Dewa Deepta Uozi (nome em sânscrito), coordenadora do Metamorphosys Centro especializado em Massagem Tântrica (www.centrometamorfose.com.br), das unidades de Natal e Fortaleza, aplica massagens em mulheres que tenham dificuldades relacionadas ao prazer, com base no método Deva Nishok, onde profissionais (homens e mulheres) aplicam massagens em ambos os sexos.
Publicidade
Conforme Deva Nishok explica no site da própria instituição, através da prática é possível aumentar a dimensão do clitóris. "O tamanho pode estar relacionado à ausência de estímulos ou estímulos inadequados e insuficientes para aumentar a tonificação muscular". Para a terapeuta, o aumento do nervo clitoriano é bastante importante na massagem tântrica, pois é um dos pontos mais sensibilizados para intensificar a energia e levar a mulher ao orgasmo.
Samvara Subaghi, cujo o nome em sânscrito significa a "união mística de todas as formas" e "abençoada pelo Divino", respectivamente, explica que o clitóris possui inervações específicas que o associa aos mamilos e também à glândula Pineal no cérebro. "A estimulação realizada neste nível, através destas inervações, faz com que o Sistema Endócrino produza um aumento significativo nos hormônios e químicas orgânicas associadas ao prazer como a ocitocina, a serotonina e a endorfina", ressalta.
As duas profissionais afirmam que a prática não traz os mesmos estímulos da masturbação. "Nesta terapia queremos proporcionar uma nova experiência para que ela possa avançar, ir além, limpar suas feridas, desfazer seus nós, sentir mais prazer, entrar no merecimento. É mais que uma massagem e múltiplos orgasmos", justifica Dewa.
Dewa afirma que muitas mulheres alcançam o orgasmo logo na primeira sessão, mas é algo que depende da sensorialidade de cada mulher. "O corpo vai fazendo novos registros, sinapses associadas ao prazer. A mulher vai confiando no potencial energético do corpo e se entregando ao processo". Quando há entrega total, ou seja, a mulher é capaz de sair da fantasia sexual, do controle mental, além de ficar livre de traumas e bloqueios, muitas vezes consegue atingir o hiperorgasmo. Para Dewa, neste momento, as mulheres perdem noção do está acontecendo na yoni e alcançam um estado de supraconsciência, "um sentimento de gratidão onde choro e riso se fundem", completa.
Claro do que muito é sentido na massagem é aproveitado depois na cama, com o parceiro, afinal, o sexo só tem sentido quando há troca de energia entre duas pessoas. Com o registro do prazer e desenvolvimento sensorial, elas se tornam mais receptivas e conseguem expressar ao parceiro o que realmente querem, para assim curtir a dois tudo que o sexo proporciona.
Por Juliana Lopes
Quem são os novos profissionais do prazer
Eles cobram caro para, usando apenas as mãos, levar gente desconhecida ao orgasmo
Há dez anos, o capixaba Alexsandro Barcellos Silva era um jovem
psicólogo com um sogro esquisitão. Deva Nishok, pai de sua então
namorada, adotara o tantra, uma filosofia oriental que usa experiências
sensoriais – como massagens – para atingir a libertação física e
espiritual. Por massagem, entenda-se a estimulação de todas as partes do
corpo, inclusive zonas erógenas e órgãos sexuais. Mesmo “assustado”,
Silva participou de algumas sessões promovidas pelo ex-sogro. “Meses
depois, percebi que a experiência tinha mexido comigo”, diz ele. Silva
deixou seu consultório particular de psicologia e resolveu estudar a
filosofia tântrica.
