11.10.2007

DROGAS SINTÉTICAS : RISCOS E POTENCIAL DESTRUTIVO

Conheça características e riscos das principais drogas sintéticas
Potencial destrutivo delas está associado a ação específica no cérebro.
Substâncias, em muitos casos, começaram com uso medicinal positivo


GHB
O GHB (sigla de ácido gama-hidroxibutírico), também conhecido como "ecstasy líquido", é uma versão sintética de um neurotransmissor (mensageiro químico cerebral) que ocorre naturalmente no organismo humano.

Nas concentrações em que ocorre naturalmente no sistema nervoso, ele é um neurotransmissor excitatório. Isso explica os efeitos iniciais da versão sintética da substância: euforia, aumento do desejo sexual e da sociabilidade.

No entanto, basta um pequeno aumento na dose para que a substância ganhe efeitos sedativos, invertendo sua ação inicial de excitatória para inibitória no sistema nervoso. Não é incomum que ele cause várias horas de sono profundo e, logo depois, um despertar repentino quando seus níveis no cérebro caem para valores mais normais.

Doses altas podem causar convulsões, vômito, inconsciência e uma diminuição perigosa do ritmo respiratório. O consumo da droga junto com bebidas alcoólicas causa um atraso em seus efeitos e pode acabar sendo fatal, pois o usuário tende a consumir uma quantidade maior achando que o "barato" ainda não veio por causa da dose pequena.
Apresentação

O Gama-Hidroxybutyrate, no calão chamado de GHB, GBH ou Ecstasy Líquido, é um químico depressor também com acção psicadélica. É encontrado em garrafas pequenas sob a forma de líquido um pouco mais espesso do que a água, incolor (embora possa ser tingido de qualquer cor), sem cheiro e um pouco salgado. Quando agitado, cria bolhinhas. Embora seja menos vulgar, pode ainda apresentar a forma de cápsulas ou pó. É geralmente consumido por via oral ou injectado. Esta substância é produzida a partir do seu precursor, o gamma-butyrolactone ou GBL, que é um solvente encontrado em produtos de limpeza do chão, verniz para unhas, entre outros. O GHB deprime o Sistema Nervoso produzindo efeitos anestésicos e sedativos.


Origem

O GHB foi produzido há mais de 40 anos em França como um potencial anestésico, mas foi rejeitado devido aos seus efeitos secundários indesejáveis. Em 1987 voltou a ser estudado para tratamento de desordens do sono como a narcolepsia e a cataplexia. Paralelamente, os consumidores de esteróides foram informados que o GHB poderia potenciar a produção da hormona do crescimento (durante o sono profundo). Devido ao número crescente de overdoses, poucos anos depois foi retirado do comércio. No entanto, o GHB ganhou importância enquanto uma droga recreacional, sendo principalmente usada por frequentadores de discotecas e raves. Tal facto, fez com que começassem a surgir uma série de substâncias análogas, as quais quando estão no organismo transformam-se em GHB. Esta droga é frequentemente apresentada na Internet como um indutor de sono, um anti-depressivo ou um produto para perda de peso, utilizações que não são substanciadas e que são potencialmente mortais.


Efeitos

A potência do líquido faz variar os seus efeitos, que geralmente começam a fazer sentir-se 10 minutos após o consumo e podem durar bastante tempo (um dia ou mais). Quando consumido em pequenas dose, os efeitos são semelhantes aos do álcool ou do ecstasy (daí o nome de ecstasy líquido). O indivíduo pode sentir mais energia, sensação de bem-estar, euforia, relaxamento, aumento da confiança, desinibição, sensualidade, tonturas ou abrandamento do ritmo cardíaco. Algumas pessoas podem ter efeitos menos positivos como náuseas, vómito, dores de cabeça, sonolência, tonturas, amnésia, perda de controlo muscular, problemas respiratórios, perda de consciência, incapacidade de se movimentar apesar de estar consciente ou morte. Doses mais elevadas podem provocar agitação, alucinações, desorientação, sonolência, sedação, discurso incoerente, enjoo, dificuldade de concentração, dificuldade em focar a visão, perda de coordenação, relaxamento muscular, desmaio e morte. Uma pessoa em overdose pode experimentar perda de consciência, sono ou sedação forte, do qual não consegue ser acordada num período de cerca de 3 horas. Em casos mais graves, é possível o estado de coma e morte. A respiração pode abrandar até 4 ou 6 inspirações por minuto.


Riscos

Os consumidores de GHB podem experimentar convulsões, problemas respiratórios ou mesmo coma. Tornou-se a principal causa de comas relacionadas com drogas nos Estados Unidos e em outros países. O número de overdoses por GHB nos Estados Unidos já superou as do Ecstasy. Os riscos a longo prazo devido ao consumo desta substância não são ainda totalmente conhecidos. O GHB não deve ser misturado com álcool ou outras drogas depressoras, dado que a mistura acentua os efeitos desta substância. Doses pequenas podem ter efeitos desejáveis, mas um pequeno aumento da dose pode ter consequências fatais. Dependência Não é muito claro mas parece existir dependência física e psicológica. Síndrome de Abstinência Geralmente manifesta-se por agitação, ansiedade, insónia, tremores e dores musculares.




LSD
O LSD (sigla de ácido lisérgico dietilamida) afeta um tipo específico de "fechadura" química dos neurônios, fazendo com que um subsistema do cérebro funcione muito acima do que deveria.

É possível que uma única área-alvo seja responsável pela maior parte dos efeitos da droga alucinógena, como a impressão de que objetos inanimados ganham vida ou de perda da diferenciação entre o "eu" da pessoa e o mundo exterior. As células mais afetadas seriam os chamados neurônios piramidais da camada V. Esses neurônios parecem fazer a ponte entre o córtex cerebral, a área mais "nobre" do cérebro, que comanda a consciência, e regiões que coordenam percepções e movimentos.

Além dos efeitos alucinógenos, a droga causa insensibilidade corporal, paralisia, náusea e tremores. Há relatos de que as "viagens" associadas à droga podem voltar até anos depois de um único episódio de uso, colocando o usuário em sério perigo se ele estiver, por exemplo, andando na rua ou realizando qualquer atividade que envolva precisão e risco.
LSD Nomes de Rua: Ácido, Pills, Trips


Apresentação

O LSD, também chamado de ácido, pills, cones ou trips é uma droga com acção alucinogénia ou psicadélica. A dietilamida do ácido lisérgico é sintetizada clandestinamente a partir da cravagem de um fungo do centeio (Claviceps purpúrea). Pode apresentar a forma de barras, cápsulas, tiras de gelatina, micropontos ou folhas de papel secante (como selos ou autocolantes), sendo que uma dose média é de 50 a 75 microgramas. É consumido por via oral, absorção sub-lingual, injectada ou inalada. Esta substância age sobre os sistemas neurotransmissores seratononérgicos e dopaminérgicos. Para além disso, inibe a actividade dos neurónios do rafe (importantes a nível visual e sensorial). Não são conhecidas utilizações terapêuticas desta substância.


