12.31.2016

Só Lula pode comandar a reconstrução do Brasil



Ricardo Stuckert/ Instituto Lula
O governo surgido do golpe coloca em prática a mais radical e devastadora destruição do Brasil. Destruição da sua democracia, destruição do seu potencial econômico, destruição das condições sociais de convivência entre interesses distintos, destruição da presença soberana no mundo, destruição do Estado brasileiro e do seu patrimônio, destruição da imagem do Brasil no mundo. Promove assim o maior retrocesso que o país já viveu na sua historia em pouco tempo, sem apoio nem legitimidade da sociedade.
É um projeto que já se vislumbrava, quando o programa do golpe reunia todas as piores iniciativas da direita brasileira, rejeitadas pelo voto democrático dos brasileiros, mas que orientou o governo de vingança das elites contra o povo, a democracia e a soberania nacional.
Em poucos meses o país se tornou uma terra arrasada, sem impulso econômico algum, sem amplos consensos nacionais, sem lideranças politicas governando o país, sem prestígio no mundo, sem visões de futuro que projetem o Brasil para as próximas décadas.
O país não aguenta mais tantos retrocessos no seu caminho democrático – com um governo e um presidente que provocam escárnio no país - na construção do seu patrimônio publico – vendido semanalmente a preço de banana -, na sua projeção internacional – com representações externas que só  nos envergonham. Basta de destruições, é preciso trilhar urgentemente o caminho da reconstrução do Brasil. 
Além dessas devastações, a auto denominada operação Lava Jato, ademais da destruição de parte significativa do potencial produtivo do pais, tenta inviabilizar a única liderança nacional com prestígio e apoio popular, a do Lula, que também representa o momento em que o Brasil enfrentou uma profunda crise não arremetendo contra o seu patrimônio e seu povo, mas fortalecendo-os. Quem quer destruir o país precisa também destruir a imagem política e a viabilidade eleitoral do Lula. 
Porque só o Lula tem a capacidade de – como ele recordou nas duas breves mensagens gravadas neste fim de ano – recuperar o potencial de desenvolvimento econômico centrado na retomada da expansão do mercado interno de consumo popular. Só o Lula pode recuperar o prestígio e o potencial de ação do Estado brasileiro, só ele pode recompor um acordo nacional centrado na retomada do desenvolvimento econômico com distribuição de renda. Só Lula pode reorganizar as alianças nacionais, sociais e politicas, capazes de fazer com que o Brasil volte a se reunificar em torno de um projeto nacional, com resgate do melhor que logramos no passado recente e com projeção para o futuro do país.
Por isso, para que o governo golpista complete seu macabro projeto de destruição do Brasil como nação, como Estado democrático e como sociedade pluralista e diversa, é preciso eliminar o Lula da vida política nacional. Lula é um perigo para eles. É um “insulto” para as elites como acaba de editorializar o moribundo jornal dos Mesquitas, mas é o único aceno de esperança para o povo e para a democracia do nosso país.
Só Lula pode, porque já demonstrou que é capaz de reconstruir o país, depois da devastação anterior, promovida pelos governos neoliberais de Collor, Itamar e FHC. Foi o seu governo que superou a prolongada e profunda recessão promovida por aqueles governos, resgatou o Estado, construiu uma política externa de integração.
Defender os direitos políticos do Lula não é assim uma ação de proteção de um individuo, por mais importante que ele seja. É defender o resgate da esperança e da auto estima dos brasileiros, é defender a capacidade do Brasil de resgatar seu potencial de crescimento econômico, paralelamente à democratização social.
Por isso, a direita, que só pode se impor destruindo a esperança e a auto estima dos brasileiros, precisa destruir o Lula, porque ele representa exatamente isso. Suas palavras expressam como o país se meteu, pelo golpe, numa via radicalmente equivocada, e que precisa, urgentemente, ser reconstruído, retomando os caminhos virtuosos pelos quais Lula nos fez transitar.
Lula não é hoje apenas um líder da esquerda, um estadista com prestígio internacional, ele é a esperança de que o Brasil possa retomar um caminho de democracia, de desenvolvimento com justiça social e de soberania política externa.

