Fora isso, agora há uma nova recomendação do Ministério da Saúde para que o encontro de mãe e filho após o parto aconteça o quanto antes. O primeiro contato com a mãe, a primeira vez que o bebê mama e tem essa relação de afeto com ela, é melhor para os dois porque estimula a ocitocina, hormônio que ajuda o leite a descer, como mostrou a reportagem da Ana Brito.
Outra medida importante é cortar o cordão umbilical apenas depois que param as pulsações, cerca de 1 a 3 minutos depois, para que o bebê receba mais sangue da placenta e tenha menos risco de anemia por deficiência de ferro, por exemplo. Segundo a pediatra, essa técnica não aumenta o risco de hemorragia pós-parto ou perda de sangue nas mães.
O ginecologista José Bento explica que depois que o bebê nasce, é dada uma nota para ele após avaliação da frequência cardíaca, respiração, tônus muscular e resposta a estímulos, por exemplo. A pediatra Marisa da Matta Aprile explica ainda que pode ser necessário que o bebê precise de alguns cuidados especiais, como o uso de vitamina K, para evitar riscos como uma hemorragia. A presença de uma doula (assistente de parto) também pode ajudar na hora do parto, para que a gestante tenha suporte emocional, como mostrou a reportagem.
Contra a anemia
Para evitar anemia por deficiência de ferro, problema que pode acontecer com a mulher que menstrua todo mês ou também para quem teve bebê. Segundo o ginecologista José Bento, cerca de 30% das mulheres têm anemia porque perdem sangue durante a menstruação. Para evitar isso, uma das dicas é ingerir alimentos ricos em ferro, como carnes e feijão, de preferência combinados com fontes de vitamina C, que ajudam a aumentar a absorção
Primeiros cuidados logo após nascimento
Logo
após o nascimento de seu bebê, ele vai ser submetido a várias
avaliações médicas e cuidados. Esses cuidados são necessários para
garantir a melhor sobrevivência dele!
Muitas vezes os procedimentos são feitos no próprio bloco operatório ou no berçário.
Apgar
– imediatamente após o parto, o bebê recebe uma “nota”, dada pelo
pediatra, que avalia as condições em que ele nasceu. A nota de Apgar é
dada no primeiro e no quinto minutos de vida.
Vai
de 0 a 10 e leva em conta a cor de seu bebê, a respiração, o tônus
(postura e movimentos), os reflexos a estímulos e a frequência cardíaca
do recém nascido, para cada um destes parâmetros é atribuído um valor de
0 a 2 (0 – ausência do sinal; 2 – presença normal de cada sinal).
Vitamina
K – ainda na sala de parto, ou já no berçário, seu bebê vai receber uma
dose dessa vitamina, sob a forma injectável, na coxa. Esse procedimento
acontece para evitar o risco de doença hemorrágica do recém nascido,
caracterizada por sangramentos anormais.
Conjutivite
neonatal – é comum os bebês pegarem uma forma de conjutivite, provocada
pela contaminação dos olhinhos por germes presentes no canal de parto.
Para
prevenir é administrado um colírio logo a seguir ao nascimento, ainda
na sala de parto. Este colírio pode ter a cor amarelada, por isso não
estranhe se o seu bebê estiver com a pele ao redor dos olhos um pouco
manchada.
Publicado em 1 de outubro de 2012 / Atualizado em 7 de outubro de 2013
Almeida,
M. F. B. de, & Guinsburg, R. (2011). PROGRAMA DE REANIMAÇÃO
NEONATAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA: CONDUTAS 2011. Sociedade
Brasileira de Pediatria.
Ministério da Saúde. (2011). Atenção à Saúde do Recém-Nascido-Volume 1.
Passos, A. F., & Agostini, F. S. (2011). Conjuntivite neonatal com ênfase na sua prevenção. Rev Bras Oftalmol., 70(1), 57-67.
Ministério da Saúde. (2011). Atenção à Saúde do Recém-Nascido-Volume 1.
Passos, A. F., & Agostini, F. S. (2011). Conjuntivite neonatal com ênfase na sua prevenção. Rev Bras Oftalmol., 70(1), 57-67.