Origem

O LSD (ácido lisérgico dietilamida) foi sintetizado por Albert Hoffman em 1937, mas só em 1953 é que foram descobertos os seus efeitos alucinogéneos. Este químico alemão estava a trabalhar num laboratório suíço na síntese dos derivados do ácido lisérgico, uma substância que impede o sangramento excessivo após o parto. A descoberta dos efeitos do LSD verificou-se quando Hoffman ingeriu, de forma não intencional, um pouco desta substância e se viu obrigado a interromper o seu trabalho devido aos sintomas alucinatórios que estava a sentir. Inicialmente, foi utilizado como recurso psicoterapêutico e para tratamento de alcoolismo e disfunções sexuais. Com o movimento hippie começa a ser utilizado de forma recreativa e provoca grande agitação nos Estados Unidos. O consumo do LSD difunde-se nos meios universitários norte-americanos, grupos de música pop, ambientes literários, etc. Lucy in the Sky with Diamonds, uma das mais conhecidas músicas dos Beatles, é uma alusão ao LSD. Recentemente verificou-se um ligeiro aumento do consumo de LSD, provavelmente como resultado da influência do revivalismo dos anos 70.


Efeitos

Os efeitos variam consoante a personalidade do sujeito, o contexto (ambiente) e a qualidade do produto, podendo ser agradáveis ou muito desagradáveis. O LSD pode provocar ilusões, alucinações (auditivas e visuais), grande sensibilidade sensorial (cores mais brilhantes, percepção de sons imperceptíveis), sinestesias, experiências místicas, flashbacks, paranóia, alteração da noção temporal e espacial, confusão, pensamento desordenado, baforadas delirantes podendo conduzir a actos auto-agressivos (suicídio) e hetero-agressivos, despersonalização, perda do controlo emocional, sentimento de bem-estar, experiências de êxtase, euforia alternada com angústia, pânico, ansiedade, depressão, dificuldade de concentração, perturbações da memória, psicose por “má viagem”. Poderão ainda ocorrer náuseas, dilatação das pupilas, aumento da pressão arterial e do ritmo cardíaco, debilidade corporal, sonolência, aumento da temperatura corporal. Estes efeitos duram entre 8 a 12 horas e aparecem cerca de 30/40 minutos após o consumo.


Riscos

Não existem provas das consequências físicas do consumo de LSD; apenas se conhecem as relacionadas com problemas psicológicos, como a depressão, ansiedade, psicose, etc. O consumo do LSD poderá provocar a alteração total da percepção da realidade. O flashback ou revivescência é o principal perigo do consumo. Nestas situações, o indivíduo volta a experimentar a vivência tida com a droga, sem que para tal tenha de a consumir de novo. Estes flashbacks podem ocorrer semanas após a ingestão da substância. Em mulheres grávidas pode induzir a contracção das fibras do músculo uterino. Há riscos de sobredosagem dada a percentagem muito variável de pureza do produto. É desaconselhável o consumo não acompanhado/isolado devido a riscos de distracção perceptiva. Quando misturado com produtos do tipo anfetaminas torna-se mais perigoso. Não consumir em caso de problemas de saúde mental, depressão ou crises de ansiedade. Tolerância e Dependência Parece existir tolerância, no entanto os estudos divergem. A tolerância desaparece rapidamente após alguns dias de abstinência. Pode criar dependência psicológica mas não cria dependência física.

Ecstasy

Cientificamente conhecida pela sigla MDMA, a droga virou quase sinônimo de raves e música eletrônica. Sua ação se direciona principalmente sobre outro sistema de troca de mensagens químicas do cérebro, o que envolve o neurotransmissor serotonina. O ecstasy basicamente cria uma hiperatividade antinatural desse sistema, o que tem uma série de efeitos no corpo e nas percepções do usuário.

O uso é acompanhado de uma sensação de euforia e do aumento da sensibilidade dos sentidos, mas o bem-estar pode esconder uma série de perigos. O organismo pode simplesmente superaquecer, sofrendo uma desidratação severa ou um aumento perigoso da pressão sangüínea. O ecstasy também é neurotóxico, ou seja, pode danificar de forma temporária ou permanente os neurônios.

Special K
O apelido dado à droga quetamina é uma referência a um tipo de cereal matinal. A droga foi empregada originalmente como anestésico entre os soldados americanos da Guerra do Vietnã, nos anos 1960, mas logo passou a ser usada também de forma recreativa.

Dependendo do contexto em que é aplicada, ela pode causar alucinações severas e perda da sensação de dor, entre outros efeitos. Como o ecstasy, também pode levar a hipertensão e é neurotóxica.

Ecstasy

Apresentação

Chamada droga de recreio ou droga de desenho, o Ecstasy é uma droga de síntese pertencente à família das fenilaminas. As drogas de síntese são derivados anfetamínicos com uma composição química semelhante à da mescalina (alucinogéneo). Desta forma, o Ecsatsy tem acção alucinogénea, psicadélica e estimulante. É, geralmente, consumido por via oral, embora possa também ser injectado ou inalado. Surge em forma de pastilhas, comprimidos, barras, cápsulas ou pó. Pode apresentar diversos aspectos, tamanhos e cores, de forma a tornar-se mais atractivo e comercial. Esta variabilidade abrange também a composição das próprias pastilhas, o que faz com que, muitas vezes, os consumidores não saibam exactamente o que estão a tomar. Existem outras drogas de desenho entre as quais e podem referir o MDA ou o MDE e que apresentam nomes de rua como a pílula do amor, eva, etc. O Ecstasy actua mediante o aumento da produção e diminuição da reabsorção da serotonina, ao nível do cérebro. A serotonina parece afectar a disposição, o apetite e o sistema que regula a temperatura corporal. Não se conhecem usos terapêuticos para esta substância, embora tenha sido experimentada, antes da sua ilegalização, em contextos de terapia de casal e psicoterapia pelos seus efeitos entactogénicos.


Origem

O MDMA foi descoberto antes das anfetaminas ou dos alucinogéneos. Em 1912, os laboratórios alemães Merck isolaram acidentalmente o MDMA (MetileneDioxoMetaAnfetamina) e em 1914 patentearam-no como inibidor do apetite, o qual não chegou a ser comercializado. Só nos anos 50 é que, com fins experimentais, foi utilizado pela polícia em interrogatórios e em psicoterapia. Nos anos 60 e 70 conseguiu grande popularidade entre a cultura underground californiana e entre os frequentadores de discotecas, o que levou à sua proibição em 1985. Foi baptizado com o nome de Ecstasy (XTC) pelos vendedores como uma manobra de marketing. Na Europa, nos finais dos aos 80, o seu consumo aumentou, como se pode verificar, por exemplo, pelo número de pastilhas apreendidas pelas autoridades espanholas: 4.325 em 1989 e 645.000 em 1995. Este alargamento na Europa está também associado à queda do muro de Berlim e ao descontrolo político de alguns dos países do Leste europeu, onde a indústria farmacêutica está fortemente implantada. O Ecstasy foi inicialmente consumido em Ibiza e nos países do mediterrâneo, no contexto da noite e da música electrónica. O consumo espalhou-se, mais tarde, até à Inglaterra e Holanda, onde surge a nova cultura da rave entre os jovens.


