10.30.2010

MUDANÇA DE COMANDO NA GLOBO

Os estragos causados pelo episódio da bolinha de papel atirada contra o candidato José Serra são de grande monta na REDE GLOBO. A reação indignada de alguns jornalistas, em São Paulo principalmente, a preocupação com o bombardeio e desafios de outras redes em torno do noticiário do JORNAL NACIONAL sobre o episódio, tudo isso e muitos fatos outros, estão levando a direção geral do grupo a avaliar se promovem Ali Kamel para cima e afastam o todo poderoso do departamento de jornalismo, ou se simplesmente entram num acordo e Kamel vai cantar noutra freguesia.

A bolinha de papel não se desmanchou na água e acabou sendo a gota que faz transbordar.

A decisão será tomada após as eleições. Carlos Augusto Montenegro, diretor presidente do IBOPE, aumentou as preocupações do comando do grupo ao levar a informação que a bolinha de papel terá custado alguns pontos preciosos a José Serra nas intenções de votos e Dilma teria hoje algo em torno de 16% de vantagem sobre o tucano.

O temor da GLOBO não está no fato do JORNAL NACIONAL ter apresentado um parecer forjado em torno do incidente envolvendo José Serra. A mentira é intrínseca ao grupo. Mas no risco de crescimento das redes concorrentes. A RECORDE a mais próxima nos números de audiência e no que isso pode representar a curto, médio ou longo prazo para o “esquema”

O império de Roberto Marinho, pela primeira vez, parece estar sentindo o golpe, se vendo nas cordas e apostando fichas numa improvável eleição de José Serra, mesmo assim, a um preço alto demais.

Para alguns setores do comando do grupo a empresa não é como VEJA. Tem preocupações com o parecer ser e não pode entrar numa zona de turbulência sem perspectiva de uma saída tranqüila. Ou pelo menos tenta fazer crer que é diferenciada. Banditismo de estilo mais nobre. Sangue azul.

A sorte de Ali Kamel está ligada à eleição de José Serra e a própria GLOBO sabe que, a essa altura do campeonato, essa chance é mínima. Nem coelho da cartola, nem uma legião de coelhos.

E há quem entenda que o diretor de jornalismo comprometeu a credibilidade da rede e é preciso recuperá-la o mais rápido possível. O nível a que a grande mídia, GLOBO à frente, levou a campanha, o mais baixo da história das campanhas presidenciais no Brasil, pode afetar para além do JORNAL NACIONAL, do departamento de jornalismo, todo grupo.

Um episódio mais ou menos semelhante aconteceu em 1982 quando Armando Nogueira deixou o departamento de jornalismo da rede por conta do escândalo da PROCONSULT. Àquela época o fato revestiu-se de tal gravidade que algo inimaginável aconteceu. Brizola foi aos estúdios da GLOBO numa tentativa da empresa de atenuar os prejuízos causados com outra tentativa, a de fraude na totalização dos votos para o governo do estado do Rio.

Foi o primeiro momento na história de impunidade da GLOBO que a turma se viu acuada.

Kamel não age sozinho e nem monta todo esse sórdido esquema de mentira à revelia dos donos do império. Faz o que faz com aprovação dos senhores do “negócio”. A diferença é que os senhores do “negócio” se preservam nos castelos do baronato Marinho e têm, sempre, um bode expiatório à mão.

Sem falar nos interesses que acoplam a GLOBO a um todo que ultrapassa o setor de comunicações. Os braços são longos a toda a atividade econômica no País em se tratando de interesses escusos. Ou seja, há necessidade de prestar conta aos que pagam e ditam os caminhos do grupo.

Nesta campanha eleitoral os interesses bilionários em jogo e a aposta de todas as fichas na campanha de José Serra parecem ter deixado cegos os moradores do castelo e do PROJAC, uma espécie de centro de mentiras, boatos e cositas más.

A turbulência chegou ao auge no laudo falso do perito Ricardo Molina, prontamente desmentido pelas redes concorrentes e por um fenômeno que a GLOBO ainda não absorveu inteiramente. A blogsfera. Ou seja, o conjunto de blogs independentes de grandes e anônimos jornalistas ou não, a derrubar em cima de cada mentira, a versão global.

Hoje o número de internautas no País é significativo, a repercussão dos comentários em blogs, sites, portais, redes de comunicação acaba por criar uma força quase tão poderosa quanto a GLOBO.

Quase tão poderosa? É a avaliação de alguns especialistas pelo simples fato que, nesta eleição a candidata do PT vence por larga margem entre os eleitores de renda mais baixa (políticas sociais de Lula) e o prejuízo à GLOBO acontece nas chamadas classes médias, divididas entre os dois candidatos e ponderável parcela escapando do fascínio do plim plim.

O poder aquisitivo dos brasileiros aumentou nesses últimos oito anos, há um orgulho nacional com o papel do Brasil no mundo e o que esse novo perfil provoca no mundo da comunicação não foi ainda tratado corretamente pela GLOBO, a mídia privada como um todo, não foi absorvido o que quer dizer que nessa nova realidade ainda tateiam apesar de todos os esforços para diminuir o impacto da transformação.

