8.25.2018

Candidatos do PT lideram com folga disputa para o Senado

Suplicy em São Paulo e Dilma, em Minas Gerais, disparam na preferência popular. No Rio, Lindbergh Farias também aparece em primeiro, mas empatado com Cesar Maia e Flavio Bolsonaro


Suplicy, Dilma e Lindbergh
Os petistas Suplicy, Dilma e Lindbergh brigam pela primeira cadeira do Senado em seus estados










São Paulo – Na corrida para o Senado, o PT lidera com folga em dois estados: São Paulo e Minas Gerais, com o vereador paulistano Eduardo Suplicy e ex-presidenta Dilma Rousseff. Ainda segundo os dados do Datafolha, divulgados nesta quarta-feira (22), no Rio de Janeiro o senador Lindbergh Farias aparece também em primeiro, empatado com dois candidatos. 
Na briga para as duas vagas paulistas, Eduardo Suplicy segue líder nas pesquisas, com 32% das intenções de voto. Ele é seguido por Mario Covas Neto (Pode), com 18%, e Major Olímpio (PSL), com 13%. 
Em Minas Gerais, Dilma também possui ampla vantagem na disputa pelas duas cadeiras do estado. Com 25% das intenções de voto, a petista é seguida por Carlos Viana (PHS), com 11%. Coronel Lacerda (PPL) e Professor Tulio Lopes (PCB) vêm depois, ambos com 8%.
No Rio , a pesquisa aponta para o primeiro lugar,  18% das intenções de votoLindbergh (PT) Seguido por Cesar Maia (DEM) e Flávio Bolsonaro (PSL).Chico Alencar (Psol), e Miro Teixeira (Rede), 11%, seguem na disputa.
Para as duas vagas de senador do Distrito Federal, a pesquisa mostra Cristovam Buarque (PPS), que busca a reeleição, na liderança com 27%. A disputa pela segunda cadeira no Senado no DF tem empate técnico, com Leila do Vôlei (PSB), que registra 19% de intenções de voto, seguida de Chico Leite (Rede), e Izalci (PSDB), ambos com 17%.

Sobre o medo e o ódio












O dólar continua a subir, nesta quinta-feira (23), bateu R$ 4,12. Todos estão de acordo, é o dólar da crise política brasileira, da insegurança em relação às eleições presidenciais que estão e próximas. Mas para quanto irá o dólar? Qual a profundidade dessa crise? Pode ser comparada com a crise de 2002, quando o medo da eleição de Lula levou o dólar, a preços de hoje, a R$ 7,00? Há muita gente pensando assim, mas estão enganados. Não há medo de Lula, ou de seu vice, Fernando Haddad. Já está claro que um deles é o mais provável presidente da República. Mas não há por que temê-los – não há por que pensar que agirão de forma irresponsável tanto no plano fiscal quanto no plano cambial. Já sabem que déficits fiscais são muito perigosos, e que déficits em conta-corrente significam taxa de câmbio apreciada e desindustrialização.
Mas se o mercado financeiro não tem medo de Lula, como explicar a violência do comportamento das elites econômicas e políticas brasileiras em relação a Lula e ao PT? E o comportamento de um setor oportunista do poder judiciário que resolveu transformar Lula em um criminoso e o julgar sem qualquer prova convincente?
A explicação está, a meu ver, não no medo, mas no ódio. O mercado financeiro não tem medo, mas essas elites têm ódio de Lula e do PT. Ódio que apareceu pela primeira vez na história política do Brasil em 2013. Ódio sem base, irracional como todo ódio. Ódio de uma classe média que viu os pobres e os ricos prosperarem, enquanto ela era esquecida, e encontrou “um culpado” para isso.
Se pensarmos bem, verificaremos que o aumento havido nas intenções de voto em Lula em todas as pesquisas não é apenas resultado se os pobres terem sido bem tratados no seu governo. Ou do inegável carisma de Lula. É também uma reação popular contra o ódio e a injustiça.
Precisamos, com urgência, pacificar o Brasil, e levá-lo de novo a construir seu desenvolvimento. Essa será a primeira tarefa do presidente que será eleito em outubro próximo. Lula sempre foi um pacificador. Vamos esperar.