Efeitos

Os primeiros efeitos surgem após 20-70 minutos, alcançando a fase de estabilidade em 2 horas. Diz-se que o MDMA pode combinar os efeitos da cannabis (aumento da sensibilidade sensorial e auditiva), os das anfetaminas (excitação e agitação) e ainda com os do álcool (desinibição e sociabilidade). Para além disso, pode oferecer uma forte sensação de amor ao próximo, de vontade de contacto físico e sexual. O Ecstasy pode provocar uma sensação de intimidade e de proximidade com outras pessoas, aumento da percepção de sensualidade, aumento da capacidade comunicativa, loquacidade, euforia, despreocupação, autoconfiança, expansão da perspectiva mental, incremento da consciência das emoções, diminuição da agressividade ou perda da noção de espaço. A nível físico pode ocorrer trismo (contracção dos músculos da mandíbula), taquicardia, aumento da pressão sanguínea, secura da boca, diminuição do apetite, dilatação das pupilas, dificuldade em caminhar, reflexos exaltados, vontade de urinar, tremores, transpiração, cãibras ou dores musculares. Os efeitos desaparecem 4 a 6 horas após o consumo. Podem ocorrer algumas consequências residuais nas 40 horas posteriores ao consumo.


Riscos

A longo prazo, o ecstasy pode provocar cansaço, esgotamento, sonolência, deterioração da personalidade, depressão, ansiedade, ataques de pânico, má disposição, letargia, psicose, dificuldade de concentração, irritação ou insónia. Estas consequências podem ainda ser acompanhadas de arritmias, morte súbita por colapso cardiovascular, acidente cérebro-vascular, hipertermia, hepatotoxicidade ou insuficiência renal aguda. O consumo de ecstasy e a actividade física intensa (várias horas a dançar) pode provocar desidratação e o aumento da temperatura corporal (pode chegar a 42º C), o que por sua vez pode levar hemorragia interna. A desidratação e a hipertimia têm sido causa de várias mortes em raves. A hipertimia pode ser reconhecida pelos seguintes sinais: parar de transpirar, desorientação, vertigens, dores de cabeça, fadiga, cãibras ou desmaio. Como forma de precaução, aconselha-se a ingestão de água. No entanto, a ingestão excessiva de água pode também ser perigosa (a intoxicação de água pode ser fatal). É de referir que esta droga é frequentemente falsificada e substâncias como as anfetaminas, a ketamina, o PCP, a cafeína ou medicamentos são vendidos com o nome de ecstasy. Tolerância e Dependência O desenvolvimento de tolerância pode ser favorecido pelo uso contínuo do ecstasy. A dependência psicológica pode verificar-se mas não existem dados conclusivos relativamente à dependência física.

11.07.2007

Insulina recombinante será produzida no Brasil

Farmanguinhos produzirá insulina recombinante

Insulina Recombinante

Fiocruz assina acordo técnico-científico com a Ucrânia para produzir insulina humana

Um intercâmbio tecnológico com o Instituto Indar, da Ucrânia, vai permitir que Farmanguinhos produza 8 milhões de doses de insulina humana por ano, a partir de 2010. Atualmente, o Brasil importa 170 milhões de doses do medicamento, dedicado ao tratamento da diabete. A tecnologia da produção será a da insulina recombinante, que permite um produto final mais barato e eficaz.

Pelo acordo, a Fiocruz vai importar do Instituto Indar as doses necessárias para abastecer o mercado brasileiro até que Farmanguinhos comece a produzir a insulina . Os entendimentos preliminares com o Indar da Ucrânia incluíram além da transferência da tecnologia recombinante de produção da insulina, o desenvolvimento conjunto de aprimoramentos e cooperação para desenvolvimento e produção de outros medicamentos em ambas as direções, inclusive de anti-retrovirais; entendimentos esses formalizados através de protocolo firmado entre a Fiocruz e o Indar. Esse acordo incluía o pleno licenciamento para a Fiocruz, inclusive para exportação na América Latina e África.

A tecnologia do Indar envolve a utilização por expressão da insulina Escherichia coli Transgênica . A incorporação da tecnologia recombinante seria útil para a Fiocruz não só para suprir o país, e regular o mercado, mas principalmente para abrir um capítulo de desenvolvimento tecnológico associado visando outros biofármacos.

A transferência tecnológica se dará em um período de quarenta meses, quando Farmanguinhos estará pronto para produzir cristais de insulina em território nacional.

Acordo para produção de insulina apresenta os primeiros resultados

Denise Monteiro

Chegou ao Rio de Janeiro a primeira remessa composta por 504 mil frascos de insulina recombinante importada da Ucrânia, parte do acordo de transferência de tecnologia firmado entre o Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos) da Fiocruz e o Instituto Indar para a produção de insulina brasileira. A insulina será distribuída, de acordo com demanda informada pelo Ministério da Saúde, entre 13 estados brasileiros e recebida pelos pacientes por meio do Sistema Único de Saúde. Os primeiros estados a serem atendidos serão o Rio Grande do Sul e o Espírito Santo.


Em 40 meses, Farmanguinhos estará pronto para produzir cristais de insulina em território nacional


Um intercâmbio tecnológico com o Indar vai permitir que Farmanguinhos produza 50 milhões de doses de insulina humana por ano, a partir de 2010. Atualmente, o Brasil importa 170 milhões de doses do medicamento, dedicado ao tratamento da diabete. A tecnologia da produção será a da insulina recombinante, que gera um produto final mais barato e eficaz. “Como o preço foi reduzido de R$ 17,35 para R$ 9,18 por frasco, calculamos uma economia anual na casa dos R$ 80 milhões”, diz o diretor de Farmanguinhos, Eduardo Costa.

Pelo acordo a Fiocruz vai importar do Indar as doses necessárias para abastecer o mercado brasileiro até que Farmanguinhos comece a produzir a insulina. Os entendimentos preliminares com o Indar incluíram,além da transferência da tecnologia recombinante de produção da insulina, o desenvolvimento conjunto de aprimoramentos e cooperação para desenvolvimento e produção de outros medicamentos em ambas as direções, inclusive de anti-retrovirais; entendimentos esses formalizados por protocolo firmado entre a Fiocruz e o Indar. O acordo incluía o pleno licenciamento para a Fundação, inclusive para exportação na América Latina e África.

A tecnologia do Indar envolve a utilização por expressão da insulina Escherichia coli transgênica. A incorporação da tecnologia recombinante seria útil para a Fiocruz não só para suprir o país, e regular o mercado, mas principalmente para abrir um capítulo de desenvolvimento tecnológico associado visando outros biofármacos.

A transferência tecnológica se dará em um período de 40 meses, quando Farmanguinhos estará pronto para produzir cristais de insulina em território nacional. Estima-se que existam 500 mil diabéticos no Brasil que dependem de insulina - uma pessoa é diagnosticada a cada dois minutos e 18 segundos no país.


Notícias

11.05.2007

Drogas anabolizantes.

esteróides anabolizantes

Os esteróides anabolizantes, mais conhecidos apenas com o nome de anabolizantes, são drogas relacionadas ao hormônio masculino Testosterona fabricado pelos testículos. Os anabolizantes possuem vários usos clínicos, nos quais sua função principal é a reposição da testosterona nos casos em que por algum motivo patológico tenha ocorrido um déficit.

Além desse uso médico, eles têm a propriedade de aumentar os músculos e por esse motivo são muito procurados por atletas ou pessoas que querem melhorar a performance e a aparência física. Segundo especialistas o problema do abuso dessas drogas não está com o atleta consagrado, mas com aquela "pessoa pequena que é infeliz em ser pequena". Esse uso estético não é médico, portanto é ilegal e ainda acarreta problemas à saúde.

No comércio brasileiro existem muitos medicamentos à base dessas drogas que utilizados com fins ilícitos, porém, além desses, existem dezenas de outros produtos que entram ilegalmente no país e são vendidos em academias e farmácias. Alguns usuários chegam a utilizar produtos veterinários à base de esteróides, sobre os quais não se tem nenhuma idéia sobre os riscos do uso em humanos.