Foi visível na campanha de Obama, é visível na campanha de Dilma.

Tornou-se mais difícil mentir, enganar, características do grupo e da mídia privada.

O que não quer dizer que até domingo, 31 de outubro, dia da votação, todo o grupo não vá se empenhar na campanha de José Serra e na onda de mentiras e boatos que possam prejudicar Dilma Roussef.

Nem tem como. Equivaleria a um pouso de barriga e os riscos de um incêndio são altos demais numa eventual mudança de posição (fora de propósito), ou correção de rota para uma área neutra.

A gênese da GLOBO é a mentira e o DNA preserva suas principais características até o último suspiro.

O que assusta os donos do “negócio” para além da derrota eleitoral? Um monte de fatores.

Surge uma discussão no Brasil impensável há meses atrás, falo de proporções. Até que ponto é possível a uma empresa/famílias manter o monopólio das comunicações e associada a empresas outras (menores), mas fechando o cerco em torno de quem ainda lê jornal impresso, revistas e que tais?

O que é de fato liberdade de expressão? A mentira? O engajamento em interesses de grupos econômicos nacionais e estrangeiros (associados)?

A tentativa de manipulação de fatos, dados, a sociedade do espetáculo, alienada e conduzida como gado a um matadouro que representa inércia, passividade, medo?

Como vai ficar a televisão e como vai ficar o rádio num futuro próximo diante da internet?

Kamel vai ser a bola da vez como outros.

É prática comum nas máfias. Num determinado momento de um determinado “negócio” que deu errado, a saída é aposentar alguém, garantir-lhe um futuro “risonho” e tentar a volta por cima.

Todo esse processo respinga em Wiliam Bonner (“nada que possa prejudicar nossos amigos americanos”). Sobrevive.

A decisão, consumada a derrota de José Serra, é recuar, mas não tão devagar, nem tão depressa. Não pode parecer fuga, muito menos provocação.

Que seja só um reajuste de comando para tempos novos. Tempos de dividir a exclusividade das transmissões de jogos de futebol e no bye bye Olimpíadas.

E agora, recuperar a credibilidade mínima, abalada pela insensata e irresponsável, de qualquer ângulo que se veja, adesão ao jornalismo marrom que permeia essa campanha eleitoral. Registre-se que jornalismo marrom é característica da GLOBO, surgida nos primórdios do golpe de 1964, na preparação da ditadura militar.

Não sei se chega a ser um nocaute, mas a GLOBO está nas cordas e um tanto tonta.

Quem sabe as mesmas náuseas que “abalaram” José Serra após a bolinha de papel?

Vão fazer uma tomografia e buscar os tratamentos e medicamentos adequados para sobreviver.

--
Carmelita Lopes

Boas Práticas Farmacêuticas: Healthcare-Associated Infection (HAI) Not on My Watch

Boas Práticas Farmacêuticas: Healthcare-Associated Infection (HAI) Not on My Watch

Healthcare-Associated Infection (HAI) Not on My Watch

NETWORKING por Max Gehringer
 
Existem cinco estágios em uma carreira profissional de sucesso

No primeiro estágio

É aquele em que o funcionário precisa usar crachá, porque quase ninguém na empresa sabe o nome dele.


No segundo estágio

O funcionário começa a ficar conhecido dentro da empresa e seu sobrenome passa a ser o nome do departamento em que trabalha.
Por exemplo, Alexandre de Contas a Pagar.


No terceiro estágio

O funcionário passa a ser conhecido fora da empresa e o nome da empresa se transforma em sobrenome:
Alexandre do Banco Tal.


No quarto estágio

É acrescentado um título hierárquico ao nome dele:
Alexandre , Gerente do Banco Tal.

Finalmente,
no quinto estágio
Vem a distinção definitiva.
Pessoas que mal conhecem o Alexandre passam a se referir a ele como "meu amigo Alexandre, Gerente do Banco Tal'.
Esse é o momento em que uma pessoa se torna, mesmo contra sua vontade, um 'amigo profissional'.

Aí existem algumas diferenças entre um amigo que é amigo e um amigo profissional.
Amigos que são amigos trocam sentimentos. Amigos profissionais trocam cartões de visita.

Uma amizade dura para sempre. Uma amizade profissional dura apenas enquanto um estiver sendo útil ao outro
.

Amigos de verdade perguntam se podem ajudar
. Amigos profissionais solicitam favores.
Amigos de verdade estão no coração
. Amigos profissionais estão numa planilha.

É bom ter uma penca de amigos profissionais.
É isso que, hoje, chamamos networking, um círculo de relacionamentos puramente profissional.
Mas é bom não confundir uma coisa com a outra.

Amigos profissionais são necessários
.


Amigos de verdade são indispensáveis
.

Algum dia - e esse dia chega rápido... - os únicos amigos com quem poderemos contar serão aqueles poucos que fizemos, quando amizade era coisa de amadores, e não de profissionais.