2016: ano do vira-lata


Normalmente, países costumam ser destruídos por guerras. Sejam intestinas ou agressões eternas, as guerras deixam um rastro terrível de destruição que pode retroceder o desenvolvimento de um país em décadas. A destruição é ainda maior quando o Estado Nação fica muito fragilizado e o país se torna presa fácil de interesses externos.  
Os recentes casos de países do Grande Oriente Médio, como Iraque e Líbia, são emblemáticos. Hoje, tais países não passam de territórios controlados por diferentes grupos armados, abertos à “predação” internacional sem controle.
Mas há casos em que países são destruídos ou fragilizados por meios pacíficos e sutis. Sem sangue. Sem que seja necessário disparar um tiro.
É o caso do Brasil. Com efeito, o ano de 2016 ficará conhecido como o ano em que o Brasil se autoimplodiu. O ano em que “chutamos a escada” do nosso próprio desenvolvimento.
Tudo começou com a implosão da nossa democracia, com o álibi inventado das “pedaladas fiscais” e a desculpa esfarrapada do “combate à corrupção”.  Isso permitiu que a presidenta honesta fosse afastada para dar lugar à amálgama política canhestra da hipercorrupta “turma da sangria” com os interesses do capital internacionalizado e “financeirizado” e da mídia oligárquica.
Mesmo sem nenhuma legitimidade e nenhum voto, esse “Frankenstein” político do golpe tomou rapidamente decisões estruturantes que reverterão todo o progresso social e econômico obtido em anos recentes e comprometerão, talvez de forma definitiva, a possibilidade de o Brasil se converter num país plenamente desenvolvido.
Tais decisões, explicitadas na “Pinguela para o Passado”, de fato implodirão todos os vetores, recursos e mecanismos que o Brasil dispõe para alavancar seu desenvolvimento econômico e social. Não se trata apenas de promover um óbvio retrocesso social, em nome da redução dos custos do trabalho e do nosso incipiente Estado do Bem Estar, mas de limar a possibilidade do país promover um ciclo de autêntico desenvolvimento, em nome de aposta insana num modelo econômico ultraneoliberal, concentrador, excludente e antinacional.
O primeiro mecanismo a ser abatido por esse modelo fracassado, que não tem mais apoio nem mesmo no FMI, é o do mercado interno.
Ao contrário do que se diz, os extraordinários progressos que o Brasil fez no início deste século não se basearam, de modo decisivo, nas exportações e no “boom das commodities”. O crescimento substancial das exportações foi vital para superação da vulnerabilidade externa da economia e para o acúmulo de grandes reservas internacionais, que nos transformou de devedor em credor externo.  Mas o eixo estratégico do nosso ciclo de desenvolvimento recente foi a dinamização do mercado interno de consumo de massa.  
A contribuição das exportações para o crescimento do PIB só foi significativa no período de 2001 a 2005, durante o qual elas se igualaram ao consumo das famílias, no estímulo a atividade econômica. Já no período 2006- 2010, para um crescimento de médio de 4,51% ao ano, o consumo das famílias contribuiu com 2,66 pontos percentuais, ao passo que as exportações contribuíram com somente 0,22 pontos percentuais, abaixo também da formação bruta de capital (1,07 p.p.) e do consumo do governo (0,55 p.p.). E, no período 2011 a 2015, para um crescimento médio de 1,05% (por causa da queda em 2015), o consumo das famílias respondeu por 0,95 pontos percentuais, ao passo que as exportações responderam por apenas 0,25 pontos percentuais.
O Brasil, um país continental com mais de 200 milhões de habitantes, não pode se desenvolver plenamente sem a dinamização desse mercado, ainda mais numa conjuntura de estagnação do comércio internacional.
Nos períodos mencionados, a dinamização do mercado interno de consumo se deu por quatro vertentes: as políticas sociais distributivas, com programas como o Bolsa Família e do Benefício de Prestação Continuada, o aumento real do salário mínimo em mais de 70%, a substancial geração de mais de 20 milhões de empregos formais e a forte expansão do crédito popular, graças à atuação dos bancos públicos. Em virtude esses fatores, o volume do comércio varejista aumentou mais de 100%, em apenas 8 anos.
Ora, o modelo ultraneoliberal do golpe está fazendo o oposto. Pretende diminuir substancialmente o alcance das políticas sociais, acabar com a política de valorização do salário mínimo, desvincular o salário mínimo de benefícios previdenciários e assistenciais, restringir o crédito pela amputação ou privatização dos bancos públicos e implementar, como regra, a precarização das relações trabalhistas.
Com efeito, todas as medidas aprovadas ou anunciadas até agora, a PEC 55, a PEC da Previdência e as novas normas trabalhistas, conduzem à desconstrução massiva dos direitos sociais e trabalhistas assegurados na Constituição 88 e na CLT. É que o golpe trabalha com a lógica de que é preciso diminuir os custos previdenciários, sociais e trabalhistas para que o Brasil possa crescer. O golpe aposta no retorno da desigualdade, da pobreza e da precariedade laboral como elementos indutores do investimento privado. Trata-se do oposto ao que fizemos no início deste século e do que uma parte dos países desenvolvidos, com o apoio do FMI, tenta fazer agora.
Assim, com o modelo ultraneoliberal do golpe, a redução da demanda interna, que hoje é apenas conjuntural, se tornará estrutural. Dentro desse modelo, poderemos ter até espasmos de crescimento, “voos de galinha”, mas jamais um ciclo de desenvolvimento sustentado que promova o bem-estar de todos os brasileiros.
Outro vetor importante para o nosso desenvolvimento que o golpe vai destruir é o do Estado como estimulador da atividade econômica. A PEC 55, em particular, impedirá novos investimentos estatais em educação, saúde, infraestrutura, ciência e tecnologia, defesa nacional, etc. por longos 20 anos, mas não impedirá o pagamento dos maiores juros do mundo aos abonados rentistas, bem como a oferta desinteressada de presentinhos modestos a amigos, como os R$ 100 bilhões às teles, e a compra necessária de mimos inocentes com sabor a Häagen-Dazs. Além disso, haverá a “privatização de tudo o que for possível”, isto é, de tudo, mesmo. Petrobras, pré-sal, Banco do Brasil, Caixa Econômica, terras e tudo o mais entrarão, mais cedo ou mais tarde, fatiados ou não, no grande balcão de negócios do golpe. Com isso, o Brasil perderá instrumentos insubstituíveis para a alavancagem de seu desenvolvimento.
Aliás, a substancial redução do papel do BNDES como banco de desenvolvimento e a destruição da cadeia de petróleo e gás, inclusive da política de conteúdo nacional, já retiram do Estado brasileiro mecanismos vitais para o estímulo à atividade econômica.  
Não há país que tenha se desenvolvido sem um forte estímulo estatal à atividade econômica. O Brasil não será exceção.
Mas a redução estrutural do mercado interno e a destruição dos mecanismos estatais de indução ao desenvolvimento não são os fatores decisivos para a fragilização do nosso Estado Nação.
O fator realmente decisivo é externo.
O golpe tem uma agenda geopolítica implícita. Trata-se de extinguir diretrizes vitais da antiga política externa altiva e ativa, como a da integração regional via Mercosul, a da cooperação Sul-Sul, a das alianças estratégicas com os BRICS, a da reaproximação à África e ao Oriente Médio, etc. Essas diretrizes nos transformaram de país frágil e periférico da década de 1990 em ator internacional de primeira grandeza, com espaço de relevo assegurado em todos os foros internacionais e com interesses próprios e independentes bem definidos.
Na realidade, o objetivo maior do golpe é reinserir o Brasil na órbita dos interesses geoestratégicos dos EUA e aliados e abrir nossa economia às necessidades do capital financeiro globalizado e das “cadeias mundiais de valor”.
Isso não é teoria de conspiração. É somente a dura realidade da implacável e óbvia luta geopolítica que se desenvolve hoje no mundo. Quem não consegue entender isso, não conseguirá entender nada.
O fato concreto é que o golpe vem apequenando o Brasil em todos os sentidos. O pior, contudo, é que esse processo de fragilização do nosso Estado Nação não foi imposto pela força. Foi alegremente assumido por setores importantes das nossas “elites”.
Em particular, os procuradores e juízes da Lava Jato deram contribuição substancial para tanto, ao destruírem, em nome da cooperação internacional no combate à corrupção, o braço empresarial da nossa política externa, que exportava serviços para o mundo, abrindo portas dos mercados para produtos brasileiros, e a base empresarial da indústria da defesa, inclusive à que tange à construção do nosso submarino nuclear. De quebra, submeteram a Petrobras a investigações externas.
Messiânicos, cooperando à margem da autoridade central prevista em acordos, julgam-se heróis de um mundo kantiano de interesses universais comuns. Na verdade, não passam de instrumentos cegos da luta “clausewitziana” que rege a geopolítica mundial.
Como a maior parte das nossas classes dirigentes e empresariais e de vastos setores da classe média, acreditam numa suposta superioridade intelectual, cultural e moral dos países hoje desenvolvidos.
Com aliados internos desse calibre, os interesses externos podem aqui se tornar hegemônicos, sem necessidade de bombas e grupos armados.
Vira-latas se autoimplodem. Não precisam de disciplinamento. Ante quaisquer gestos de aceitação, de cooperação, abanam os rabos para seus donos.
O ano de 2016 foi o ano em que, além de toda a tragédia política e social, o Brasil se autoimplodiu. Implodiu seu futuro de país plenamente desenvolvido.
O ano de 2016 foi o ano do vira-lata.