Usuários, freqüentemente, tornam-se clinicamente deprimidos quando param de tomar a droga. Um sintoma de síndrome de abstinência que pode contribuir para a dependência.

Atletas, treinadores físicos e mesmo médicos relatam que os anabolizantes aumentam significativamente a massa muscular, força e resistência. Apesar dessas afirmações, até o momento não existe nenhum estudo científico que comprove que essas drogas melhoram a capacidade cardiovascular, agilidade, destreza ou performance física.

Devido a todos esses efeitos o Comitê Olímpico Internacional colocou 20 esteróides anabolizantes e compostos relacionados a eles, como drogas banidas, ficando o atleta que fizer uso deles sujeito às duras penas.

HISTÓRIA DOS ESTERÓIDES ANABOLIZANTES

Os esteróides são substâncias que já vem sendo usadas por muitos anos.Quando vencer era importante, atletas só se preocupavam em combater seus rivais, nunca pararam para distinguir o "natural" do "artificial". Na antiga Grécia, muitos campeões olímpicos devem ter perdido sua glória por ter ingerido testículos de carneiro (principal origem de testosterona).

Os africanos usam plantas desde a antiguidade para afastar a fadiga e o cansaço, os noruegueses Vikings comiam fungos para se manterem acordados e descansados para as suas batalhas e conquistas pelo alto mar.

O primeiro caso moderno documentado de doping aconteceu em 1865, com Deutch, que usava estimulantes afim de melhorar a sua performance na natação. No séc. XIX, de acordo com os jornalistas, os ciclistas europeus estavam se drogando com "produtos milagrosos" originados da cafeína para uma camada de cubos de açúcar, com a finalidade de acabar com a dor e a exaustão dos esportes.

Os esteróides são conhecidos desde 1935, mas menos como substância e mais como um para efeito dos andrógenos. A sua aplicação no esporte teria começado em 1954, com os atletas russos. Seu uso foi vedado pelo COI em 1976, sendo usado com mais freqüência pelos leigos.

TIPOS DE ESTERÓIDES ANABOLIZANTES

Foram produzidos vários tipos de esteróides anabólicos pela indústria farmacêutica: Supositórios, cremes, selos de fixação na pele e sublingual, porém os mais consumidos são os: orais e os injetáveis.

Orais: Comprimidos - na sua ingestão passa pelo estômago, é absorvido pelo intestino, processado pelo fígado, então vai para acorrente sanguínea. Como o fígado é responsável pela destruição de qualquer corpo estranho no organismo, vários esteróides estavam sendo destruídos através de um processo chamado 17 alpha alcalinização. A alcalinização provoca uma sobrecarga no fígado que acaba danificado por um esforço para combater algo que não consegue processar.

Injetáveis: Os esteróides injetáveis são menos nocivos do que os orais, por não passar por um processo de alcalinização. Esse tipo de esteróide passa pela corrente sanguínea via muscular, e umas das vantagens é que a base oleosa permanece na corrente sanguínea com uma longa duração, visto que o óleo demora para se dissipar no local da aplicação devido a sua viscosidade. As desvantagens dos anabolizantes injetáveis é que são mais tóxicos para os rins e são desconfortáveis devido a sua forma de aplicação.

ALGUNS EFEITOS COLATERAIS DOS ESTERÓIDES ANABOLIZANTES

O principal culpado pelos efeitos colaterais provocados pelo uso de anabolizantes é um hormônio denominado: DIHIDROTESTOSTERONA (DHL).

Os efeitos indesejáveis provocados por essa droga são: Calvície, Hipertrofia Prostática, Acne, Agressividade, Hipertensão, Limitação do Crescimento, Virilização em mulheres, Aumento do Colesterol, Ginecomastia, Dores de Cabeça, Impotência, e Esterilidade, Insônia, Hepatoxidade, Problemas de Tendões e Ligamentos, entre outros.

· Calvície: O DHL faz com que o folículo capilar pare de crescer cabelo;

· Hipertrofia Prostática: O DHL tem um papel importante no mecanismo de aumento prostático, podendo levar o consumidor à impotência;

· Acne: O DHL faz com que as glândulas sebáceas produzam mais óleo, isto é combinado com as bactérias do ar e a pele seca, formam a acne;

· Agressividade: É a causadora deste estado por ser uma droga muito andrógena;

· Hipertensão: Isso ocorre, pois os esteróides provocam grande retenção de água, inclusive no sangue, fazendo que este aumente de volume, em conseqüência de pressão;

· Limitação do Crescimento: Alguns tipos de esteróides usados em longa duração ou em quantidades abusivas, tem como efeito colateral o fechamento prematuro dos discos de crescimento localizado nas epífese ósseas;

· Aumento do Colesterol: Os esteróides rotinamente tem como efeito colateral o acumulo de LDL e diminuição do DHL. (Os esteróides anabolizantes são um tipo de colesterol);

· Virilização em Mulheres: Pode ocorrer nas mulheres que utilizam esteróides o crescimento de pêlos, engrossamento da voz, hipertrofia do clitóris e amenorréia; Ginecomastia: Excessivo desenvolvimento dos mamilos em indivíduos do sexo masculino, que é conhecido popularmente como "TETA DE VACA";

· Dores de Cabeça: Também é ocasionada em função dos esteróides mais androg6enicos e dos efeitos da elevação da pressão arterial;

· Impotência e Esterilidade: No início do tratamento com esteróides, o homem passa por uma fase de excitação sexual com o aumento da freqüência das ereções, entretanto dura por apenas algumas semanas, isto se reverte gradualmente até a perda do interesse sexual. Esse desinteresse é o resultado da redução da produção de testosterona devido a elevação excessiva de testosterona no corpo;

· Insônia: Os anabolizantes têm um efeito estimulante no sistema nervoso central, que provoca insônia;

· Hepatoxidade: O fígado é prejudicado ou lesionado pelos esteróides mais tóxicos, porém, estas lesões são reversíveis tão logo o uso seja interrompido;

· Problemas de Tendões e Ligamentos: Os esteróides anabólicos fazem com que os músculos se desenvolvam rapidamente, e este desenvolvimento não é acompanhado pelos tendões e ligamentos que se desenvolvem lentamente, isto causa problemas para tendões e ligamentos como: inflamação, inchaço e até ruptura.

CATEGORIA DOS ESTERÓIDES ANABOLIZANTES

São três as categorias dos esteróides anabolizantes:

· Estrógenos: (Hormônio Feminino). É produzido nos ovários e é o responsável por produzir os caracteres sexuais femininos.

· Andrógenos: (Hormônio Masculino): É produzido nos testículos e são responsáveis pela produção de características sexuais masculinas.

Esses dois hormônios são produzidos em ambos os sexos havendo apenas uma predominância dos estrógenos nas mulheres e andrógenos nos homens.

· Cortisona: É produzida pelos dois sexos, e tem efeito analgésico e antiinflamatório.

11.04.2007

O que é estresse e como identificá-lo?