A mulher no pós-parto
Depois do parto, a atenção está toda no bebê.
Afinal, ele precisa de cuidados e carinho para crescer de forma
saudável. E isso exige a presença ativa da mãe nas vinte e quatro horas
do dia.
Mas
não dá para esquecer que a mulher também vive um momento transformador –
o de se tornar mãe – e passou uma grande experiência – o parto -, e
precisa de cuidados também. Por isso, as consultas com o médico são tão
importantes depois do parto. A obstetra Lucila Pires Evangelista explica
as principais mudanças que a mulher passa durante essa fase: - Diminuição do tamanho do útero: no primeiro dia
após o nascimento do bebê, o fundo do útero está na altura do umbigo,
quando apalpado. Após uma semana, ele pode ser sentido logo acima da
sínfise púbica (osso da região anterior da bacia), e na segunda semana,
não é mais sentido no abdome.
Ele demora de seis a oito semanas para retornar ao seu tamanho de antes da gravidez. Durante esse período, seu peso diminui de 1.000g para 60g. Nos três primeiros dias depois do nascimento, as contrações uterinas provocam cólicas abdominais, principalmente ao amamentar. Isso é resultado da liberação de um hormônio chamado oxitocina, que entre outras funções, estimula a contração do útero para diminuir o sangramento do puerpério. - Sangramento vaginal após o parto (loquiação): é o resultado da cicatrização e regeneração do local em que estava inserida a placenta dentro do útero. Num primeiro momento, ocorre a saída de sangue avermelhado, que dura aproximadamente uma semana. O volume de sangramento tende a diminuir diariamente. É comum ter eventos de saída abrupta, mas com intervalos cada vez maiores. Conforme ocorre a diminuição do sangramento, ele se torna mais escurecido, com cor amarronzada, seguida por uma cor amarelada e finalmente mais esbranquiçada. Costuma cessar seis semanas após o parto.
- Mamas: nos primeiros dois a três dias após o parto as mamas produzem o colostro, um precursor do leite materno, rico em minerais, proteínas, vitamina A e imunoglobulinas. No terceiro ou quarto dia ocorre a apojadura, que é a formação do leite materno para a amamentação. A mulher sentirá suas mamas crescerem, ficarem quentes e pesadas. Pode ser acompanhada de fraqueza, cansaço, mal estar e, eventualmente, febre baixa.
- Intestino: Após o parto o intestino da mulher fica
mais lento e o aumento do volume da barriga é decorrente do acúmulo de
gases. Esse acúmulo é intensificado caso a via de parto tenha sido
cesárea, pois além das alterações hormonais, há o trauma da cirurgia
propiciando uma lentidão acentuada do trânsito intestinal. Isso costuma
melhorar bastante após uma semana e o intestino volta ao normal em seis a
oito semanas.
O hábito intestinal deve ser semelhante ao hábito que a mulher tinha durante a gestação, que costuma ser um intestino mais obstipado. Para melhorar, uma boa dica é a caminhar e se movimentar para estimular o intestino a funcionar. Massagens na barriga, ter uma dieta rica em fibras e tomar muita água também ajuda. - Inchaço: Quando o útero contrai e diminui de tamanho, todo o sangue que estava dentro dele volta para corrente sanguínea. Desta forma, pode haver inchaço das extremidades (pés e mãos) principalmente na primeira semana depois do parto, voltando ao normal em seis a oito semanas.
- Sono: A privação de sono é uma realidade para quem
tem um recém-nascido em casa. A criança ainda depende da mãe para tudo. É
preciso estabelecer prioridades. Os cuidados com o bebê estão em
primeiro lugar. Outras questões de seu cotidiano, como os filhos mais
velhos, cuidar da casa, etc, ficam em segundo plano e devem ser
compartilhados com o pai ou outra pessoa da família. O cansaço crônico
pode interferir na produção de leite e aumenta a chance de depressão
pós-parto. Por isso, toda ajuda é bem vinda para melhorar o bem-estar da
mãe e do bebê.
Fazer exercícios ajuda o organismo voltar ao normal e dá ânimo para a mãe. No primeiro mês após o parto o ideal é fazer exercícios leves como alongamentos, ioga e caminhadas.
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