Presidenta Dilma defende correções na economia e garante direitos trabalhistas
Para desespero dos coxinhas o Brasil realizará o equilíbrio fiscal com manutenção dos programas sociais
Em reunião com 39 ministros, presidenta fez primeiro discurso desde a posse
O Dia
Brasília - A presidenta Dilma Rousseff realizou
seu primeiro discurso ministerial após ser empossada na tarde desta
terça-feira, na Granja do Torto, uma das residências oficiais da
presidência da república, localizada em Brasília. Na reunião, todos os
39 ministros compareceram, mas não falaram com a imprensa antes do
pronunciamento da presidenta.
Dilma reafirmou compromissos de campanha como combate a corrupção e garantia dos programas sociais
Foto: Roberto Stuckert/Presidência da República
Dilma começou seu discurso por volta
das 16h30 com uma mensagem para os ministros ali presentes. "A minha
primeira recomendação para vocês [ministros] é trabalhar muito para que
nós possamos dar sequência ao projeto político que implantamos desde
2003, e que sabemos que o Brasil mudou para muito melhor", disse a
presidenta, que começou o discurso falando sobre os ajustes econômicos
no Brasil.
"Os ajustes que estamos fazendo são necessários
para manter o rumo preservando as prioridades sociais que iniciamos há
12 anos. As medidas que iniciamos e consolidaremos vão continuar o
projeto vitorioso nas urnas", disse a presidenta em tom otimista. Dilma
também disse que é preciso manter o desenvolvimento econômico do país,
apesar do cenário internacional desfavorável.
"Precisamos de reequilíbrio fiscal para
recuperar o crescimento da economia [...] garantido a continuidade da
criação de emprego e desenvolvimento da renda.", declarou Dilma, que
também defendeu para que haja "continuidade" em seu governo com
mudanças. Falando sobre o equilíbrio fiscal, a presidenta contou que
este deve ser feito de forma gradual para que haja manutenção dos
programas sociais.
Discurso ocorreu durante a primeira reunião ministerial, na Granja do Torto
Foto: Roberto Stuckert/Presidência da República
"São passos na direção de um
equilíbrio fiscal que irão permitir preservar os programa sociais, por
exemplo Minha Casa, Minha Vida, Bolsa Família, Mais Médicos [...] e o
ProUni", disse Dilma. Sobre os direitos dos trabalhadores, a presidente
foi enfática: ""os direitos trabalhistas são intocáveis, e não seremos
nós, um governo dos trabalhadores, que irão revogá-los", declarou.
Dilma reafirmou o "compromisso de lisura com o
dinheiro público" com a confirmação da autonomia dos órgãos públicos de
investigação, como a Polícia Federal, e comentou sobre as investigações
na Petrobras. "Temos que, principalmente, criar mecanismos que evitem
que episódios como este voltem a ocorrer. Temos que saber apurar e
punir, sem diminuir a Petrobras", disse a presidenta.
Ainda falando sobre corrupção, Dilma declarou
que o combate aos corruptores e corruptos irá continuar no seu segundo
mandato. Também comentou que a punição não pode prejudicar as empresas.
"Temos que saber punir o crime sem prejudicar a economia e o emprego no
país. Temos que fechar a porta para a corrupção [...] isso não pode
significar prejudicar as empresas", disse Dilma, que encerrou o discurso
esperando "muita cooperação" dos ministros.
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