 



Sempre vale a pena pagar para ver


por Paulo Coelho |
A leitora Soraia envia a seguinte história, que pensa ter sido publicada no New York Times. Eu tenho minhas dúvidas, mas como sempre achei que vale a pena pagar para ver, resolvi transcrevê-la aqui.
Uma pessoa fez o seguinte anúncio no jornal The New York Times: Vendo Mercedes Benz, pouquíssimo uso, preto, turbo. Preço: “US$ 85,00”; tratar com Carolinne, Tel: xxxxxxxxx.
Os que leram o anúncio pensaram que, por um erro gráfico, ao invés de US$ 85.000,00 imprimiram apenas US$ 85,00. Outros acharam que era uma espécie de trote, e acabaram não telefonando.
Até que Joseph Smith, em sua ingenuidade, resolveu ligar para Carolinne e esta lhe confirmou o preço. Quis saber se era algum acessório, ou uma miniatura – e a mulher lhe informou que não, tratava-se do próprio automóvel.
Mais do que depressa Joseph correu para a casa de Carolinne com os US$ 85,00 e – para seu espanto – lá estava Mercedes, lindo e reluzente na garagem.
Depois de ter pago, e já com o recibo nas mãos, perguntou:
“Senhora, fechamos o negócio e o carro é meu, mas por que o vendeu tão barato?”
“Bem, meu marido faleceu recentemente. Em seu testamento, pediu que o automóvel fosse vendido, e o valor destinado a Anny, sua secretária. Como sempre desconfiei que era sua amante, eu, como inventariante, estou executando seu desejo, mas à minha maneira

Domingo é dia de fazer história


















Presidente Dilma - Para o Brasil Seguir Mudando
Sexta-feira, 29 de outubro de 2010

O Brasil vai fazer história neste domingo. Milhões de eleitores e eleitoras vão escolher entre dois projetos de país.

De um lado, o país do passado, de recessão, desemprego e exclusão social, representado pelo nosso adversário. De outro lado, o país que está dando certo, com o povo vivendo melhor, com mais comida na mesa, maior poder de consumo e mais oportunidades na vida, com emprego e salários em alta, e com a mais ampla democracia: o país de Lula e Dilma.

Dilma é a garantia de que o Brasil seguirá mudando para melhor, dando continuidade ao trabalho iniciado por Lula, cujo governo é ótimo ou bom para 83% da população.

A militância dos partidos da Coligação "Para o Brasil Seguir Mudando" está mobilizada e confiante no sucesso do nosso projeto e da nossa candidata. E assim deve ficar até a apuração do último voto: firme, preparada, vigilante e pronta para vencer mais este desafio.

Fique atento a quaisquer irregularidades que porventura tenha conhecimento de agora até domingo. Seja mais um fiscal do voto livre que vai levar a primeira mulher à Presidência da República do Brasil. Abaixo, listas dos advogados e da fiscalização eleitoral nos Estados.

10.29.2010

Programa TV - Noite - 28/10

Crianças que amam estudar: seu filho é uma delas?

Especialistas dão orientações aos pais sobre como fazer do aprendizado um grande prazer para os pequenos

Rio - Imagine um mundo onde seu filho chega da escola, toma banho, almoça e, em vez de ligar a televisão, vai direto fazer os deveres de casa. Tudo isso sem você precisar mandar. Em algumas famílias, isso não é um sonho — faz parte do dia a dia. 
Mas, calma. Antes de sair por aí se perguntando por que isso não acontece na sua casa, saiba que há esperanças. Sim, é possível fazer parte do grupo de pais e mães que não berram, suam e se descabelam para que seus filhos estudem. 
Foto: Deisi Rezende / Agência O Dia
Luca, 7, e Pedro, 8: jaleco e olhos atentos para a feira de Ciência e Tecnologia, no Aterro do Flamengo | Foto: Deisi Rezende / Agência O Dia
Segundo a psicóloga Tatiana Sessa, que lançou o livro ‘E agora? Meu filho não gosta de estudar!’, a desmotivação para os estudos pode acontecer por diversas causas, entre elas até traumas.

“Pode ser alguma violência psicológica que a criança sofreu, diminuindo a autoestima e fazendo com que ela se sinta incapaz. As crianças não nascem desmotivadas. O ser humano é um explorador inato. Se os pais refletirem um pouco, descobrirão que o filho se interessa por algo profundamente”, afirma.

Tatiana ressalta que não é obrigatório que os pais estudem com os filhos, a não ser que eles peçam. E em hipótese alguma deve-se corrigir o dever de casa dos pequenos: isso atrapalha o nivelamento da criança na escola.

“O professor precisa ter um termômetro sobre o que a criança sabe, no que ela tem dificuldades. Se ele recebe um dever ‘maquiado’, isso atrapalha o aprendizado. Os pais devem saber a diferença entre apoiar os filhos e protegê-los”, explica.

A pequena Lívia Ribeiro Silvério, 7 anos, é a típica menina estudiosa. Independente, não gosta que a mãe, a funcionária pública Cláudia Ribeiro, fique ao seu lado enquanto estuda.

“Gosto de estudar sozinha. Quero aprender muito para ser cantora e professora”, conta Lívia, ressaltando que suas matérias favoritas são o Inglês, que aprende na escola, e Matemática.

