Aliança contra o governador deve ter também participação de petistas
Rio - A disputa pelo Palácio Guanabara pode ter
um segundo turno diferente do previsto com reviravoltas de última hora.
Empatados tecnicamente na briga pela segunda vaga da rodada final,
Anthony Garotinho (PR) e Marcelo Crivella (PRB) já se articulam para
tentar impedir a reeleição de Luiz Fernando Pezão (PMDB).
A ideia é que quem seguir deve ter o apoio do que ficar pelo caminho. Crivella aposta no apoio do PT, de Lindberg Farias, já acertado. Se Garotinho for o vencedor da vaga, o PT não decidiu, mas não descarta a possibilidade de aliança contra o PMDB.
Para tentar ultrapassar Garotinho, Crivella conta com o apoio daquele que já ajudou a derrotá-lo. Trata-se do marqueteiro Lula Vieira que, em 2008, comandou a virada de Fernando Gabeira (ex-PV) sobre Crivella na reta final das eleições municipais, levando o verde ao segundo turno. De acordo com Lula, o crescimento recente do senador do PRB nesta fase da campanha se deve a um planejamento, que começou a ser posto em prática desde o ano passado. Os ataques a Pezão se iniciaram apenas nos últimos debates da campanha.
Lindberg ainda crê em uma virada
Enquanto observa seu partido se articular para o segundo turno, Lindberg Farias mostra que ainda crê numa arrancada e que não desistiu de enfrentar Pezão. Feliz e confiante após subir dois pontos percentuais na última rodada de pesquisas do Datafolha, o petista teve intenso dia de campanha ontem e fez carreatas em 13 bairros durante todo o dia, em São Gonçalo e nas zonas Norte e Oeste do Rio de Janeiro.
Luiz Fernando Pezão aproveitou o penúltimo dia de campanha para conversar com os moradores de Paty do Alferes. Sua última atividade antes de domingo será uma caminhada em Barra Mansa. Anthony Garotinho escolheu a Zona Oeste e a Baixada para tentar arregimentar os últimos eleitores. Pela manhã, ele estará em Bangu e Campo Grande, antes de encerrar o dia em Duque de Caxias
Colaborou Leandro Resende
A ideia é que quem seguir deve ter o apoio do que ficar pelo caminho. Crivella aposta no apoio do PT, de Lindberg Farias, já acertado. Se Garotinho for o vencedor da vaga, o PT não decidiu, mas não descarta a possibilidade de aliança contra o PMDB.
A última pesquisa Datafolha mostrou
queda de três pontos de Garotinho, que apresenta o maior índice de
rejeição entre os candidatos. Enquanto isso, Crivella mostrou
estabilidade, ao mesmo tempo que elevou o tom das críticas a Pezão, e se
consolidou como o menos rejeitado: apenas 15% dos eleitores não
votariam no senador do PRB. Diante do cenário aparentemente desfavorável
a Garotinho e da necessidade de Crivella buscar apoio para o segundo
turno, costura-se um acordo.
Oficialmente, as campanhas negam o acerto, mas o
ex-governador admite que existem pontos em comum. “Temos mais
afinidades que divergências. E, neste momento, nós temos uma afinidade
principal que é derrotar esse governo que está aí”, afirmou Garotinho ao
DIA
. “Ele (Crivella) não temcomo, agora, depois de tudo que disse, apoiar o
PMDB. A situação para ele é definitiva”, completou.
Com dificuldades de arrecadação e
dívidas na casa dos milhões, Garotinho reconhece que chegou ao seu
limite físico, e o cenário é difícil na reta final.“Eu não sei como eu
vou começar a campanha se eu for para o segundo turno”, resumiu.
Do lado de Crivella, reina o otimismo
com a possibilidade de ir ao segundo turno. Coordenador da candidatura,
Isaías Zavarise acredita em um “tsunami que irá limpar o Rio” até as
eleições, amanhã. O próprio PT parece estar mais confiante na
possibilidade de Crivella ir ao segundo turno e já ensaia “voto útil” no
candidato do PRB. O deputado federal e candidato à reeleição Chico
D’Angelo, por exemplo, produziu material com sua foto e a de Crivella no
lugar da de Lindberg. “Se o Crivella for para o segundo turno, o PT
anuncia apoio no mesmo dia”, afirmou o prefeito de Maricá,Washington
Quaquá, presidente da legenda no estado.
Crivella aposta em marqueteiro de Fernando Gabeira
Para tentar ultrapassar Garotinho, Crivella conta com o apoio daquele que já ajudou a derrotá-lo. Trata-se do marqueteiro Lula Vieira que, em 2008, comandou a virada de Fernando Gabeira (ex-PV) sobre Crivella na reta final das eleições municipais, levando o verde ao segundo turno. De acordo com Lula, o crescimento recente do senador do PRB nesta fase da campanha se deve a um planejamento, que começou a ser posto em prática desde o ano passado. Os ataques a Pezão se iniciaram apenas nos últimos debates da campanha.
“O primeiro passo era diminuir o
índice de rejeição, precisava ganhar os eleitores. Ele tinha problemas
por ser ligado à Igreja Universal, por exemplo. Depois que solidificamos
sua imagem como ex-ministro e ex-senador, era hora do ataque”, explica
Lula Vieira. “Pezão é como se fosse um boneco, basta apertar um botão
ele fala sempre a mesma coisa. Crivella é a única opção para superar
isso.
”Ele observa diferenças entre o atual momento e
o de 2008. “A onda do Gabeira era uma coisa mais poética, agora é
racional.” A possibilidade de apoio do PT anima o marqueteiro, que já
pensa em como transferir os votos de Lindberg para Crivella. De acordo
com Lula, seu candidato tem poucos adeptos entre os artistas, ponto em
que o PT poderia agregar à campanha. “Já imagino um ato com
intelectuais, por exemplo.”Lindberg ainda crê em uma virada
Enquanto observa seu partido se articular para o segundo turno, Lindberg Farias mostra que ainda crê numa arrancada e que não desistiu de enfrentar Pezão. Feliz e confiante após subir dois pontos percentuais na última rodada de pesquisas do Datafolha, o petista teve intenso dia de campanha ontem e fez carreatas em 13 bairros durante todo o dia, em São Gonçalo e nas zonas Norte e Oeste do Rio de Janeiro.
Ele previu que Garotinho não vai para
o segundo turno. “A diferença era de 20 pontos, agora é de apenas
oito”, disse, otimista. Hoje, último de campanha, o petista deve voltar à
carga e promete ir a oito cidades da Baixada Fluminense.
Marcelo Crivella visitou Campo Grande e Bangu
e, mesmo sem citar Pezão, voltou a elevar o tom de suas críticas.
“Domingo não podemos errar. Não é a política que faz o político ladrão, é
o nosso voto que faz o ladrão virar político”, afirmou ele, que encerra
a campanha hoje com carreata em São Gonçalo.
Luiz Fernando Pezão aproveitou o penúltimo dia de campanha para conversar com os moradores de Paty do Alferes. Sua última atividade antes de domingo será uma caminhada em Barra Mansa. Anthony Garotinho escolheu a Zona Oeste e a Baixada para tentar arregimentar os últimos eleitores. Pela manhã, ele estará em Bangu e Campo Grande, antes de encerrar o dia em Duque de Caxias
Colaborou Leandro Resende
Nenhum comentário:
Postar um comentário