12.30.2016

No salário-mínimo, mais uma mesquinharia de Temer




Marcelo Camargo/Agência Brasil

A lei orçamentária aprovada para 2017 previu um reajuste do salário-mínimo de R$ 880,00 para R$ 945,80, com base na inflação projetada de 7,5%.
Como ela fechará menor, em 6,74%, o decreto de Temer, assinado ontem, fixando o novo valor, expurgou a diferença no índice. Até ai tudo bem. Mas além desta adequação, o governo fez outro ajuste que levou ao encolhimento do valor do novo mínimo para R$ 937,00. A diferença de R$ 8.80 entre o valor aprovado pelo Congresso na lei orçamentária e o valor fixado por Temer deriva da queda na inflação e também de um expurgo retroativo, revelador da mesquinharia social do governo.
Trata-se de R$ 2,29, que seria, segundo o Ministério do Planejamento,  "resultante da diferença entre o valor observado para o INPC em 2015 e a estimativa aplicada para o cálculo do reajuste do salário mínimo para 2016".  Ou seja, o salário-mínimo do ano que está acabando, fixado ainda pelo governo Dilma Rousseff, teria ficado R$ 2,29 maior do que o devido e agora o governo cobra a diferença,  Pode ser legal mas é altamente anti-social valer-se de um suposto erro de cálculo passado, de exercício já findo, para dar uma “garfadinha” no rendimento dos mais pobres entre os mais pobres, os trabalhadores e os aposentados que recebem apenas um salário-mínimo.
A lei em vigor sobre o assunto, fixada pelo governo Lula, e que garantiu o maior crescimento real do salário-mínimo desde sua criação, diz que a correção deve levar em conta a inflação e o crescimento do PIB no ano anterior, Como estamos numa recessão, com crescimento negativo, prevalece apenas a correção pela inflação. Ou seja, nada de crescimento real.  Também por isso são os mais pobres que estão pagando mais pela recessão de Temer e Meirelles.

Privatização do aquífero Guarani, nossa maior reserva de água, será da Coca-Cola ou da Nestlé

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As negociações com os principais conglomerados transnacionais do setor, entre elas a Nestlé e a Coca-Cola, seguem “a passos largos”.


Representantes destas companhias têm realizado encontros reservados com autoridades do atual governo, Michel Temer, no sentido de formular procedimentos necessários à exploração pelas empresas privadas de mananciais, principalmente no Aquífero Guarani, em contratos de concessão para mais de 100 anos.


A primeira conversa pública acerca deste e de outros setores que tendem a seguir para a iniciativa privada estava prevista o dia 25, mesmo dia em que foi aberto o processo de votação do impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Esta coincidência foi fatal para o adiamento da reunião.

O anúncio deve conter uma lista de concessões mais “imediatas”, como as concessões dos aeroportos de Porto Alegre (RS), Florianópolis (SC), Salvador (BA) e Fortaleza (CE) e dos terminais de passageiros dos portos de Fortaleza e Recife (PE). Além disso, deve haver uma outra relação de projetos a serem concedidos ou privatizados no médio prazo, com leilões que podem ocorrer em até um ano, como das distribuidoras de energia da Eletrobras e dos mananciais de água doce.

Fator estratégico
A relevância de um dos maiores mananciais mundial de água doce é tamanha que, há décadas, tem sido alvo da especulação quanto ao seu uso e exploração. O Projeto de Proteção Ambiental e Desenvolvimento Sustentável do Sistema Aquífero Guarani, conhecido por Projeto Aquífero Guarani (SAG), da ANA, foi criado com o propósito de apoiar Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai na elaboração e implementação de um marco legal e técnico de gerenciamento e preservação do Aquífero Guarani para as gerações presentes e futuras. Após a vitória dos conservadores na Argentina e os golpes de Estado por orientação da ultradireita, tanto no Paraguai quanto no Brasil, restou ao Uruguai votar contra a privatização do aquífero.

Esse projeto foi executado com recursos do Global Environment Facility (GEF), sendo o Banco Mundial a agência implementadora e a Organização dos Estados Americanos (OEA) a agência executora internacional. A GEF, no entanto, mantém laços muito próximos às grandes corporações.
Privatização do aquífero Guarani, nossa maior reserva de água será da Coca-Cola ou da Nestlé
Com área total de 1,2 milhões de km², dois terços da reserva estão em território brasileiro, no subsolo dos Estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. “A importância estratégica do Aquífero para o abastecer as gerações futuras desperta atenção de grupos de diferentes setores em todo o mundo”, afirma documento da Organização de Direitos Humanos Terra de Direitos.

“A sociedade civil organizada está atenta às possíveis estratégias de privatização de grupos econômicos transnacionais. Uma vez que, em 2003, a Organização dos Estados Americanos (OEA) e o Banco Mundial, através do Fundo Mundial do Meio Ambiente (GEF), implementaram o projeto de Proteção Ambiental e Desenvolvimento Sustentável que visa reunir e desenvolver pesquisas sobre o Aquífero Guarani, com objetivo de implementar um modelo institucional, legal e técnico comum para países do Mercosul”, acrescenta.