“A Lívia é um exemplo para a família e para as coleguinhas da escola. Além de ser participativa, tira notas boas e até já passou de ano”, orgulha-se a mãe. Segundo Cláudia, o que não falta em sua casa é diálogo, principalmente sobre a importância do aprendizado. “Sem estudo, a vida é difícil. Minha filha sabe disso”, conclui.

Cuidado para não ligar estudo a castigo 

“Está de castigo! Vai estudar!”. Mais do que uma ordem, a frase, segundo Tatiana Sessa, é um dos erros mais graves que os pais podem cometer na educação das crianças.

“Quando eles dizem isso, estão afirmando que estudar é um fardo, consequência de algo errado que a criança fez. Como se estudar fosse uma punição. Isso não é verdade”, afirma a especialista.

Segundo Sessa, outro erro comum é impor um horário fixo para os estudos.

“Os pais determinam um horário e querem que o filho cumpra. Às vezes, naquele horário, a criança tem uma outra motivação, como assistir o desenho favorito que está passando na televisão. Nesse caso, perde-se a qualidade dos estudos”, diz, ressaltando que os pais devem ensinar aos filhos a importância do aprendizado.

“Os pais devem animar os filhos, desde bebês, para o prazer de entender o mundo à sua volta. As crianças são curiosas por natureza, já nascem assim. Cabe aos pais motivá-las”, ressalta.

O que não faltou foi exemplo para os amigos Pedro Campelo do Rego, 8 anos, e Luca Novello Moreira, 7. Amigos desde que nasceram, ambos têm um desejo em comum: tornarem-se cientistas.

“Eu estudo mais de uma hora por dia”, conta Luca. “Gosto de Ciências e Matemática”, diz, com seriedade. Pedro não fica para trás. “Estudo meia hora por dia, não é necessário que minha mãe me peça. Só de vez em quando”, entrega.

Dicas valiosas para seu filho gostar de estudar

PASSEIOS
Desperte a curiosidade de seu filho. Leve-o para passeios pedagógicos, como museus, zoológico ou Jardim Botânico. Descubra pelo que ele se interessa e, durante a atividade, converse com ele, ouvindo o que ele tem a dizer.

EXCLUSIVIDADE
Priorize a qualidade do tempo que você passa com suas crianças. Dê atenção total quando estiver com elas. Não custa, por exemplo, desligar o seu celular de vez em quando.

DIÁLOGO
Pai e mãe têm mania de chamar o filho para conversar, mas, na hora H, fazem um verdadeiro monólogo. Deixe seu filho se expressar e valorize o que ele diz.

RESPONSABILIDADE

Ofereça ao seu filho “pequenas responsabilidades”, como recolher objetos espalhados pela casa e preparar a mesa para o café. Isso ajuda a desenvolver disciplina e evita a preguiça juvenil.

ESCOLA
Não critique os professores na frente do seu filho. Caso deseje contestar, faça isso diretamente na escola.

PREFERÊNCIAS
Saiba quais são os gostos do seu filho: cor, banda, artistas e programa de TV preferidos etc. Conhecendo sua criança, é mais fácil dialogar e sugerir novas táticas de estudo.

AGENDA
Pergunte para o seu filho qual horário a atividade cerebral dele está a todo vapor e quantas horas ele pode se comprometer.

O Museu Nacional funciona de terça-feira a domingo, de 10h às 16h. O ingresso custa R$ 3,00. A entrada é gratuita para crianças menores de 5 anos, adultos maiores de 60 e deficientes físicos. Mais informações no site http://www.museunacional.ufrj.br/.

