Novo medicamento proporciona perda de até 10% do peso corporal
O Dia
Rio - O Brasil deverá ter, em breve, uma nova
injeção capaz de levar à perda de mais de 10% do peso do paciente. O
medicamento, conhecido por Faxenda, aumenta a sensação de saciedade e
reduz o apetite. Mas especialistas alertam que o uso requer
acompanhamento médico. De acordo com Cintia Cercato, presidente do
Departamento de Obesidade da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e
Metabologia, a injeção — que deve ser diária e sempre no mesmo horário —
é feita à base de um hormônio que retarda o esvaziamento do estômago. A
substância atua ainda no sistema nervoso central, regulando o apetite.
Testes em humanos mostraram ainda melhora na pressão arterial, aumento
do bom colesterol e prevenção de diabetes.
Aplicação deverá ser diária e sempre no mesmo horário. Cada dose deverá custar em torno de R$ 9
Foto: Istock
Cintia, que participou de testes no
Brasil para ajudar a desenvolver o fármaco, disse que em estudo com 3,7
mil pessoas, 33% perderam mais de 10% do peso corporal e 64%, mais de
5%. Ela alerta que o medicamento é recomendado para pessoas com Índice de
Massa Corporal acima de 30 ou para pessoas com IMC acima de 25 e que
tenham doenças como hipertensão e diabetes.
“Perder de 5% a 10% do peso corporal já é
suficiente para melhorar doenças associadas à obesidade, como
hipertensão”, explica. “O medicamento não é voltado para quem quer perder
apenas dois ou três quilos”.
Segundo a endocrinologista, a ideia é que a injeção seja utilizada
continuamente, e estudos demonstraram segurança em um uso de três anos. Liberação sob análise Originalmente, o medicamento é voltado para o
controle do diabetes, mas cientistas descobriram que, em doses maiores,
ajuda a emagrecer. No Brasil, o processo de registro do medicamento está
em avaliação junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária. O
Faxenda custaria, aproximadamente, R$ 9. “O medicamento é muito bem vindo porque aqui no
Brasil temos poucas opções de medicamentos para tratar a obesidade”,
pondera Cintia. Entre os efeitos colaterais, os mais comuns são náusea,
piora no refluxo gastroesofágico e prisão de ventre.
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