Post escrito por Claudia Gluglieri para o espaço confessionário do blog bebe.abril.com.br/. Este trata da importância
de aceitar que não é possível ser uma super mãe sempre e que, às vezes,
é preciso contar com a ajuda de outras pessoas.
"Quero
compartilhar com vocês algo que aprendi com o meu filho de dois
aninhos, pois isso fez eu dar um salto nos cuidados com ele e melhorou
muito a minha relação com o meu marido.Mãe cansa, se esgota,
fica de saco cheio e, quando isso acontece, deve saber pedir ajuda sem
culpa e respeitando o jeito de quem divide a responsabilidade. Tenho notado que esta é
uma das coisas que ficam bem mais fáceis de lidar quando falamos sobre
elas sem encará-las como fantasmas.Costumamos lidar com o
assunto de forma tão complicada, primeiro por que passamos por
autocobranças. Segundo por temos dificuldade em aceitar que outras
pessoas podem cuidar bem de nossos filhos, mesmo que façam isso de um
jeito diferente do nosso.
Pois é, eu sei que toda
mãe deseja ser aquela mãe que é tudo o que o filho precisa,
especialmente quando bebê. É por isso que nos informamos e trabalhamos
para sermos o melhor. Quando os fofos nascem,
vamos nos dedicando até onde dá, mas chega que um belo dia em que não dá
mais. São momentos em que estamos muito cansadas ou que aquele tanto de
disposição se foi.Isso fica muito
aparente, até mesmo para o pimpolho que amamos. Nestas ocasiões, para
piorar, vem uma vozinha, das nossas próprias profundezas, sussurrando:
“isso não está mais legal! Será que você é boa nisso?”. Um horror.Então, nestes momentos, é
um gesto de sabedoria saber dividir a responsabilidade com alguém e só
traz benefícios. No fundo você sabe que faz muito para o querido, o
melhor que pode. Dá carinho, acolhe, aprendeu a fazer a melhor
comidinha, tenta percebê-lo e até adivinhar a necessidade da hora, mas
não dá para ser SUPER sempre.Tenha certeza: ninguém é sempre a mãe maravilha. Nessas horas, alguém
pode entrar em ação, um pai tão bom quanto, uma tia acolhedora, uma boa
babá. Qualquer outro cuidador, com um tanto de disponibilidade e
tranquilidade. Mas para isso, é preciso
se permitir, pedir ajuda sem achar que não é a “mãe boa o suficiente
dos livros”, sem receio de perder para um paizão, confiando nas babás
bem orientadas e reconhecendo que você é muito mais do que boa mãe, mas
não tudo.
Beijos a todas."
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