10.28.2010

Foda-se

O nível de stress de uma pessoa é inversamente proporcional a quantidade de foda-se! que ela fala. Existe algo mais libertário do que o conceito do foda-se!? O foda-se! aumenta minha auto-estima, me torna uma pessoa melhor.
Reorganiza as coisas. Me liberta. Não quer sair comigo?
Então foda-se!. Vai querer decidir essa merda sozinho (a) mesmo? Então foda-se!. O direito ao foda-se! deveria estar assegurado na Constituição Federal.
Os palavrões não nasceram por acaso. São recursos extremamente válidos e criativos para prover nosso vocabulário de expressões que traduzem com a maior fidelidade nossos mais fortes e genuínos sentimentos. É o povo fazendo sua língua. Como o Latim Vulgar, será esse Português Vulgar que vingará plenamente um dia.
Prá caralho, por exemplo. Qual expressão traduz melhor a idéia de muita quantidade do que Prá caralho? Prá caralho tende ao infinito, é quase uma expressão matemática. A Via-Láctea tem estrelas prá caralho, o Sol é quente prá caralho, o universo é antigo prá caralho, eu gosto de cerveja prá caralho, entende? No gênero do Prá caralho, mas, no caso, expressando a mais absoluta negação, está o famoso Nem fodendo!. O Não, não e não! e tampouco o nada eficaz e já sem nenhuma credibilidade Não, absolutamente não! o substituem.
O Nem fodendo é irretorquível, e liquida o assunto. Te libera, com a consciência tranqüila, para outras atividades de maior interesse em sua vida. Aquele filho pentelho de 17 anos te atormenta pedindo o carro pra ir surfar no litoral?
Não perca tempo nem paciência. Solte logo um definitivo Marquinhos presta atenção, filho querido, NEM FODENDO!. O impertinente se manca na hora e vai pro Shopping se encontrar com a turma numa boa e você fecha os olhos e volta a curtir o CD do Lupicinio.
Por sua vez, o porra nenhuma! atendeu tão plenamente as situações onde nosso ego exigia não só a definição de uma negação, mas também o justo escárnio contra descarados blefes, que hoje é totalmente impossível imaginar que possamos viver sem ele em nosso cotidiano profissional. Como comentar a gravata daquele chefe idiota senão com um PHD porra nenhuma!, ou ele redigiu aquele relatório sozinho porra nenhuma!. O porra nenhuma, como vocês podem ver, nos provê sensações de incrível bem estar interior. É como se estivéssemos fazendo a tardia e justa denúncia pública de um canalha.
São dessa mesma gênese os clássicos aspone, chepone, repone e mais recentemente, o prepone - presidente de porra nenhuma. Há outros palavrões igualmente clássicos. / Pense na sonoridade de um Puta-que-pariu!, ou seu correlato Puta-que-o-pariu!, falados assim, cadenciadamente, sílaba por sílaba... Diante de uma notícia irritante qualquer puta-que-o-pariu! dito assim te coloca outra vez em seu eixo.
Seus neurônios têm o devido tempo e clima para se reorganizar e sacar a atitude que lhe permitirá dar um merecido troco ou o safar de maiores dores de cabeça.
E o que dizer de nosso famoso vai tomar no cu!? E sua maravilhosa e reforçadora derivação vai tomar no olho do seu cu!. Você já imaginou o bem que alguém faz a si próprio e aos seus uando, passado o limite do suportável, se dirige ao canalha de seu interlocutor e solta: Chega! Vai tomar no olho do seu cu!.
Pronto, você retomou as rédeas de sua vida, sua auto-estima. Desabotoa a camisa e sai a rua, vento batendo na face, olhar firme, cabeça erguida, um delicioso sorriso de vitória e renovado amor-íntimo nos lábios. /
E seria tremendamente injusto não registrar aqui a expressão de maior poder de definição do Português Vulgar: Fodeu!. E sua derivação mais avassaladora ainda: Fodeu de vez!. Você conhece definição mais exata, pungente e arrasadora para uma situação que atingiu o grau máximo imaginável de ameaçadora complicação?
Expressão, inclusive, que uma vez proferida insere seu autor em todo um providencial contexto interior de alerta e autodefesa. Algo assim como quando você está dirigindo bêbado, sem documentos do carro e sem carteira de habilitação e ouve uma sirene de polícia atrás de você mandando você parar: O que você fala? Fodeu de vez!.
Liberdade, igualdade, fraternidade e foda-se ...
Milor fernandes

Lula chega a Buenos Aires para velório de Kirchner

É o oitavo presidente a chegar à Argentina para participar do velório.
Presidente brasileiro disse que Kirchner foi um 'companheiro'.

Da EFE
Lula abraça a presidente Cristina KirchnerLula abraça a presidente Cristina Kirchner (Foto: AFP)
O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, chegou nesta quinta-feira (28) a Buenos Aires para o velório do ex-presidente da Argentina Néstor Kirchner, que morreu na quarta-feira (27) aos 60 anos de idade após uma parada cardíaca.
O corpo está sendo velado Casa Rosada, sede do governo argentino. Em seguida, será transportado para a cidade Río Gallegos (2.800 km ao sul de Buenos Aires), cidade natal do ex-presidente, onde será enterrado.
Lula, que decretou luto oficial de três dias no Brasil pela morte de Kirchner, deixou o Aeroporto Aeroparque de Buenos Aires sem dar entrevistas. Trata-se do oitavo presidente a chegar à Argentina para participar do velório do ex-lpresidente.
Antes de viajar, Lula declarou no Rio de Janeiro que Kirchner foi um "companheiro" pelo qual sente um "profundo respeito".
Para chegar ao velório, Lula cancelou nesta quinta-feira sua participação em um comício em Recife dentro da campanha da petista Dilma Rousseff à Presidência.

Prevenindo Infecções

Prevenindo Infecções associadas aos cuidados da saúde (IACS) Nós elaboramos uma lista de medidas preventivas que você, seus filhos, seus pais e familiares podem tomar antes, durante e depois da sua estadia no hospital para minimizar a exposição às Infecções associadas aos cuidados da saúde (IACS) e bactérias relacionadas, como SARM
Limpeza e higiene pessoal: :
•Lave suas mãos. Esfregue por pelo menos 15 segundos com água morna e sabão. Use álcool-gel se você não tiver acesso a água e sabão.

•De três a cinco dias antes de sua cirurgia, tome banhos diários com sabão contendo 4% de clorexidina, disponível em farmácias.

•Quando já estiver no hospital: peça para a pessoa que te atender lavar as mãos antes de tocar em você – na sua presença. Exija isso tanto de médicos e enfermeiras que forem examiná-los quanto de visitantes que abracem, toquem ou ajudem você a se vestir, etc. Não tenha vergonha! Sua vida vale um segundo de constrangimento.