Estresse
O estresse é um componente da vida moderna e está cada dia mais presente, muitas vezes é um aliado na superação de desafios, mas cronicamente pode causar danos importantes para a saúde física e mental.
As facilidades e a agitação da vida moderna trouxeram consigo o estresse. O trânsito, a instabilidade no emprego, a violência, entre outras coisas, fazem com que recebamos doses diárias de estresse. Mas o estresse em si não é algo ruim, na verdade ele é uma importante resposta do organismo para a manutenção da vida. Temos que aprender portanto a lidar com ele, não permitindo que o estresse traga conseqüências danosas para a nossa saúde.
O que estresse?
O estresse é uma resposta do organismo frente a um perigo, que prepara o corpo para fugir ou lutar. Está presente nos animais com a finalidade de preservação da espécie, como por exemplo, para fugir de um predador. Hoje não precisamos nos defender de predadores, mas há muitas outras coisas que disparam o gatilho do estresse, que podem ser externas ou internas, agudas ou crônicas. A externas incluem condições físicas adversas (como dor, frio ou calor excessivos) e situações psicologicamente estressantes (más condições de trabalho, problemas de relacionamentos, etc). Entre as internas estão também as condições físicas (doenças em geral) e psicológicas.
O estresse agudo é uma reação a uma ameaça imediata, que pode ser qualquer situação que é experimentada como um perigo. Algumas pessoas, por exemplo, tem verdadeiro pavor de viajar de avião, e quando o fazem, apresentam um estresse passageiro. Na maioria dessas circunstâncias de estresse agudo, uma vez eliminado o fator estressante, a resposta do organismo se inativa e os níveis dos hormônios voltam ao normal. Entretanto, a vida moderna freqüentemente nos expõe a situações cronicamente estressantes, e a resposta do organismo ao estresse não é suprimida. Dentre os fatores estressantes crônicos, estão a pressão no trabalho, problemas de relacionamento, solidão e problemas financeiros.

Quais os efeitos biológicos do estresse?
O estresse tem um importante papel no desempenho de atividades como competições esportivas, reuniões importantes, ou em situações de perigo, em que o estresse pode ser um importante aliado proporcionando um aumento da capacidade física, raciocínio, memória e concentração através de alterações em todo o organismo. Entretanto, se o estresse se torna persistente todo esse aparato biológico pode ser danificado.
Algumas condições podem favorecer o aparecimento dos efeitos negativos sobre o organismo:

Um acúmulo de situações persistentemente estressantes, particularmente aquelas de difícil controle, como a pressão no trabalho, um relacionamento infeliz.

Estresse persistente seguido de uma resposta aguda a um evento traumático, como um acidente automobilístico.

Um relaxamento ineficiente ou insuficiente.

Um estresse agudo em pessoas com doenças graves.

Os efeitos danosos do estresse persistente
Efeitos psicológicos.
Estudos sugerem que a incapacidade de se adaptar ao estresse está associado ao início de depressão ou ansiedade. Parece que a liberação repetida do hormônio de estresse diminui a liberação de serotonina, uma substância importante para a sensação de sentimentos de bem estar. Certamente o estresse diminui a qualidade de vida reduzindo os sentimentos de prazer e realização, e os relacionamentos são freqüentemente prejudicados.
Efeitos físicos.

aumento da pressão arterial;

maior risco de derrame;

maior susceptibilidade a infecções;

distúrbios gastrointestinais, como diarréia e constipação;

desordens alimentares, ganho ou perda excessivos de peso;

resistência à insulina que está associada ao diabetes tipo 2, e exacerbação do diabetes;

dor de cabeça do tipo tensional;

insônia;

diminuição do desejo sexual e impotência temporária nos homens;

exacerbação da tensão pré-menstrual;

diminuição da concentração, inibição do aprendizado e redução da memória;

exacerbação de lesões de pele, como por exemplo à acne.

Como lidar com o estresse?
Antes de tratarmos das estratégias de como diminuir o estresse, alguns considerações devem ser feitas:
Primeiro, nenhum método isolado é infalível, uma combinação de vários fatores é geralmente mais efetiva.

Segundo, o que funciona para uma pessoa, não necessariamente funcionará para todo mundo.

Terceiro, o estresse pode ser tanto negativo como positivo. O estresse apropriado e controlado melhora o interesse e motiva o indivíduo, e a falta de estresse pode levar ao tédio e depressão.
E finalmente, um médico ou psicólogo deve ser procurado quando forem identificadas condições físicas e psicológicas associadas ao estresse, como sintomas cardíacos, dor significativa, ansiedade, ou depressão.
Dieta saudável

Uma dieta saudável é essencial para qualquer programa de redução do estresse. A saúde em geral e a resistência ao estresse podem melhorar com uma dieta rica em cereais integrais, vegetais e frutas, e evitando o abuso álcool, cafeína e cigarro.

Exercícios
O exercício físico é uma ótima maneira de se distrair dos eventos estressantes. E o estresse lesa menos a saúde geral em pessoas fisicamente ativas. Procure uma atividade que proporcione prazer, algumas sugestões são: ginásticas aeróbicas, caminhadas, natação, yoga e tai chi. Mas comece devagar e vá aumentado a intensidade e a freqüência gradualmente.
Técnicas de relaxamento
Relaxe através de técnicas específicas, como exercícios de respiração profunda, prestando atenção na respiração e respirando profunda e lentamente; relaxamento muscular, em uma posição confortável concentre-se em cada parte do corpo e sinta os músculos se relaxando totalmente; meditação; e massagem.

Técnicas cognitivas e comportamentais

Os métodos cognitivos e comportamentais são as maneiras mais efetivas para a redução do estresse. Incluem a identificação das fontes do estresse, reestruturação de prioridades, mudança na resposta ao estresse, e identificar as experiências positivas que diminuem o estresse.
Considere todas as possíveis opções:

escutar música;

tirar férias;

se a fonte e estresse for em casa, fique um tempo à toa, mesmo se for apenas uma ou duas horas por semana;

substitua o tempo desnecessário com o trabalho por atividades interessantes e agradáveis;

tenha tempo para o lazer;

tenha um animal de estimação.

É importante encarar os eventos cotidianos de uma maneira diferente. Mantenha um senso de humor durante as situações difíceis, o riso não somente ajuda a aliviar a tensão e manter as perspectivas, mas também parece ter um efeito físico que reduz os níveis do hormônio do estresse.

Fonte: http://boasaude.uol.com.br/index.cfm

Manipulação Farmacêutica / Dicas / Sugestões / excipientes

Manipulação Farmacêutica - Dicas e Sugestões
Introdução
Como os medicamentos extemporâneos têm aumentado a prática farmacêutica, numerosos métodos estão surgindo, auxiliando no desenvolvimento das formas farmacêuticas preparadas por farmacêuticos. O desenvolvimento de novas formas farmacêuticas pelos farmacêuticos manipuladores envolve a administração de fármacos a pacientes que muitas vezes não cumprem ao tratamento, especialmente os pacientes muito jovens ou muito idosos.

Quando novos métodos e técnicas são desenvolvidos, são demonstrados entre os farmacêuticos em encontros locais, regionais e nacionais. O objetivo é a preparação de produtos seguros e efetivos, usando os melhores recursos e técnicas disponíveis, em tempo mínimo. O propósito desse manual é demonstrar algumas dessas técnicas. Serão vistos os diferentes tipos de produtos sendo preparados e as sugestões para reduzir o tempo e preparar os melhores produtos.

Com o aumento da disponibilidade de vários tipos de equipamentos para farmácias de manipulação, a eficiência aumenta, reduzindo o tempo necessário para manipular uma prescrição. Catálogos de equipamentos de laboratório e alguns equipamentos elétricos usados na cozinha oferecem grande oportunidade de atualizar os equipamentos usados na manipulação. O uso de veículos comerciais para todos os tipos de formas farmacêuticas, tornam a manipulação mais conveniente e eficiente.