12.29.2016

MINISTRO PODERÀ ESCOLHER TANIA ARAÚJO-JORGE

Fiocruz tem novo presidente: Tania Araújo-Jorge

por Ilimar Franco
Tania Araújo-Jorge
A médica e pesquisadora da Fiocruz, Tania Cremonini de Araújo-Jorge, será a nova presidente da Fundação. Sua nomeação será publicada, no Diário Oficial da União, da próxima segunda-feira.
Pesquisadora da Fiocruz desde 1983, foi chefe de laboratório e de departamento (1991-2005) e integrou o coletivo da diretoria da Asfoc (1997-98) e na direção do Instituto Oswaldo Cruz (2005-13).
A Fundação Oswaldo Cruz teve sua origem em 25 de maio de 1900, com a criação do Instituto Soroterápico Federal, na fazenda de Manguinhos, na zona norte do Rio de Janeiro. Ele foi criado para fabricar soros e vacinas contra a peste bubônica.
E depois, sob o comando de Oswaldo Cruz (médico bacteriologista), o Instituto foi responsável pela reforma sanitária que erradicou a epidemia de peste bubônica e a febre amarela da cidade do Rio.
Tania foi a segunda colocada em votação entre os funcionários da instituição. Ela recebeu 1.695 votos como primeira opção e 656 com segunda opção. A mais votada foi Nísia Trindade, que fez 2.556 votos em primeira opção e 534 votos em segunda opção.

12.28.2016

Folha já abre espaço para a degola de Temer


247 – Rejeitado por pelo menos 77% dos brasileiros, Michel Temer, se souber ler as entrelinhas dos jornais, já pode se preparar para deixar a presidência em 2017.
Ao noticiar a operação de busca e apreensão nas gráficas que atuaram na campanha presidencial de 2014, Folha de S. Paulo manchetou que o alvo foi a "campanha de Temer",  e não a "campanha de Dilma" ou "Dilma-Temer", como seria normal.
A sutileza significa que o objetivo da ação movida pelo PSDB no Tribunal Superior Eleitoral será a cassação de Temer.
A questão é saber se depois do chamado "golpe dentro do golpe", o Brasil terá eleições diretas, como querem 63% dos brasileiros, segundo o Datafolha, ou indiretas, com um novo presidente escolhido por um Congresso com mais de 200 parlamentares investigados.
Leia, abaixo, artigo de Esmael Morais, em que ele diz que a PF trabalha pela cassação de Temer:
PF trabalha pela cassação de Temer
Por Esmael Morais
A Polícia Federal realização ação nesta terça (27) em empresas que trabalharam pela chapa de Dilma Rousseff e Michel Temer, em 2014.
A PF está nas ruas hoje por determinação do Tribunal Superior Eleitoral. É o golpe dentro do golpe em acelerada marcha.
O ilegítimo Temer deverá ser cassado até 31 de março de 2017, daí, segundo cálculos de golpistas, o Congresso Nacional elegerá indiretamente o novo presidente da República.
Por outro lado, brasileiros comprometidos com a democracia defendem eleição direta já para presidente. Ou seja, só o povo é soberano para fazer a escolha de rumo do país

Temer "é uma piada pronta"


Pernambuco 247 - O líder do PT no senado, Humberto Costa, criticou a fala do presidente Michel Temer, que afirmou, na última terça-feira (27), durante visita a Alagoas, que pretende ser "o maior presidente que o Nordeste já teve". "É uma piada pronta, pois ao contrário do que o golpista diz, o que temos visto é a redução de recursos para o Nordeste", disse o senador.
Humberto lembrou o tema da negociação do Governo Federal com a dívida dos estados brasileiros como o exemplo do tratamento dado por Temer à região. "Os estados nordestinos, que sempre cumpriram religiosamente a lei de Responsabilidade Fiscal, não tiveram qualquer tratamento especial por parte do governo. Como é que ele tem a coragem de vir à região e falar uma barbaridade dessas? É pra rir mesmo", ironizou.
Para o senador petista, nem agora nem nunca o "governo não eleito de Michel Temer" poderá ser comparado às ações prioritárias das gestões de Lula e Dilma. "O Brasil e, em especial, o Nordeste cresceram durante os governos do PT. Foram milhares de ações que transformaram a vida dos mais necessitados. A desigualdade social caiu vertiginosamente. Uma prova disso é cerca de 10% dos mais pobres tiveram crescimento de renda quase três vezes maior que os 10% dos mais ricos", assinalou.
Humberto lembrou as ações voltadas para o Nordeste e Pernambuco. "O presidente Lula trouxe a Refinaria, o Estaleiro, a Hemobrás e promoveu tantas outras ações como o fortalecimento de políticas sociais a exemplo dos programas Luz para Todos, do Minha Casa Minha Vida e do próprio Bolsa-Família. Não tem como Temer se comparar", analisou o senador.
O líder do PT também falou sobre as políticas de arrocho de Temer para os trabalhadores e as propostas de emenda que reduzem drasticamente os investimentos e que vão prejudicar todos os brasileiros. "Além de todo o processo de desmonte de políticas públicas importantes, como a política de educação, assistência social e da própria política habitacional, ainda temos a PEC 55 que congela os gastos durante 20 anos e as reformas da Previdência e Trabalhista", criticou Humberto Costa.
*Com informações da Assessoria de Imprensa

Governador da Paraíba lança pacto por diretas

WSCOM- "Em caso de prosperar a cassação de toda a chapa presidencial vencedora de 2014 não há remédio paliativo, daí a importância de um Pacto nacional ajustando calendários para a realização de eleições diretas como solução mais consistente". Esta é a opinião do governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), analisando a hipótese da chapa Dilma/Temer ser cassada pelo TSE em 2017.
Ele avalia que o ex-ministro da Fazenda, Ciro Gomes, cumpre papel importante na conjuntura como pré-candidato a presidente da República. Para ele, o PSB precisa se recompor com sua história retomando o projeto político no campo progressista e apresentando uma proposta para o Brasil.
Lembrado pela cúpula do PSB em face da gestão de resultados positivos e como nome do partido para 2018, o governador desvia e pouco fala sobre assunto preferindo focar o discurso na necessidade da legenda retomar o campo progressista saindo da condição co-adjuvante do PSDB precisando ampliar o diálogo e.construir um projeto de Governo do Pais.
"A situação está se agravando a cada dia com governos sem saber o que vai acontecer no mês seguinte ou quem será a vítima do mês", avaliou o governador projetando "tempos ainda mais difíceis em 2017, por isso a necessidade de estabelecer um Pacto para evitar maiores retrocessos".
Sobre Ciro Gomes, ele observa que o ex-governador do Ceará é um dos mais preparados homens públicos na discussão sobre os rumos do Brasil e minimiza a fama de estourado do líder cearense.
"O estilo dele precisa sem encarado como forma verdadeira de ser, mas nada atrapalha sua participação importante no debate sobre o País", afirmou.

LULA LADRÃO'?????