•Certifique-se que a equipe médica esfregue a área da cirurgia antes do procedimento, pois bisturis e outros instrumentos cirúrgicos arrastam as bactérias da pele para a incisão.
Equipamentos:
•Uma fonte comum de contaminação cruzada por bactérias são estetoscópios, que normalmente não são limpos após usados em cada paciente, então peça que sejam limpos – assim como qualquer outro equipamento médico – na sua presença.

•Certifique-se de que as equipes hospitalares limpem e desinfetem todas as superfícies que você deve tocar, como grades de cama, cortinas e pias. Evite colocar comida ou utensílios nos móveis ou na cama.

•Certifique-se que o cateter esteja adequadamente limpo quando inserido e removido e de que outro, novo e limpo, seja inserido a cada 3 ou 4 dias. Se alguma irritação aparecer na área em que for inserido, comunique a enfermagem imediatamente.

•Monitore ataduras e drenos e avise prontamente a enfermagem se eles estiverem soltos ou molhados.

•Evite o uso de cateteres urinários o máximo possível. Caso você precise de um, peça que seja removido de um a dois dias – o quanto antes melhor.
Exames:
•Faça um exame para verificar a presença de Staphylococcus aureus resistente à meticilina (SARM) pelo menos uma semana antes de ser internado. Você pode já ter SARM e não saber! É importante saber disso o quanto antes.

•Tenha a quantidade de açúcar sob controle se você tiver diabetes.

Medicação:
•Pergunte a seu medico sobre a administração de antibióticos antes da cirurgia. Para algumas cirurgias, você pode receber uma dosagem antes da cirurgia para prevenir uma Infecção do Sítio Cirúrgico (ISC).
Estética e Conforto:
•Se você precisa de depilação, use depiladores elétricos no dia da cirurgia em vez de lâminas, pois, com essas últimas, são maiores as chances de cortes na pele, o que aumenta a exposição às bactérias que causam infecção.

•Peça a seu médico que lhe mantenha aquecido durante a cirurgia. Obviamente, você não irá sentir frio quando anestesiado, mas estudos provaram que procedimentos simples como manter os pacientes aquecidos diminui as chances de infecção.

•Peça a quem estiver tossindo que use máscara ou que fique pelo menos dois metros longe de você, a fim de que você não pegue uma infecção transmitida pelo ar.

•Embora visitas possam animar você, se familiares e amigos não estiverem se sentindo bem, peça a eles que esperem para visitá-lo quando estiverem melhor. Converse com eles por telefone enquanto se recupera.

Fatos
Quando alguém desenvolve uma infecção em hospital ou clínica médica – que o paciente não tinha antes da internação – é considerada uma infecção associada aos cuidados da saúde (IACS).
IACS são problemas globais, afetando tanto pacientes quanto profissionais da saúde.
A semana internacional de prevenção de infecções acontece entre os dias 17 e 23 de outubro.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, em breve, 1,4 milhão de pessoas em todo o mundo estarão sofrendo de infecções adquiridas em hospitais.
Um estudo do Centros de Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC), publicado em março de 2estimou em 98.987 o número de mortes infecções associadas aos cuidados da saúde nos Estados Unidos em 2002.
O risco de adquirir Infecções Associadas aos Cuidados da Saúde (IACS) em países em desenvolvimento é de 2 a 20 vezes maior do que em países desenvolvid
Atingindo milhares de pacientes por ano, as IACS prolongam as internações, aumentam as chances de retorno ao hospital e encarecem os custos de tratamento por paciente
Do ponto de vista financeiro, as IACS representam um impacto anual estimado em US$ 6,7 bilhões para instituições de saúde, mas o custo em capital humano é ainda mais alto
Até recentemente, a não-obrigatoriedade de as instituições de saúde comprovarem a adoção de procedimentos para impedir as IACS tem impedido o controle ideal das fontes de transmissão de infecções desse tipo. No entanto, a pressão da opinião pública tem resultado em legislações em nível estadual e municipal exigindo a adoção de procedimentos para controlar as IACS.
Para saber mais sobre o impacto de infecções hospitalares tanto para profissionais da saúde quanto para pacientes, por favor consulte http://www.pt.haiwatch.com/.
Infecção Aqui Não - Sobre a Campanha de Prev
ara progeter os pacientes com a redução dos riscos de IACS, profissionais da saúde devem continuamente atualizar seus conhecimentos sobre o controle de infecções.Como parte do atual compromisso de tratamentos de saúde de qualidade e controle de infecções, médicos e hospitais em todo o país estão fazendo parcerias com a Kimberly-Clark, promovendo treinamentos em prevenção de infecções hospitalares para suas equipes médicas e administrativas. Embora informar-se a respeito do problema possa parecer simples, ocupadíssimos médicos e enfermeiras nas linhas de frente do atendimento médico podem ter dificuldade de assistir a treinamentos nos hospitais em que trabalh
O Programa Informativo de IACS é parte de uma campanha nacional de conscientização para profissionais de saúde intitulada “Infecção Aqui Não”, a qual fornece às instituições de saúde um kit com folhetos informativos, dicas de proteção para os pacientes e cartazes.
A campanha “Infecção Aqui Não” provê qualificados programas de educação contínua sobre as práticas ideais, instruções e pesquisas disponíveis para reduzir a incidência de Infecções Associadas aos Cuidados da Saúd
Para mais detalhes sobre a campanha “Infecção Aqui Não”, consulte www.pt.HAIwatch.com.
Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica (V
A VAP é a fonte da mais alta morbidade e mortalidade de todas as Infecções Associadas aos Cuidados da Saúde.
Leia mais sobre a VAP Infecção do Sítio Cirúrgico (ISC)
Qualquer corte na pele do paciente pode levar a uma infecção do sítio cirúrgico.
Leia mais sobre ISCContaminação Cruzada (Transferência por Contato)
A contaminação cruzada é a fonte número um de Infecções Associadas aos Cuidados da Saúde.
Leia mais sobre Transferência por Contato
Sobre a HAI WatchA campanha HAI Watch é seu recurso para manter sua organização ciente da importância de prevenir as infecções associadas aos cuidados da saúde. As orientações sobre a limpeza das mãos e outras dicas em clínicas e ambientes de promoção à saúde estão agora disponíveis, mas procure manter-se atualizado. Novas ferramentas de prevenção às IACS serão constantemente adicionad
Sobre a Kimberly-Clark Health Care
A Kimberly-Clark Health Care é provedora de confiáveis soluções em cuidados à saúde, graças a constantes treinamentos, pesquisa clínica e programas educacionais de qualidade.
Nossas soluções ajudam a prevenir, diagnosticar e gerenciar enfermidades nas seguintes áreas: Prevenção à Infecção (Proteção & Controle de Infecção, Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica e Infecções do Sítio Cirúrgico), Saúde Digestiva e Controle da Dor.
Sobre a Kimberly-Clark Corporation
A Kimberly-Clark e suas reconhecidas marcas mundias são partes indispensáveis da vida em mais de 150 países.
awDiariamente, mais de 1,3 bilhão de pessoas – quase um quarto da população miundial – confiam nas marcas da K-C para garantir sua saúde, hygiene e bem-estar.
Com marcas como Kleenex, Scott, Huggies, Pull-Ups, Kotex e Depend, a Kimberly-Clark ocupa a primeira e a segunda posição no setor em mais de 80 países. Para ficar em dia com as notícias mais recentes sobre a K-C e conhecer mais sobre sua trajetória de 137 anos de inovações, visite www.kimberly-clark.com.br