Soluções
Agitadores magnéticos, misturadores elétricos economizam tempo e ajudam a preparar produtos uniformes

Um "spray" de álcool (etanol para soluções internas) ajuda a "quebrar" a espuma, ou um agente antiespumante como o silicone pode ser adicionado à preparação

A filtração de um líquido pode ajudar na obtenção de produtos claros, límpidos

Um medidor de pH barato, ajuda na conferência do pH e a prevenção de incompatibilidades relacionadas a esse pH

Remover as barras magnéticas de dentro da vidraria onde o produto está sendo preparado, antes de completar o volume

Dissolver sais em uma quantidade mínima de água antes de adicioná-lo a um veículo viscoso

Agitar constantemente quando misturar dois líquidos minimiza incompatibilidades devido aos efeitos da concentração

Quando incorporar um material insolúvel, levigar o pó com uma pequena porção do veículo ou um líquido miscível com o veículo

Agitar gentilmente e não chacoalhar o produto para evitar a formação de espuma

Adicione líquidos de alta viscosidade a líquidos de baixa viscosidade com agitação constante

Sempre esteja atento ao pH e concentração alcoólica dos produtos preparados

Quando filtrar, esteja atento sobre o que está sendo retido no filtro

Quando trabalhar com hidrocolóides, deixar que hidratem lentamente antes de qualquer incorporação

Quando selecionar um veículo, estudar a concentração do fármaco, solubilidade, pKa, sabor e estabilidade.

Considerações ou estudos sobre o veículo devem incluir pH, aroma e sabor, dulçor, cor, conservantes, viscosidade, compatibilidade e, se indicado, agentes suspensores e emulsificantes.

Quando preparar elixires, dissolver os constituintes solúveis em álcool no álcool e os constituintes solúveis na água, em água. Adicione a solução aquosa à solução alcoólica, com agitação, para manter alta a concentração do álcool, o mais possível.

Talco pode ser usado para remover óleos essenciais em excesso. Isso é obtido pela adição de 1-2 g de talco por 100 ml de solução e filtra-se. Durante a filtração, as primeiras porções do filtrado são devolvidas ao filtro até obtenção de um filtrado límpido (repassar o filtrado).

Sistemas co-solventes, misturas de água, álcool, glicerina e propilenoglicol podem ajudar na clarificação de soluções que são pouco límpidas, devido a insolubilidade em água.

A velocidade de dissolução pode ser aumentada colocando-se o béquer em um banho ultra-sônico

Partículas pequenas dissolvem-se mais rápido que partículas grandes

Agitação aumenta a velocidade de dissolução do fármaco

Geralmente, quanto mais solúvel for o fármaco, mais rápida será a sua velocidade de dissolução

Quando trabalhar com um líquido viscoso, a velocidade de dissolução do fármaco é diminuída

Um aumento na temperatura geralmente permite um aumento na solubilidade e na velocidade de dissolução de um fármaco. Algumas exceções são o Hidróxido de Cálcio e Metilcelulose

A solubilidade de um fármaco não iônico pode ser aumentada ou diminuída pela adição de um eletrólito

Um alcalóide base ou uma base nitrogenada de peso molecular relativamente alto é geralmente pouco solúvel, a menos que o pH do meio seja diminuído (conversão a sal).

A solubilidade de uma substância ácida pouco solúvel é aumentada quando o pH do meio é aumentado (conversão a sal)

A efetividade de um conservante pode estar relacionada ao pH. Por exemplo: Parabenos são geralmente utilizados na faixa de 4 a 8, Clorobutanol requer pH menor que 5 e, o Benzoato de sódio é mais efetivo em pH ao redor de 4.

Suspensões
Reduzir pós a partículas muito finas antes de suspende-los

Molhar os pós com um líquido hidrofílico antes de adicioná-los ao veículo quando preparar uma suspensão aquosa

Se os pós são lipófilos, um tensoativo deve ser usado para ajudar na molhabilidade desses pós antes de adicionar um veículo.

Formulações de Metilcelulose são melhor preparadas pela dispersão em cerca de ? a ½ do total do volume de água, seguido da adição do restante da água como água gelada ou gelo pilado.

Muitos polímeros são facilmente dispersos quando agitados com um solvente hidrofílico, como glicerina, antes de adicioná-los a um veículo aquoso.

A dispersão dos polímeros pode ser facilitada, quando são polvilhados sobre água em agitação rápida.

Suspensões deveriam ser dispensadas em frascos de boca larga, para serem retiradas facilmente.

Emulsões
Dissolver os componentes solúveis em óleo na fase oleosa e os componentes solúveis em água na fase aquosa

Quando usar gral e pistilo, a trituração rápida é mais efetiva que a trituração pesada, lenta.

Adicionar as fases aquosa e oleosa sob agitação constante

Quando usar aquecimento, a fase aquosa deverá estar um pouco mais aquecida que a fase oleosa.

Pomadas
Pós devem estar reduzidos a sua forma impalpável por trituração em gral

Misturas de dois ou mais cremes podem ser obtidas com ajuda de um saco plástico

Pomadas podem ser removidas do saco plástico e acondicionadas em tubos, cortando-se uma das pontas do saco plástico e espremendo-se o conteúdo do saco para o tubo, diretamente (facilita a limpeza).

Quando preparar grandes quantidades, um misturador de cozinha pode ser muito útil.

Plastibase T não deve ser aquecida

A técnica da diluição geométrica acelera o processo de mistura de pomadas

Algumas gotas de óleo mineral ou outro solvente adequado pode melhorar a manipulação de fármacos que desenvolvem forças eletrostáticas

Não usar solventes voláteis quando levigar pós, pois o solvente poderá evaporar e carregar cristais do fármaco com ele.

Quando misturar as fases aquosa e oleosa para uma emulsão líquida, aquecer a fase aquosa alguns graus acima da fase oleosa antes da mistura, é muito útil. A fase aquosa tende a esfriar mais rapidamente que a fase oleosa

Quando preparar bases para pomadas, aquecer os componentes com ponto de fusão mais alto primeiramente, seguido da adição dos componentes com menor ponto de fusão, em ordem, até que todos tenham sido adicionados.

O aquecimento pode ser usado para amolecer pomadas antes de serem acondicionadas em potes ou tubo, facilitando o trabalho. Deve ser feito com cuidado para evitar a estratificação dos componentes

Quando colocar pomadas liquefeitas em tubos ou potes, resfriar a pomada até poucos graus acima do ponto de solidificação. Isso minimiza a formação de camadas de pomadas no acondicionamento

Cremes
Bases de cremes sem componentes ativos podem ser amaciadas em microondas, usando-se força mínima e pouco tempo.

Um umectante como glicerina, propilenoglicol, sorbitol 70% ou PEG 300 ou 400, adicionados a um creme, minimizam a evaporação.

Utilize aquecimento brando na preparação de cremes para minimizar a evaporação de água

Óleos voláteis podem ser adicionados somente após o resfriamento da preparação. Se soluções alcoólicas de aromatizantes serão adicionadas, resfriar a preparação abaixo do ponto de ebulição do álcool, em primeiro lugar.