(Por César Moura) - "Confesso que durante muito tempo desconfiei realmente que o ex-presidente Lula estava pessoalmente implicado nessa roubalheira que tem acometido o Brasil desde sempre, mas que recrudesceu do governo FHC para cá - não em quantidade, mas em visibilidade. A contribuir para tal desconfiança - quase convicção - havia aquela sensação difusa de que todo político é desonesto, somada ao fato de que o Lula fechou os olhos para os esquemas de corrupção de sua base aliada. Mídia e vários colegas da vida real e do facebook só ajudaram a reforçar cada vez mais essa desconfiança: "Como pode todo mundo roubar e só o comandante maior não"? Enfim, a desconfiança foi ficando tão forte, que não seria fácil demovê-la. Somente as ações de um obstinado juiz para conseguir me provar que o ex-presidente não roubou junto com sua base aliada. Sempre ajudado por aloprados delegados da PF e membros do ministério público, o incansável juiz, em uma verdadeira cruzada ideológica, proporcionou ao vivo, em cores e muitas vezes em tempo real, uma devassa geral na vida do ex-presidente. Hoje, após três anos de muitos confiscos de computadores, quebras de sigilo fiscal, telefônico e bancário, grampos ilegais, condução coercitiva e até depoimentos de delatores de várias estirpes, nenhuma única prova foi encontrada a incriminá-lo. Na realidade, o mais perto que chegaram foi um conjunto de lâminas do mais tosco powerpoint, repletas de convicções, mas zero provas. No rastro dessa devassa, iam-se descobrindo, meio a contragosto da PF, MP e do próprio Moro, contundentes provas da existência de alguns icebergs da corrupção política nacional, cujas pontas são 23 milhões de um Serra aqui, 10 milhões de um Temer ali, milhões e milhões de um Cunha e família acolá, além do indefectível Aécio, que conseguiu a proeza estar em todas as delações. Assim, agradeço o infatigável juiz pelas robustas provas da inocência do Lula e, consequentemente, por ter restabelecido em mim a confiança de que meu voto em 2018 está em boas mãos".

Chico fala tudo

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Dilma pede acesso urgente a documentação colhida pela PF



: <p>Dilma Rousseff</p>
Defesa da ex-presidente Dilma Rousseff protocolou uma petição no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para ter acesso urgente às provas produzidas nas diligências realizadas pela força-tarefa que investiga as contas da chapa Dilma-Temer em 2014; "Causa perplexidade que tal decisão permita que sejam colhidos depoimentos pelo juiz auxiliar, em sede do Poder Judiciário, sem o indispensável acompanhamento pelos advogados das partes, violando o princípio da ampla defesa e do contraditório", destacaram os advogados; nesta terça-feira (27), três gráficas que prestaram serviço à chapa Dilma-Temer foram alvo de diligências da Polícia Federal (PF), a pedido do TSE

Felipe Pontes, repórter da Agência Brasil - A defesa da ex-presidente Dilma Rousseff protocolou uma petição no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para ter acesso urgente às provas produzidas nas diligências realizadas ontem (27) pela força-tarefa que investiga as contas da chapa Dilma-Temer em 2014.
Na petição, protocolada na noite de ontem (27), os advogados Arnaldo Versiani, Flavio Caetano e Renato Moura Franco afirmam a perplexidade da defesa pelo fato de as diligências terem sido autorizadas durante o recesso do Poder Judiciário, sem o acompanhamento de auxiliares dos acusados.
Eles também questionam a decisão do relator da ação, ministro Herman Benjamin, que determinou a audiência de pessoas físicas envolvidas diante do juiz auxiliar, Bruno Lorencini, sem que as partes envolvidas no processo estivessem presentes ou fossem intimadas.
"Causa perplexidade que tal decisão permita que sejam colhidos depoimentos pelo juiz auxiliar, em sede do Poder Judiciario, sem o indispensável acompanhamento pelos advogados das partes, violando o princípio da ampla defesa e do contraditório", escreveram os advogados de Dilma.
Eles pedem ainda que qualquer perícia em documentos colhidos nas diligências, a ser realizada pela força-tarefa que trabalha no caso, não seja feita sem o acompanhamento de auxiliares técnicos das partes envolvidas no processo (risco de ser plantado algum documento, que possa vir a comprometer à presidente eleita  Dilma Rousseff).
Ontem (27), três gráficas que prestaram serviço à chapa Dilma-Temer foram alvo de diligências da Polícia Federal (PF), a pedido do TSE. O ministro Herman Benjamin ordenou ainda a quebra de sigilo de 15 pessoas físicas e jurídicas, que segundo ele "demonstraram indícios de irregularidades nos dispêndios eleitorais".
Pouco depois das diligências, a defesa de Dilma divulgou nota criticando a decisão do ministro e afirmando que a contratação das gráficas em 2014 atendeu a todos os requisitos legais e de prestação de contas.
Segundo a defesa, falta à Justiça analisar mais de 8 mil documentos, em 37 volumes, que comprovam a legalidade dos serviços prestados.
Ontem, após participar de evento em Maceió, o presidente Michel Temer disse que a operação da PF não o preocupa. "Isso é natural. Não há nenhuma irregularidade nisso. A investigação segue adiante com depoimentos, perícias, fatos como esse que visam instruir processo que está no Tribunal Superior. Nenhuma preocupação."

CLARICE LINSPECTOR (FRASES)


-O que verdadeiramente somos é aquilo que o impossível cria em nós.

-Minha alma tem o peso da luz. Tem o peso da música. Tem o peso da palavra nunca dita, prestes
 quem sabe a ser dita. Tem o peso de uma lembrança. Tem o peso de uma saudade. Tem o peso de
 um olhar. Pesa como pesa uma ausência. E a lágrima que não se chorou. Tem o imaterial peso da
solidão no meio de outros.

-Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento.

-Minha força está na solidão. Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem de grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite.

 -Sou como você me vê.
Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania,
Depende de quando e como você me vê passar.

-Liberdade é pouco. O que eu desejo ainda não tem nome.

Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato...
Ou toca, ou não toca.

-É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo.

-Ela acreditava em anjo e, porque acreditava, eles existiam.

-Não tenho tempo para mais nada, ser feliz me consome muito.

-Terei toda a aparência de quem falhou, e só eu saberei se foi a falha necessária.

-Amar os outros é a única salvação individual que conheço: ninguém estará perdido se der amor e às vezes receber amor em troca.

-"Sonhe com o que você quiser. Vá para onde você queira ir.
Seja o que você quer ser, porque você possui apenas uma vida
e nela só temos uma chance de fazer aquilo que queremos.
Tenha felicidade bastante para fazê-la doce. Dificuldades para fazê-la forte. 