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Higiene básica em hospitais


 

bastaria para conter superbactéria


Lavar as mãos e usar luva e avental evitariam a maior parte das ocorrências.
Deve ser evitado contato direto por pele com pacientes colonizados.o

A falta de práticas básicas de higiene como a lavagem das mãos em ambiente hospitalar é apontada como a principal causa para a disseminação de bactérias multirresistentes como aKlebsiella pneumoniae, que ganhou as manchetes por causar mortes em Brasília e naParaíba.
É preciso reforçar a diferença
entre portar a bactéria e desenvolver a doença
O contato direto por pele com pacientes colonizados - portadores das bactérias capazes de desenvolver a infecção - ou que já tenham desenvolvido a infecção é o que deve ser evitado, segundo especialistas em enfermagem, reunidos em debate sobre infecção hospitalar realizado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) semana passada, na capital paulista.
"A gente tem que investir nas medidas de prevenção, pois há risco de transmissão do paciente positivo para aquele sem KPC", afirma Luciana de Oliveira Matias, enfermeira e integrante do Centro de Controle de Infecções Hospitalares da Unifesp. "Se o profissional examina alguém com a bactéria, mas não higieniza as mãos, não limpa o instrumental, a possibilidade de transmissão aparece."A superbactéria é resistente a antibióticos por causa de uma enzima conhecida como KPC, podendo ir de pessoa a pessoa por um mecanismo conhecido como contaminação cruzada.
Soropositivos, pacientes recebendo quimioterapia, transplantados e aqueles hospedados em UTIs são mais suscetíveis a contrair a KPC"
Luciana de Oliveira Matias, enfermeira e integrante do Centro de Controle de Infecções Hospitalares da Unifesp
Segundo a especialista, é preciso reforçar a diferença entre portar a bactéria e desenvolver a doença. "A pessoa pode estar colonizada, mas não necessariamente desenvolver a doença", diz a enfermeira. "Fatores como idade, uso de antibióticos e a condição da defesa do corpo da pessoa pesam para a doença se desenvolver ou não."
A diretora de Enfermagem do Hospital São Paulo, Maria Isabel Carmagnani, chama a atenção para a responsabilidade com aqueles mais vulneráveis a infecções hospitalares. "É aquele mais debilitado que irá sofrer. A maioria de nós pode ser colonizada, mas o paciente com imunidade reduzida é mais fraco. Mesmo que o portador não desenvolva o problema, pode passá-lo a outra pessoa", afirma.
Qualquer pessoa em ambiente hospitalar está sujeita a ter contato com bactérias, porém é possível identificar grupos de risco. "Soropositivos, pacientes recebendo quimioterapia, transplantados e aqueles hospedados em UTIs são mais suscetíveis a contrair a KPC", afirma Luciana.
Prevenção x tratamento
A atenção para medidas de barreira para diminuir o contato de pele entre o portador da bactéria produtora de KPC e pessoas não colonizadas é o principal desafio das equipes hospitalares, pelo menos enquanto a capacidade dos antibióticos atuais não é aumentada.
Ao adotar uma política de instituição, por exemplo, não
sair do ambiente hospitalar
com o avental, com o tempo
os funcionários passam a saber
que precisam tomar cuidado"
Sonia Regina Ferreira, professora de enfermagem no Hospital São Paulo
"Para quem trabalha na área, é fundamental observar as precauções de contato. Lavar as mãos antes de entrar em contato com o paciente. No caso da KPC, especificamente, usar luvas e avental de manga longa", diz Luciana.
Para Sonia Regina Ferreira, professora de enfermagem no Hospital São Paulo, a segurança aos pacientes dentro de hospitais é uma questão corporativa. "Ao adotar uma política de instituição, por exemplo, não sair do ambiente hospitalar com o avental, com o tempo os funcionários passam a saber que precisam tomar cuidado."