A determinação do tipo de emulsão (O/A ou A/O) poderá ser efetuada, colocando uma gota da emulsão ou creme em uma superfície de água. Se a gota se espalhar, é do tipo O/A. Isso ocorre porque a fase externa da emulsão é miscível com água. Se permanece intacta como uma "bola", é provavelmente do tipo A/O porque sua fase externa não é miscível com água.

eralmente, a quantidade de tensoativo requerida para preparar uma boa emulsão está na faixa de 0,5 a 5% do volume total.

Pastas
O uso de aquecimento na preparação e manipulação de pastas facilita o trabalho

Levigar pós insolúveis com uma quantidade de base fundida

Géis
Pré-misturar alguns agentes geleificantes, como o ácido algínico, com outros pós, às vezes ajuda no processo de dispersão.

Bentonita pode ser dispersa facilmente, polvilhando-a em água, permitindo que as partículas hidratem e sedimentem no fundo do béquer. Glicerina ou outro líquido similar pode ser usado para pré-molhar a bentonita antes de misturá-la com água. A hidratação completa pode levar horas.

A adição de álcool a alguns géis diminui sua viscosidade e limpidez

Quando usar um propelente para preparar um gel, mantenha o propelente no fundo do recipiente para minimizar a incorporação de ar no produto.

Dissolver todos os agentes no solvente/veículo antes de adicionar o agente geleificante

Resinas de carbômeros são dispersas facilmente quando polvilhadas no vórtex de um líquido em agitação vigorosa

Remova todo ar incorporado nas dispersões de carbômeros antes de adicionar um agente espessante. Bolhas de ar podem ser removidas deixando-se o produto descansar por 24 horas ou colocando-o em um banho ultra-sônico. Um antiespumante como silicone pode ser útil

O pH é muito importante para determinar a viscosidade de um gel de carbômero

Géis de gelatina são preparados por dispersão da gelatina em água quente e resfriados em seguida. O procedimento pode ser simplificado pela mistura da gelatina com líquidos orgânicos como álcool etílico ou propilenoglicol, adição de água quente e resfriamento do gel.

Géis de tragacanto são preparados pela adição do pó em água fortemente agitada. Aqui, novamente, etanol, glicerina ou propilenoglicol podem ser usados para pré-molhar o pó. Outros pós podem ser misturados ao tragacanto, enquanto seco, antes da adição de água.

Geralmente, gomas naturais devem hidratar por 24 horas para formar um gel mais homogêneo ou magma.

Loções (tipo emulsão)
Algumas emulsões podem ser feitas em frascos, facilitando a limpeza.

Um misturador mecânico pode ser usado para preparar loções elegantes. Uma variedade de misturadores está disponível, alguns com várias lâminas.

Homogeneizadores manuais podem ajudar na preparação de emulsões

Quanto menor for o tamanho dos glóbulos, mais estável será a emulsão.

Pós
Um moedor de café poderá ajudar na redução das partículas de um pó. A maioria pode ser limpa com pincel de pelos de camelo, enquanto outros devem ser lavados com água e sabão.

Pós com tamanho de partículas e características de densidade iguais podem ser misturados em saco plástico usando uma espátula. Isso minimiza a quantidade de pó que pode se espalhar na área de trabalho

Máscaras contra pó devem ser usadas se o pó é excessivamente leve e escapa da área de trabalho

Se o pó é muito leve, macio, ele pode ser compactado pela adição de algumas gotas de álcool, água ou óleo mineral.

Estearato de magnésio, menos que 1% do peso total da mistura, pode ser usado para reforçar a lubrificação e fluxo, característicos dos pós.

Lauril sulfato de sódio, acima de 1%, pode ser adicionado aos pós para neutralizar as forças eletrostáticas de pós que tendem a se espalhar no ar ou são de difícil manuseio.

Cápsulas
Encapsuladores estão disponíveis para enchimento de 50, 100 ou 300 cápsulas de uma vez. Economizam tempo, se grandes quantidades de cápsulas precisam ser preparadas.

Cápsulas podem ser coloridas pela adição de um corante ao pó antes de ser colocado em uma cápsula limpa. Isso ajuda a distinguir vários tamanhos de pós e cápsulas.

Líquidos podem ser incorporados em cápsulas pela mistura com PEG 6000 ou 8000 fundidos. A mistura pode ser colocada nas cápsulas onde irá solidificar. A cápsula pode ser fechada e dispensada

Um líquido pode ser dispensado em cápsulas usando uma seringa para gotejar o líquido nas bases das cápsulas. O líquido não deve ser solvente de gelatina. Isso é especialmente verdadeiro para óleos.

Uma cápsula pode ser selada por umedecimento da abertura, final da cápsula base ou final da capa da cápsula. Um movimento de rotação selará a cápsula

Cápsulas podem ser limpas com um tecido macio ou toalha

Lauril sulfato de sódio, acima de 1%, pode ser adicionado aos pós para neutralizar forças eletrostáticas.

Dois elementos incompatíveis podem ser mantidos em separado, colocando-se um dentro de uma cápsula muito pequena e então, colocando-se essa cápsula pequena junto com outros pós, dentro de uma cápsula maior.

Pequenos comprimidos com fármacos potentes podem ser colocados dentro de cápsulas, juntamente com elementos adicionais

Oftálmicos

Filtros estéreis descartáveis, pequenos, estão disponíveis para preparação de pequenos volumes de oftálmicos.
Filtros de esterilização, grandes, tipo funil, estão disponíveis para preparação de grandes volumes de oftálmicos (colírios), ex: 100-200 ml.
Supositórios

Um banho seco, feito com areia e mantido a 37o C, irá proporcionar uma temperatura ideal para amaciar e fundir bases de ácidos graxos e de manteiga de cacau, em um tempo mínimo.
Pós devem estar na forma impalpável antes de serem incorporados em uma base de supositório
Moldes para supositórios devem estar limpos e secos para facilitar a liberação dos supositórios. Se o supositório "gruda", um lubrificante deve ser usado.
Destacar os supositórios dos moldes reusáveis é fácil se for usado um lubrificante. O lubrificante não pode ser um solvente da base de supositório. Use glicerina se a base é um óleo vegetal ou manteiga de cacau ou "spray" vegetal PAM, se a base é polietilenoglicol.
Quando moldar supositórios com as mãos, polvilhar uma pequena quantidade de talco nas mãos ou sobre a pedra-mármore para facilitar o trabalho com o material do supositório.
A base fundida deve ser colocada nos moldes, após estes estarem com a temperatura equilibrada com a temperatura ambiente. Moldar com auxílio de moldes gelados pode resultar em cavidades mal preenchidas e os supositórios com tendência a quebrar facilmente
Quando verter a massa fundida nos moldes, começar por uma das extremidades e continuar o enchimento até terminar, sem interrupção. Não passe para outro molde até que todo o primeiro tenha sido preenchido. Um pequeno excesso deve permanecer sobre a cavidade e após resfriamento e contração, a cavidade estará totalmente preenchida.
A quantidade máxima de fármaco e excipiente a ser incorporado ao supositório geralmente é cerca de 30% do peso total do supositório
Quando usar moldes plásticos descartáveis, esteja certo que a temperatura da base fundida é menor que a temperatura que funde o molde.
O excesso de material pode ser removido dos moldes de supositórios com auxílio de uma espátula de aço inox passada previamente em água morna e raspando-se o excesso. A espátula aquecida também serve para acertar o fundo do supositório
Na preparação de supositórios uretrais, um fino tubo de vidro pode ser usado como molde. Uma seringa de tuberculina de um ml pode ser usada como molde, se a barreira do êmbolo for cortada. O supositório uretral pode ser removido da seringa, inserindo-se o êmbolo e forçando o supositório com cuidado.
Supositórios são embalados com elegância em moldes descartáveis
Extratos vegetais quando umedecidos por levigação com uma pequena quantidade de base fundida, são facilmente distribuídos pela base.
Para incorporar materiais cristalinos, duros, pulverizar finamente ou dissolver em pequena quantidade de solvente e combinar a solução com a base.
Ingredientes líquidos misturados com um pó como amido, tornam-se menos fluidos e facilmente incorporados na base.
Uma grande quantidade de pós pode ser adicionado de algumas gotas de óleo mineral ou um líquido miscível com água, como a glicerina, para facilitar sua incorporação em algumas bases.
Pastilhas

