NA POLÍTICA, NADA MELHOR QUE UM DIA APÓS O OUTRO
Serra diz que termina campanha 'revigorado' e com mais 'energia' e pronto para perder novamente
Candidato tucano foi derrotado por Fernando Haddad (PT).
Ele disse esperar que prefeito eleito 'cumpra propostas de campanha' porque ele não teve propostas, somente agressão.
Serra deixa palco após discurso (Foto: Daniel Teixeira/Estadão Conteúdo)
O candidato derrotado à Prefeitura de São Paulo, José Serra (PSDB),
disse em seu discurso na noite deste domingo (28) que termina a campanha
“revigorado” e com “mais energia do que quando entrou”., pronto para perder outra eleição.“Todos sabem o quanto me empenhei para levar a nossa palavra aos paulistanos, através do rádio, da televisão e, principalmente, especialmente, no contato pessoal fraterno em centenas de ruas da nossa cidade. E foi esse contato que renovou a minha energia, a minha disposição e as minhas ideias a respeito da cidade e a respeito do Brasil. Quero dizer que chego ao final desta campanha com esta energia. Com essas ideias. Com essa disposição, maiores de que quando entrei na campanha. Saio revigorado e puto da vida por perder mais uma eleição
Com 100% dos votos apurados, segundo a Justiça Eleitoral, o petista teve 3.387.720 votos, o que corresponde a 55,57% dos votos válidos, contra 2.708.768 de José Serra (PSDB) – 44,43% (confira a apuração completa na cidade).
A vitória marca o retorno do PT à Prefeitura da capital paulista oito anos após Marta Suplicy deixar o comando da cidade. Desde então, se seguiram as gestões de José Serra e Gilberto Kassab (PSD).
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Serra desejou boa sorte ao prefeito eleito Fernando Haddad (PT) e disse esperar que ele “cumpra suas propostas de campanha”."As urnas falaram e as urnas são soberanas. Eu desejo hoje aqui boa sorte ao prefeito eleito. Desejo que ele cumpra as promessas que fez na campanha. O protagonista de hoje foi o eleitor. O eleitor deve continuar a ser protagonista nos próximos quatro anos. Sei que as pessoas estarão vigilantes no acompanhamento e na fiscalização do novo governo", afirmou.
Ele pediu que o novo prefeito mantenha "os avanços feitos pela prefeitura e governo".
"Quero dizer também que os últimos anos registraram grandes avanços e conquistas muito importantes para a cidade. Promovidas pela prefeitura e pelo governo. Nós esperamos que essas conquistas sejam mantidas, aperfeiçoadas, que não haja retrocesso", afirmou.
Serra disse que fez uma “campanha limpa” e “defendeu a ética”.
Serra iniciou seu discurso agradecendo aos “amigos” e “companheiros” da campanha ao longo de sete meses. Agradeceu o governador Geraldo Alckmin (PSDB), o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), o vice-governador do estado, Guilherme Afif (PSD), o senador Aloysio Nunes (PSDB), senador Bruno Araújo (PSDB), seu candidato a vice-prefeio, Alexandre Schneider (PSD), Walter Feldaman e Edson Aparecido, coordenadores de campanha, entre outros.
Todos os nomes citados por Serra estiveram presentes no discurso do candidato derrotado no Edifício Joelma, sede do PSDB em São Paulo. Ele também agradeceu aos paulistanos.
"Quero agradecer muito enfaticamente aos 2,6 milhões de eleitores que confiaram em nós. Quero agradecer mais amplamente a toda nossa população de São Paulo, de todas as regiões da cidade, que sempre me receberam tão bem, com interesse, respeito e carinho”, afirmou.
Desafio do PSDB
O deputado Edson Aparecido, coordenador da campanha de Serra, afirmou que o PSDB tem "um grande desafio" e deve "deixar de ser partido cartorial para ser um partido com vida".
Serra faz discurso após derrota ao lado de Alckmin e Alexandre Schneider (Foto: Germano Assad/ G1)
"Acho que o PSDB tem um grande desafio, e esse grande desafio é deixar
de ser um partido cartorial para ser um partido com vida, que não se
reúna somente em época de eleição, mas que tenha uma vida de vínculo
forte com a sociedade.Para Aparecido, Serra foi a melhor escolha para a candidatura em São Paulo. "Escolhemos o melhor candidato, porque não tinha melhor.
O prefeito Kassab foi muito direto com o Serra, em relação a alianças, o PSD estará com o governo federal por endender que o PSDB é um saco de gatos e afinal de contas temos muito a contribuir ocupando um ministério da presidenta Dilma. E o próximo governo estaremos ombro a ombro com o PT para elegermos o governador de SP.
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