"Infecções são quase sempre tratáveis, há bom investimento no tratamento de infecções. O problema é quanto à prevenção. Falta focar nas medidas de prevenção como não deixar faltar material básico, higienização", afirma Luciana. "O perigo está na transmissão de infecção. Ao entrar no ambiente hospitalar, já corro esse risco. Se o profissional que se aproximar também não fizer a higienização das mãos, é possível pegar infecção de outro paciente."
Ambiente hospitalar
A presença da Klebsiella pneumoniae com KPC está restrita, por enquanto, ao ambiente hospitalar. "Ao contrário, por exemplo do H1N1, o risco dessa bactéria é dentro do hospital. Não há registros de casos na comunidade", afirma Luciana.
No meio ambiente, a chance de sobrevivência da bactéria poderia diminuir pela presença de outros organismos, que competem na natureza.
O afastamento completo de pacientes colonizados tem como objetivo garantir que a bactéria multirresistente não se espalhe. "Nas enfermarias, os pacientes com KPC devem ficar sozinhos, completamente isolados. No caso de outros micro-organismos, até dava para colocar um do lado do outro", diz Luciana. "No CCIH da Unifesp, nós colhemos culturas de vigilância durante todas as semanas, de todos os pacientes internados."
Garantindo o isolamento
A atenção dos funcionários de hospital é a chave para manter a ameaça longe das ruas. "As medidas de cuidado devem valer para todos os profissionais envolvidos, não só enfermeiras. Todo mundo precisa lavar as mãos, limpar os instrumentos, limitar ao máximo as chances de transmissão."
Você não pode falar para a família: não pegue na mão dele. Eles querem o toque, querem pegar na mão, no cabelo. Para isso, nós oferecemos as luvas, o avental. Mas não é só dar o material, tem que ensinar a usar, como colocar"
Luciana Matias, da Unifesp
No caso dos parentes, o cuidado deve estar na orientação. "Você não pode falar para a família: não pegue na mão dele. Eles querem o toque, querem pegar na mão, no cabelo, no lençol, na mobília. Para isso, nós oferecemos as luvas, o avental", diz Luciana. "Mas não é só dar o material, tem que ensinar a usar, como colocar. Caso contrário o parente pode se contaminar e levar o risco para casa."
Para Maria Isabel, não é o caso de se limitar as visitas aos portadores da superbactéria. "Antigamente se resolvia esse problema simplesmente impedindo o acesso ao leito. Agora isso não existe, mas não podemos passar para o outro lado, com todo mundo entrando, sem lavar as mãos", afirma.
Outro problema está na administração de drogas, principal mecanismo para manutenção da resistência das bactérias. "Deve ser uma questão entre farmacêutico, médico, nutricionista, enfermeiro. Tudo para minimizar erros de medicação. Fora a parte de suprimentos, é preciso conferir o material que se compra, prazo de validade, equipamento."
Carbapemenase
Klebsiella pneumoniae é comum no corpo humano. Porém, ao portar um gene capaz de produzir uma enzima conhecida como carbapenemase, a bactéria passar a ser resistente a muitos antibióticos, inclusive os carbapenêmicos, usados para tratamento de infecções graves, como aquelas originadas em ambiente hospitalar.
Os casos de morte decorrem de infecções que podem acontecer em diversas regiões do corpo. Como os antibióticos não conseguem destruir as bactérias multirresistentes, a reprodução dos organismos unicelulares continua. Um tratamento inadequado do paciente pode acelerar o processo.
"Há algumas cepas [tipos diferentes da mesma bactéria] que não têm tratamento. Elas trazem um grande risco de morte ao paciente, assim como outros micro-organismos já conhecidos", afirma Luciana.
AcinetobacterPseudomonas e enterococos resistentes à vancomicina (ERV ou VRE, na sigla em inglês) são outros exemplos de bactérias multirresistentes que podem causar infecções hospitalares, afetando especialmente pacientes com sistema de defesa do corpo prejudicado