A adição de um óleo aromatizante imiscível com a base pode ser obtida colocando-se algumas gotas de glicerina ou algum "solvente intermediário" ao óleo aromatizante, antes de misturá-lo com a base.
Pastilhas macias podem ser feitas com bases PEG, pastilhas mastigáveis com bases de gelatina glicerinada e pastilhas duras podem ser feitas com bases de xarope de açúcar.
Na falta de moldes para pastilhas, as tampinhas plásticas de frascos plásticos podem ser usadas como moldes. Um "spray" vegetal pode ser aplicado como lubrificante e a preparação moldada nessa tampa. Após solidificação, remover a pastilha. Uma alternativa é gotejar a base fundida em folhas de alumínio dispostas sobre cubos de gelo. As gotas irão imediatamente solidificar no contato com a folha gelada. Normalmente, terão forma circular. Checar os pesos cuidadosamente.
Aromatizando e Colorindo

Fármacos com sabor desagradável podem ser preparados como suspensões ou incorporados à fase interna de emulsões com aromatizantes no veículo para melhorar a palatabilidade (sabor)
Agentes aromatizantes e corantes devem ser combinados. Por exemplo: vermelho para cereja, marrom para chocolate, etc.
A efervescência pode mascarar o sabor de fármacos salinos
Miscelânea

Se a mesma quantidade de um líquido é medido constantemente, uma pipeta repetidora deveria ser usada.
Micropipetas devem ser usadas para medir quantidades muito pequenas de líquidos
Fórmulas e técnicas armazenadas em computador podem facilitar o processo de manipulação. Fórmulas padrão com instruções de manipulação para produtos freqüentemente manipulados irão promover a consistência e a qualidade dos produtos (padronização)
Quando manipular grande quantidade de produtos selecionados, pode ser necessário enviar amostras a um laboratório analítico.
Usar balanças eletrônicas no lugar de balanças de torção irá acelerar a pesagem e permitir que o farmacêutico confira pesos de cápsulas, pastilhas, supositórios, etc., muito rapidamente. Algumas balanças também têm uma impressora acoplada, para imprimir cópias para manter arquivos.
Béqueres com alças tornam a manipulação mais fácil quando o aquecimento é usado no processo de preparação
Placas aquecedoras com agitador magnético são versáteis e economizam tempo
Misturadores magnéticos estão disponíveis e permitem a agitação de quatro ou mais béqueres de uma solução, simultaneamente
Uma caixa iluminada pode ser usada para vários propósitos na farmácia de manipulação, como observar a limpidez de soluções, turbidez e uniformidade de suspensões e o nível de enchimento de supositórios em moldes plásticos.

Excipientes
Aglutinantes
Normalmente são compostos naturais ou sintéticos, do tipo polimérico. Atuam aumentando a viscosidade e formam, no momento de sua dissolução, uma película que circula as partículas, podendo retardar a dissolução do fármaco em presença de fluidos aquosos no local de absorção.

Em outros casos, no entanto, o uso de aglutinantes pode favorecer a dissolução ao hidrofilizar a superfície de contato entre as partículas do fármaco e os fluidos biológicos.

Desintegrantes

A desintegração é um passo prévio a dissolução efetiva e, quase sempre, seu fator limitante. A função dos desintegrantes se limita a permitir que o fármaco fique em condições de dissolver-se.

Dependendo da solubilidade da substância ativa escolhem-se o tipo de desintegrante e a concentração adequada para cada formulação.

Diluentes

Os diluentes ou material de enchimento são os adjuvantes adicionados em maior proporção na formulação de comprimidos e capsulas. Podem ocasionar a formulação de complexos absorbatos que diminuem a velocidade de dissolução. Cada formulação deve ser previamente estudada in vitro com relação a dissolução para que se possa antecipar os problemas de biodisponibilidade decorrentes da utilização desses adjuvantes.

Lubrificantes

São adicionados para assegurar a fluidez dos pós ou granulados e facilitar, assim, a dosificação dos mesmos.Como normalmente são utilizadas substâncias hidrofóbicas, dificultam a umectação e, portanto, a dissolução das substâncias ativas.

Os lubrificantes derivados de ácidos graxos podem sofrer fusão durante a compressão, recobrindo as partículas e dificultando a dissolução do mesmo.

Quando os grânulos são de natureza hidrofóbica a utilização de lubrificantes tensoativos solúveis, como lauril sulfato de sódio, pode aumentar notavelmente a velocidade de dissolução da substância ativa.

Os lubrificantes devem ser utilizados em uma concentração que permita um fluxo adequado e a tamisação uniforme da força de compressão no interior do comprimido e que, ao mesmo tempo, seja inferior à que provocaria uma excessiva hidrofobia da substância ativa devido ao recobrimento das partículas através deles.

Além dos problemas relacionados com a umectação do comprimido, os lubrificantes também podem ocasionar a adsorção de substâncias ativas ou causar reações de hidrólise devido à alcalinidade de alguns desses adjuvantes.

Tensoativos

São utilizados na formulação de fármacos pouco solúveis e podem exercer um papel muito importante na biodisponibilidade. Podem agir por umectação, solubilização ou formação de complexos com as partículas do fármaco e/ou favorecendo a permeabilidade das membranas biológicas absorventes. De um modo geral aumentam biodisponibilidade das substâncias ativas, porém em alguns casos apresentam ação contrária.

Ligantes

São responsáveis pela firmeza e resistência dos comprimidos. A firmeza é influenciada tanto pelo excipiente como pela pressão de compressão. Usar sempre a menor quantidade possível, quanto mais ligante menor é o poder deslizante. Um ligante que atua atrasando a liberação do medicamento é o polietileno glico de baixo peso molecular.

Antiaderentes

Facilitam a liberação dos comprimidos da matriz ou das punções.

Agente Flavorizante

Usado para dar sabor e odor agradáveis a uma preparação farmacêutica.

Umectante

Usado para evitar o ressecamento das preparações, particularmente pomadas e cremes, devido à sua capacidade de reter umidade.

Agente Suspensor

Agente que aumenta a viscosidade, usado para reduzir a velocidade de sedimentação das partículas(do fármaco) dispersas em um veículo no qual nao sao solúveis. As suspensões resultantes podem ser formuladas para uso oral, parenteral, oftálmico, tópico ou por outras vias.

Deslizante para comprimidos

Agentes usados nas formulacões de comprimidos e cápsulas para melhorar as propriedades de fluxo das misturas em pó.

Fonte: http://www.ccs.ufsc.br/farmacia/TCCGenericos/Biodisponibilidade/excipientes.html