Hoje, aos 33 anos, Silva atende pelo nome de Pashupati. Num sobrado da Vila Mariana, em São Paulo, faz mulheres gemer, chorar e rir quando chegam ao orgasmo durante as sessões de massagem tântrica. Ele diz que sua família e seus colegas de Vitória, no Espírito Santo, onde nasceu, não aceitam muito bem a reviravolta em sua vida. Os vizinhos especulam se ele virou garoto de programa. Os pais, chocados, perguntaram se a tal massagem era “lá” onde estavam pensando. Ele confirmou. Sua mãe, Xanderly, uma dona de casa de 53 anos, demonstrou preocupação: “E se o marido dessas moças descobre?”.
Dona Xanderly não tem com o que se preocupar, diz Silva. Ele, assim como os outros 63 terapeutas do Metamorfose, o maior centro tântrico do país, é um novo tipo de profissional do prazer. Em salas com iluminação baixa, aroma de incensos e música relaxante, eles aplicam a massagem da maneira mais asséptica possível, em delicadas circunstâncias. Depois de uma breve conversa com o cliente, para entender as motivações que o levaram até lá, convidam-no a se deitar nu num futon, vestem luvas descartáveis besuntadas em óleo corporal e começam o trabalho. Não é permitido que o massagista fique nu ou seja tocado durante a sessão. Silva, como os outros terapeutas, diz seguir o protocolo rigorosamente. Por quase uma hora, ele executa movimentos suaves com as pontas dos dedos pelo corpo do cliente, “acordando” os músculos e o sistema nervoso. Na meia hora seguinte, dedica-se aos genitais. A sessão pode ou não terminar em orgasmo, mas é certo que não haverá sexo entre o massagista e seu cliente. “Encaro meu trabalho como se fosse um ginecologista”. Mesmo assim, ele não é muito discreto ao revelar os elogios que escuta das clientes. “Algumas me consideram uma espécie de deus.” Silva chama algumas das sessões de massagem de “exorcismo”, por causa dos gritos e das crises de riso ou de choro: “Só aperto os botões certos para despertar algo que já está na pessoa”.
Hoje, aos 33 anos, Silva atende pelo nome de Pashupati. Num sobrado da Vila Mariana, em São Paulo, faz mulheres gemer, chorar e rir quando chegam ao orgasmo durante as sessões de massagem tântrica. Ele diz que sua família e seus colegas de Vitória, no Espírito Santo, onde nasceu, não aceitam muito bem a reviravolta em sua vida. Os vizinhos especulam se ele virou garoto de programa. Os pais, chocados, perguntaram se a tal massagem era “lá” onde estavam pensando. Ele confirmou. Sua mãe, Xanderly, uma dona de casa de 53 anos, demonstrou preocupação: “E se o marido dessas moças descobre?”.
Dona Xanderly não tem com o que se preocupar, diz Silva. Ele, assim como os outros 63 terapeutas do Metamorfose, o maior centro tântrico do país, é um novo tipo de profissional do prazer. Em salas com iluminação baixa, aroma de incensos e música relaxante, eles aplicam a massagem da maneira mais asséptica possível, em delicadas circunstâncias. Depois de uma breve conversa com o cliente, para entender as motivações que o levaram até lá, convidam-no a se deitar nu num futon, vestem luvas descartáveis besuntadas em óleo corporal e começam o trabalho. Não é permitido que o massagista fique nu ou seja tocado durante a sessão. Silva, como os outros terapeutas, diz seguir o protocolo rigorosamente. Por quase uma hora, ele executa movimentos suaves com as pontas dos dedos pelo corpo do cliente, “acordando” os músculos e o sistema nervoso. Na meia hora seguinte, dedica-se aos genitais. A sessão pode ou não terminar em orgasmo, mas é certo que não haverá sexo entre o massagista e seu cliente. “Encaro meu trabalho como se fosse um ginecologista”. Mesmo assim, ele não é muito discreto ao revelar os elogios que escuta das clientes. “Algumas me consideram uma espécie de deus.” Silva chama algumas das sessões de massagem de “exorcismo”, por causa dos gritos e das crises de riso ou de choro: “Só aperto os botões certos para despertar algo que já está na pessoa”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário