Portugal e da Austrália, além do DEA – Drug Enforcemente Administration, o Departamento Anti-Drogas da polícia americana. No Brasil, ele é acusado de lavagem de dinheiro e pode ser ficar preso de 3 a 10 anos, com possibilidade de agravantes.
Segundo a PF foram apreendidos R$ 20
milhões em bens imóveis, entre eles dois carros, sendo uma Ferrari. Ele
seria dono de boates e uma academia no Rio. Segundo a polícia, Oliver é
casado com uma brasileira e não traficava drogas no país.
"Começamos a investigação a partir da
evolução patrimonial dele, que não se explica senão pelo tráfico de
drogas", disse delegado Paulo Teles, da PF. O espanhol foi preso em
casa, um triplex na Barra. No local, os agentes apreenderam R$ 175 mil,
U$ 150 mil dólares e €$ 110 mil euros, além de uma Ferrari avaliada em
R$ 1 milhão.
Segundo a polícia, as investigações
começaram após a interceptação de um veleiro carregado com 300 quilos de
cocaína na Austrália, em 2011. A quadrilha usava a embarcação para
transportar a droga.
Em um condomínio de luxo na Estrada do
Joá, na Zona Sul, os agentes da Delegacia de Repreção à Entorpecentes
(DRE) da PF cumpriram um mandado de busca e apreensão num imóvel
adquirido há pouco mais de um mês pelo traficante. O casarão de três
andares estava em obras e tem vista panorâmica para a Barra da Tijuca,
na Zona Oeste. Além de quatro quartos - que estavam sendo transformados
em suítes - a mansão tinha lavatório, saunas seca e a vapor, piscina,
deck, bar e churrasqueira, e até elevador.
Os policiais apreenderam na mansão uma
escritura, celular, computador e um recibo em nome de Oliver de cerca
de R$ 4 milhões. A polícia suspeita que o valor seria referente ao valor
da compra da casa. Os dois andares inferiores estavam em obra. No salão
todo em madeira nobre no primeiro andar, apenas um sofá, uma cama e uma
espreguiçadeira, além de um escritório.
Dos cerca de 25 funcionários da obra,
15 que estavam no local no momento da chegada dos agentes da PF e de
dois funcionários da Receita Federal, por volta das 7h30, foram
surpreendidos com a informação da prisão de Oliver e a acusação de
tráfico internacional de drogas. Segundo um deles, que preferiu não se
identificar, a reforma estava avaliada em até R$ 200 mil.
Ainda de acordo com funcionários, o espanhol ia
constantemente ao local para acompanhar a evolução das obras. A
preocupação de pedreiros, marceneiros, eletricistas e serralheiros era
com o recebimento do pagamento do mês. Eles recebiam semanalmente de R$
300 a R$ 500, de acordo com a função. Alguns definiram o traficante como
uma pessoa severa e exigente.Nervoso, o caseiro de 19 anos, não acreditava que o patrão com quem trabalhava há dois anos seria traficante intenacional de drogas. Recentemente ele tinha fornecido seu CPF para que o espanhol instalesse internet na mansão, sob a alegação de que estava com problemas em uma de suas boates.
"Sinceramente não sei o que falar, nem pensar. Fui surpreendido. Ele me tratava como um filho", lamentou, preocupado com o valor a ser pago pelo cancelamento do plano de internet. O jovem disse que tinha pedido demissão ao chefe recentemente e aguardava apenas o fim do mês e o acerto do pagamento. Ele revelou que Oliver era proprietário de boates no Rio.
Oliver e o material apreendido foram levados para a Superintendência da PF, na Zona Portuária do Rio. Além da Receita Federal, as investigações contaram com colaboração das polícias de Portugal e da Austrália, além do DEA – Drug Enforcemente Administration, o Departamento Anti-Drogas da polícia americana. No Brasil, ele é acusado de lavagem de dinheiro e pode ser ficar preso de 3 a 10 anos, com possibilidade de agravantes.
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