Tristeza para fazê-la humana. E esperança suficiente para fazê-la feliz."

-Terei toda a aparência de quem falhou, e só eu saberei se foi a falha necessária.

-Tenho várias caras. Uma é quase bonita, outra é quase feia. Sou um o quê? Um quase tudo.

-E nem entendo aquilo que entendo: pois estou infinitamente maior que eu mesma, e não me alcanço.

-O que importa afinal, viver ou saber que se está vivendo?

--Sinto a falta dele como se me faltasse um dente na frente:excruciante

-Liberdade é pouco. O que eu desejo ainda não tem nome.

-Perder-se também é caminho.

-Gosto do modo carinhoso do inacabado, do malfeito, daquilo que desajeitadamente tenta um pequeno vôo e cai sem graça no chão.

-Fique de vez em quando só, senão será submergido. Até o amor excessivo pode submergir uma pessoa.

-Faça com que eu saiba ficar com o nada e mesmo assim me sentir como se estivesse pleno de tudo...

-“Acho que devemos fazer coisa proibida – senão sufocamos.
Mas sem sentimento de culpa e sim como aviso de que somos livres.”

-Minhas desequilibradas palavras são o luxo do meu silêncio.

Sou como você me vê,
posso ser leve como uma brisa,
ou forte como uma ventania,
depende de quando,
e como você me vê passar.

-As pessoas mais felizes não têm as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor das oportunidades que aparecem em seus caminhos.

-O que é verdadeiramente imoral é ter desistido de si mesmo.

-Sou um monte intransponível no meu próprio caminho. Mas às vezes por uma palavra tua ou por uma palavra lida, de repente tudo se esclarece.

Clarice Lispector

2017, um ano que promete! Esquerda vem mais forte.



Roberto Stuckert Filho/PR

“Se você vai passar pelo inferno, não pare de andar.”  (Winston Churchill)

O que falar de 2016? Para nós, que prezamos a democracia e um Estado de bem-estar social, foi um ano de muitas decepções, de muitas tristezas. Um ano que começou sob o manto da mentira e da hipocrisia daqueles que se aliaram ao que há de mais sórdido na prática política, e termina com as imprevisíveis e temerosas consequências resultantes desse espetáculo de insensatez.

Tivemos um duro golpe contra a nossa Constituição, contra a vontade soberana do povo, com a derrubada da presidenta Dilma do poder. Ela sofreu um longo processo de execração pública, mesmo não tendo cometido crime de responsabilidade ou qualquer delito que justificasse seu afastamento. Foi banida, sobretudo, porque parte da elite, a que domina o capital e os privilégios, não tolera o avanço das classes mais baixas. Afinal, como já escreveu alguém, ao desdenhar desses avanços, qual a graça de ir ao aeroporto e correr o risco de encontrar o porteiro do prédio onde mora embarcando para uma viagem? O ódio de classe foi canalizado para o verde e amarelo do combate à corrupção, apenas a um partido, é claro, ficando politicamente correto.

Aí, como alertamos, o golpe é continuado! Veio a PEC 55 para desmontar a Constituição de 1988 e garantir um Estado "enxuto", retirando direitos e reduzindo investimentos; assegurando, contudo, que o sistema financeiro não perca. Depois, a reforma da previdência, que desmonta todas as conquistas de proteção aos mais pobres e aos trabalhadores e, para fechar o ano em grande estilo neoliberal, a reforma trabalhista solicitada pelo capital.

Na outra linha desse golpe continuado, tivemos a vergonhosa caçada e perseguição ao presidente Lula. Aliás, bastou sair uma pesquisa dizendo que ele estava em primeiro lugar na intenção de votos da população para que o ativismo político de setores do Ministério Publico e do Judiciário voltasse com toda força, em mais denúncias e indiciamentos inconsistentes. Não é possível uma liderança como o presidente Lula sofrer, junto com a sua família, um processo de perseguição tão mesquinho e revoltante. Os pesos e medidas do sistema judiciário e da mídia são diferentes, dependendo da pessoa!

Então, o que esperar ou propor para 2017?  Com certeza não teremos notícias alvissareiras. Mas podemos fazer alvissareira a nossa caminhada. Será um ano esplendoroso para luta e resistência. Será um ano de grande participação popular em defesa de direitos e conquistas. Um ano para mostrar as diferenças do Brasil inclusivo e do Brasil excludente. Será um ano de aprendizado para todos nós! De defesa intransigente da democracia.

Um ano para devolver ao povo o direito de definir quem o governará, a partir de qual programa e de quais alianças. Um ano para resgatar a política como instrumento efetivo de mudanças na sociedade; de cobrar transparência de todas as instituições, inclusive aquelas que se julgam arautos da moralidade. Um ano para descobrir e enfrentar a falsidade de grupos midiáticos que têm lado, interesse e manipulam grande parte da opinião pública a seu favor. Será um ano voltado para a coragem e para a caminhada firme e constante em busca de resgatar o Brasil de justiça que estávamos construindo.

Não será um ano para lamentos. Será um ano de ação! Ação em favor do Brasil, para mostrar que há caminho diferente, melhor e necessário para nossa economia trilhar. A austeridade como finalidade única só interessa àqueles que têm dinheiro acumulado, grande fortunas, ganham com o rentismo e não com o trabalho. Esse modelo de economia que estão implantando no país não será aceito pacificamente pelo povo. O Brasil já experimentou outro caminho, foi anestesiado por campanhas enganosas que esconderam os avanços. Mas agora que o povo está experimentando o gosto amargo dos ajustes que a elite impõe, não aceitará!

Por isso estou otimista, vamos lutar e resistir. Sem parar de andar!