SOLNIK: QUEM IRÁ ACATAR O DECISÃO DA ONU SÃO OS ELEITORES DE LULA

8.24.2018

LULA A GREVISTAS DE FOME: O BRASIL PRECISA DO GESTO E DO VOTO DE VOCÊS

MERCADO SEGUE RUMO À EXTREMA-DIREITA E APLAUDE GENERAL DE BOLSONARO

Cidadãos do Nada

Hoje dias ruins e noites ruins acontecem
Demais,
O velho sonho de ter alguns anos
Tranquilos antes de morrer-
Aquele sonho desapareceu assim como os outros
Sonhos.
Uma pena, uma pena, uma pena.
Desde o início, ao longo dos
Anos e próximo ao fim:
Uma pena, uma pena, uma pena.
Houve momentos,
Faíscas de esperança
Mas eles dissolveram rápido
Voltando à velha e mesma
Fórmula:
O fedor da realidade.
Mesmo quando havia
Sorte
E vida dançando na
Carne,
Sabíamos que e permanência
Seria
Curta.
Uma pena, uma pena, uma pena.
Queríamos mais do que
Algum dia pudesse haver:
Mulheres com amor e
Com risadas,
Noites selvagens o bastante para o
Tigre,
Queríamos dias que passeassem pela
Vida
Com alguma graça,
Um pouquinho de
Sentido,
Uma utilidade razoável,
E não algo
Apenas para
Desperdiçar,
Mas algo para
Lembrar,
Algo para
Dar um soco
Nas entranhas
Da morte.
Uma pena, uma pena, uma pena.
Somando todas
As coisas, é claro, nossa pequena agonia é
Estúpida
E fútil
Mas sinto que os nossos
Sonhos não
São.
E nós não estamos sós
Os fatores implacáveis não
São uma vingança
Pessoal contra um
Único
Indivíduo.
Outros sentem a mesma
Queimadura do
Desconcerto, enlouquecem, suicidam-se, ficam
Estúpidos, correm feridos para
Deuses
Imaginários, ou embriagam-se, drogam-se, emburrecem
Naturalmente
Desaparecem nessa multidão de nadas
Que nós chamamos de famílias,
Cidades,
Nações.
Mas o destino não é o único
Culpado
Nós desperdiçamos
Nossas oportunidades,
Nós estrangulamos
Nossos próprios corações.
Uma pena, uma pena, uma pena.
Hoje nós somos cidadãos do
Nada(...)"
Charles Bukovski

O Quarto Macaquinho

Texto alt automático indisponível.

URGENTE - CONGRESSO NACIONAL POSICIONA-SE: BRASIL ASSINOU TRATADO E DEVE SEGUIR ONU

BEM-VINDO AO DESERTO DA REALIDADE!

