10.05.2015

Papa defende a família tradicional

Durante Sínodo, o pontífice pregou o amor entre homem e mulher, condenou a solidão, o divórcio, o aborto e o consumo

O DIA
Vaticano - O papa Francisco condenou o divórcio, pregou que o casamento tem que ser indissolúvel e reiterou que a família é formada por um homem e uma mulher, neste domingo, durante o Sínodo Ordinário para a Família, em uma missa na Basílica de São Pedro.“Este é o sonho de Deus para sua amada criação: vê-la cumprida na união de amor entre um homem e uma mulher, regozijando-se em sua jornada compartilhada, fecunda em sua doação recíproca”, disse o Papa. O pontífice completou: “Parece que as sociedades mais avançadas são precisamente as que têm a porcentagem mais baixa de taxa de natalidade e a maior média de abortos, de divórcios, de suicídios e de poluição ambiental e social.”
O Sínodo acontece depois de acontecimentos polêmicos. No sábado, o Vaticano suspendeu das funções o padre polonês Krysztof Olaf Charamsa, de 43 anos, que anunciou sua homossexualidade para a imprensa. No último dia 30, o Vaticano também confirmou o encontro secreto de Francisco com uma tabeliã do estado norte-americano do Kentucky, que foi presa por se recusar a emitir licenças matrimoniais para casais gays.
Papa Francisco abriu o Sínodo Ordinário para a Família com missa na Basílica de São Pedro, no Vaticano
Foto: Efe
Em sua homilia, o papa chamou a “buscar, acolher e acompanhar” o ser humano atual “em um contexto social e matrimonial bastante difícil.” O pontífice analisou o contexto social em que a família está inscrita atualmente e, em seu discurso, se centrou em três aspectos: a solidão, o amor entre o homem e a mulher e a família. Francisco falou da solidão como “o drama que ainda aflige muitos homens e mulheres”, os idosos, as pessoas abandonadas por seus parceiros, os imigrantes que fogem da guerra e os jovens “vítimas da cultura do consumo.”
O papa descreveu uma sociedade globalizada que, paradoxalmente, adoece da ausência “do calor do lar e da família, em que cada vez mais pessoas se sentem sozinhas e se encerram no egoísmo, na melancolia, na violência destrutiva.” Quanto ao amor entre homem e mulher, ele afirmou que “nada faz mais feliz um homem do que um coração que se assemelhe a ele, que o corresponda, o ame e que acabe com a solidão.”
A XIV Assembleia Geral Ordinária do Sínodo de Bispos terminará em 25 de outubro e, nestas três semanas, os 270 padres sinodais, entre cardeais, bispos, párocos e religiosos, abordarão questões que rodeiam ao âmbito familiar. Entre os temas estão: ‘Escutar os desafios da família’, ‘O discernimento das vocação familiar’ e ‘A missão da família de hoje em dia’. 


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