SELEÇÃO DE NOTÍCIAS 247




Nota de falecimento: a engenharia nacional morreu

"A Engenharia Brasileira está morta. Será cremada no altar da Jurisprudência da Destruição, do entreguismo e da ortodoxia econômica. Suas cinzas serão sepultadas em hora e local a serem anunciados no decorrer deste ano de 2017", anuncia o jornalista Mauro Santayanna;"Foi ferida de morte por um sistema judiciário que pretende condenar, a priori, qualquer contato entre empresas privadas e o setor público, e desenvolveu uma Jurisprudência da Destruição de caráter descaradamente político, que não concebe punir corruptos sem destruir grandes empresas, desempregar milhares de pais de família, interromper e destroçar dezenas de projetos estratégicos"; um dos projetos abandonados é o do submarino nuclear

Lula defende mais crédito e PEC das diretas já

O ex-presidente Lula publicou vídeo nesta quarta (28) nas redes sociais no qual apresenta a receita para o Brasil superar a atual crise econômica e política; ele defende o aumento nos investimentos e na liberação do crédito e afirma que "para o país voltar a crescer é preciso ter um presidente eleito democraticamente pelo povo"; "Como a gente não pode esperar até 2018, quem sabe a gente não faz uma PEC e antecipa as eleições", diz; "O Brasil depende de sua própria força. Acho que tem solução, e ela vem com mais democracia, mais participação, mais investimento e mais crédito. É preciso que o país volte a discutir crescimento e desenvolvimento", reforça; confira o vídeo






Petrobras não cumpre meta e Parente eleva venda de ativos para US$ 21 bi

: <p>Presidente da Petrobras, Pedro Parente</p>
Petrobras fechará o ano sem conseguir alcançar a meta US$ 15,1 bilhões de desinvestimentos previstos para o período 2015/16 e, com isso, elevará o objetivo de venda de ativos para o biênio 2017/18 para 21 bilhões de dólares, programa de venda de ativos da estatal, atualmente comandada por Pedro Parente, no biênio 2015/16 chegou a US$ 13,6 bilhões de dólares, após a companhia anunciar nesta quarta-feira (28) a venda de dois ativos no valor total de US$ 587 milhões

George Marques: por que Aécio depôs sem plantão da Globo?

: <p>Aécio</p>
"Sem alarde e espetacularização da imprensa, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) depôs na sede da Polícia Federal no inquérito que investiga maquiagem de dados da CPI dos Correios, de 2005", diz o jornalista George Marques; "É de se estranhar, no entanto, que o depoimento de Aécio não teve plantão na Globo, cobertura de meia em meia hora ou sequer algum helicóptero sobrevoando o local"  
 
Pedro Parente vende ativos da Petrobras a preço de banana  

: <p>Presidente da Petrobras, Pedro Parente, e Petroquímica Suape</p>
Conselho de Administração da Petrobras aprovou a assinatura de contrato de venda da Petroquímica Suape e da Companhia Integrada Têxtil de Pernambuco (Citepe) para o Grupo Petrotemex e a Dak Americas Exterior, subsidiárias da Alpek; valor total da venda é de US$ 385 milhões; venda do ativo faz parte do plano de desinvestimentos 2015/16 da estatal levado a cabo pelo presidente da companhia, Pedro Parente






O governo anunciou nesta quarta-feira que vai antecipar para sexta (30) o repasse dos recursos de repatriação aos municípios; segundo o Ministério da Fazenda, as ordens de pagamento serão emitidas amanhã p  Golpistasara que os municípios possam contabilizar os recursos ainda neste ano; serão pagos R$ 4,449 bilhões; a Frente Nacional de Municípios (FNP) e o PSB chegaram a entrar com ação no Supremo Tribunal Federal para antecipar o recebimento desses recursos, mas a corte negou o pedido ontem (27)

O jogo de cena no TSE

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"O que está em curso no TSE, na ação que pede a cassação da chapa Dilma-Temer, é um espetáculo farsesco destinado a manter Temer no governo, seja pela absolvição, seja pelo decurso de prazo para as providências de sua substituição. O país continuará sendo sangrado pela instabilidade e a incerteza mas, como no golpe, dane-se o país"; a avaliação é da colunista Tereza Cruvinel; ela ressalta que a ação da Polícia Federal nas gráficas que trabalharam para a campanha presidencial de 2014 vai encontro do plano de Temer de procrastinação do julgamento até pelo menos o segundo semestre de 2017; "Aí o TSE, tal como o STF já fez no caso Renan, pode absolver a chapa, mesmo havendo provas de ilícitos, invocando a governabilidade, a estabilidade político/econômica do país e o diabo a quatro", reforça

Parente mantém feirão e vende usina de etanol para grupo francês

Flavio Emanuel/Agência Petrobras: <p>pedro parente</p>
A empresa francesa Tereos anunciou nesta quarta-feira a assinatura de um acordo para aquisição da participação de 45,97% detida pela Petrobras na Guarani, por meio de sua subsidiária Petrobras Biocombustível, pelo valor de US$ 202 milhões; através desta transação, a Tereos, que já detinha 54,03% do capital social da Guarani, aumentará sua participação para 100%, tornando-se assim a única acionista da Companhia






Sem Judiciário, delação da Odebrecht é seletiva (Só condenam não aliados)

 

PAULO GIANDALIA: <p>Brasil, S„o Paulo, SP. 16/03/2010. Emilio Odebrecht, ent„o presidente do conselho de administraÁ„o do grupo Odebrecht È visto em S„o Paulo. - CrÈdito:PAULO GIANDALIA/ESTAD√O CONTE⁄DO/AE/Codigo imagem:59313</p>
"Gaspari tem toda razão: é estranho que a tal delação do fim do mundo da Odebrecht não tenha menção a magistrados. Ou será que por puro e doloso corporativismo, Moro e seus 'implacáveis' colaboradores do MP nada perguntaram sobre o assunto?", questiona o jornalista Ricardo Bruno, ao comentar a delação da empreiteira de Emílio Odebrecht

DEM elabora dois pareceres para garantir reeleição de Maia

LUIS MACEDO/ Câmara dos Deputados: <p>rodrigo maia</p>
O Democratas PFL (DEM) elaborou dois pareceres jurídicos para rebater as investidas contrárias à candidatura de reeleição de Rodrigo Maia para a presidência da Câmara dos Deputados; além da bancada de oposição, Maia enfrenta resistência de líderes de partidos aliados, incluindo legendas do chamado 'Centrão', que apesar de dividido, ainda pretende lançar candidatura única

Os Estados Unidos prepararam os golpistas

Canalhas... Golpistas

Beto Barata Em novo artigo, o colunista Emir Sader argumenta que o governo norte-americano preparou o golpe parlamentar de 2016, da mesma forma como agiu em 1964; segundo ele, o novo método envolve a cooptação de agentes do Poder Judiciário e a manipulação de denúncias de corrupção para ferir projetos de soberania nacional; administração de Barack Obama, que tem John Kerry como secretário de estado, jamais condenou o golpe que instalou Michel Temer na presidência e José Serra no Itamaraty 