É uma das cenas mais emblemáticas de Matrix. Um dos líderes da resistência, Morpheus, interpretado por um severo Laurence Fishburne, pergunta a Neo (Keanu Reeves), ainda assustado com as novidades: você quer provar a pílula azul, que o fará voltar para sua vida normal, sem lembrar de nada, ou a vermelha, que o fará ver o mundo como jamais imaginou? Neo não hesita: pega a pílula vermelha na palma da mão de Morpheus, e a engole.
E aí, quando a consciência de Neo se expande, e ele começa a ver o mundo como ele é de fato, Morpheus o saúda:
– Bem-vindo ao deserto da realidade!
O blogueiro/colunista Reinaldo Azevedo, durante anos o mais feroz crítico dos governos do PT, o inventor da infame expressão petralha, e que ajudou a intoxicar a opinião pública com esse antipetismo virulento que, mais tarde, se tornaria uma gravíssima psicopatologia social, adquirindo ares de fascismo, tomou a pílula vermelha do garantismo constitucional, e se tornou uma das vozes na mídia que mais combatem o banditismo jurídico.
Os argumentos de Azevedo são os mesmos que este Cafezinho vem usando desde nossas primeiras críticas ao julgamento do mensalão, intensificadas a partir de 2012/13, quando os savoranolas de uma burocracia jurídica corrompida e avassalada pela mídia, começaram a rasgar a Constituição.
Demorou muito. O Brasil teve que experimentar um golpe de Estado, o suicídio de um reitor de universidade federal, a prisão ilegal da maior liderança popular do país, para que Reinaldo Azevedo entendesse as consequências trágicas de um regime que, a pretexto de combater o “inimigo político”, apela à barbárie e à violência judicial.
Mas antes tarde do que nunca.
O artigo de Reinaldo Azevedo tem presença na capa do site da Folha desta sexta-feira.
É mais um sinal da derrota intelectual e moral do golpe e da Lava Jato: e que está prestes a se tornar também uma derrota política.
Na Folha
Jogaram fora a lei, e Lula já venceu a eleição
Setores do Ministério Público Federal e do Judiciário resolveram proteger o eleitor de si mesmo
Por Reinaldo Azevedo
24.ago.2018 às 2h00
Lula, o presidiário, chega ao patamar de 40% dos votos no primeiro turno (39%) e 20% das menções espontâneas. Venceria seus potenciais adversários no segundo turno com mais de 50% dos votos, marca também inédita depois que o PT foi tragado por sua própria história e pelas escolhas que fez. É o que aponta a mais recente pesquisa Datafolha. Em segundo lugar, está Jair Bolsonaro, com 19%. Ele não sabe a diferença entre a dívida pública e uma pistola.
Setores do Ministério Público Federal e do Judiciário resolveram proteger o eleitor de si mesmo e tirar Lula da disputa. Não só isso: atuaram para prendê-lo ao arrepio do que estabelece o Inciso LVII do Artigo 5º da Constituição.
A sentença de Sergio Moro que o condenou entrará para os tais anais, passados o aluvião de estupidez militante e a covardia da OAB, como exemplo do que um juiz não deve fazer. Quanto aos 50 tons de preto do uniforme de combatente, bem, deixo essa questão para os especialistas em bom gosto. Atenho-me ao bom senso. Já temos o resultado prático de toda essa dedicação.
Os “Jovens Turcos” de Banânia (pesquisem a respeito do que se tornou uma metáfora e um conceito) resolveram, já desde a aprovação da Lei da Ficha Limpa —com o apoio do PT e a sanção de Lula, note-se—, que o povo não era competente para fazer suas próprias escolhas.
Com um Lula que ainda nem réu era, falando pelos cotovelos, o PT foi esmagado nas urnas há menos de dois anos. Sem a interferência dos homens de preto, é provável que o partido estivesse experimentando agora o mesmo vexame.
Depois de todos os atalhos e licenças jurídicas para encarcerar o ex-presidente, vejam o que se tem: ele só não será eleito porque os togados do salário sem teto resolveram cassar a vontade dos quase analfabetos de tão pobres e pobres porque quase analfabetos —vai aqui uma deferência a Caetano Veloso, possível leitor…
Se combater o autoritarismo do PT fosse competência moral, eu seria Catão; se intelectual, eu seria Schopenhauer. Não sou, por óbvio, nem uma coisa nem outra. Apego-me, muito estoicamente, a princípios de um Estado liberal, cujo eixo são os direitos individuais e o respeito ao que está democraticamente pactuado.
Não reconheço a nenhum ente a licença da tutela da vida pública, além da Constituição. Mais do que a convicção, a história e a experiência vivida me dizem que a violação do Estado de Direito com o propósito de fazer justiça é ineficaz porque não resolve o problema a que se propunha e é contraproducente porque gera efeitos contrários à pretensão voluntariosa.
Não será diferente desta vez. Contra o que determina o establishment dos homens de negro, a maioria que se dispõe a votar quer como presidente um preso ainda provisório. Qualquer que seja o resultado, a pantera da instabilidade nos espreita.
Uma palestra de Deltan Dallagnol custa R$ 35 mil. Carlos Thompson Flores, presidente do TRF-4, dá palestra no Clube Militar, cujo presidente é Hamilton Mourão, vice na chapa de Bolsonaro. Cármen Lúcia canta, afinada: “Não deixem o samba morrer/ o morro foi feito de samba…” E o sangue escorre do morro que não samba mais.
Existem a Constituição e a “Sharia de Curitiba e Adjacências”. Esta tem prevalecido sobre aquela. E, lá da cadeia, Lula decidiu demonstrar que existe uma lei ainda mais antiga: não ofereça a seu adversário a vantagem moral da vítima.
O PT já venceu a disputa de 2018, qualquer que seja o resultado, como antecipei nesta coluna no dia 17 de fevereiro do ano passado: “Se todos são mesmo iguais, então Lula é melhor.” Bingo!