Os Estados Unidos prepararam os golpistas




Os EUA prepararam os golpistas de 1964 desde a ida das tropas brasileiras à Italia, no final da Segunda Guerra Mundial. Castelo e Branco e Golbery  foram encarregados de fundar a Escola Superior de Guerra que, com a Escola das Américas, no Panamá, formaram a alta oficialidade das FFAA brasileiras na Doutrina de Segurança Nacional – e nos métodos de tortura –, que deram as diretrizes que desembocaram no golpe de 1964 e na ditadura militar que comandou o pais durante 21 anos.
Foi a mentalidade que militarizou o Estado brasileiro, fazendo do SNI o seu eixo, para controlar e reprimir tudo o que lhes aparecesse como sintoma de conflito, de contradição, de divergência, que se enfrentasse à visão totalitária de que quem se opusesse ao Estado militar seria agente subversivo e deveria ser extirpado.
Na pós-guerra fria, com o fim do campo socialista e da URSS, os EUA buscaram seu novo inimigo, figura essencial para canalizar os males do pais em algum inimigo externo. O narcotráfico, o terrorismo, passaram a desempenhar esse papel de exorcismo para os EUA.
Como parte da luta contra o terrorismo, com toda a abrangência que George W. Bush passou a dar ao tema – que fez com que até a Tríplice Fronteira fosse incluída na lista de organizações terroristas -, desenvolveu-se um campo de atividade chamado de “contraterrorismo”, como parte da função de “policia do mundo” que os EUA assumiram quando passaram a ser a única super potência
A lavagem de dinheiro passou a fazer parte dessa ação, na suposta crença de que o terrorismo lavasse os seus recursos. Passou-se à “investigação e punição nos casos de lavagem de dinheiro, incluindo a cooperação formal e informal entre os países, confisco de bens, métodos para extrair provas, negociação de delações , uso de exame como ferramenta , e sugestões de como lidar com Organizações Não Governamentais (ONGs) suspeitas de seres usadas para financiamento ilícito”.
No seminário “Projeto Pontes: construindo pontes para a aplicação no Brasil” , - cujo teor foi revelado pelo Wikileaks, - realizado em outubro de 2009, realizado em pleno Rio de Janeiro, com a presença de autoridades norte-americanas, de formação do novo pessoal a serviço do Império, para consolidar treinamento bilateral de aplicação e habilidades praticas de contraterrorismo. Participavam no treinamento promotores e juízes federais de 26 estados brasileiros, além de 50 policiais federais de todos os estados entre outros, na maior delegação de países, que contava também com representantes do Mexico, da Costa Rica, da Argentina, do Panamá, do Uruguai e do Paraguai.
No meio dos trabalhos, intervém Sergio Moro, que fala sobre os  “cinco pontos mais comuns acerca da lavagem de dinheiro no Brasil”. “Os participantes requisitaram treinamento adicional, sobre a coleta de evidenciais, entrevista e interrogatório, habilidades usadas nos tribunais”.  Esse interesse se daria porque “a democracia brasileira não alcança 20 anos de idade. Assim os juízes federais, promotores e advogados brasileiros são iniciantes no processo democrático, não foram treinados em como lidar com longos processos judiciais (...) e se encontram incapazes de utilizar eficazmente o novo código criminal que foi alterado completamente”.   
O informe pede, nos resultados da reunião, que se ministrem cursos mais aprofundados em Sao Paulo, Curitiba e Campo Grande. O relatório conclui que “o setor judiciário brasileiro claramente está muito interessado na luta contra o terrorismo, mas precisa de ferramentas e treinamento para empenhar forcas eficazmente. (...) Promotores e juízes especializados conduziram no Brasil os casos mais significativos envolvendo corrupção de indivíduos de alto escalão”. 
O surgimento de governos que contrariam as orientações dos EUA foi a oportunidade para adaptar essas orientações a projetos de desestabilização desses governos, apoiado em ações que se concentrem na denúncia de supostas irregularidades cometidas por esses governos, pelos partidos que os apoiam e por seus lideres. A contribuição de Moro foi a de usar os métodos que aprenderam com os norte-americanos – que incluíam ja o uso das delações, entre outros métodos – para destruir a democracia, reconstruída depois do esgotamento das ditaduras militares, instaladas pela geração anterior de golpistas formados pelos EUA.
Os dados revelados pelo Wikileaks, a começar por essa reunião de 2009, devem ser investigados pelo Congresso brasileiro, como a mais escandalosa intervenção nos assuntos internos do pais, violando sua soberania, com a participação de membros do Judiciário e da Polícia Federal. Como preparação, pelos EUA, da nova violação da democracia brasileira, valendo-se dos seus agentes internos.

FgagaC (FHC) surpreende, diz que situação atual é “pior” do que 1964 e pede dialogo com ex-presidente Lula para conter crise


O golpe de 2016, articulado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, fracassou. O plano inicial previa a derrubada de Dilma Rousseff, o impedimento preventivo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a eventual cassação do registro do PT. Paralelamente, Michel Temer implantaria a chamada “ponte para o futuro”, a confiança retornaria e, em 2018, um tucano seria eleito para a presidência da República.
Oito meses depois do golpe, Lula lidera as pesquisas Datafolha e três presidenciáveis tucanos estão implicados na Lava Jato: José Serra por receber R$ 23 milhões na Suíça, Geraldo Alckmin acusado de ganhar R$ 2 milhões por meio do cunhado e Aécio Neves suspeito de ter despesas pessoais bancadas pelo marqueteiro.
Além disso, a “pinguela” Michel Temer fracassou. A economia brasileira foi ao fundo do poço, em razão do golpe, a imagem do Brasil, cujas elites sabotaram a democracia, foi arruinada.

É nesse contexto que FHC prepara uma guinada. Em entrevista à colunista Sonia Racy, ele sinalizou a intenção de dialogar com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Depois de dizer que a crise atual no Brasil é mais grave do que a de 1964, ele defendeu o entendimento. “É preciso que pessoas de posições diferentes conversem e retorne o bom senso. Mas quando falo em diálogo não é entre os que se entendem. É com os que não querem o diálogo”.
FHC, na realidade, nunca quis o diálogo, enquanto imaginou que o golpe seria um projeto bem-sucedido. Agora que o fracasso é evidente, ele muda de postura. De todo modo, sua posição converge com a do ex-presidente Lula, que recentemente falou à TV turca e pregou o entendimento.
“Eu acho que a melhor solução agora é os partidos políticos discutirem uma PEC, uma emenda constitucional e recuperar o direito do povo escolher o seu presidente da República outra vez pelo voto direto”, disse ele, defendendo o diálogo entre os partidos.

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